sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Evangelho do dia - (Marcos 4,26-34)


 
Naquele tempo, 4 26 Jesus dizia também à multidão: “O Reino de Deus é como um homem que lança a semente à terra. 27 Dorme, levanta-se, de noite e de dia, e a semente brota e cresce, sem ele o perceber. 28 Pois a terra por si mesma produz, primeiro a planta, depois a espiga e, por último, o grão abundante na espiga. 29 Quando o fruto amadurece, ele mete-lhe a foice, porque é chegada a colheita”. 30 Dizia ele: “A quem compararemos o Reino de Deus? Ou com que parábola o representaremos? 31 É como o grão de mostarda que, quando é semeado, é a menor de todas as sementes. 32 Mas, depois de semeado, cresce, torna-se maior que todas as hortaliças e estende de tal modo os seus ramos, que as aves do céu podem abrigar-se à sua sombra”. 33 Era por meio de numerosas parábolas desse gênero que ele lhes anunciava a palavra, conforme eram capazes de compreender. 34 E não lhes falava, a não ser em parábolas; a sós, porém, explicava tudo a seus discípulos.
                   
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!

Comentário do Evangelho - Semente em solo fértil

 
      Em um primeiro momento poderíamos pensar que “Aqueles que recebem a semente em terra boa, somos todos nós cristãos, que a ouvimos e a celebramos em nossas comunidades” e que todos os outros tipos de solo são anúncios feitos em ambiente fora da Igreja. Ao incorramos nesse grave erro!
 
      Jesus está falando exatamente do nosso coração, que comporta todos esses tipos de solos impróprios para fazer a semente da Palavra brotar e se desenvolver. Certamente pensamos que há pessoas que no seu coração só tem terra boa, que acolhe a Palavra e frutifica, e que há outras que tem no coração solos sempre impróprios para acolher a Palavra. Esse também é um grave erro.
 
      O que a explicação dessa Parábola nos convida, é a olharmos unicamente para nós, pois é do nosso coração que ela está falando. Não pensemos que Deus fala somente em nossas comunidades, quando a Palavra é proclamada e depois o Ministro da Palavra, seja ele Padre, Diácono ou Leigo, a explica para nós. Claro que a celebração da Palavra em nossas comunidades é um encontro privilegiado com a Palavra de Deus, celebrada solenemente. Mas Deus não tem apenas um canal para se comunicar com as pessoas.
 
      No dia a dia, Ele nos fala através de outras pessoas, que nem sempre são da nossa igreja, ele nos fala através dos acontecimentos mais banais do nosso dia a dia e é exatamente nesses momentos que o nosso coração deve acolher a Palavra para que ela frutifique.
 
      Conduzindo o nosso veículo estamos no dia a dia sujeitos a Lei do Trânsito, que nos obriga a ter um relacionamento gentil e cortês com os demais condutores e os pedestres. O condutor Cristão não se move na sua relação com os outros, regido por essa lei, mas sim porque é alguém comprometido com a Vida e por isso a sua conduta no trânsito é sempre pautada por essa Verdade. Eis aí a Palavra de Deus caindo em terra boa e frutificando, quando isso ocorre na prática.
 
      A Esposa e Mãe de Família, ou o Esposo e Pai de Família, que rege suas relações familiares pelos valores do evangelho, defendendo a Vida e a Dignidade das Pessoas, dando aos filhos uma formação cristã, é alguém que acolheu a Palavra na terra boa do seu coração e que está frutificando.
 
      Enfim, dependendo da circunstância e do momento, as nossas atitudes testemunham que tipo de solo temos no coração. Temos que admitir que inúmeras vezes na semana, nosso coração esteve com terra seca, pedregosa, cheia de espinhos, a Palavra veio, mas não encontrou acolhida em nós, e nem disposição para vivê-la.
 
Diácono José da Cruz
 Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim
 
ORAÇÃO
Pai, dá-me sensibilidade para perceber teu Reino acontecendo no meio de nós, aí onde lutamos para a construção de uma sociedade mais humana e fraterna.

Santo do dia - São João Bosco

Nasceu perto de Turim, na Itália, em 1815. Muito cedo conheceu o que significava a palavra sofrimento, pois perdeu o pai tendo apenas 2 anos.
 
        Sofreu incompreensões por causa de um irmão muito violento que teve. Dom Bosco quis ser sacerdote, mas sua mãe o alertava: “Se você quer ser padre para ser rico, eu não vou visitá-lo, porque nasci na pobreza e quero morrer nela”.
 
        Logo, Dom Bosco foi crescendo diante do testemunho de sua mãe Margarida, uma mulher de oração e discernimento. Ele teve que sair muito cedo de casa, mas aquele seu desejo de ser padre o acompanhou. Com 26 anos de idade, ele recebeu a graça da ordenação sacerdotal. Um homem carismático, Dom Bosco sofreu. Desde cedo, ele foi visitado por sonhos proféticos que só vieram a se realizar ao longo dos anos. Um homem sensível, de caridade com os jovens, se fez tudo para todos. Dom Bosco foi ao encontro da necessidade e da realidade daqueles jovens que não tinham onde viver, necessitavam de uma nova evangelização, de acolhimento. Um sacerdote corajoso, mas muito incompreendido. Foi chamado de louco por muitos devido à sua ousadia e à sua docilidade ao Divino Espírito Santo.
 
        Dom Bosco, criador dos oratórios. Catequeses e orientações profissionais foram surgindo para os jovens. Enfim, Dom Bosco era um homem voltado para o céu e, por isso, enraizado com o sofrimento humano, especialmente, dos jovens. Grande devoto da Santíssima Virgem Auxiliadora, foi um homem de trabalho e oração. Exemplo para os jovens, foi pai e mestre, como encontramos citado na liturgia de hoje. São João Bosco foi modelo, mas também soube observar tantos outros exemplos. Fundou a Congregação dos Salesianos dedicada à proteção de São Francisco de Sales, que foi o santo da mansidão. Isso que Dom Bosco foi também para aqueles jovens e para muitos, inclusive aqueles que não o compreendiam.
 
        Para a Canção Nova, para a Igreja e para todos nós, é um grande intercessor, porque viveu a intimidade com Nosso Senhor. Homem orante, de um trabalho santificado, em tudo viveu a inspiração de Deus. Deixou uma grande família, um grande exemplo de como viver na graça, fiel a Nosso Senhor Jesus Cristo.
 
        Em 31 de janeiro de 1888, tendo se desgastado por amor a Deus e pela salvação das almas, ele partiu. Mas está conosco no seu testemunho e na sua intercessão.
 
São João Bosco, rogai por nós!

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Evangelho do dia - (Marcos 4,21-25)


 
Naquele tempo, 4 21 dizia-lhes Jesus ainda: "Traz-se porventura a candeia para ser colocada debaixo do alqueire ou debaixo da cama? Não é para ser posta no candeeiro? 22 Porque nada há oculto que não deva ser descoberto, nada secreto que não deva ser publicado. 23 Se alguém tem ouvidos para ouvir, que ouça". 24 Ele prosseguiu: "Atendei ao que ouvis: com a medida com que medirdes, vos medirão a vós, e ainda se vos acrescentará. 25 Pois, ao que tem, se lhe dará; e ao que não tem, se lhe tirará até o que tem".
 
