segunda-feira, 30 de junho de 2014

Evangelho do dia - Mateus 8, 18 - 22


    


Vendo uma grande multidão ao seu redor, Jesus deu ordem de passar para a outra margem do lago. Nisso, um escriba aproximou-se e disse: “Mestre, eu te seguirei aonde fores”. Jesus lhe respondeu: “As raposas têm tocas e os pássaros do céu têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça”. Um outro dos discípulos disse a Jesus: “Senhor, permite-me que primeiro eu vá enterrar meu pai”. Mas Jesus lhe respondeu: “Segue-me, e deixa que os mortos enterrem os seus mortos”.

- Palavra da salvação.
- Gloria a vós, Senhor!

Comentário do Evangelho - Dispostos a seguir Jesus


Jesus conversa com um mestre da Lei que se dizia decidido a segui-lo. Jesus o desafia falando-lhe do desapego e da pobreza de quem o segue. Seguir Jesus não é seguir uma doutrina. É seguir uma Pessoa, assumir seu jeito de pensar e de viver. A escolha é feita e é preciso ser coerente. Como segui-lo? Existem muitas formas: na vida religiosa com os compromissos próprios de vida e missão; em família, com os compromissos próprios desta escolha; na comunidade, na sociedade, com intensa atividade cujo parâmetro é a prática de Jesus. O seguidor de Jesus não se contenta em precaver-se de fazer o mal, mas sua vida é marcada pelo serviço, ou seja, "ser para os outros      

      O seguimento de Jesus tem seus pré-requisitos. Além da disposição de tornar-se discípulo, é preciso saber o que o seguimento exige de cada categoria de pessoas. O Evangelho refere-se ao caso de um escriba e de um discípulo. São dois exemplos ilustrativos do que se passa com quem se predispõe a seguir Jesus.

      O mestre da Lei judaica é advertido para não tomar uma decisão apressada e superficial. Talvez confundindo Jesus com os rabinos da época, não tinha consciência de um dado importante: para seguir o Mestre Jesus era preciso estar pronto para abraçar a pobreza e o despojamento. Seria ilusório escolher segui-lo, pensando em poder levar uma vida de bem-estar e segurança. As exigências da pobreza deveriam ser previamente conhecidas e aceitas.
 
      Quanto ao discípulo, parece não ter-se dado conta das reais exigências de sua opção. Por isso, pede ao Mestre para interromper sua missão e voltar para casa, a fim de cumprir seu dever de filho, e dar uma sepultura digna a seu velho pai. O pedido não é aprovado, pois, na família, deve haver quem se preocupe em fazer este gesto de misericórdia.
 
      Qualquer que seja a questão, Jesus pensa o discipulado como uma escolha coerente, total e radical, feita para toda a vida, e que se torna a opção fundamental do discípulo. Diante dela, tudo é relativizado, mesmo as coisas mais caras ao ser humano.
 
                                                                        Pe. Jaldemir Vitório

Oração
Espírito de afeição ao Reino, predispõe-me a ser discípulo de maneira radical e coerente, a ponto de relativizar tudo, mesmo aquilo que considero mais querido
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domingo, 29 de junho de 2014

Meditação: As Colunas da Igreja...

 
      Festa de São Pedro e São Paulo, que celebramos nesse domingo, nos faz pensar na origem de nossas comunidades. Como tudo começou? Quando foi a primeira celebração, quem fez? Como é que a comunidade cresceu e se desenvolveu para chegar aos dias de hoje? Uma coisa é muito certa, o fundador ou fundadores, deve ter feito uma experiência muito profunda com Jesus Cristo, pois sem isso, a comunidade não teria um alicerce, alguém em quem apoiar-se para poder crescer e cumprir a sua missão.
 
      Comecemos a falar primeiro de Paulo, cuja teologia, isso é, o modo como ele começou a pensar as coisas de Deus, depois do encontro com Jesus no caminho para Damasco, foi tão marcante na vida das comunidades, que esse apóstolo é mencionado como o segundo fundador da nossa Igreja. De fato, seria difícil pensarmos em uma igreja universal, presente no mundo inteiro, em outras culturas e nações, sem nos lembrar de Paulo, aquele que pregou aos gentios que eram pessoas de outra cultura. Paulo não ficou só na mística, se assim o fizesse, teria fundado uma outra religião e arrastaria milhares de adeptos, porém, sistematizou alguns pontos doutrinários importantes, organizou as comunidades que havia iniciado, e o mais bonito, mesmo pensando um pouco diferente do Chefe dos Apóstolos, manteve-se firme em comunhão com ele e os irmãos da Igreja de Jerusalém, com quem aliás, sempre foi solidário , ao organizar coletas que levava para a Igreja mãe.
 
      São Paulo é o modelo fiel do cristão autêntico, que faz a experiência com Jesus, se encanta com o seu ensinamento, desfaz o seu projeto de vida por causa dele e torna-se um fiel seguidor do evangelho, dando por ele a própria vida como aconteceu em seu martírio. São Paulo sempre acreditou nas comunidades, mesmo quando havia indícios de desunião, problemas internos, contendas e divisões, acreditava nas pessoas e mantinha com elas uma boa relação, mesmo que se tratasse de Pedro, que tinha uma linha mais tradicionalista, causa de algumas divergências bastante sérias entre ambos mas Paulo nunca deixou de amá-lo por causa disso. Ele mesmo manifestava essa sua flexibilidade, quando afirmava que se fazia um com todos e não tinha dificuldade de conviver com as pessoas. Outra coisa importante na pessoa de Paulo, é que ele promoveu uma ação evangelizadora em ambiente hostil á Cristo e ao seu evangelho, era corajoso e nunca teve medo de anunciar a Verdade. Isso nos leva a pensar que muitas vezes somos negligentes, quando ficamos esperando que as pessoas venham procurar nossa pastoral ou movimento, parece que a gente não se sente seguro para falar do evangelho no meio do mundo, lá onde as pessoas precisam escutar esse anúncio, porque achamos que não vão gostar e que algumas vão ser contra. Se São Paulo pensasse assim, milhares de pessoas, ontem e hoje, não teriam conhecido a Jesus.
 
      São Pedro é chamado o príncipe dos apóstolos, isso é, aquele que iniciou o apostolado, e vemos no evangelho de hoje, porque o próprio Cristo o constituiu chefe da sua igreja. Ele conseguiu enxergar em Jesus algo muito mais do que se falava, o povo via nele um Messias Profeta, comparável a João Batista ou a Elias, outro grande profeta na História de Israel, mas esse pensamento era fruto de uma ideologia, e a era messiânica que todos aguardavam com ansiedade, representava uma nova política, uma inversão do quadro, o Messias era um libertador Político, enviado por Deus sim, porém, com uma missão terrena.
 
      O apóstolo Pedro, que fala em nome do grupo, consegue fazer essa transição, do Messias Histórico e Ideológico, para o Messias Espiritual, ele não era enviado por Deus mas sim o próprio Deus. O que Jesus falava e fazia, todos viam, e a partir disso embalavam o sonho e a esperança de dias melhores para o povo de Israel, mas sempre em uma perspectiva terrena.
 
