terça-feira, 21 de junho de 2011

ARRAIÁ DO MCC


O Setor Leopoldina realizará no dia 22 de junho, no Centro de Pastoral Dom Reis, sua tradicional Festa Junina, com variadas barracas de doces, caldos, salgados e pescaria. Venha Participar conosco. Será realizado um sensacional bingo, com vários prêmios. Aguardamos todos vocês vestidos a caráter.

São Luís Gonzaga

Considerado o "Patrono da Juventude", São Luís Gonzaga nasceu no ano de 1568 na Corte de Castiglione. Recebeu por parte de sua mãe a formação cristã. Já seu pai o motivava a ser príncipe. Sua família tinha muitas posses mas, graças ao amor de Deus, Luís - desde cedo - deixou-se possuir por esse amor.

Deixar-se amar por Deus é fonte de santidade.

Com dez anos de idade, na corte, frequentando aqueles meios, dava ali testemunho do Evangelho e se consagrou a Nossa Senhora. Ali descobriu seu chamado à vida religiosa e queria ser padre. Seu pai, ao saber disso, o levava para festas mundanas, na tentativa de fazê-lo desistir de sua vocação.

Entrou para a Companhia de Jesus onde viveu durante seis anos.

Com pouco mais de vinte anos, faleceu de uma peste que havia se espalhado em Roma.

São Luís Gonzaga, rogai por nós!

Evangelho (Mt 7,6.12-14):


«Não deis aos cães o que é santo, nem jogueis vossas pérolas diante dos porcos. Pois estes, ao pisoteá-las se voltariam contra vós e vos estraçalhariam. Tudo, portanto, quanto desejais que os outros vos façam, fazei-o, vós também, a eles. Isto é a Lei e os Profetas. Entrai pela porta estreita! Pois larga é a porta e espaçoso o caminho que leva à perdição, e muitos são os que entram! Como é estreita a porta e apertado o caminho que leva à vida, e poucos são os que o encontram!».

Comentário do dia


Hoje, o Senhor nos faz três recomendações. A primeira, «Não deis aos cães o que é santo, nem jogueis vossas pérolas diante dos porcos» (Mt 7,6), contrastes em que “bens” são associados a “pérolas” e ao “que é santo”; e “cães e porcos” ao que é impuro. São João Crisóstomo ensina que «nossos inimigos são iguais a nós quanto à natureza, mas não quanto à fé». Apesar dos benefícios terrenos serem concedidos igualmente aos dignos e indignos, não é assim quanto às graças espirituais”, privilégio daqueles que são fiéis a Deus. A correta distribuição dos bens espirituais implica em zelo pelas coisas sagradas.

A segunda é a chamada “regra de ouro” (cf. Mt 7,12) , que compendia tudo o que a Lei e os Profetas recomendaram, tal como ramos de uma única árvore: o amor ao próximo pressupõe o Amor a Deus e, dele resulta.

Fazer ao próximo o que se deseja seja feito conosco implica na transparência de ações para com o outro, no reconhecimento de sua semelhança a Deus, de sua dignidade. Por que razão nós desejamos o Bem para nós mesmos? Porque o meio de identificação para ser profundamente reconhecidos é a união com o Criador. Sendo o Bem, para nós, o único meio para a vida em plenitude, é inconcebível sua ausência na nossa relação com o próximo. Não há lugar para o bem onde prevaleça a falsidade e prepondere o mal.

Por fim, a “porta estreita”... O Papa Bento XVI nos pergunta: «O que significa esta ‘porta estreita’? Por que muitos não conseguem entrar por ela? Trata-se de uma passagem reservada a alguns eleitos?» Não! A mensagem de Cristo «nos é dirigida no sentido de que todos podem entrar na vida. A passagem é ‘estreita’, mas aberta a todos; ‘estreita’ porque exigente, requer compromisso, abnegação, mortificação do próprio egoísmo».

Roguemos ao Senhor que realizou a salvação universal com sua morte e ressurreição que nos reúna a todos no Banquete da vida eterna.

domingo, 19 de junho de 2011

Comunicado aos irmãos de caminhada.