                  
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!

Comentário do Evangelho - É preciso ser luz

        A vivência da palavra de Jesus exige ser testemunhada publicamente. Ela é comparável a uma lâmpada, colocada num lugar estratégico para que seus raios atinjam todos os recantos do ambiente. Não tem sentido colocá-la num lugar onde seu brilho se restrinja a um pequeno âmbito. Portanto, quem adere a Jesus e deixa que sua palavra seja colocada em seu coração, se torna responsável por fazer esta luz
irradiar-se de maneira plena.
 
        O discípulo deverá prestar contas desta responsabilidade. Se a palavra foi acolhida com liberdade e alegria e não como uma imposição, ele não tem mais o direito de tratá-la com desleixo e não deixá-la produzir em si seus efeitos. E os frutos da palavra se farão visíveis na vida do discípulos, pelo testemunho de sua ação. O Senhor haverá de recompensá-lo por isto.
 
        O discípulo que se descuida e tem uma existência pobre em testemunho de fé haverá de ficar privado do pouquinho que produziu. Não por causa da quantidade, mas sim da displicência em relação à da palavra do Senhor. O que pensava ter, não lhe servirá para nada.
 
        O saber-se luz colocada pelo Senhor para iluminar o mundo não deveria ser motivo de orgulho mundano por parte do discípulo. Antes, trata-se de uma tarefa difícil e exigente, na qual se poderá até perder a própria vida. Ser luz é uma responsabilidade.
 
Pe. Jaldemir Vitório
Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica
 
Oração
Senhor Jesus, que eu assuma minha fé com tal generosidade e disposição a ponto de, em mim, tua palavra se transformar em luz.

Santo do dia - Santa Jacinta Marescotti

Em Roma, em 1585, nasceu Jacinta, dentro de uma família muito nobre, religiosa, com posses, mas que possuía, principalmente, a devoção, o amor acima de tudo. Seus pais faziam de tudo para que os filhos conhecessem Jesus e recebessem uma ótima educação.
 
     Jacinta Marescotti que, então, tinha como nome de batismo Clarisse, foi colocada num convento para a sua educação, numa escola franciscana, juntamente com as irmãs. Uma das irmãs dela já era religiosa franciscana.
 
        Crescendo na educação religiosa, com valores. No entanto, a boa formação sempre respeita a liberdade. Já moça e distante daqueles valores por opção, ela quis casar-se. Saiu da vida religiosa, começou a percorrer caminhos numa vida de pecados, entregue à vaidade, à formosura e aos prazeres. Enfim, ia se esvaziando. Até que outra irmã sua veio a se casar. Sua reação não foi de alegria ou de festa, pelo contrário, com inveja e revolta ela resolveu entrar novamente na vida religiosa.
 
        A consequência foi muito linda, porque ao entrar nesse segundo tempo, ela voltou como estava: vazia, empurrada por ela própria, pela revolta. Lá dentro, ela foi visitada por sofrimentos. Seu pai, que tanto ela amava e que lhe dava respaldo material, faleceu, foi assassinado. Ela pegou uma enfermidade que a levou à beira da morte. Naquele momento de dor, ela pôde rever a sua vida e perceber o quanto Deus a amava e o quanto ela não correspondia a esse amor.
 
        Arrependeu-se, quis confessar-se e o sacerdote foi muito firme, inspirado naquele momento a dizer: “Eu só entro para o sacramento da reconciliação se sair, do quarto dela, tudo aquilo que está marcado pelo luxo e pela vaidade”. Até as suas vestes eram de seda, diferente das outras irmãs. Ela aceitou, pois já estava num processo de conversão. Arrependeu-se, confessou-se e, dentro do convento, começou a converter-se.
 
        Jacinta Marescotti de tal forma empenhou-se na vida de oração, de pobreza, de castidade e vivência da regra que tornou-se, mais tarde, mestra de noviças e superiora do convento.
Deus faz maravilhas na vida de quem se deixa converter pelo Seu amor.
 
Santa Jacinta Marescotti, rogai por nós!

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Evangelho (Marcos 4,1-20)


 

4 1 Jesus pôs-se novamente a ensinar, à beira do mar, e aglomerou-se junto dele tão grande multidão, que ele teve de entrar numa barca, no mar, e toda a multidão ficou em terra na praia.  2 E ensinava-lhes muitas coisas em parábolas. Dizia-lhes na sua doutrina: 3 “Ouvi: Saiu o semeador a semear. 4 Enquanto lançava a semente, uma parte caiu à beira do caminho, e vieram as aves e a comeram. 5 Outra parte caiu no pedregulho, onde não havia muita terra; o grão germinou logo, porque a terra não era profunda; 6 mas, assim que o sol despontou, queimou-se e, como não tivesse raiz, secou. 7 Outra parte caiu entre os espinhos; estes cresceram, sufocaram-na e o grão não deu fruto. 8 Outra caiu em terra boa e deu fruto, cresceu e desenvolveu-se; um grão rendeu trinta, outro sessenta e outro cem”.9 E dizia: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!” 10 Quando se acharam a sós, os que o cercavam e os Doze indagaram dele o sentido da parábola. 11 Ele disse-lhes: “A vós é revelado o mistério do Reino de Deus, mas aos que são de fora tudo se lhes propõe em parábolas. 12 Desse modo, eles olham sem ver, escutam sem compreender, sem que se convertam e lhes seja perdoado”. 13 E acrescentou: “Não entendeis essa parábola? Como entendereis então todas as outras? 14 O semeador semeia a palavra.
15 Alguns se encontram à beira do caminho, onde ela é semeada; apenas a ouvem, vem Satanás tirar a palavra neles semeada. 16 Outros recebem a semente em lugares pedregosos; quando a ouvem, recebem-na com alegria; 17 mas não têm raiz em si, são inconstantes, e assim que se levanta uma tribulação ou uma perseguição por causa da palavra, eles tropeçam. 18 Outros ainda recebem a semente entre os espinhos; ouvem a palavra, 19 mas as preocupações mundanas, a ilusão das riquezas, as múltiplas cobiças sufocam-na e a tornam infrutífera. 20 Aqueles que recebem a semente em terra boa escutam a palavra, acolhem-na e dão fruto, trinta, sessenta e cem por um”.
 
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!

Comentário do Evangelho - Acolhendo a Palavra

 
      Os discípulos foram orientados a respeito de como a pregação seria acolhida. Com isto, Jesus os precavia contra possíveis desilusões, ou mesmo, otimismo ingênuo. Ensinava-lhes, também, a ter suficiente sensibilidade para perceber onde, exatamente, o Reino estava produzindo frutos,
e alegrar-se por isso.
 
      Muitos haveriam de escutar a mensagem do Reino, de forma tão superficial, como se a pregação estivesse caindo no vazio. A Palavra perder-se-ia antes de penetrar em seus corações.
 
      Outros dariam ouvido à pregação, mostrando até interesse pela Palavra acolhida. Os discípulos teriam motivos para confiar neles. Entretanto, por não terem consistência, logo na primeira perseguição ou tribulação, abririam mão da escolha feita.
 