      A confissão de Pedro manifesta pela primeira vez no meio do grupo, a Fé em uma Salvação que supera toda e qualquer realização humana, onde o homem atinge a plenitude do seu ser, divinizando aquilo que é humano. Cesaréia de Filipe é terra de pagãos, cercado por rochas sobre as quais há edificações habitadas pela elite do império romano. A igreja de Cristo está no meio do mundo, porém edificada sobre a fé professada por toda comunidade, que tem como base a fé professada por Pedro, naquele dia.
 
      Como Pedro e Paulo, que sejamos nessa igreja um apoio seguro para os que ainda não creem, porque não conhecem a Cristo e acima de tudo, nunca nos esqueçamos que Jesus Cristo edificou o reino sobre pessoas como Pedro e Paulo, instrumentos aparentemente fracos, mas que pela ação da graça operante e santificante do Batismo que receberam, tornaram-se perenes, transpondo fronteiras e todas as barreiras que separa os homens, para anunciar Jesus Cristo, o Filho de Deus, aquele que plenificou o nosso existir. (São Pedro e São Paulo MATEUS 16, 13-19)
 
   Diácono José da Cruz              
 

Evangelho do dia - (Mateus 16,13-19)




Naquele tempo, 16 13 chegando ao território de Cesaréia de Filipe, Jesus perguntou a seus discípulos: “No dizer do povo, quem é o Filho do Homem?” 14 Responderam: “Uns dizem que é João Batista; outros, Elias; outros, Jeremias ou um dos profetas”. 15 Disse-lhes Jesus: “E vós quem dizeis que eu sou?” 16 Simão Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!” 17 Jesus então lhe disse: “Feliz és, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que está nos céus. 18 E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela.19 Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus”.
 
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!

Comentário do Evangelho - Fé Missão

 
Celebramos a Solenidade dos Apóstolos São Pedro e São Paulo, duas colunas da fé católica cuja missão se condensa no ministério do Papa. Por isso, rezamos de modo especial pelo Papa Francisco, que se assenta na “cátedra” de Pedro, para cuidar de toda a Igreja.
 
      A missão de liderança confiada a Pedro exigiu dele uma explicitação de sua fé. Antes de assumir o papel de guia da comunidade, foi preciso deixar claro seu pensamento a respeito de Jesus, de forma a prevenir futuros desvios.
 
      Se tivesse Jesus na conta de um messias puramente humano, correria o risco de transformar a comunidade numa espécie de grupo guerrilheiro, disposto a impor o Reino de Deus a ferro e fogo. A violência seria o caminho escolhido para fazer o Reino acontecer.
 
      Se o considerasse um dos antigos profetas reencarnados, transformaria a Boa-Nova do Reino numa proclamação apocalíptica do fim do mundo, impondo medo e terror. De fato, pensava-se que, no final dos tempos, muitos profetas do passado haveriam de reaparecer.
 
      Se a fé de Pedro fosse imprecisa, não sabendo bem a quem havia confiado a sua vida, correria o risco de proclamar uma mensagem insossa, e levar a comunidade a ser como um sal que perdeu seu sabor, ou uma luz posta no lugar indevido.
 
      Só depois que Pedro professou sua fé em Jesus, como o “Messias, o Filho do Deus vivo”, foi-lhe confiada a tarefa de ser “pedra” sobre a qual seria construída a comunidade dos discípulos: a sua Igreja. Entre muitos percalços, esse apóstolo deu provas de sua adesão a Jesus, selando o seu testemunho com a própria vida, demonstração suprema de sua fé. Portanto, sua missão foi levada até o fim.
 
Pe. Jaldemir Vitório
 
Oração
Pai, consolida minha fé, a exemplo do apóstolo Pedro que, em meio às provações, soube dar, com o seu martírio, testemunho consumado de adesão a Jesus.

Santos do dia - São Pedro e São Paulo Apóstolos, principais líderes da Igreja Cristã Primitiva


Hoje a Igreja do mundo inteiro celebra a santidade de vida de São Pedro e São Paulo apóstolos. Estes santos são considerados “os cabeças dos apóstolos” por terem sido os principais líderes da Igreja Cristã Primitiva, tanto por sua fé e pregação, como pelo ardor e zelo missionários.
 
      Pedro, que tinha como primeiro nome Simão, era natural de Betsaida, irmão do Apóstolo André. Pescador, foi chamado pelo próprio Jesus e, deixando tudo, seguiu ao Mestre, estando presente nos momentos mais importantes da vida do Senhor, que lhe deu o nome de Pedro.
 
      Em princípio, fraco na fé, chegou a negar Jesus durante o processo que culminaria em Sua morte por crucifixão. O próprio Senhor o confirmou na fé após Sua ressurreição (da qual o apóstolo foi testemunha), tornando-o intrépido pregador do Evangelho através da descida do Espírito Santo de Deus, no Dia de Pentecostes, o que o tornou líder da primeira comunidade. Pregou no Dia de Pentecostes e selou seu apostolado com o próprio sangue, pois foi martirizado em uma das perseguições aos cristãos, sendo crucificado de cabeça para baixo a seu próprio pedido, por não se julgar digno de morrer como seu Senhor, Jesus Cristo. Escreveu duas Epístolas e, provavelmente, foi a fonte de informações para que São Marcos escrevesse seu Evangelho.
 
      Paulo, cujo nome antes da conversão era Saulo ou Saul, era natural de Tarso. Recebeu educação esmerada “aos pés de Gamaliel”, um dos grandes mestres da Lei na época. Tornou-se fariseu zeloso, a ponto de perseguir e aprisionar os cristãos, sendo responsável pela morte de muitos deles.
 
      Converteu-se à fé cristã no caminho de Damasco, quando o próprio Senhor Ressuscitado lhe apareceu e o chamou para o apostolado. Recebeu o batismo do Espírito Santo e preparou-se para o ministério.
 
      Tornou-se um grande missionário e doutrinador, fundando muitas comunidades. De perseguidor passou a perseguido, sofreu muito pela fé e foi coroado com o martírio, sofrendo morte por decapitação. Escreveu treze Epístolas e ficou conhecido como o “Apóstolo dos gentios”.
 
São Pedro e São Paulo, rogai por nós!

sábado, 28 de junho de 2014

Evangelho do dia - Lc 2,41-51



    

Todos os anos, os pais de Jesus iam a Jerusalém para a festa da Páscoa. Quando ele completou doze anos, subiram para a festa, como de costume. Passados os dias da Páscoa, começaram a viagem de volta, mas o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais o notassem. Pensando que ele estivesse na caravana, caminharam um dia inteiro. Depois começaram a procurá-lo entre os parentes e conhecidos.Não o tendo encontrado, voltaram para Jerusalém à sua procura. Três dias depois, o encontraram no Templo. Estava sentado no meio dos mestres, escutando e fazendo perguntas. Todos os que ouviam o menino estavam maravilhados com sua inteligência e suas respostas. Ao vê-lo, seus pais ficaram muito admirados e sua mãe lhe disse: " Meu filho, por que agiste assim conosco? Olha que teu pai e eu estávamos, angustiados, à tua procura". Jesus respondeu: Por que me procuráveis? Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai?" Eles, porém, não compreenderam as palavras que lhes dissera. Jesus desceu então com seus pais para Nazaré, e era-lhes obediente. Sua mãe, porém, conservava no coração todas estas coisas.
 
