sexta-feira, 11 de novembro de 2011

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO


1. "O verdadeiro sentido do que somos e fazemos"
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

(Todos os homens irão descobrir um  dia, que somente Deus é o sentido da sua Vida, a razão do seu existir, esse momento poderá ser uma Festa ou uma tragédia, depende de como vivemos a nossa vida de cada dia, que esta data de 11/11/11, tão misteriosa e enigmática para muitos, seja o dia ideal para fazermos ou confirmamos essa descoberta)
Como um rio que no final do seu percurso mergulha no infinito do mar, assim também cada homem na caminhada de sua existência segue para um encontro pessoal com Deus. Muitos pensam em um terrível acerto de contas, outros já pensam que estão condenados, mas também há os que não conhecem, ou fingem não conhecer a DEUS e vivem essa vida fazendo um monte de coisas, que em si mesmo não têm nenhum sentido.
Imaginemos alguém que trabalha por trabalhar, casou-se apenas por casar, ou então em um time de futebol, joga por jogar, tanto faz o time perder ou ganhar, não têm estímulo, entusiasmo, empenho e vibração, um homem máquina, que nada sente e nem se relaciona com os outros, esse é o tal que vive apenas por viver... Esse relativismo é muito influente nos dias de hoje, causa primeira de tantas angústias, depressões e suicídios, pois a monotonia do fazer, sem saber o porquê, e qual a razão do nosso SER, nos mata aos pouquinhos todo dia.
Esse evangelho, que apresenta uma linguagem apocalíptica, não quer nos aterrorizar diante de Deus, muito ao contrário, quer nos despertar a consciência de que, sem Deus a nossa existência será sempre vazia e sem sentido. Não há sentido no viver e muito menos no morrer, a Vida é um absurdo senão descobrirmos que o fim último de todos nós é Deus.
Nas entrelinhas do texto refletido há uma mensagem belíssima: temos que estar permanentemente preparados para esse encontro com Deus, contudo, não é um encontro somente no pós morte, mas em nosso dia a dia nos encontramos com Deus, se estivermos de coração aberto e já termos feito em sua graça, a descoberta de que é Ele a razão de ser e  o sentido de tudo o que somos e fazemos.
O encontro definitivo na pós-morte será só uma conseqüência das escolhas e decisões que tomarmos no dia a dia, onde a Fé em Jesus Cristo deve ser sempre o Fiel da Balança da nossa vida...

2. Vinda do Filho do Homem
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)

Após o anúncio da vinda do Filho do Homem, seguem-se, em uma perspectiva escatológica, advertências sobre a atitude de vigilância a ser assumida pelos discípulos. Estas advertências são feitas também no discurso escatológico do evangelho de Mateus, incluindo cenas alusivas à destruição de Jerusalém, no ano 70. São lembrados o dilúvio e, também, a chuva de enxofre sobre Sodoma e Gomorra nos dias de Ló, trazendo a morte como castigo final.
Superadas as antigas expectativas escatológicas e apocalípticas de uma vinda futura de Jesus, temos a consciência que sua presença entre nós se dá, hoje, entre aqueles que lutam pela justiça no mundo em que vivemos, no empenho de que todos tenham vida plena.
Os acomodados serão tragados pelo dilúvio do mercado global que corrompe e seduz, aprisionando-os na malha de uma estrutura que despreza a vida.

OraçãoPai, dá-me suficiente sensatez para não buscar segurança e salvação nos bens deste mundo, pois só as encontro junto de ti, na obediência fiel à tua vontade.

3. UM PERIGOSO TORPOR
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

Esperar é sempre cansativo. Quanto mais a espera de algo cujo dia e hora são desconhecidos. Assim se passa com a segunda vinda de Jesus. Ele mesmo recusou-se a abordar este assunto. Certa vez, dissera: "O dia e a hora ninguém sabe, nem os anjos do céu nem sequer o Filho, mas somente o Pai". Para ele, o importante era entregar-se ao serviço do Reino, deixando de lado as preocupações apocalípticas.
Entretanto, a espera prolongada acabou gerando um perigoso torpor no coração dos cristãos. Perigoso por correrem o risco de ser surpreendidos. O desconhecimento do dia e da hora não podia justificar uma vida incompatível com a condição de discípulo do Reino.
Dois exemplos do passado serviram de parábola para o presente. Por ocasião do dilúvio, apesar das admoestações divinas, a humanidade insistiu no seu caminho de iniqüidade, até que veio o castigo. Fato semelhante aconteceu quando da destruição de Sodoma. Contaminados pelo pecado, seus habitantes viveram na insensata ilusão das orgias. Seu fim foi a destruição pelo fogo.
Por nenhum motivo o discípulo de Jesus pode bandear-se para o pecado como se sua atitude fosse sem conseqüências. Afinal, o julgamento divino antecipa-se, e acontece no dia-a-dia, vivido na fidelidade a Deus e ao seu Reino. Aí, já se constrói a salvação.

OraçãoEspírito de vigilante alerta, mantém-me sempre preparado para o advento do Senhor, vivendo, no meu dia-a-dia, a misericórdia que me assemelha ao Pai.


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