      Outro grupo de pessoas tornaria improdutiva a Palavra porque, logo depois de ouvi-la e acolhê-la, não seriam capazes de resistir à fascinação das riquezas e outras veleidades incompatíveis com o projeto de Deus.
 
      Outros, enfim, receberiam a Palavra em corações dispostos a fazê-la frutificar. Esta seria a parte proveitosa da missão.
 
      O discípulo, porém, não teria o direito de escolher as pessoas às quais dirigir a Palavra do Reino. Todas haveriam de ser destinatárias dessa Palavra, mesmo que ela, eventualmente, ficasse infrutífera.
 
Pe. Jaldemir Vitório
Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica
 
Oração
Espírito que faz a Palavra frutificar, transforma meu coração em terra fértil, onde a Palavra de Deus possa dar seus frutos.

Santo do dia - São Pedro Nolasco

No século XII, uma família francesa teve a graça de ter como filho o pequeno Pedro Nolasco que, desde jovem, já dava sinais de sensibilidade com o sofrimento alheio.
 
        Foi crescendo, formando-se, entrou em seus estudos humanísticos e, ao término deles, numa vida de oração, penitência e caridade ativa, São Pedro Nolasco sempre buscou viver aquilo que está na Palavra de Deus.
 
        Desde pequeno, um homem centrado no essencial, na pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo; um homem devoto da Santíssima Virgem.
 
        No período de São Pedro Nolasco, muitos cristãos eram presos, feitos escravos por povos não-cristãos. Eles não só viviam uma outra religião – ou religião nenhuma –, como atrapalhavam os cristãos.
 
        São Pedro Nolasco, tendo terminado os estudos humanísticos e ficando órfão, herdou uma grande herança. Ao ir para a Espanha, deparou-se com aquele sofrimento moral e também físico de muitos cristãos que foram presos e feitos escravos. Então, deu toda a sua herança para o resgate de 300 deles. Mais do que um ato de caridade, ali já estava nascendo uma nova ordem; um carisma estava surgindo para corresponder àquela necessidade da Igreja e dos cristãos. Mais tarde, fez o voto de castidade, de pobreza e obediência; foi quando nasceu a ordem dedicada à Santíssima Virgem das Mercês para resgatar os escravos, ir ao encontro daqueles filhos de Deus que estavam sofrendo incompreensões e perseguições.
 
        Em 1256, ele partiu para a glória sabendo que ele, seus filhos espirituais e sua ordem – que foi abençoada pela Igreja e reconhecida pelo rei – já tinham resgatado muitos cristãos da escravidão.
 
Peçamos a intercessão deste santo para que estejamos atentos à vontade de Deus e ao que Ele quer fazer através de nós.
 
São Pedro Nolasco, rogai por nós!

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

A vida de São Tomás de Aquino

       

 Doutor da Igreja, professor de teologia, filosofia e outras ciências nas principais universidades do mundo em seu tempo; frei caridoso, estudioso dos livros sagrados, sucessor na importância teórica de São Paulo e Santo Agostinho. Assim era Tomás d'Aquino, que não passou de um simples sacerdote. Muito se falou, se fala e se falará deste Santo, cuja obra perdura atualíssima ao longo dos séculos. São dezenas de escritos, poesias, cânticos e hinos até hoje lidos, recitados e cantados por cristãos de todo o mundo.
 
        Tomás nasceu em 1225, no castelo de Roccasecca, na Campânia, da família feudal italiana dos condes de Aquino. Possuía laços de sangue com as famílias reais da Itália, França, Sicília e Alemanha, esta ligada à casa de Aragão. Ingressou no mosteiro beneditino de Montecassino aos cinco anos de idade, dando início aos estudos que não pararia nunca mais. Depois, frequentou a Universidade de Nápoles, mas, quando decidiu entrar para a Ordem de São Domingos encontrou forte resistência da família. Seus irmãos chegaram a trancá-lo num castelo por um ano, para tentar mantê-lo afastado dos conventos, mas sua mãe acabou por libertá-lo e, finalmente, Tomás pôde se entregar à religião. Tinha então dezoito anos. Não sendo por acaso a sua escolha pela Ordem de São Domingos, que trabalha para unir Ciência e Fé em favor da Humanidade. Este sempre foi seu objetivo maior.
 
        Foi para Colônia e Paris estudar com o grande Santo e doutor da Igreja, Alberto Magno. Por sua mansidão e silêncio foi apelidado de "boi mudo", por ser também, gordo, contemplativo e muito devoto. Depois se tornou conselheiro dos papas Urbano IV, Clemente IV e Gregório X, além do rei São Luiz da França. Também, lecionou em grandes universidades de Paris, Roma, Bologna e Nápoles e jamais se afastou da humildade de frei, da disciplina que cobrava tanto de si mesmo quanto dos outros e da caridade para com os pobres e doentes.
 
        Grande intelectual, vivia imerso nos estudos, chegando às vezes a perder a noção do tempo e do lugar onde estava. Sua norma de vida era: "oferecer aos outros os frutos da contemplação". Sábios e políticos tentaram muitas vezes homenageá-lo com títulos, honras e dignidades, mas Tomás sempre recusou. Escrevia e publicava obras importantíssimas, frutos de seus estudos solitários desfrutados na humildade de sua cela, aliás seu local preferido. Seus escritos são um dos maiores monumentos de filosofia e teologia católica.
 
        Tomás D'Aquino morreu muito jovem, sem completar os quarenta e nove anos de idade, no mosteiro de Fossanova, a caminho do II Concílio de Lion, em 07 de março de 1274, para o qual fora convocado pelo papa Gregório X. Imediatamente colégios e universidades lhe prestaram as mais honrosas homenagens. Suas obras, a principal, mais estudada e conhecida, a "Summa Teológica", foram a causa de sua canonização, em 1323. Disse sobre ele, nessa ocasião, o papa João XXII: "Ele fez tantos milagres, quantas proposições teológicas escreveu". É padroeiro das escolas públicas, dos estudantes e professores.
 
        No dia 28 de janeiro de 1567, o papa São Pio V lhe deu o título de "doutor da Igreja", e logo passou a ser chamado de "doutor angélico", pelos clérigos. Em toda a sua obra filosófica e teológica tem primazia à inteligência, estudo e oração; sendo ainda a base dos estudos na maioria dos Seminários. Para isso contou, mais recentemente, com o impulso dado pelo incentivo do papa Leão XIII, que fez reflorescer os estudos tomistas.
 
        A sua festa litúrgica é celebrada no dia 28 de janeiro ou no dia 07 de março. Seus restos mortais estão em Tolouse, na França, mas a relíquia de seu braço direito, com o qual escrevia, se encontra em Roma.

Evangelho do dia - (Marcos 3,31-35)

3 31 Chegaram a mãe e os irmãos de Jesus e, estando do lado de fora, mandaram chamá-lo. 32 Ora, a multidão estava sentada ao redor dele; e disseram-lhe: "Tua mãe e teus irmãos estão aí fora e te procuram." 33 Ele respondeu-lhes: "Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?" 34 E, correndo o olhar sobre a multidão, que estava sentada ao redor dele, disse: "Eis aqui minha mãe e meus irmãos. 35 Aquele que faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe."
 