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor!
 

Comentário do evangelho - A missão de Jesus



 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Menino Jesus perdido e com tanta dor procurado, encontraram-no Maria e José no templo, ocupado nas coisas de seu Pai; não entenderam a resposta que lhes deu; a Mãe, porém, guardava no seu coração e meditava sobre todas estas coisas. Assim entendemos que Maria é um excelente caminho para encontrar Jesus. O coração físico de Maria é símbolo de seu amor. O Coração Imaculado de Maria é a expressão de todos os seus sentimentos, afetos, e, sobretudo, de seu amor a Deus, a seu Filho e a todas as pessoas que lhe foram confiadas por Jesus agonizante, na cruz.
 
        No Evangelho de Lucas prevalece o sentido teológico sobre o sentido histórico do texto. Situando Jesus em Jerusalém, na sua infância, e, depois, estabelecendo o dom do Espírito Santo também nesta cidade, Lucas sugere que as novas comunidades são continuidade do antigo Israel. Jesus, com a idade de iniciação às observâncias do judaísmo, mostra autonomia tanto em relação à família, seus pais, quanto ao sistema do templo. A sua missão é estar naquilo que é de seu Pai.
 
       Era a festa de Páscoa na qual se fazia a memória do êxodo. Da mesma forma, em uma festa de Páscoa Jesus será morto. O êxodo de Jesus é a saída da instituição judaica para a comunicação do amor universal de Deus ao mundo, com o dom da vida eterna.

                                                                                                              Pe. Jaldemir Vitório

ORAÇÃO
Espírito que orienta nossa vida para Deus, ajuda-me a crescer, cada dia, em sabedoria e graça, buscando, como Jesus, adequar minha vida ao querer do Pai.

Santo do dia - Santo Irineu, grande bispo e mártir

 

Celebramos a memória do grande bispo e mártir, Santo Irineu que, pelos seus escritos, tornou-se o mais importante dos escritores cristãos do século II.
 
        Nascido na Ásia Menor, foi discípulo de São Policarpo, que por sua vez conviveu diretamente com o Apóstolo São João, o Evangelista. Ao ser ordenado por São Policarpo, Irineu foi para a França e assumiu várias funções de serviço à Igreja de Cristo (que crescia em número de comunidades e necessidade de pastoreio).
 
        Importante contribuição deu à Igreja do Oriente quando foi em missão de paz para um diálogo com o Papa Eleutério sobre a falta de unidade na data da celebração da Páscoa, pois o Oriente corria ao risco de excomunhão, sendo fiel ao significado do seu próprio nome – portador da paz – logrou êxito nessa missão, já que isto nada interferia na unidade da fé.
 
        Ao voltar da missão deparou-se com a morte do bispo Potino, o qual o havia enviado para Roma e, sendo assim, foi ele o escolhido para sucessor do episcopado de Lião. Erudito, simples, orante e zeloso bispo, foi Santo Irineu quem escreveu contra os hereges, sobre a sucessão apostólica e muito dos dados que temos hoje, sobre a história da Igreja do século II.
 
        Este grande bispo morreu mártir na perseguição do imperador Severo.
 
Santo Irineu, rogai por nós!

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Evangelho do dia - (Mateus 11,25-30)

11 25 Por aquele tempo, Jesus pronunciou estas palavras: "Eu te bendigo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequenos. 26 Sim, Pai, eu te bendigo, porque assim foi do teu agrado. 27 Todas as coisas me foram dadas por meu Pai; ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho quiser revelá-lo. 28 "Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei. 29 Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas. 30 Porque meu jugo é suave e meu peso é leve."
 
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!

Comentário do Evangelho - Mansidão e humildade

 
 Jesus nos faz um belo convite: Venham a mim, todos vocês que estão cansados de carregar as suas pesadas cargas, seus problemas, suas dificuldades, sua incapacidade de perdoar, de amar, e eu lhes darei descanso. Sejam meus seguidores e aprendam comigo porque sou bondoso e tenho um coração humilde; e vocês encontrarão descanso. Os deveres que eu exijo de vocês são fáceis e libertadores. A carga que eu ponho sobre vocês é leve. Jesus fala de cargas pesadas, traduzidas também como "jugo". O jugo é uma peça de madeira, em geral pesada, criada para encaixar-se por cima ao pescoço de dois animais (em geral dois bois) e ligada a um arado ou a um carro. É figura da escravidão e da opressão . Estar sob o jugo de alguém é estar sob seu domínio. Ao contrário do "jugo" pesado da lei, o jugo de Jesus é fácil de suportar. É libertador. E é isso que ele propõe para todos quando diz: "Vinde a mim todos!".
  
        Ao se apresentar como modelo para os seus discípulos: “Aprendam de mim!”, Jesus frisou duas posturas pelas quais pautava a sua vida: a mansidão e a humildade. Elas são o reflexo das bem-aventuranças, as quais sempre buscou praticar.
 
        A mansidão de Jesus expressou-se no trato paciente com os pobres e pequeninos, na acolhida dispensada aos marginalizados, na atitude benévola em relação aos pecadores, na valorização de quem era desprezado, no respeito pelos estrangeiros. Nada, em seu comportamento, denotava arrogância, superioridade. Aliás, seus adversários, chocados com seu modo fraterno e próximo de estar com as pessoas, taxavam-no de “comilão, beberrão, amigos dos pecadores e das pessoas de má fama”.
 
        A opção de Jesus pela mansidão não o impedia de ser severo, quando se fazia necessário. Seus adversários, sempre cheios de malícia e de segundas intenções, experimentaram a dureza de suas palavras e a intransigência de suas posturas.
 
        A humildade de Jesus manifestou-se especialmente em sua relação com o Pai. Jamais teve a pretensão de ocupar uma posição que não lhe pertencia. Antes, tinha consciência de ser o enviado do Pai, e de estar a serviço dele. Tudo quanto fazia tinha o objetivo de reconciliar as pessoas com o Pai, cuja vontade era o imperativo de sua ação. Por isso, ao concluir seu ministério, Jesus pode afirmar: “Tudo está consumado!”, isto é, fiz tudo o que o Pai me incumbiu de fazer. A humildade levou-o à cruz!
 
Pe. Jaldemir Vitório
 
Oração
Pai, dá-me um coração manso e humildade, a exemplo de teu Filho Jesus, cujo testemunho de vida deve inspirar toda a minha ação.

Santo do dia - Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, senhora da morte e rainha da vida

 

A devoção à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro começou a ser propagada a partir de 1870 e espalhou-se por todo o mundo.
 
       Trata-se de uma pintura do século XIII, de estilo bizantino. Segundo a tradição, foi trazida de Creta, Grécia, por um negociante. E, desde 1499, foi honrada na Igreja de São Mateus in Merulana..
 
