sexta-feira, 29 de abril de 2011

Santa Catarina de Sena


Neste dia, celebramos a vida de uma das mulheres que marcaram profundamente a história da Igreja: Santa Catarina de Sena. Reconhecida como Doutora da Igreja, era de uma enorme e pobre família de Sena, na Itália, onde nasceu em 1347.
Voltada à oração, ao silêncio e à penitência, não se consagrou em uma congregação, mas continuou, no seu cotidiano dos serviços domésticos, a servir a Cristo e Sua Igreja, já que tudo o que fazia, oferecia pela salvação das almas.
Através de cartas às autoridades, embora analfabeta e de frágil constituição física, conseguia mover homens para a reconciliação e paz como um gigante. Dotada de dons místicos, recebeu espiritual e realmente as chagas do Cristo; além de manter uma profunda comunhão com Deus Pai, por meio da qual teve origem sua obra: "O Diálogo".
Comungando também com a situação dos seus, ajudou-o em muito, socorrendo o povo italiano, que sofria com uma peste mortífera e com igual amor socorreu a Igreja que, com dois Papas, sofria cisão, até que Catarina, santamente, movimentou os céus e a terra, conseguindo banir toda confusão. Morreu no ano de 1380, repetindo: "Se morrer, sabeis que morro de paixão pela Igreja".
Santa Catarina de Sena, rogai por nós!

Evangelho (João 21,1-14)


Naquele tempo, 21 1 tornou Jesus a manifestar-se aos seus discípulos junto ao lago de Tiberíades. Manifestou-se deste modo:
2 Estavam juntos Simão Pedro, Tomé (chamado Dídimo), Natanael (que era de Caná da Galiléia), os filhos de Zebedeu e outros dois dos seus discípulos.
3 Disse-lhes Simão Pedro: "Vou pescar". Responderam-lhe eles: "Também nós vamos contigo". Partiram e entraram na barca. Naquela noite, porém, nada apanharam.
4 Chegada a manhã, Jesus estava na praia. Todavia, os discípulos não o reconheceram.
5 Perguntou-lhes Jesus: "Amigos, não tendes acaso alguma coisa para comer?" "Não", responderam-lhe.
6 Disse-lhes ele: "Lançai a rede ao lado direito da barca e achareis". Lançaram-na, e já não podiam arrastá-la por causa da grande quantidade de peixes.
7 Então aquele discípulo, que Jesus amava, disse a Pedro: "É o Senhor!" Quando Simão Pedro ouviu dizer que era o Senhor, cingiu-se com a túnica (porque estava nu) e lançou-se às águas.
8 Os outros discípulos vieram na barca, arrastando a rede dos peixes (pois não estavam longe da terra, senão cerca de duzentos côvados).
9 Ao saltarem em terra, viram umas brasas preparadas e um peixe em cima delas, e pão.
10 Disse-lhes Jesus: "Trazei aqui alguns dos peixes que agora apanhastes".
11 Subiu Simão Pedro e puxou a rede para a terra, cheia de cento e cinqüenta e três peixes grandes. Apesar de serem tantos, a rede não se rompeu.
12 Disse-lhes Jesus: "Vinde, comei". Nenhum dos discípulos ousou perguntar-lhe: "Quem és tu?", pois bem sabiam que era o Senhor.
13 Jesus aproximou-se, tomou o pão e lhos deu, e do mesmo modo o peixe.
14 Era esta já a terceira vez que Jesus se manifestava aos seus discípulos, depois de ter ressuscitado.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor!

Comentário do Evangelho


COMEÇAR DE NOVO
A aparição do Ressuscitado junto ao mar de Tiberíades evoca o primeiro encontro dos discípulos com Jesus, quando foram chamados a deixar tudo para se tornarem pescadores de homens. É como se tudo começasse de novo, e fossem chamados a retomar o caminho de serviço ao Reino, abandonado após a decepção diante da morte de Jesus na cruz.
O Evangelho apresenta-nos a profissão de alguns dos discípulos do Mestre: pescadores. Depois de uma noite de trabalho infrutífero, o Senhor apareceu-lhes para mostrar-lhes como se pesca de maneira proveitosa. E esta pesca foi deveras abundante! Mas a última, naquele lago, dando início aos tempos novos.
Depois de ter ceado com o Ressuscitado, a vida dos discípulos tomaria um rumo diferente. Doravante, deveriam lançar-se à missão de enviados do Senhor, pelos caminhos do mundo. Sua condição de apóstolos estava para se concretizar.
A novidade da experiência consistia em não mais contar com a presença física do Mestre. Ele se faria presente, na condição de Ressuscitado, onde quer que estivessem os seus apóstolos, animando-os na missão.
A rede superlotada de peixes simbolizava a humanidade toda à qual eles deveriam apresentar a proposta do Reino. No mar do mundo, muitos seriam os atraídos pela mensagem de Jesus.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