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!

Comentário do Evangelho - Fazer a Vontade de Deus ...

          Outro dia alguém desabafou perto de mim "Tem muita coisa boa nesta vida, que a gente quer fazer, mais contraria a Vontade de Deus, parece que os maus, aqueles que não estão comprometidos com o Reino e nem frequentam Igreja nenhuma, são mais felizes pois fazem o que querem nesta vida".
 
          Quando se fala na Vontade de Deus, dá-se a impressão de que Ele é um tremendo estraga-prazeres, que vai contra tudo o que é bom de fazer e a vida de Fé nesta terra até parece aquela competição de Cabo de Guerra, Deus puxa para um lado e o Ser Humano para o outro...
 
          Se cristianismo fosse isso, nós cristãos seríamos os mais infelizes de todos os homens. O primeiro homem Adão e a mulher Eva, viviam na plenitude da comunhão com Deus, a finalidade para a qual Deus os criou estava em pleno acordo: eles eram objeto do amor de Deus e viviam em um paraíso, que antes de ser um lugar geográfico, é um estado de espírito do homem em sintonia com Deus Criador. Não tinham e nem preconizavam ter nenhuma ambição, tudo o que um Ser humano deseja ser nesta vida, realizando-se na plenitude do amor, nossos primeiros pais já tinham, até que conheceram a possibilidade do mal e fizeram opção por ele...
 
          No evangelho de hoje estamos diante do novo Povo que vai surgindo com Jesus, este retorno á vida de comunhão com Deus vai custar a Vida do Verbo Encarnado, mas o homem, que havia se perdido em si mesmo e não mais se achava, porque diante dele só estava o Mal, agora terá a possibilidade de optar pelo Bem, este Bem que está precisamente nas palavras e ensinamentos de Jesus, que por sua vez é a Palavra de Deus.
 
          O retorno da humanidade aquele estado de vida inicial passa por Jesus, aliás, só Ele é o caminho que conduz ao Pai, e nenhum outro. Até aí tudo bem mais, sendo o homem um ser social, essa experiência de amor e de comunhão com Deus manifestado em Jesus, só se torna possível na relação com o outro, e aí a comunidade é o lugar por excelência, que nos conduz a esse paraíso, que não está lá atrás, perdido no passado, mas está á nossa frente, motivando-nos a caminhar sempre mais, alimentados pela Esperança que um dia transbordou do coração de Deus Filho naquela cruz, e inundou toda a nossa vida, permitindo-nos sonhar, desejar e alcançar essa plenitude feliz, que é eterna...
 
Diácono José da Cruz
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
 
ORAÇÃO
Pai, ensina-me a pautar minha vida pela fidelidade à tua vontade, para que eu faça parte de tua família, fundada pela ação de Jesus
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Santo do dia - São Tomás de Aquino

 Neste dia lembramos uma das maiores figuras da teologia católica: Santo Tomás de Aquino. Conta-se que, quando criança, com cinco anos, Tomás, ao ouvir os monges cantando louvores a Deus, cheio de admiração perguntou: “Quem é Deus?”.
 
          A vida de santidade de Santo Tomás foi caracterizada pelo esforço em responder, inspiradamente para si, para os gentios e a todos sobre os Mistérios de Deus. Nasceu em 1225 numa nobre família, a qual lhe proporcionou ótima formação, porém, visando a honra e a riqueza do inteligente jovem, e não a Ordem Dominicana, que pobre e mendicante atraia o coração de Aquino.
 
          Diante da oposição familiar, principalmente da mãe condessa, Tomás chegou a viajar às escondidas para Roma com dezenove anos, para um mosteiro dominicano. No entanto, ao ser enviado a Paris, foi preso pelos irmãos servidores do Império. Levado ao lar paterno, ficou, ordenado pela mãe, um tempo detido. Tudo isto com a finalidade de fazê-lo desistir da vocação, mas nada adiantou.
 
          Livre e obediente à voz do Senhor, prosseguiu nos estudos sendo discípulo do mestre Alberto Magno. A vida de Santo Tomás de Aquino foi tomada por uma forte espiritualidade eucarística, na arte de pesquisar, elaborar, aprender e ensinar pela Filosofia e Teologia os Mistérios do Amor de Deus.
 
          Pregador oficial, professor e consultor da Ordem, Santo Tomás escreveu, dentre tantas obras, a Suma Teológica e a Suma contra os gentios. Chamado “Doutor Angélico”, Tomás faleceu em 1274, deixando para a Igreja o testemunho e, praticamente, a síntese do pensamento católico.
 
Santo Tomás de Aquino, rogai por nós!

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Evangelho do dia - (Marcos 3,22-30)


 
3 22 Também os escribas, que haviam descido de Jerusalém, diziam: "Ele está possuído de Beelzebul: é pelo príncipe dos demônios que ele expele os demônios."23 Mas, havendo-os convocado, dizia-lhes em parábolas: "Como pode Satanás expulsar a Satanás?24 Pois, se um reino estiver dividido contra si mesmo, não pode durar.25 E se uma casa está dividida contra si mesma, tal casa não pode permanecer. 26 E se Satanás se levanta contra si mesmo, está dividido e não poderá continuar, mas desaparecerá.27 Ninguém pode entrar na casa do homem forte e roubar-lhe os bens, se antes não o prender; e então saqueará sua casa.28 "Em verdade vos digo: todos os pecados serão perdoados aos filhos dos homens, mesmo as suas blasfêmias; 29 mas todo o que tiver blasfemado contra o Espírito Santo jamais terá perdão, mas será culpado de um pecado eterno."30 Jesus falava assim porque tinham dito: "Ele tem um espírito imundo."
 
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!

Comentário do Evangelho - Uma falsa acusação

Os mestres dizem que Jesus está dominado por Belzebu, o chefe dos demônios. É Belzebu que dá poder a ele para expulsar demônios. Jesus os questiona: como Satanás vai expulsar
 a si mesmo?  Como o Reino de Satanás vai se dividir?
Se for assim, será destruído.
         
          Os milagres não tinham, por si mesmos, o poder de convencer as pessoas da condição messiânica de Jesus. Ao contemplá-los, as pessoas podiam fazer as mais contraditórias interpretações. Tudo dependia da maior ou menor sintonia com Jesus.
 
          Os mestres da Lei interpretavam as ações miraculosas de Jesus como instrumento da ação demoníaca na história humana. Jesus, na visão deles, estaria atuando com um força recebida de satanás. Daí sua capacidade de expulsar os demônios.
 
          Evidentemente, Jesus não podia se calar diante de uma interpretação tão destorcida de sua atividade. E partiu da acusação de seus adversários, para desmascarar a falsidade do ponto de vista deles. A ação miraculosa de Jesus consistia em aniquilar o poder de satanás sobre as pessoas. Bastava uma ordem sua para que os demônios deixassem livres aqueles a quem mantinham cativos. Jesus era o terror dos demônios.
 
         Sendo assim, não tem lógica dizer que a ação de Jesus tenha algo a ver com Belzebu. Esse não haveria de munir de poder contra si a quem poderia acabar com suas pretensões sobre as pessoas. Era preciso procurar em outro lugar a raiz do poder taumatúrgico de Jesus.
 