        Em 1812, o velho Santuário foi demolido. O quadro foi colocado, então, num oratório dos padres agostinianos. Em 1866, os redentoristas obtiveram de Pio IX o quadro da imagem milagrosa. Nossa Senhora do Perpétuo Socorro foi colocada na Igreja de Santo Afonso, em Roma. De semblante grave e melancólico, Nossa Senhora traz no braço esquerdo o Menino Jesus, ao qual o Arcanjo Gabriel apresenta quatro cravos e uma cruz. Ela é a senhora da morte e a rainha da vida, o Auxílio dos cristãos, o socorro seguro e certo dos que a invocam com amor filial.
 
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, rogai por nós!

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Evangelho do dia - (Mateus 7, 21-29)

Naquele tempo, 7 21 disse Jesus: “Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. 22 Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor, não pregamos nós em vosso nome, e não foi em vosso nome que expulsamos os demônios e fizemos muitos milagres?’ 23 E, no entanto, eu lhes direi: ‘Nunca vos conheci. Retirai-vos de mim, operários maus!’ 24 Aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática é semelhante a um homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha. 25 Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela, porém, não caiu, porque estava edificada na rocha. 26 Mas aquele que ouve as minhas palavras e não as põe em prática é semelhante a um homem insensato, que construiu sua casa na areia. 27 Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela caiu e grande foi a sua ruína”. 28 Quando Jesus terminou o discurso, a multidão ficou impressionada com a sua doutrina. 29 Com efeito, ele a ensinava como quem tinha autoridade e não como os seus escribas.
 
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!

Comentário do Evangelho - Prudência e tolice

Quem aceita crer na mensagem do Evangelho de Jesus, tem a experiência de ver sua vida ser edificada sobre o que é seguro, sobre uma "rocha”, seguindo a imagem proposta. Precisa-se, porém, estar atento para diferenciar a "rocha” firme de sua Palavra, da "areia” inconsistente de velhos costumes vazios: falar muito de Deus, colocar seu nome bem visível na "casa” de nossas ações e empresas, esquecendo-nos de que a única rocha verdadeira é a sua vontade e que somente se fazendo coincidir com ela, nossa existência se torna firme e formosa.
 
       Engana-se quem pensa ter optado por uma adesão perfeita a Jesus só porque, da boca para fora, invoca seu nome, julgando estar dando mostras de fé. Certas circunstâncias da vida põem à prova a solidez desta adesão. Só, então, será possível saber se se trata de uma opção bem alicerçada ou não.
 
       A opção por Jesus concretiza-se na prática de suas palavras. Quem as ouve e se esforça por pautar por elas a sua vida, está no bom caminho. Nenhuma tempestade, por mais violenta que seja, será suficientemente forte para demovê-lo de sua confiança no Senhor e no seu Reino. A tempestade se vai, sem ter abalado sua fé. A prudência levou-o a construir sua vida sobre alicerces sólidos.
 
       Bem outro é o destino de quem fica satisfeito com uma piedade aparente, em que o comodismo e o amor próprio permanecem intocados. Ao ser provado, não estará em condições de resistir diante dos múltiplos assédios do tentador. Seu cristianismo de fachada será desmascarado, ficando claro que ele estava longe de ser um discípulo de Jesus. Por ser tolo, não edificou sua vida cristã sobre as bases indicadas pelo Mestre, vindo a sofrer as conseqüências de sua falta de discernimento.
 
       Cada discípulo é chamado a fazer uma séria revisão de sua vida, para certificar-se se está agindo com a prudência necessária, ou se está sendo levado pela insensatez.
 
Pe. Jaldemir Vitório
 
Oração
Espírito de prudência, que eu saiba edificar minha vida cristã sobre os alicerces das palavras de Jesus, de modo a superar as provações da vida.

Santo do dia - Santos João e Paulo, testemunhavam o amor a Deus


Santos João e Paulo, os santos que recordamos hoje pertenceram ao século IV e ali deram um lindo testemunho do martírio no ano de 362, no contexto em que a Igreja de Cristo era perseguida.
 
       Eles pertenciam à Corte de Juliano, o Apóstata, que queria que todos os cristãos se rendessem aos deuses do Império. João e Paulo, porém, renunciaram ao cargo, e se retiraram para uma propriedade onde viveram da caridade e servindo aos pobres, testemunhando acima de tudo o amor a Deus.
 
         Eram irmãos de sangue, mas responderam pessoalmente ao Evangelho.
 
       O Imperador enviou uma autoridade para convencê-los a mudarem de ideia, e oferecerem sacrifícios ao deus Júpiter para não serem condenados.
 
       Após alguns dias, os irmãos não negaram sua fé e acabaram morrendo degolados, testemunhando seu amor a Deus.
 
São João e São Paulo, rogai por nós!

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Meditação : Conhecemos uma árvore de Deus por seus frutos


“Cuidado com os falsos profetas: Eles vêm até vós vestidos com peles de ovelha, mas por dentro são lobos ferozes”
(Mateus 7, 15).

         Nós, na maturidade da fé, não podemos nos deixar encantar por palavras bonitas, palavras que parecem prodigiosas, mas, no fundo, são enganosas. Falar de Deus não é difícil não! Hoje existem cursos, artes de oratória e treinamentos para que se fale tudo que se possa de Deus, muitas vezes, de modo até melhor do que nós cristãos. Conheci gente que nem acreditava em Deus, mas sabia tudo da Bíblia – leu, estudou, analisou, criticou e fez dela o que quis.
         
        Conhecemos uma árvore, quando ela é de Deus, pelos frutos que ela dá e, às vezes, achamos que os frutos vão fazer muitos milagres, curar ali e aqui, coisas que satisfaçam aquilo que nós queremos. Os frutos que Jesus nos fala são os frutos do Espírito.
 
        Só se conhece uma árvore quando ela é boa, quando ela é generosa, quando ela é afável e mansa, quando ela, na verdade, vive aquilo que prega e não faz do Evangelho, não faz da Palavra de Deus, um meio para se enriquecer e para se tornar mais do que os outros.
 
        Não nos convém julgarmos nenhuma religião, não nos convém julgarmos nenhum homem, nenhuma mulher, porque o julgamento cabe somente a Deus; mas cabe a nós termos o discernimento e a sabedoria para não sermos iludidos e enganados no mundo em que nós vivemos.
 
        A Igreja, desde os seus primórdios, tem sofrido devido a vários daqueles que se dizem pregadores, seguidores do Senhor e, na verdade, não vivem ou não pregam o Senhor como os apóstolos o faziam. Os tempos se passaram e se multiplicam os  falsos profetas e se multiplicam as falsas igrejas. É verdade que vivemos no mundo da liberdade religiosa; e como nos faz bem a liberdade de culto, a liberdade de pregar, a liberdade de anunciar [nossa fé]. A liberdade só não pode ser um pretexto para o erro, para a ilusão e para o engano.
 
        Existem tantas coisas boas, existem tantas pregações maravilhosas, existe muita vivência de Deus em outras igrejas que não são católicas; existe muita bondade, existe muita vivência do mandamento de Jesus até em igrejas que não são cristãs, mas não cabe a nós dizermos que tudo é bom e que basta falar de Deus. Este talvez seja o maior dos enganos e um tremendo mal para os nossos dias.
 