O Grupo Executivo Diocesano de Leopoldina (GED) vem esclarecer nossa ausência por alguns dias, mas agora retomando nossas postagens, pois a missão do blog é evangelizar.
Querendo sempre mostrar o trabalho que vem sendo realizado em nossas comunidades.
Assim como oração de nosso patrono são Paulo apostolo:

Ó São Paulo tu disseste: Fiz-me
tudo para todos,
para levar a todos
os povos a Boa Nova da Salvação,
desperta em mim esse ardente desejo
missionário!
Dá-me a coragem de Lançar-me
para frente,
com renovado ardor
e entrega total a Jesus Cristo, que é
o Caminho, a Verdade e a Vida.
Intercede por mim, ó grande
Apóstolo Paulo, para que seguindo
teu exemplo, eu possa dizer:
Já não sou mais eu que vivo,

pois é Cristo que vive em mim!
Faz de mim um (a) grande
apóstolo (a) e irradiador (a) do Mestre
Divino através de minha vida,
usando com amor e fé todos
os meios de comunicação.
Confio em ti, ó Santo Apóstolo Paulo.
Amém.


Saudações D E C O L O R E S a todos os companheiros de caminhada.


Deus é comunidade de amor

Quando o homem olha para dentro de si, a fim de analisar sua experiência religiosa, tem a sensação de um abismo sem fundo, uma profundeza in­finita. A essa profundeza inatingível de nosso ser refere-se a palavra "Deus". Deus significa isto: a profundeza última da nossa vida, a fonte do nosso ser, a meta de todos os nossos esforços. Esse fundo íntimo do nosso ser manifesta-se na abertura do nosso "eu para um 'tu", e na seriedade dessa inclinação. Vemos assim impressa em nosso ser a realidade profunda e grandiosa do Deus cristão, a Trindade. Isto é, o mistério de um Deus que é comunidade e comunhão de vida. Um Deus que é Pai, Filho, Espírito Santo.


A comunhão com Deus, fim do homem

O próprio Deus vem ao homem, manifesta-se a ele como "Senhor", mas cheio de bondade e misericórdia, rico em graça e fidelidade (1ª leitura). Na exuberância de seu amor pelo mundo, manifestado no dom de seu Filho único para salvá-lo  (evangelho), o  Deus  do  amor e
da paz derrama sobre os homens sua graça em Cristo, e os chama à comunhão com ele no Espírito Santo (2ª leitura).

A Comunidade Trinitária é verdadeiramente o valor último e supremo, o único verdadeiro fim último do homem, uma vez que Deus, e somente Deus, é a plenitude de toda perfeição.

A Comunidade Trinitária é verdadeiramente mistério, realidade que supera absolutamente toda compreensão humana. Deus jamais deixará de causar a admiração do homem, e nunca homem algum penetrará na terra de Deus se não estiver disposto a se desarraigar, como Abraão (Gn 12,1), das fronteiras de suas limitações e da estreiteza de suas seguranças. A oração não deve reduzir Deus aos limites do homem; mas deve dilatar o homem aos horizontes de Deus. O silêncio, que o Pai parece opor em muitos casos aos pedidos humanos, nasce da autenticidade de sua paternidade, de sua firmeza em não condescender com a mesquinhez dos planos humanos, para poder substituí-los por planos bem maiores, nascidos do seu amor.

A Comunidade Trinitária é o verdadeiro futuro do homem, só ela pode assegurar ao homem um plano de vida sem limites, porque capaz de superar até a morte. Diz eficazmente santo Agostinho: "Deus é tão inexaurível que quando encontrado ainda falta tudo para encontrá-lo". Isso significa que o dinamismo e a criatividade humana encontram nele um horizonte sem limites; portanto, um futuro total.