         Era pecaminosa a acusação de que Jesus agia em conluio com satanás. Tratava-se de uma verdadeira blasfêmia contra o Espírito Santo, por cuja força Jesus atuava.
 
Pe. Jaldemir Vitório
Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica
 
Oração
Senhor Jesus, leva-me a reconhecer que na raiz de tua ação está o Espírito Santo trazendo libertação para a humanidade.

Santo do dia - Santa Ângela Mérici

 Nasceu no ano de 1474 no norte da Itália. De uma família muito honesta, materialmente pobre, mas espiritualmente riquíssima, amava muito Cristo e sua Igreja. Os filhos foram crescendo assim, com o testemunho dos pais, inclusive Santa Ângela que, desde pequenina, já tinha vida de oração e penitência, buscava amar, cada vez mais, Deus.
 
     Ela teve uma irmã e, com o tempo, seus pais vieram a falecer. Os filhos tiveram que sair de sua terra e morar com um tio. Ali, a irmã faleceu e, mais tarde, o tio. Quantas perdas!
 
       Mas Santa Ângela, mulher de oração, nunca acusou Deus, nunca se revoltou. Isso não quer dizer que não sentiu, não sofreu. Até Nosso Senhor, verdadeiro Deus, verdadeiro homem sofreu. Inspirada pelo Espírito Santo, retornou para a sua terra natal e ali começou a fazer um trabalho muito providencial, confirmado pelo céu, porque teve um sonho de ver jovens com coroas de lírios caminhando para o céu. Naquele discernimento, ela agarrou a inspiração e foi trabalhar servindo jovens que corriam riscos morais.
 
       O grupo daqueles que se dedicavam a Deus foi crescendo, servindo no resgate à evangelização dos jovens e também na restauração das famílias. Ela foi com o coração aberto, cheio de amor para auxiliar, com as outras jovens, as famílias. Promoveu a restauração das jovens, das famílias, também foi ao encontro dos pobres e enfermos.
 
       O Papa aprovou esta nova congregação que foi consagrada a Santa Úrsula, por isso, eram chamadas ursulinas, pois a própria Santa Úrsula apareceu para Santa Ângela. Ela que, aos 66 anos, partiu para o céu, hoje intercede não só pelas ursulinas, mas por todos que são Igreja.
 
Santa Ângela Mérici, rogai por nós!

domingo, 26 de janeiro de 2014

Evangelho do dia - Mateus 4, 12 - 23

    


Quando soube que João tinha sido preso, Jesus retirou-se para a Galileia. Deixou Nazaré e foi morar em Cafarnaum, às margens do mar da Galileia, no território de Zabulon e de Neftali, para cumprir-se o que foi dito pelo profeta Isaías: “Terra de Zabulon, terra de Neftali, caminho do mar, região além do Jordão, Galileia, entregue às nações pagãs! O povo que estava nas trevas viu uma grande luz, para os habitantes da região sombria da morte uma luz surgiu”. A partir de então, Jesus começou a anunciar: “Convertei-vos, pois o Reino dos Céus está próximo”. Caminhando à beira do mar da Galileia, Jesus viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam jogando as redes ao mar, pois eram pescadores. Jesus disse-lhes: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens”. Eles, imediatamente, deixaram as redes e o seguiram. Prosseguindo adiante, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João. Estavam no barco, com seu pai Zebedeu, consertando as redes. Ele os chamou. Deixando imediatamente o barco e o pai, eles o seguiram. Jesus percorria toda a Galileia, ensinando nas sinagogas deles, anunciando a Boa-Nova do Reino e curando toda espécie de doença e enfermidade do povo.
 
- Palavra da Salvação!
- Glória a vós, Senhor!

Comentário do Evangelho - De Nazaré a Carfanaum

 

Jesus escolhe Cafarnaum pra morar. Mateus recorda que isso é para que se cumpra a Escritura, em Isaias, que fala da luz que brilha na escuridão.
A mensagem que passa a pregar é de conversão: "arrependam-se".
O Reino de Deus é o núcleo da sua pregação. Começa também a formar sua equipe de missão. Chama Pedro e André, dois pescadores. e mais dois pescadores; Tiago e João. O texto diz que "imediatamente" ou, "no mesmo instante", deixaram as redes, o pai e o barco e foram com Jesus.
A profissão de pescadores se transforma na missão
de salvar pessoas para o Reino.
"Ir" com Jesus, ou "segui-lo" significa ser fiel a ele.
Aqui nasce a espiritualidade do seguimento.
 
 
          Ao deixar Nazaré onde fora criado e vivera por longos anos, Jesus escolheu como base de sua pregação a cidade de Cafarnaum, às margens do lago da Galiléia. Ele poderia ter-se dirigido a Jerusalém, na Judéia, a Cidade Santa do judaísmo. Todavia, a escolha da Galiléia como ponto de partida de sua pregação foi intencional, devido ao simbolismo ligado àquela região.
 
          No passado, os habitantes do norte de Israel foram vitimados por tropas estrangeiras, que invadiram o território judeu. Além disso, para impor sua dominação, trocaram a população local por outra, trazida do exterior. Daí em diante, apelidou-se de "Galiléia dos Pagãos" o território ocupado por populações não judaicas, tendo abatido sobre elas, desde então, um grande desprezo.
 
          O texto de Isaías, citado no Evangelho, tem como pano de fundo este fato. Falando do futuro, o profeta diz que o país mergulhado nas trevas haveria de contemplar uma grande luz. Um passado de humilhação daria lugar a um futuro glorioso, com a chegada do Messias que poria fim à história tenebrosa do norte de Israel.
 
          Jesus escolheu começar e concluir seu ministério entre os pagãos, os marginalizados e as vítimas de preconceitos. À Judéia, onde se pensava viverem os judeus fiéis, o Mestre foi apenas para morrer. Depois de ressuscitar, ele retornou à Galiléia para enviar os apóstolos por todo o mundo, a fim de pregar o Evangelho do Reino.
 
 Pe. Jaldemir Vitório
Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica
 
Oração
Pai, faze-me compreender que os pobres e os marginalizados são os destinatários privilegiados do Evangelho do Reino; para eles tua luz deve brilhar em primeiro lugar.

Santo do dia - São Timóteo

 Sua vida foi marcada pela evangelização, pela santidade de São Paulo e também de São João Evangelista. A respeito dele, certa vez, São Paulo escreveu em uma de suas cartas: “A Timóteo, filho caríssimo: graça, misericórdia, paz, da parte de Deus Pai e de Jesus Cristo, Nosso Senhor!” (II Timóteo 1,2).
 
          Nesta carta, vamos percebendo que ele foi fruto de uma evangelização que atingiu não somente a ele, mas também sua família: “Quando me vêm ao pensamento as tuas lágrimas, sinto grande desejo de te ver para me encher de alegria. Confesso a lembrança daquela tua fé tão sincera que foi primeiro a de tua avó Lóide e de tua mãe, Eunice e, não tenho a menor dúvida, habita em ti também”. (II Timóteo 1,4-5) Por isso, São Paulo foi marcado pelo testemunho de São Timóteo, que se deixou influenciar também por São Paulo. Tornou-se, mais tarde, além de um apóstolo, um companheiro de São Paulo em muitas viagens.
 