São Pedro Chanel


Em 1824, ingressou no seminário de Bourg e em 1827 foi ordenado sacerdote. Foi vigário de Amberieu e de Gex. Entrou, depois, para a Sociedade de Maria, sob a guia do Pe. Colin. Em 1837 partiu em companhia de um confrade leigo para Futuna, uma pequena ilha no Oceano Pacífico, no arquipélago de Tonga. Sua pregação logo produziu frutos abundantes entre a geração jovem da ilha. Mas logo vieram a reação e a oposição dos líderes mais antigos, segundo eles ciosos de suas tradições e costumes, ameaçados pelo "sacerdote branco". Foi avisado pelos amigos do risco que corria e para que deixasse a ilha, São Pedro M. Chanel ignorou o aviso e decidiu permanecer e continuar a pregação. Foi morto a golpes de "tacape" no dia 28 de abril de 1841. Seu sacrifício não foi em vão. A semente de sua pregação germinou e todos os habitantes acolheram o cristianismo.

Evangelho: Lucas (Lc 24, 35-48)


O encontro do Cristo ressuscitado com seus discípulos


Naquele tempo, 35os discípulos contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão. 36Ainda estavam falando, quando o próprio Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: "A paz esteja convosco!" 37Eles ficaram assustados e cheios de medo, pensando que estavam vendo um fantasma. 38Mas Jesus disse: "Por que estais preocupados e por que tendes dúvidas no coração? 39Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai em mim e vede! Um fantasma não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu tenho". 40E dizendo isso, Jesus mostrou-lhes as mãos e os pés. 41Mas eles ainda não podiam acreditar, porque estavam muito alegres e surpresos. Então Jesus disse: "Tendes aqui alguma coisa para comer?" 42Deram-lhe um pedaço de peixe assado. 43EIe o tomou e comeu diante deles.

44Depois disse-lhes: "São estas as coisas que vos falei quando ainda estava convosco: era preciso que se cumprisse tudo o que está escrito sobre mim na lei de Moisés, nos profetas e nos salmos". 45Então Jesus abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as escrituras, 46e lhes disse: "Assim está escrito: O Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia 47e no seu nome, serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. 48Vós sereis testemunhas de tudo isso”. Palavra da Salvação!

Comentário o Evangelho


Sou eu mesmo!


As primeiras comunidades cristãs tiveram dificuldade em ver, no Ressuscitado, o Jesus que havia sido crucificado. A tentação era a de não identificá-los e de tomá-los como duas pessoas distintas. O Evangelho explicita esta identificação aplicando ao Ressuscitado gestos típicos da antiga convivência de Jesus com os discípulos. O Mestre come peixe assado e mel, diante deles. Entretanto, a prova melhor da identidade do Ressuscitado era oferecida pelas Escrituras. Lidas com atenção, ajudavam a comunidade cristã a compreender que o Cristo devia sofrer, mas também haveria de ressuscitar, por desígnio de Deus. Os discípulos teriam a missão de ser anunciadores deste gesto amoroso do Pai para com Jesus, penhor de salvação para toda a humanidade.

A comunidade cristã compreendeu que, se o Ressuscitado não fosse o mesmo Jesus que fora crucificado, a salvação de Deus não a teria atingido. Os pecados da humanidade só foram redimidos porque Jesus foi capaz de vencê-los com sua morte de cruz. No entanto, se a última palavra na vida de Jesus tivesse sido a morte, com seu sabor de derrota, não tinha de se gloriar, pois em nada teria sido diferente dos demais seres humanos.

Quando a comunidade entendeu o verdadeiro sentido do "Sou Eu!" pronunciado pelo Ressuscitado, tornou-se capaz de fazer a conexão entre o passado e o presente e proclamar a fé no Jesus vivo e atuante no meio dela, incentivando-a a superar o medo e a proclamar as maravilhas operadas por Deus em seu Filho Jesus. [O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Ano B,  ©Paulinas, 1996]

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Pe. José Gilberto Beraldo


CARTA MCC BRASIL ABRIL 2011 – (140ª.)

“Acaso ignorais que todos nós, batizados no Cristo Jesus, é na sua morte que fomos batizados?
Pelo batismo fomos sepultados com Ele na morte, para que,como Cristo foi ressuscitado dos mortos pela ação gloriosa do Pai,assim também nós vivamos uma vida nova.Pois, se fomos, de certo modo, identificados a ele por uma morte semelhante á sua,seremos semelhantes a ele também pela ressurreição” (Rm 6,3-5).