Um só Deus em três pessoas

Esta revelação não vem simplesmente satisfazer nossa necessidade de conhecer a Deus; concerne diretamente ao destino do homem e da criação. De fato, a salvação, como comunhão de amor entre Deus e o homem, reflete as características dos dois interlocutores que a constituem: Deus e o homem. Ora, o homem só pode ser compreendido a partir de Deus: feito à imagem de Deus, é plasmado conforme o Cristo, que é a imagem perfeita de Deus (Cl 1,15). Portanto, as perguntas e respostas sobre Deus são de uma importância fundamental para compreender o homem. Concretamente, a vida humana, de um ponto de vista religioso, desenvolve-se e se expande proporcionalmente ao "conhecimento" do mistério de Deus (Jo 17,3). Se o homem é destinado à comunhão com Deus Pai, é claro que sua vida tem tanto mais valor quanto mais ele consegue seguir o movimento de "subida aos céus" inaugurado pela ascensão de Jesus (Jo 12,32), até sentar-se à direita do Pai para vê-lo face a face. O Pe. Faber escreveu que "todo aprofundamento da idéia sobre Deus equivale a um novo nascimento". O mistério do amor Trinitário revela algo do mistério mais profundo do homem; por sermos como somos, criaturas capazes de conhecer, amar, gerar, só podemos exprimir-nos em termos humanos, mas chegamos com a mais profunda admiração ao último porquê: como pôde ter nascido a idéia de “conhecer”, amar", "gerar"? Não nasceu. Ela é. Porque Deus é amor. O mistério de Deus não é um mistério de solidão, mas de convivência, criatividade, conhecimento, amor, de dar e receber; e por isso, somos como somos.
Buscar a Deus

Em nossa vida cotidiana, às vezes sombria, às vezes trágica ou muito com­plicada, em que devemos cuidar de mil coisas que nos pressionam de toda parte, a luz de Deus é o amor. Devemos voltar-nos para esta luz se não nos quisermos desviar do verdadeiro fim de nossa existência. Gostaríamos de poder dizer: "Aqui está Deus; Deus é assim...". Mas não é possível. O próprio Deus sai dos quadros e das imagens e se oculta naqueles que precisam de nós, e diz: "Aqui estou!" Esconde-se nos pequeninos da terra e diz: "Buscai-me aqui!" Quem quer viver com Deus não se encontra diante de uma conclusão, mas sempre diante de um início, novo como cada novo dia. [MISSAL DOMINICAL ©Paulus, 1995]

Evangelho: João (Jo 3, 16-18)


Deus tanto amou o mundo...


16Deus amor tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. 17De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. 18Quem nele crê, não é condenado, mas quem não crê, já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho unigênito. Palavra da Salvação!

Comentando o Evangelho


Deus é o amor que salva e comunica a vida plena


Os três versículos do Evangelho de João proclamados na liturgia de hoje pertencem ao diálogo de Jesus com Nicodemos (cap. 3). É a catequese de Jesus que visa suscitar a fé nele. Os versículos de hoje estão unidos ao tema antecedente, ou seja, o amor de Deus manifestado na morte de Jesus. Sua morte insere o ser humano no mistério de Deus: ele dá a vida porque ama; a morte de Jesus é a conseqüência desse amor.

Quem é Deus? A I leitura no-lo mostrou caminhando com seu povo, perdoando seus pecados, assumindo-o como sua propriedade e herança. O evangelho de hoje vai além, porque nos faz ver não só o Deus que caminha com seu povo e lhe perdoa os pecados. Mostra-nos Deus superando e vencendo até aqueles limites próprios da condição humana, como a morte.

Deus ama a todos, indistintamente. Não só um povo particular. Ele ama o mundo. Neste caso, o mundo significa a humanidade toda, capaz de aceitar ou rejeitar o amor de Deus. Ora, o amor de Deus é oferta gratuita que atinge o ser humano em profundidade, antecipando-se à sua capacidade de amar. Ele nos ama não porque sejamos bons, mas porque ele é bom, quer salvar, quer comunicar vida em plenitude (v. 16).