          Primeiro bispo de Éfeso, foi neste contexto que ele conheceu e foi discípulo de Nosso Senhor seguindo as pegadas do Evangelista João.
 
          Conta-nos a tradição que, no ano de 95, o santo havia sido atingido por pagãos resistentes à Boa Nova do Senhor e, por isso, martirizado. São Timóteo, homem de oração, um apóstolo de entrega total a Jesus Cristo. Viveu a fé em família, mas também propagou a fé para que todos conhecessem Deus que é paz.
 
          Peçamos a intercessão desse grande santo para que sejamos apóstolos nos tempos de hoje.
 
São Timóteo, rogai por nós!

sábado, 25 de janeiro de 2014

Evangelho do dia - (Marcos 16,15-18)

 
16 15 Disse Jesus aos seus discípulos: Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura. 16 Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado. 17 Estes milagres acompanharão os que crerem: expulsarão os demônios em meu nome, falarão novas línguas, 18 manusearão serpentes e, se beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal; imporão as mãos aos enfermos e eles ficarão curados.
 
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!

Comentário do Evangelho - Ide por todo mundo! E São Paulo foi!

          Ir para fora (parece redundância) ir além das fronteiras, superar os limites, ter coragem de romper com o modelo tradicional, tudo isso São Paulo Apóstolo fez com maestria, tudo isso nós cristãos precisamos urgente fazer nos dias de hoje. Sem dúvida que qualquer experiência religiosa não pode deixar de lado a vida em comunidade, mas nunca podemos confundi-la com nossa missão, muita gente pensa que a missão do cristão está em viver em comunidade, se fosse assim, nunca Jesus teria dito IDE, mas sim PERMANEÇAM, fiquem onde estão, preservem o grupo...
 
          Há cristãos que pensam assim, há igrejas que agem assim, há grupos que pensam assim e se fecham em uma religião egoísta que não quer evangelizar coisa nenhuma, mas sim formatar a todos, impondo um padrão de comportamento e de conduta, que aceite sem restrições aquilo que é proposto pelos dirigentes.
 
          Paulo de Tarso fez essa experiência pessoal com Jesus, no caminho para Damasco, e depois de um longo retiro espiritual, orientado por Ananias, começou a sua pregação, sem preocupar-se com o modelo da Igreja Mãe presente em Jerusalém. Não foi perguntar aos outros apóstolos, como deveria fazer, mas teve a humildade de procurá-los quando viu a divisão ameaçar a comunidade. Embora com uma linha de pregação mais avançada, tendo até algumas diferenças com o Chefe dos Apóstolos,
 
          Paulo preservou a comunhão e a ela foi fiel até o último dia de sua vida. Com coragem e ousadia levou o evangelho ao mundo Helenista, onde a sabedoria humana era a única Luz presente na existência do homem, anunciou também nos ambientes tradicionalmente judaicos como as sinagogas. Enfim, "teolofisou" a sua experiência cristã, que não foi a mesma dos demais apóstolos, e expandiu a Igreja para muito além dos muros de Jerusalém.
 
          Foi o primeiro apóstolo a seguir a ordem do Senhor "Ide por todo mundo e pregai o evangelho a toda criatura". Paulo poderia juntar-se aos demais da comunidade de Jerusalém, ser um membro fiel e benquisto por todos, revertendo o quadro anterior quando era um perseguidor da Igreja. Mas Paulo vai além e prega o Evangelho aonde a rejeição e a hostilidade eram uma certeza, não pensando nos riscos que iria correr, nos perigos que teria de enfrentar, nas situações embaraçosas que poderiam ocorrer...
 
          Hoje, para falar de Jesus e do seu evangelho, fora da Igreja, é preciso pensar duas vezes para não cair no ridículo, já soube de irmãos evangélicos que perderam até o emprego por causa do seu testemunho no ambiente de trabalho, o mesmo vi ocorrer com católicos, que tiveram de mudar de opinião e calarem a boca diante de certas Verdades Cristãs não aceitas pela Pós Modernidade. Já vi político cristão abrir mão do seu testemunho, para satisfazer as regras do seu partido, porque pleiteava
       
          A verde é que nós aqui do Segundo Milênio da Era Cristã, estamos no mesmo barco de Paulo, esse grande Apóstolo que a Igreja hoje celebra, ou arriscamos tudo e vamos pescar em águas profundas e perigosas onde os peixes são grandes e mais abundantes, ou ficaremos eternamente pescando na beira do rio, pegando de vez em quando algum lambarizinho e alardeando que pegamos uma "Baleia".
 
          Peçamos a São Paulo que nos dê coragem, força e ousadia, para levarmos o evangelho aos ouvidos dos que não querem ouvi-lo, o apóstolo não botava Fé na sua sabedoria e conhecimento, mas fez tudo isso porque acreditou piamente que a Graça de Deus nunca lhe faltaria...
 
Diácono José da Cruz
Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
 
São Paulo Apóstolo, Rogai por todos nós!

Santo do dia - Conversão de São Paulo

O apóstolo dos gentios e das nações nasceu em Tarso. Da tribo de Benjamim, era judeu de nação. Tarso era mais do que uma colônia de Roma, era um município. Logo, ele recebeu também o título de cidadão romano. O seu pai pertencia à seita dos fariseus. Foi neste ambiente, em meio a tantos títulos e adversidades, que ele foi crescendo e buscando a Palavra de Deus.
 
     Combatente dos vícios, foi um homem fiel a Deus. Paulo de Tarso foi estudar na escola de Gamaliel, em Jerusalém, para aprofundar-se no conhecimento da lei, buscando colocá-la em prática. Nessa época, conheceu o Cristianismo, que era tido como um seita na época. Tornou-se, então, um grande inimigo dessa religião e dos seguidores desta. Tanto que a Palavra de Deus testemunha que, na morte de Santo Estevão, primeiro mártir da Igreja, ele fez questão de segurar as capas daqueles que o [Santo Estevão] apedrejam, como uma atitude de aprovação. Autorizado, buscava identificar cristãos, prendê-los, enfim, acabar com o Cristianismo. O intrigante é que ele pensava estar agradando a Deus. Ele fazia seu trabalho por zelo, mas de maneira violenta, sem discernimento. Era um fariseu que buscava a verdade, mas fechado à Verdade Encarnada. Mas Nosso Senhor veio para salvar todos.
 
        Encontramos, no capítulo 9 dos Atos dos Apóstolos, o testemunho: “Enquanto isso, Saulo só respirava ameaças e morte contra os discípulos do Senhor. Apresentou-se ao príncipe dos sacerdotes e pediu-lhes cartas para as sinagogas de Damasco, com o fim de levar presos, a Jerusalém, todos os homens e mulheres que seguissem essa doutrina. Durante a viagem, estando já em Damasco, subitamente o cercou uma luz resplandecente vinda do céu. Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: ‘Saulo, Saulo, por que me persegues?’. Saulo então diz: ‘Quem és, Senhor?’. Respondeu Ele: ‘Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro te é recalcitrar contra o aguilhão’. Trêmulo e atônito, disse Saulo: ‘Senhor, que queres que eu faça?’ respondeu-lhe o Senhor: ‘Levanta-te, entra na cidade, aí te será dito o que deves fazer’”.
 