        É preciso discernir o que, de fato, é de Deus, é preciso olhar as obras e os frutos que estão sendo gerados. Não são imagens bonitas na televisão, não é o choro, não são as lágrimas que esperamos da pregação do Evangelho; o que se espera é que essa pregação favoreça a união, o bem e, sobretudo, o amor entre os irmãos.
 
        Onde se vive o amor, Deus ali está presente! Onde se prega o dinheiro, curas e tantas outras coisas acima do amor de Deus devemos questionar e nos rever e olhar para dentro de nós e perceber se estamos sendo verdadeiros profetas de Deus e se estamos verdadeiramente vivendo Seus mandamentos ou não.
 
         Que Deus hoje nos dê a graça de olharmos para dentro de nós para não nos enganarmos e não enganarmos a ninguém na vivência da Palavra do Senhor!
 
Pe Roger Araújo

Evangelho do dia - (Mateus 7,15-20)

7 15 Disse Jesus: “Guardai-vos dos falsos profetas. Eles vêm a vós disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos arrebatadores. 16 Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinhos e figos dos abrolhos?  17 Toda árvore boa dá bons frutos; toda árvore má dá maus frutos. 18 Uma árvore boa não pode dar maus frutos; nem uma árvore má, bons frutos. 19 Toda árvore que não der bons frutos será cortada e lançada ao fogo. 20 Pelos seus frutos os conhecereis”.
 
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!

Comentário do Evangelho - Falar e Agir

 

Na Bíblia, na história da salvação, os falsos profetas sempre foram um desafio aos fiéis. Elogiam e não denunciam, prometem falsamente a paz: são lobos vestidos de cordeiros. Quanto aos frutos das árvores, também são amplamente citados para se concluir como é feito o anúncio da Palavra: “vocês os conhecerão pelos frutos”. A árvore boa não dá frutos ruins, os espinheiros não dão uvas.
 
        O discípulo do Reino sabe compaginar, perfeitamente, palavra e ação. Sua vida decorre de sua pregação, a ponto de seu testemunho de vida ser o melhor atestado da veracidade de suas palavras. Caso contrário, atuaria na comunidade como um falso profeta. A falsidade, neste caso, poderia acontecer de duas formas. A primeira consistiria em desconectar vida e pregação. A outra se dá, quando alguém cultiva uma virtude aparente, sem consistência. É o que se chama hipocrisia. Por fora, dá mostras de ser virtuoso, quando, de fato, é um grande perverso.
 
        A comunidade cristã não está isenta de ver-se às voltas com pessoas deste tipo. Jesus alertou os discípulos e lhes indicou um critério para verificar a autenticidade das palavras do pregador cristão: observar se ele as pratica. De nada valem suas palavras bonitas, bem expressadas e convincentes, se não são vividas por quem as anuncia. Será preciso acautelar-se de tais pregadores, pois dizem, mas não fazem. Se, pelo contrário, a vida do pregador cristão corresponde à sua pregação, aí sim, será prudente dar-lhe ouvidos, pois "toda árvore boa só dá bons frutos".
 
        Com este critério, os discípulos estavam aptos para precaver-se dos lobos infiltrados na comunidade.
 
Pe. Jaldemir Vitório
 
Oração
Espírito de sinceridade, faze com que minha vida seja sempre mais coerente com minha fé e minhas palavras.

Santo do dia - São Guilherme, combatente contra o mal

 

Com grande devoção, hoje, lembramos a santidade de vida de São Guilherme, que nasceu em Vercelli, Itália, no ano de 1085. Órfão muito cedo, foi morar com os familiares que em nada o impediram de seguir Jesus e realizar seus anseios de vida religiosa.
 
        Quando tinha apenas 14 anos, Guilherme saiu com vestes penitenciais para visitar o Santuário de Santiago de Compostela, na Espanha, visando expressar sua caminhada espiritual. Aconteceu que desejava peregrinar para a Terra Santa, mas devido a turbulências políticas, desviou-se e acabou se retirando no Monte Partênio (Monte da Virgem) e ali permaneceu em silêncio, penitência e oração.
 
        São Guilherme, ao começar a construção do Santuário de Nossa Senhora do Monte Virgine, com o tempo, teve de organizar a comunidade dos monges formada a partir de sua total consagração. E desta forma nasceu o primeiro dos vários mosteiros fundados pelo Santo.
 
        Combatente contra o mal, durante os 67 anos de existência ele não admitiu o pecado em sua vida, tanto que diante da malícia de uma mulher, ele preferiu jogar-se em brasas acesas do que nos braços do pecado; e por graça foi preservado milagrosamente de qualquer ferimento.
 
São Guilherme, rogai por nós!

terça-feira, 24 de junho de 2014

Evangelho do dia - (Lucas 1,57-66.80)

1 57 Completando-se para Isabel o tempo de dar à luz, teve um filho. 58 Os seus vizinhos e parentes souberam que o Senhor lhe manifestara a sua misericórdia, e congratulavam-se com ela.59 No oitavo dia, foram circuncidar o menino e o queriam chamar pelo nome de seu pai, Zacarias. 60 Mas sua mãe interveio: "Não", disse ela, "ele se chamará João". 61 Replicaram-lhe: "Não há ninguém na tua família que se chame por este nome". 62 E perguntavam por acenos ao seu pai como queria que se chamasse. 63 Ele, pedindo uma tabuinha, escreveu nela as palavras: "João é o seu nome". Todos ficaram pasmados. 64 E logo se lhe abriu a boca e soltou-se-lhe a língua e ele falou, bendizendo a Deus. 65 O temor apoderou-se de todos os seus vizinhos; o fato divulgou-se por todas as montanhas da Judéia. 66 Todos os que o ouviam conservavam-no no coração, dizendo: "Que será este menino? Porque a mão do Senhor estava com ele. 80 O menino foi crescendo e fortificava-se em espírito, e viveu nos desertos até o dia em que se apresentou diante de Israel.
 
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!

Comentário do Evangelho - Sob a proteção do Senhor

 
       O texto evangélico sublinha a intensa manifestação divina nos fatos ligados ao nascimento de João Batista, a quem seria confiada a tarefa de preparar os caminhos do Messias Jesus. E isto, a tal ponto que, por toda a redondeza, espalhou-se um temor divino, levando o povo a se perguntar: “O que será que esse menino vai ser?”.

        A mudez inexplicada de seu pai Zacarias foi um evidente indício de que algo maravilhoso estava acontecendo. Ele só voltou a falar quando cumpriu a ordem divina de dar ao filho o nome de João, que significa “Deus é favorável”, embora sua parentela julgasse que o mais normal seria chamá-lo de Zacarias, como o pai.

        O parto de Isabel também foi interpretado como “demonstração de uma grande misericórdia do Senhor” para com ela. De fato, sem a ajuda divina jamais poderia conceber e dar à luz, dado a sua idade avançada e sua esterilidade.