A vida em plenitude se realizou na encarnação e morte de Jesus. O v. 16 mostra Deus desprendendo-se do Filho único, a ponto de entregá-lo em vista da salvação de quem nele crê. Jesus é a personificação do amor do Pai levado às últimas conseqüências: a entrega do Filho único. A salvação de Jesus não discrimina as pessoas: todos necessitam dela e todos têm acesso a ela, mediante a fé em Jesus, a fonte da vida: “Porque Deus enviou seu Filho ao mundo não para julgar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele” (v. 17).

Aquilo que encontramos de forma incipiente na I leitura adquire aqui seu pleno significado e realização: Deus não deseja que as pessoas se percam nem sente satisfação em condenar alguém. O prazer de Deus é salvar a todos, é desarmar a todos com a lógica do amor. Portanto, o sofrimento, a injustiça, o pecado, a opressão, tudo o que gera dor e morte é contrário ao projeto de Deus. Esse projeto visa erradicar essas forças de morte para criar canais que comuniquem vida em plenitude. É isso que Jesus veio revelar com sua vida e palavra. É isso que deseja criar com a força de sua morte e ressurreição, presentes e atuantes na comunidade cristã.

A vida de Jesus provoca as pessoas à decisão. Estar com ele é estar a favor da vida. Não estar com ele é patrocinar a morte. Para João, Jesus não julga. Ele simplesmente provoca o julgamento de Deus. As pessoas é que se julgam, ao se confrontarem com a prática de Jesus e tomarem partido a favor ou contra. Quem se posiciona a favor não é julgado; quem se decide contra já está julgado, porque não acreditou no Nome do Filho único de Deus (cf. v. 18). O nome revela o que a pessoa é e faz. No Antigo Testamento (Ex 3,14), Javé se mostrou o Deus libertador que caminha com o povo rumo à libertação e à vida. No Novo Testamento ele se mostrou libertador em Jesus (cujo nome significa Javé salva). Acreditar nesse nome é ser a favor da vida em todas as suas manifestações; é, conseqüentemente, ser contra tudo o que não promove a vida. [Vida Pastoral nº 260, Paulus, 2008]

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Dom Aloísio Roque Oppermann , scj, Arcebispo de Uberaba - MG


Por que Deus é um ser escondido?

Como a vida seria diferente se Deus fosse uma divindade “a ser tocada com as mãos”. Seria a evidência. Não precisaríamos de provas sobre a sua existência. Neste sonho bastaria fazer-lhe um pedido, para sermos atendidos mais do que de repente. Temos um inimigo? O Poderoso logo o afastaria. Temos dívidas? O socorro mágico aconteceria antes do pôr do sol. Somos acometidos por uma doença? Feito o pedido de cura, num piscar de olhos o mal estaria superado.

Mas Deus é um Ser que confia na inteligência humana. O homem pode chegar a Deus a duras penas, às apalpadelas. “Como cegos vamos tateando como quem não enxerga” (Is 59, 10). Isso nos dá ocasião para expressarmos fé, que é um ato meritório, por depender de nossa livre vontade. O delírio fantasioso, acima descrito, seria um puro “encantamento”. Seríamos obrigados a crer. Assim como a Providência dispôs, baseamo-nos numa intuição muito forte de que este Ser Poderoso tem que existir, e lhe devemos profundo respeito. E com amor nos consideramos profundamente ligados a Ele.

Quem é que nunca chega a Deus? Os que não são capazes de dobrar os joelhos, vale dizer, quem é um soberbo de coração. Também não alcançam essa fé salvadora, os perversos que praticam o mal. “Os pecadores não ficarão de pé na assembléia dos justos” (Sl 1, 5). Também os devassos, os que vivem atolados nos prazeres sexuais desenfreados, não chegarão lá. “Felizes os puros de coração porque verão a Deus” (Mt 5, 8). O mesmo se diga sobre aqueles que se apegam por demais aos bens materiais. “Não podeis servir a Deus e ao dinheiro” (Lc 16, 13). Além do mais, um grande auxílio para o encontro, na fé, com o Deus verdadeiro, é a inteligência. Podemos em toda a parte ver os “rastos” do Eterno, mesmo sem jamais vê-lo neste mundo. Isso aconteceu com o coordenador do projeto Genoma Humano. O cientista Francis Collins entrou ateu no projeto e saiu como um homem de fé convicta. No entanto eu quero lhe dar, amigo leitor, a chave que abre os caminhos mais misteriosos da existência humana. É o melhor modo de se aproximar do Ser amoroso por excelência. É se encontrar com Cristo. Este nós o vimos e tocamos com as mãos. Ele é o revelador do rosto do Pai, porque Ele relata o que viu.. [Fonte: CNBB]