        O interessante é que o batismo de Saulo é apresentado por Ananias, um cristão comum, mas dócil ao Espírito Santo.
 
        Hoje estamos comemorando o testemunho de conversão de São Paulo. Sua primeira pregação foi feita em Damasco. Muitos não acreditaram em sua mudança, mas ele perseverou e se abriu à vontade de Deus, por isso se tornou um grande apóstolo da Igreja, modelo de todos os cristãos.
 
São Paulo de Tarso, rogai por nós!

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Evangelho do dia - (Marcos 3,13-19)

3 13 Depois, Jesus subiu ao monte e chamou os que ele quis. E foram a ele. 14 Designou doze dentre eles para ficar em sua companhia. 15 Ele os enviaria a pregar, com o poder de expulsar os demônios. 16 Escolheu estes doze: Simão, a quem pôs o nome de Pedro; 17 Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, aos quais pôs o nome de Boanerges, que quer dizer Filhos do Trovão. 18 Ele escolheu também André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu; Tadeu, Simão, o Zelador; 19 e Judas Iscariotes, que o entregou.

 
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!

Comentário do Evangelho - Os companheiros de Jesus

A comunidade de Marcos guardou em sua Tradição esta passagem da vida de Jesus que lhe servia de orientação. Impressionava-a o fato de que antes de tomar uma decisão importante – como tinha sido a escolha de seus doze apóstolos –, Jesus tinha orado. Só depois disso é que selecionou os doze apóstolos. Poucos. Não era, porém, o número que importava, mas a qualidade do "instrumento” que deveria cooperar com a ação da graça. Certamente a missão poderia lhes parecer imensa, mas várias vezes Jesus lhes pediria que não tivessem medo, pois lhes assegurava que estaria sempre com eles.
 
 
       A escolha dos primeiros companheiros de Jesus foi feita a dedo. Foi chamado quem ele quis. De nada adiantava se oferecer, pedir para ser recebido como discípulo ou apresentar prerrogativas pessoais. Jesus sabia quem deveria tomar parte naquele grupinho mais chegado a ele.
 
       A quantidade dos escolhidos tinha um valor simbólico. O número doze evocava as doze tribos do antigo Israel, libertado da escravidão do Egito. O grupinho de discípulo estava, pois, destinado a ser semente de um povo novo. E tomaria o lugar do Israel do passado, cujas funções na história já haviam se esgotado. Seu sucessor é o grupo formado por Jesus.
 
       Os doze receberam como incumbência dar continuidade à dupla face da missão de Jesus. Eles seriam enviados para ser anunciadores da boa-nova do Reino, destinada a transformar a vida dos indivíduos.
 
       A pregação consistiria num chamado insistente à conversão, com seu componente de mudança de vida e de mentalidade. A pregação seria ratificada com a realização de gestos poderosos de expulsão dos demônios. A vitória sobre os demônios seria um sinal da eficácia do Reino no coração das pessoas.
 
       A ação dos discípulos, desta forma, faria a ação de Jesus continuar a dar seus frutos na história. Esta é a tarefa de todo discípulo autêntico.
 
Pe. Jaldemir Vitório
Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica
 
Oração
Senhor Jesus, tu me chamaste pelo nome para seguir-te. Ajuda-me a levar adiante a missão de proclamar o Reino e fazê-lo frutificar na vida das pessoas.

Santo do dia - São Francisco de Sales

 Este santo nasceu no Castelo de Sales em 1567. Sua mãe, uma condessa, buscou formá-lo muito bem com os padres da Companhia de Jesus, onde, dentre muitas disciplinas, também aprendeu várias línguas. Muito cedo, fez um voto de viver a castidade e buscar sempre a vontade do Senhor. Ao longo da história desse santo muito amado, vamos percebendo o quanto ele buscou e o quanto encontrou o que Deus queria.
 
       Anos mais tarde, São Francisco escreveu “Introdução à vida devota” e, vivendo do amor de Deus, escreveu também o “Tratado do amor de Deus”.
 
       Certa ocasião, atacado pela tentação de desconfiar da misericórdia do Senhor, ele buscou a resposta dessa dúvida com o auxílio de Nossa Senhora e, assim, a desconfiança foi dissipada. Estudou Direito em Pádua, mas, contrariando familiares, quis ser padre. E foi um sacerdote que buscou a santidade não só para si, mas também para os outros.
 
       No seu itinerário de pregações, de zelo apostólico e de evangelização, semeando a unidade e espalhando, com a ajuda da imprensa, a sã doutrina cristã, foi escolhido por Deus para o serviço do episcopado em Genebra. Primeiro, como coadjutor, depois, sendo o titular. Um apóstolo do amor e da misericórdia. Um homem que conseguiu expressar, com o seu amor e a sua vida, a mansidão do Senhor.
 
       Diz-se que, depois de sua morte, descobriu-se que sua mesa de trabalho estava toda arranhada por baixo, porque, com seu temperamento forte, preferia arranhar a mesa a responder sem amor e sem mansidão para as pessoas.
 
       Doutor da Igreja, é fundador da Ordem da Visitação, titular e patrono da família salesiana, fundada por Dom Bosco, que se inspirou nele ao adotar o nome [salesiano]. Também é patrono dos escritores e dos jornalistas devido ao estilo e ao conteúdo de seus escritos.
 
       Esse grande santo da Igreja morreu com 56 anos, sendo que 21 deles foram vividos no episcopado como servo para todos e sinal de santidade.
 
       Peçamos a intercessão desse grande santo para que, numa vida devota e vivendo do amor de Deus, possamos percorrer o nosso caminho em busca de Deus em todos os caminhos.
 
São Francisco de Sales, rogai por nós!

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Evangelho do dia - (Marcos 3,7-12)

3 7 Jesus retirou-se com os seus discípulos para o mar, e seguia-o uma grande multidão, vinda da Galiléia. 8 E da Judéia, de Jerusalém, da Iduméia, do além-Jordão e dos arredores de Tiro e de Sidônia veio a ele uma grande multidão, ao ouvir o que ele fazia. 9 Ele ordenou a seus discípulos que lhe aprontassem uma barca, para que a multidão não o comprimisse. 10 Curou a muitos, de modo que todos os que padeciam de algum mal se arrojavam a ele para o tocar. 11 Quando os espíritos imundos o viam, prostravam-se diante dele e gritavam: Tu és o Filho de Deus! 12 Ele os proibia severamente que o dessem a conhecer. 
 
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!

Comentário do Evangelho - O Filho de Deus

 
       Causa estranheza o fato de os endemoninhados terem gritado que Jesus era o Filho de Deus, fórmula própria de uma confissão de fé. Jesus reconheceu a verdade da declaração deles e os proibiu severamente de ficarem dizendo quem ele era.
 
       É notável que a exclamação não tenha sido feita pelas multidões, vindas de tantos lugares diferentes, atraídas pela fama dos milagres realizados por Jesus. Era de se esperar que elas proclamassem sua fé em Jesus. Antes, são os possessos os proclamadores da condição divina de Jesus.
 