        A proteção divina dispensada a João Batista enquadrava-se no projeto de Deus de confiar-lhe a tarefa de preparar o povo para acolher o Messias, predispondo-o à conversão. A gravidade desta tarefa exigia que fosse “robustecido” pelo próprio Espírito, de modo a capacitar-se para o cumprimento do desígnio divino.

        João Batista soube corresponder à ação do Espírito. Sua vida haveria de ser um testemunho fulgurante de temor a Deus, de cujos caminhos jamais se desviou, mesmo devendo padecer o martírio.
 
Pe. Jaldemir Vitório
 
Oração
Pai, toma-me sob a tua proteção e robustece-me com o teu Espírito, de modo que eu possa cumprir, com coragem e fidelidade, as tarefas do Reino que me são confiadas.

Santo do dia - Solenidade do Nascimento de João Batista, grande anunciador do Reino

 

Com muita alegria, a Igreja, solenemente, celebra o nascimento de São João Batista. Santo que, juntamente com a Santíssima Virgem Maria, é o único a ter o aniversário natalício recordado pela liturgia.
 
       São João Batista nasceu seis meses antes de Jesus Cristo, seu primo, e foi um anjo quem revelou o seu nome ao seu pai, Zacarias, que há muitos anos rezava com sua esposa para terem um filho. Estudiosos mostram que possivelmente depois de idade adequada, João teria participado da vida monástica de uma comunidade rigorista, na qual, à beira do Rio Jordão ou Mar Morto, vivia em profunda penitência e oração.
 
      Pode-se chegar a essa conclusão a partir do texto de Mateus: “João usava um traje de pêlo de camelo, com um cinto de couro à volta dos rins; alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre”. O que o tornou tão importante para a história do Cristianismo é que, além de ser o último profeta a anunciar o Messias, foi ele quem preparou o caminho do Senhor com pregações conclamando os fiéis à mudança de vida e ao batismo de penitência (por isso “Batista”).
 
      Como nos ensinam as Sagradas Escrituras: “Eu vos batizo na água, em vista da conversão; mas aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu: eu não sou digno de tirar-lhe as sandálias; ele vos batizará no Espírito Santo” (Mateus 3,11).
 
       Os Evangelhos nos revelam a inauguração da missão salvífica de Jesus a partir do batismo recebido pelas mãos do precursor João e da manifestação da Trindade Santa. São João, ao reconhecer e apresentar Jesus como o Cristo, continuou sua missão em sentido descendente, a fim de que somente o Messias aparecesse.
 
       Grande anunciador do Reino e denunciador dos pecados, ele foi preso por não concordar com as atitudes pecaminosas de Herodes, acabando decapitado devido ao ódio de Herodíades, que fora esposa do irmão deste [Herodes], com a qual este vivia pecaminosamente.
 
       O grande santo morreu na santidade e reconhecido pelo próprio Cristo: “Em verdade eu vos digo, dentre os que nasceram de mulher, não surgiu ninguém maior que João , o Batista” (Mateus 11,11).
 
São João Batista, rogai por nós!

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Evangelho do dia - (Mateus 7,1-5)

7 1 Disse Jesus: “Não julgueis, e não sereis julgados. 2 Porque do mesmo modo que julgardes, sereis também vós julgados e, com a medida com que tiverdes medido, também vós sereis medidos. 3 Por que olhas a palha que está no olho do teu irmão e não vês a trave que está no teu? 4 Como ousas dizer a teu irmão: ‘Deixa-me tirar a palha do teu olho’, quando tens uma trave no teu? 5 Hipócrita! Tira primeiro a trave de teu olho e assim verás para tirar a palha do olho do teu irmão”.
 
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!

Comentário do Evangelho - A proibição de julgar

Há no evangelho de hoje duas exortações: a primeira de não julgar os outros e a segunda contra a hipocrisia. O juízo contra os outros é uma forma de rotular a pessoa e petrificá-la numa imagem irreversível, isto é, sem oferecer-lhe nenhuma possibilidade de defesa ou de mudança. Julgar os outros significa também condená-los.  A segunda exortação diz respeito à hipocrisia que é caracterizada nesses termos: alguém vê um pequeno defeito na vida do irmão e esse pequeno defeito passa a ser a sua maior ocupação. No entanto, por causa da própria cegueira a pessoa não reconhece a gravidade de sua própria situação, nem faz nenhum esforço para eliminá-la.
 
       O imperativo de Jesus, a respeito do julgamento do próximo, reveste-se de uma profundidade imperceptível à primeira vista. Seu pressuposto é que ninguém pode ser identificado com seus atos exteriores, ou com suas aparências. Dentro de cada um, existe um mistério profundo e impenetrável, cujo conhecimento é reservado unicamente a Deus. É preciso respeitá-lo, sabendo que, por trás de cada ato humano, existe uma história que nos escapa.
 
       O discípulo do Reino evita qualquer tipo de julgamento, a não ser quando é feito por amor ao próximo. Só o amor possibilita-o posicionar-se de maneira conveniente em relação a seu semelhante, e emitir um juízo a seu respeito. Quem é movido pelo ódio ou pela malevolência, jamais será capaz de olhá-lo com objetividade e emitir um juízo verdadeiro sobre ele.
 
      O julgamento mais radical ao qual o ser humano será submetido é o de condenação ou de salvação. Evidentemente, só ao Pai compete fazer tal julgamento. Aqui, também, vale o critério do amor. Ou seja, apenas o Pai ama tanto o ser humano, a ponto de poder determinar se este é merecedor de salvação ou de condenação. Ele conhece cada pessoa, na sua intimidade. Por isso, não corre o risco de se enganar. É com misericórdia que ele pesa as ações humanas.
 
Pe. Jaldemir Vitório
Oração
Espírito que leva a respeitar os semelhantes, educa-me a usar de misericórdia para com o meu próximo, de sorte que eu não seja levado a julgá-lo negativamente.

Santo do dia - São José Cafasso, conhecido com o “Santo da Forca”

 

O santo de hoje nasceu em Castelnuevo, Itália, no ano de 1811, onde também nasceu o grande São João Bosco. José Cafasso, desde criança, sentiu-se chamado ao sacerdócio, que foi se tornando cada vez mais forte no decorrer de sua vida com Deus.
 
         Assim, entrou para a formação sacerdotal e se tornou padre aos 23 anos, destacando-se no meio de tantos por seu amor aos pobres e zelo pela salvação das almas. Depois de comprovado e dedicado trabalho na Igreja de São Francisco em Turim, José assumiu, com toda sua bagagem de pregador, confessor e iluminado diretor espiritual, a função de reitor e formador de novos sacerdotes.
 
         Dom Bosco foi um dos vocacionados que desfrutou das formações e aconselhamentos deste santo, pois como um sacerdote sintonizado ao coração do Cristo Pastor, sabia muito bem colocar sua cultura eclesiástica, dons e carismas a serviço da salvação do próximo.
 
         Dentre tantos ofícios assumidos por este homem incansável, que foi para o Céu em 1860, despontou José Cafasso na evangelização dos condenados à forca, tanto assim que ficou conhecido com o “Santo da Forca”.
 