São Ranieri de Pisa


São Ranieri era músico e tocava lira em Pisa, quando se tornou cristão graças às orações de Santo Alberto da Córsega. Depois de viver algum tempo recolhido, como solitário, partiu em peregrinação à Terra Santa. Retornando a Pisa e ingressando no Mosteiro de São Guido, transformou-se em pouco tempo no apóstolo e diretor espiritual de Pisa. Possuía o dom dos milagres, lia segredos nos corações, expulsava demônios, realizava curas e conversões. Depois de falecido, continuou operando prodígios por meio da água benzida com sua oração ou colocada sobre sua sepultura.

Evangelho: Mateus (Mt 6, 1-6.16-18)

Esmola, oração, jejum, tudo sem ostentação

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 1"Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens, só para serdes vistos por eles. Caso contrário, não recebereis a recompensa do vosso Pai que está nos céus. 2Por isso, quando deres esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem elogiados pelos homens. Em verdade vos digo: eles já receberam a sua recompensa. 3Ao contrário, quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua mão direita, 4de modo que, a tua esmola fique oculta. E o teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa.

5Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar em pé, nas sinagogas e nas esquinas das praças, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: eles já receberam a sua recompensa. 6Ao contrário, quando tu orares, entra no teu quarto, fecha a porta, e reza ao teu Pai que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa.

16Quando jejuardes, não fiqueis com o rosto triste como os hipócritas. Eles desfiguram o rosto, para que os homens vejam que estão jejuando. Em verdade vos digo: Eles já receberam a sua recompensa. 17Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, 18para que os homens não vejam que tu estás jejuando, mas somente teu Pai, que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa". Palavra da Salvação!

Comentário o Evangelho


A verdadeira piedade
A relação do ser humano com Deus acontece através de gestos concretos. A piedade bíblica valorizava, de modo especial, três práticas de piedade: a esmola, a oração e o jejum. A esmola manifesta a abertura de coração para o próximo, especialmente, para quem é pobre e depende da misericórdia alheia para sobreviver. Orar é entrar em comunhão com Deus, como superação dos limites humanos e como projeção para o Absoluto. O jejum coloca-se no nível da relação do ser humano consigo mesmo, evidenciando a capacidade de manter, sob controle, as próprias paixões, os próprios sentimentos e, até mesmo, os instintos.

Jesus ensinou a seus discípulos uma maneira diferente de praticar a piedade, maneira que ele chamou de justiça. Tudo deve ser feito com a máxima discrição: a esmola deve ser dada sem ostentação; a oração verdadeira, feita no recesso do próprio quarto, de modo a ser Deus a única testemunha; o jejum, dissimulado com banhos e perfumes para se evitar toda aparência de abatimento. Quem age assim, é visto por Deus, que se dá conta de tudo, até mesmo do que se passa em segredo.

Jesus não aboliu as práticas de piedade. Pelo contrário, deu-lhes uma impostação nova. Esse é o modo concreto de vivê-las na perspectiva da justiça do Reino. A verdadeira piedade é, pois, um caminho excelente de encontro com Deus e com os irmãos. [O EVANGELHO DO DIA. Jaldemir Vitório. ©Paulinas, 1998]

segunda-feira, 13 de junho de 2011

ARRAIÁ DO MCC
SETOR LEOPOLDINA


O Setor Leopoldina realizará no dia 22 de junho, no Centro de Pastoral Dom Reis, sua tradicional Festa Junina, com variadas barracas de doces, caldos, salgados e pescaria. Venha Participar conosco. Será realizado um sensacional bingo, com vários prêmios. Aguardamos todos vocês vestidos a caráter.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Dom Orani João Tempesta, O. Cist., Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro - RJ