       A teologia evangélica quer mostrar que Jesus, ao implantar o Reino na história humana, desbancou as forças do mal. Evidentemente, elas não se contentavam de ver seu poder reduzido sem protestar. E quando eram vencidas, sabiam muito bem quem as estava vencendo. A proclamação pública da filiação divina de Jesus, posta na boca dos possessos, indica o nível profundo em que Jesus estava atuando.
 
       Sua ação a serviço do Reino deu origem a um autêntico combate onde as forças ocultas do mal foram desmascaradas e confrontadas com um poder muito superior a elas. Não lhes restava senão submeter-se e deixar o senhorio de Jesus acontecer na vida de quem era cativo. A presença libertadora do Filho de Deus expulsava toda sorte de espírito imundo instalado no coração humano.
 
Pe. Jaldemir Vitório
Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica
 
Oração
Senhor Jesus, Filho de Deus, que a tua presença purifique meu coração de todo espírito mal, que me mantem cativo do egoísmo.

Santo do dia - Santo Ildefonso

Nasceu no ano de 606, em Toledo, no dia 8 de dezembro. Um homem de oração, foi discernindo a vontade de Deus também nas perdas. Ficou órfão e, em meio aos bens que possuía, fez de tudo para a construção de um mosteiro para religiosos. Um homem de discernimento, que não quer dizer sem medo, sem dificuldades.
 
       Os santos não foram super-homens, mas pessoas de carne e osso que foram se deixando transformar por Aquele que é o santo dos santos: Jesus Cristo. Ele que, pelo poder do Espírito Santo, opera maravilhas no coração que se abre. Santo Ildefonso, um coração aberto para as vontades de Deus, mesmo contra a própria vontade.
 
       Aconteceu que o Bispo de sua localidade havia falecido e o povo o elegeu. Ele se escondeu num convento, mas foi descoberto e aceitou este grande serviço para o povo de Deus. Foi um grande instrumento de Deus e devoto da Santíssima Virgem. Ele propagou a Festa da Expectação de Nossa Senhora, em 18 de dezembro – Nossa Senhora do Ó, como ficou conhecida. Fruto desse amor, ele recebeu a graça de uma aparição da Virgem Maria, chamando-o de “meu capelão” e presenteando-o com uma casula do céu.
 
       Assim diz o seu testemunho: Um homem revestido de humildade, de vida, de oração na vida sacramental, por isso foi um grande pastor para o seu povo. Não evangelizou sozinho, pois os santos bem sabiam e continuam a saber o quanto nós precisamos uns dos outros para que a evangelização
 
       Os santos foram aqueles que se consumiram pelo Evangelho para que muitos conheçam Jesus Cristo.
 
Santo Ildefonso, rogai por nós!

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Evangelho do dia - (Marcos 3,1-6)

 
Naquele tempo, 3 1 entrou Jesus na sinagoga e achava-se ali um homem que tinha a mão seca. 2 Ora, estavam-no observando se o curaria no dia de sábado, para o acusarem. 3 Ele diz ao homem da mão seca: "Vem para o meio." 4 Então lhes pergunta: "É permitido fazer o bem ou o mal no sábado? Salvar uma vida ou matar?" Mas eles se calavam. 5 Então, relanceando um olhar indignado sobre eles, e contristado com a dureza de seus corações, diz ao homem: "Estende tua mão!" Ele estendeu-a e a mão foi curada. 6 Saindo os fariseus dali, deliberaram logo com os herodianos como o haviam de perder.
                   
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!
 

Comentário do Evangelho - Fazer o bem é sempre permitido

 
       Jesus sabia-se livre para fazer o bem, mesmo atropelando as tradições religiosas de seu tempo. Sua liberdade, entretanto, podia ser mal entendida e tomada como uma forma irresponsável de chocar a sensibilidade religiosa alheia. Ou, então, como uma espécie de anarquismo, onde regras e normas são tranquilamente atropeladas.
 
       Uma consciência profunda de ser servidor do Reino de Deus movia a ação de Jesus. Enquanto servo, ele se colocava à disposição do Pai, cuja vontade estava sempre pronto para cumprir. O desígnio do Pai era que o Reino acontecesse de maneira efetiva na vida das pessoas, resgatando-as de tudo quanto pudesse mantê-las cativas. A doença é uma forma de limitação da força vital concedida a cada ser humano. Libertar-se dela é sinal de resgate do dom original de Deus. Por isso, quando se tratava de recuperar a saúde de alguém, Jesus passava por cima de todas as convenções religiosas.
 
       A pressão sofrida por parte dos fariseus não intimidava Jesus. Ele não curava às escondidas, nem se preocupava de saber se estava agradando ou não a seus críticos. Um homem foi curado no meio da sinagoga repleta, num dia de sábado. Era inadmissível para Jesus vê-lo com sua deficiência física e se omitir. Embora atraísse o ódio de muitos sobre si, escolheu o caminho da fidelidade ao Pai, restituindo ao homem o pleno uso de sua mão.
 
Pe. Jaldemir Vitório
Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica
 
Oração
Senhor Jesus, tua liberdade para servir ao Pai e ao Reino são uma referência para mim. Que também eu seja livre para fazer sempre o bem ao meu próximo.

Santo do dia - São Vicente

Um santo amado e citado por muitos santos, como Santo Agostinho, Santo Ambrósio, São Prudêncio e outros que trouxeram à tona o testemunho desse grande diácono e mártir da Igreja.
 
       Nasceu na Espanha, em Huesca, no século terceiro. De uma família muito distinta e conhecida por todos, ele escolheu ser cristão e, assim, viver a santidade.
 
       Vicente viveu num período muito difícil da Igreja. Um tempo em que Diocleciano e Maximiano – imperadores –, começaram a perseguir os cristãos e forçar muitos a se declararem a favor dos deuses; caso contrário, seriam martirizados. O santo de hoje foi um dos que fez a opção por Jesus.
 
       Ele era um grande pregador da Palavra, mais do que isso, buscava viver a Palavra que pregava, esta que é, antes de tudo, Cristo Jesus, o Santo dos Santos, o nosso modelo, o nosso Senhor e Salvador. Diante das ameaças do governador Darciano, ele não recusou a se dizer cristão e fiel ao Senhor.
 
       Os tormentos o perseguiram. Foi um martírio lento, sempre com o objetivo de vencê-lo para que Darciano se desse como herói diante do Cristianismo, mas também com o objetivo de levar São Vicente a renunciar a própria fé, a sacrificar aos deuses. Fiel a Deus e sustentado pela oração, diante de si ele tinha o seu grande amor: Deus. Sendo assim, ele for martirizado aos poucos, até mesmo levado à grelha, tendo seu corpo dilacerado, jogado numa prisão e, por fim, Darciano deixou-o num leito pedindo que cuidassem dele. Ali, sim, ele foi visitado por outros cristãos e entregou-se a Deus.
São Vicente tornou-se modelo para todos os cristãos e também padroeiro principal do patriarcado de Lisboa e também da diocese de Faro.
 
São Vicente, rogai por nós!