São José Cafasso, rogai por nós!

domingo, 22 de junho de 2014

Evangelho do dia - (Mateus 10,26-33)


Naquele tempo, disse Jesus a seus apóstolos: 10 26 “Não os temais, pois; porque nada há de escondido que não venha à luz, nada de secreto que não se venha a saber. 27 O que vos digo na escuridão, dizei-o às claras. O que vos é dito ao ouvido, publicai-o de cima dos telhados. 28 Não temais aqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma; temei antes aquele que pode precipitar a alma e o corpo na geena. 29 Não se vendem dois passarinhos por um asse? No entanto, nenhum cai por terra sem a vontade de vosso Pai. 30 Até os cabelos de vossa cabeça estão todos contados. 31 Não temais, pois! Bem mais que os pássaros valeis vós. 32 Portanto, quem der testemunho de mim diante dos homens, também eu darei testemunho dele diante de meu Pai que está nos céus.33 Aquele, porém, que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai que está nos céus”.
 
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!

Comentário do Evangelho - O Deus Cuidador que espera Fidelidade

  
        Na Revelação Divina, um dos modos que Deus mais gosta de apresentar-se ao homem é como um “Deus Cuidador”, que se assemelha a uma Mãe carinhosa e fiel no amor aos filhos, não se descuidando de nenhum detalhe.
 
        As Comunidades Cristãs do final do primeiro século estavam as voltas com a perseguição do Império Romano. As lideranças e especialmente os Missionários que tinham a missão de pregar ficavam com um certo receio em anunciar o evangelho. Deveriam falar dele abertamente ou apenas a um grupo reservado? Nos dias de hoje o cristão também passa por esta mesma dúvida cruel que gera insegurança e dificuldade em seu dia a dia. Deve se falar em Jesus e seu evangelho em todos os ambientes que frequentamos, incluindo trabalho e estudo, ou seria melhor reservar o anúncio para quando se está em comunidade ou na segurança do nosso grupo?
 
         Os Missionários Cristãos desta terceira geração dos cristãos, constantemente lembravam que Jesus falava de maneira reservada aos doze. Mas é bom lembrar que Ele os está preparando para a Missão. Mesmo assim, Jesus não fazia segredo daquilo que anunciava revelando o Pai. Há mesmo evangelho onde depois de abordar um ensinamento com a multidão, em casa retomava o assunto de maneira mais reservada aos seus discípulos.
 
        O evangelho de hoje deixa muito claro que o anúncio do Reino e dos valores do evangelho não é para ficar fechado dentro de um grupo ou religião. O Cristianismo não é nenhuma seita secreta que precisa ocultar aos insensatos o conteúdo da sua pregação. Os Gnósticos tinham esse cuidado pois entre eles havia os chamados “Iniciados” que estavam em um grau mais avançado. Não é o caso do anúncio da Boa Nova que se destina a todo homem e que deve ser falado as claras e de cima dos telhados para que todos ouçam e Vejam aquele que está anunciando.
 
        Evidentemente que o Pregador se compromete a viver com coerência o conteúdo da sua pregação. Não se deve ter nenhum receio, a Segurança e garantia vem de Jesus que enviou a todos os Batizados para ser uma Igreja em Missão. Vale aqui lembrar de uma frase espetacular que  mostra onde deve estar a nossa total confiança “Buscai primeiro o Reino do Céu e tudo o mais vos será acrescentado”.
 
        Quando se fecha alguma porta deste mundo, por causa do nosso posicionamento cristão, dez portas irão se abrir. Deus não nos deixa morrer a míngua. A garota ainda adolescente, pertencente a um Grupo de Jovens, estava sendo forçada pelo namorado, a terem a intimidade de marido e mulher. Por causa do seu principio cristã ela não cedeu e ele, indignado, acabou com o namoro. A garota sofreu, pois amava com sinceridade o rapaz. Algum tempo depois conheceu um outro rapaz em um retiro de jovens. Foi amor à primeira vista. Casaram-se e estão muito felizes com a missão de ser uma Família Cristã, a espera do terceiro filho.
 
        Nada neste mundo, respeito humano, opressão ou ameaça, deve-nos fazer negar o nosso testemunho cristão. Quem assim o faz ainda não é verdadeiramente Cristão!
 
Diácono José da Cruz
 
Oração
Senhor Jesus, que eu não seja enganado pelos falsos profetas que, mascarados de cordeiros, afastam os discípulos de ti.

Santo do dia - Santos João Fischer e Tomás More

 

João Fischer era inglês, chamado por Deus à vida sacerdotal. Fez uma linda caminhada acadêmica até chegar a ser Arcebispo de Rochester.
 
        Foi um homem de grande influência intelectual, cultural e religiosa a partir do seu testemunho. Ele não se vendia: diante do contexto das confusões da Reforma ele já havia se declarado contra. Também escreveu e defendeu a fé católica.
 
        Henrique VIII, por causa de um envolvimento com uma amante, quis que a Igreja declarasse nulo seu casamento. Mas, ao ser analisado pelo Bispo de Rochester, viu-se que não era o caso. Mas com insistência e imposição, Henrique VIII se “auto-declarou” chefe da Igreja da Inglaterra. Em meio às confusões religiosas e políticas, o testemunho de Fischer indicou a verdade, que nem sempre é acolhida.
 
        O Papa já havia escolhido ele para Cardeal, mas Henrique VIII o condenou à morte. E ao ser apresentado para o martírio, São João Fischer deixou claro que era pela fé da Igreja Católica e de Cristo que ele estava ali. E seu sangue foi derramado em 1535.
 
        No mesmo ano, Tomás More, pai de família e de grande influência no meio universitário, era chanceler do rei, mas não se vendeu diante do ato de supremacia de Henrique VIII. Também foi martirizado. Era leal ao rei, mas acima de tudo a Deus. Em 1535 Tomás More foi decapitado. Em meio às confusões, o testemunho faz a diferença.
 
Santos João Fischer e Tomás More, rogai por nós!

sábado, 21 de junho de 2014

Evangelho do dia - (Mateus 6,24-34)

6 24 Disse Jesus: “Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará a um e amará o outro, ou dedicar-se-á a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e à riqueza. 25 Portanto, eis que vos digo: não vos preocupeis por vossa vida, pelo que comereis, nem por vosso corpo, pelo que vestireis. A vida não é mais do que o alimento e o corpo não é mais que as vestes? 26 Olhai as aves do céu: não semeiam nem ceifam, nem recolhem nos celeiros e vosso Pai celeste as alimenta. Não valeis vós muito mais que elas? 27 Qual de vós, por mais que se esforce, pode acrescentar um só côvado à duração de sua vida? 28 E por que vos inquietais com as vestes? Considerai como crescem os lírios do campo; não trabalham nem fiam. 29 Entretanto, eu vos digo que o próprio Salomão no auge de sua glória não se vestiu como um deles. 30 Se Deus veste assim a erva dos campos, que hoje cresce e amanhã será lançada ao fogo, quanto mais a vós, homens de pouca fé? 31 Não vos aflijais, nem digais: Que comeremos? Que beberemos? Com que nos vestiremos? 32 São os pagãos que se preocupam com tudo isso. Ora, vosso Pai celeste sabe que necessitais de tudo isso. 33 Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas em acréscimo. 34 Não vos preocupeis, pois, com o dia de amanhã: o dia de amanhã terá as suas preocupações próprias. A cada dia basta o seu cuidado”.
 