A caminho de Pentecostes

Dentro do belo e entusiasmante tempo da Páscoa, a liturgia da Igreja tem nos feito vislumbrar os umbrais de Pentecostes. Preparamo-nos para a bonita e profunda celebração da vinda do Espírito Santo. A liturgia deste domingo nos introduz na certeza de uma presença permanente em nossas vidas. Neste final de semana de Simpósio e Peregrinação das famílias a Aparecida, da inauguração da réplica da Capela das Aparições de Fátima e da festa de Nossa Senhora da Penha olhemos a bem-aventurada Maria que acreditou e deixou-se conduzir pelo Espírito Santo.
Em nossas tradições católicas estamos também para iniciar a novena em preparação à Solenidade de Pentecostes culminando com a Vigília da Festa e atualizando em nossas vidas e atitudes esse grande Dom de Deus que é o Espírito Santo derramado em nossos corações.

Nós não estamos sozinhos, o Senhor repete isso de várias maneiras. A memória de suas palavras nos conforta, como também a experiência viva da fé que não abandona aqueles que examinam cuidadosamente as Escrituras, nem aqueles que vivem suas vidas diárias com coração generoso e acolhedor. Se medirmos as nossas forças, percebemos que somos fracos e necessitados, mas se nós reconhecemos do que fomos feitos, aquela Palavra entra em nós como Espírito vivificante, prometido para preencher nossas lacunas, para ampliar nossos horizontes e fortalecer os muros dos nossos corações estremecidos pelo medo...

Se hospedarmos o Espírito, nós cultivaremos com ele a esperança da qual podemos ter razão com a alegria e a segurança dos filhos de Deus. "Caríssimos, adorai ao Senhor Jesus Cristo em vossos corações, sempre prontos para responder a quem lhes perguntar o motivo da esperança que há em vós.” A vida testemunhada também pelas motivações e aprofundamentos de nossa fé.

Pedro, chamado pelo Senhor Jesus e enviado a confirmar os seus irmãos e guiar a Igreja de ontem e de hoje, convida-nos a todos à doçura, ao respeito, à retidão que faz discernir a vontade de Deus. É um caminho em direção à nossa verdadeira identidade mais profunda, que não teme ameaças externas e que é reforçada na adversidade. É então que podemos atestar a força do Espírito Santo que age em nós; somente com esta disponibilidade se pode superar aquilo que sacode as águas e tira a estabilidade do nosso barco. Mudança de rumo é perigoso, arriscamos não encontrar aquele que nunca deixou de nos dar indicações claras e inequívocas para alcançar a meta, para nos mostrar o caminho mais simples e direto, aquele que, talvez, por natureza, nunca teríamos escolhido.

"Quem me ama será amado por meu Pai e eu o amarei e me manifestarei a ele”. Será possível que alguém se atemorize com um convite para amar e ser amado? "Vinde e vede as obras de Deus, em suas maravilhas no meio dos homens! Vinde escutar, vós todos que temeis a Deus e narrarei o que ele fez por mim." Este é o nosso compromisso como cristãos, pequenos espelhos que refletem os raios de luz em um mundo envolto em trevas.

O apóstolo Pedro, entusiasmado pelo Senhor, nos faz um convite de uma beleza surpreendente. Um apelo urgente: aquele de adorar o Senhor na interioridade, nas profundezas do coração. Um convite que se desdobra nesta outra solicitação: aquela de estar sempre pronto para dar expressão convincente da própria fé com esperança. O autor sagrado também não deixa de ensinar o modo como este testemunho deve ser feito. É hoje uma recomendação ainda mais relevante do que nunca.