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!

Comentário do Evangelho - Confiança em Deus


Jesus recomenda a confiança em Deus e a busca dos valores do Reino. Jesus nos ensina a sermos contemplativos na observação da natureza: as flores do campo, os passarinhos. Recomenda também a confiança em Deus para que cesse a preocupação com o alimento, o vestuário. E chega a dizer que este tipo de preocupação é de pessoas pagãs e não, de quem acredita no Pai. No final, recomenda uma ordem de valores que tem como prioridade o Reino de Deus.
         
       Este evangelho parece que vai tratar de um assunto, mas trata de outro, primeiro ele afirma que não podemos ter o pé em duas canoas, mas depois, aborda a questão da confiança em Deus, que tem com a gente muito mais preocupação do que com as árvores, animais e flores do campo. Parece que Jesus não quer que nos preocupemos com os problemas desta vida, para deixar que ele resolva... Seria isso?
 
          Claro que não! Na verdade o evangelho aborda um assunto só: a confiança que devemos ter em Deus Nosso Pai. Imagine se um dos seus filhos pede ajuda  financeira e orientação a um estranho, tendo a você como Pai....O evangelho fala que há entre Deus e nós, um canal permanentemente aberto, a partir de Jesus Cristo, e que o Pai nunca está distante de nós e conhece e sabe de todas as nossas necessidades. O problema que o evangelho põe ás claras, é o fato de não crermos de maneira consistente na Providência Divina como tal, e preferimos acreditar muito mais em nós mesmos, e nas soluções que conseguimos apresentar diante dos problemas que enfrentamos. Porque daí, esbarramos nas nossas limitações e percebemos que diante de alguns desses problemas somos impotentes e nada podemos fazer,  e diante do mal, que muitas vezes parece dominar tudo o que está ao nosso redor, chegamos á ousadia de perguntar : “Será que Deus não está vendo isso?”.
 
          Jesus pede a todos a esperança e confiança total no Pai, mas que não seja passiva, senão é perigoso cair em uma Fé Mágica, onde Deus resolve tudo e a gente só vai pedindo as soluções para os problemas,  que na maioria das vezes, a gente mesmo é que arranja.
 
          A verdadeira Fé supõe o equilíbrio entre o que cremos e o que vivemos. Preocupações excessivas com o que ainda virá, além de serem desnecessárias, causam angústia, sofrimento e desespero. Se agirmos com seriedade e nos empenharmos no presente, sempre fazendo o melhor, tendo como referência o evangelho, deixemos que venham os acontecimentos pois teremos forças e coragem para enfrentá-los. O fato é que, Deus sempre cuida de cada um de nós, como o mesmo carinho e seriedade que a mãe cuida dos filhos que ainda não têm o uso da razão. A Salvação não vem do Homem, mas de Deus, lembre-se que o homem da Pós Modernidade pensa o contrário...
 
Diácono José da Cruz
 
Oração
Espírito de fé na Previdência, num mundo que valoriza a acumulação de bens, ensina-me a viver uma vida despojada, totalmente confiada no amor previdente do Pai.

Santo do dia - São Luís Gonzaga, entrou para a Companhia de Jesus

Considerado o “Patrono da Juventude”, São Luís Gonzaga nasceu no ano de 1568 na Corte de Castiglione. Recebeu por parte de sua mãe a formação cristã.
 
       Já seu pai o motivava a ser príncipe. Sua família tinha muitas posses mas, graças ao amor de Deus, Luís – desde cedo – deixou-se possuir por esse amor.
 
       Deixar-se amar por Deus é fonte de santidade. Com dez anos de idade, na corte, frequentando aqueles meios, dava ali testemunho do Evangelho e se consagrou a Nossa Senhora. Ali descobriu seu chamado à vida religiosa e queria ser padre. Seu pai, ao saber disso, o levava para festas mundanas, na tentativa de fazê-lo desistir de sua vocação.
 
       Entrou para a Companhia de Jesus onde viveu durante seis anos. Com pouco mais de vinte anos, faleceu de uma peste que havia se espalhado em Roma.
 
São Luís Gonzaga, rogai por nós!

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Evangelho do dia - (Mateus 6,19-23)

 
6 19 Disse Jesus: “Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a ferrugem e as traças corroem, onde os ladrões furtam e roubam. 20 Ajuntai para vós tesouros no céu, onde não os consomem nem as traças nem a ferrugem, e os ladrões não furtam nem roubam. 21 Porque onde está o teu tesouro, lá também está teu coração. 22 O olho é a luz do corpo. Se teu olho é são, todo o teu corpo será iluminado. 23 Se teu olho estiver em mau estado, todo o teu corpo estará nas trevas. Se a luz que está em ti são trevas, quão espessas deverão ser as trevas!”
 
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!

Comentário do Evangelho - O tesouro imperecível

O instinto de posse se esconde em todos nós. Jesus não o desqualifica porque conhece bem o barro de que somos feitos. O que propõe é orientar essa posse para o que é realmente valioso, para o que não se desvaloriza, nem se perde nem pode ser roubado ou destruído com o passar do tempo. Acumular "riquezas no céu”, empenhar-nos em fazer crescer em nós o melhor de que somos capazes: a misericórdia, a generosidade, a compreensão, a ternura, a fortaleza... Deus é o melhor "banqueiro” para cuidar de nossa conta.
 
       A parábola do tesouro imperecível está calcada numa idéia corrente no judaísmo, segundo a qual existe um tesouro celeste, não sujeito à corrupção. Imaginava-se que as boas obras acumulavam crédito, a ser resgatado no dia do juízo final. Por isso, no AT, o velho Tobias aconselhou seu filho a dar esmolas, segundo suas posses. Na abundância, deveria ser generoso com os pobres. Na carência, deveria partilhar do seu pouco. A motivação dada era a seguinte: "Assim acumulas em teu favor um precioso tesouro para o dia da necessidade".
 
       O discípulo do Reino ajunta um tesouro no céu, mediante suas boas obras. No contexto do Sermão da Montanha, estas correspondem ao conjunto de atitudes e comportamentos compatíveis com os ensinamentos precedentes - Bem-aventuranças e Antíteses -, e com o que seguirá. O discípulo encontra, neste Sermão, as pautas de ação correspondentes à vontade do Pai, para as quais está reservada a devida recompensa.
 
       Deixar-se guiar por outros parâmetros é pura insensatez. Seria semelhante a ajuntar tesouros efêmeros, fáceis de serem destruídos e roubados.
 
       O mais sensato é optar pelos ensinamentos de Jesus e deixar-se guiar por eles, pois são portadores de recompensa e podem garantir a vida eterna, junto do Pai. Fora das palavras de Jesus, só existe frustração.
 
                                                                                  Pe. Jaldemir Vitório
 
Oração
Espírito de discernimento, que eu não me engane, ajuntando tesouros na Terra, quando só os do Céu podem garantir a vida eterna, junto do Pai.