Acolhendo a presença do Espírito Santo prometido, e aprofundando a nossa vida de fé para dar as razões de nossa esperança poderemos, como os apóstolos, ver as maravilhas da evangelização e dos sinais pela pregação proclamada. Não é à toa que Pedro nos diz, antes de tudo: Adorai a Cristo em vossos corações. A fé está em ti. A fé é uma Pessoa. É preciso que façamos o encontro pessoal com Ele, caminho, verdade e vida, Espírito que nos convida a contemplar a Verdade da fé. [Fonte: CNBB]

São Marcelino e São Pedro


São Marcelino era sacerdote e São Pedro havia recebido a ordem menor do exorcismado. Durante a perseguição de Diocleciano foram ambos decapitados e tiveram a honra de ter seus nomes inscritos no Cânon tradicional da Santa Missa. Eles deveriam desaparecer da história, pois iam ser decapitados numa mata, a fim de serem esquecidos para sempre. Mas por uma ironia da Providência, os nomes de ambos estão inseridos até hoje na Prece Eucarística Romana, que é a primeira das Orações Eucarísticas do nosso Missal. Assim, se perpetuaram por todos esses dezessete séculos e irão até o fim da História. Foram vítimas da perseguição aos cristãos, no ano de 304. Duas piedosas mulheres exumaram os cadáveres e lhes deram correta sepultura na catacumba de São Tibúrcio, sobre a Via Lavicana. O imperador Constantino mandou edificar uma Igreja sobre a tumba dos mártires e, no ano 827, o Papa Gregório IV doou os restos mortais destes Santos a Eginhard, homem de confiança de Carlomagno, para que as relíquias fossem veneradas. Finalmente, os corpos dos mártires descansaram no Mosteiro de Selingestadt, a uns 22 km de Frankfurt. Durante esse traslado, contam alguns relatos, ocorreram numerosos milagres.

Evangelho: João (Jo 16, 16-20)


Alegria após o sofrimento


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 16"Pouco tempo ainda, e já não me vereis. E outra vez pouco tempo, e me vereis de novo". 17Alguns dos seus discípulos disseram então entre si: "O que significa o que ele nos está dizendo: 'Pouco tempo, e não me vereis, e outra vez pouco tempo, e me vereis de novo', e 'eu vou para junto do Pai'?" 18Diziam, pois: "O que significa este pouco tempo? Não entendemos o que ele quer dizer". 19Jesus compreendeu que eles queriam interrogá-lo; então disse-lhes: "Estais discutindo entre vós porque eu disse: 'Pouco tempo e já não me vereis, e outra vez pouco tempo e me vereis'? 20Em verdade, em verdade vos digo, vós chorareis e vos lamentareis, mas o mundo se alegrará. Vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se transformará em alegria". Palavra da Salvação!

Comentário o Evangelho


Um pouco de tempo


Os discípulos ficaram cheios de dúvidas diante da expressão enigmática de Jesus: "um pouco de tempo". Por um pouco de tempo, não veriam o Mestre; mais outro pouco de tempo, e voltariam a vê-lo, pois estava indo para o Pai.

As palavras de Jesus são dirigidas a todos quantos haveriam de aderir a ele pela fé. Portanto, a um grupo maior do que o presente na última ceia. A questão do "ver" diz respeito a todos os cristãos.

Durante a sua existência terrena, os discípulos puderam "ver" Jesus, na sua expressão histórica. Foi o tempo da convivência humana com ele. A morte que se aproximava poria fim a esta experiência de proximidade. Algo de novo estava para acontecer: haveriam de ver novamente o Mestre, mas de maneira muito diferente. Como?

A fidelidade do Pai era algo inquestionável para Jesus. Ele estava indo para o Pai, e tinha consciência de que o Pai não permitiria o fracasso de seu projeto de salvação. Isto aconteceu concretamente com a ressurreição, que permitiu a Jesus continuar presente em meio aos discípulos. O Ressuscitado tornou-se, assim, o centro da vida da comunidade.

Ele continuou também a fazer-se presente, na história humana, na vida dos homens e das mulheres que o acolheram na fé. Além disso, Jesus pode ser visto no testemunho de fidelidade a Deus e de amor arraigado ao próximo dado pelos cristãos de todos os tempos. [O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Ano A, ©Paulinas, 1997]