Muito amados e amadas que, juntos, nesta peregrinação quaresmal rumo à Páscoa, cantamos com o Salmista, “peregrinos e felizes caminhando para a casa de Deus”, alimentados pela esperança, gritando:  “A minh’alma tem sede de Deus e deseja o Deus vivo. Quando terei a alegria de ver a face de Deus? (Cf Salmo 41):

Sempre fortalecidos pela ação inspiradora do Espírito Santo e animados pelo seguimento de Jesus como discípulos missionários dEle, chegamos à nossa centésima quadragésima carta mensal. São elas dirigidas, primeiramente, aos participantes do Movimento de Cursilhos do Brasil. Graças, também, à generosidade e colaboração de tantos irmãos e irmãs, ela tem chegado, tanto em português como em espanhol, a milhares de outros companheiros e companheiras de jornada não só do MCC, como na peregrinação comum da vida dos seguidores de Mestre. Como sabem os que acompanham estas cartas, escritas em nome do Grupo Executivo Nacional do MCC do Brasil, elas trazem um conteúdo que não visa particularmente o Movimento de Cursilhos, mas, a quem por elas se interessa, querem oferecer elementos para reflexão de temas propostos, naquele mês, pela própria Igreja ou, então, de importantes Documentos do Magistério eclesial. Todas elas veem encabeçadas por uma citação bíblica, pois é na Palavra, autêntica fonte da água que sacia todas as sedes – “Todo aquele que bebe desta água terá sede de novo. Mas quem beber da água que eu lhe darei, esse nunca mais terá sede, E a água que lhe der se tornará nele uma fonte de água pura que jorra para a vida eterna” (Jo 4, 13-15) – que procuramos alicerçar, às vezes ainda que indiretamente, nossas reflexões. A esse direcionamento preside a intenção de não só atingir as pessoas, mas, também, a de ajudar no enriquecimento do Movimento na prática do seu carisma e nos esforços para alcançar seus objetivos: mostrar que a pessoa é objeto do amor de Deus; oferecer a essa mesma pessoa contínuas oportunidades de um encontro com Cristo vivo que a envia para exercer sua missão de ser fermento, sal e luz no seu ambiente natural, testemunhando ali, com sua vida e unida com outros irmãos e irmãs, numa verdadeira comunidade de fé, os valores e critérios de Jesus; ser, enfim, no seu ambiente, verdadeiro discípulo missionário do Senhor.

Para este mês, ainda quaresmal no seu início e luminosamente pascal no seu término, proponho dois pontos centrados nessas importantes celebrações.

1º ponto. Semanas finais da Quaresma (4ª. e 5ª. e Semana Santa). Ao iniciar o mês de abril, estaremos, ainda, num clima de preparação para celebrar a maior festa da nossa fé, a Páscoa. Primeiramente, deveríamos nos examinar se, até aqui, vivemos de verdade a proposta do jejum, da abstinência e da esmola ou da solidariedade, que é como podemos entender a “esmola” nos dias de hoje. Bem nos disse o Profeta Joel, na Quarta-feira de Cinzas: “Agora, diz o Senhor, voltai para mim com todo o vosso coração, com jejuns, lágrimas e gemidos; rasgai o coração, e não as vestes; e voltai para o Senhor, vosso Deus; ele é benigno e compassivo, paciente e cheio de misericórdia, inclinado a perdoar o castigo” (Jl 2,12-13).Voltar ao Senhor” não exige outra atitude de cada um e cada uma de nós, senão a de recomeçar a cada dia, a cada instante da vida. Devido às nossas naturais limitações humanas, inclinados que somos à acomodação, à preguiça, ao conformismo com as nossas pretensas vitórias – ainda que não apareçam... – e ao “já feito”, nossa tendência, via de regra, é não enfrentar e assumir o novo a cada dia; é “deixar como está pra ver como é que fica”, ou dizer para si mesmo: “já fiz muito, agora chega...”! Meu irmão, minha irmã: voltemos à Quaresma, voltemos ao espírito, à proposta e, sobretudo, à prática da Quaresma, esse tempo privilegiado de anseio pelo abraço do Pai misericordioso; tempo precioso de preparação para a Ressurreição, portanto, para, de novo, saborearmos e vivenciarmos a festa da Vida nova em Cristo. Para isso temos, ainda, algumas semanas: aproveite-as! Continue seu exercício quaresmal. Dê uma pausa na sua vida. Leia atentamente todo o Capítulo 53 de Isaías. Ponha-se no lugar daquele Servo Sofredor! Coragem! Ânimo!

2º ponto. Páscoa da Ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo. É a celebração maior da nossa vida de discípulos missionários de Jesus, pois foi a celebração maior da vida do Filho de Deus feito homem e irmão de todos nós nessa aventura da vida na terra. Durante toda a sua vida pública Jesus preparou seus seguidores para esse momento – não pensassem eles que a missão do Mestre deveria esgotar-se com a proclamação de um reinado terreno sendo ele o Rei supremo. Nada disso. Mostrou-lhes, antes, o sofrimento e a cruz. Não se iludissem, sonhando com algum “ministério” como recompensa por terem deixado tudo e seguido seus passos: “Olha! Nós deixamos tudo e te seguimos. Que haveremos de receber?” (Mt 19,27). A recompensa foi e continua sendo para nós, seus fiéis seguidores, muito maior, indescritível, misteriosa e, sobretudo, verdadeira e, por isso, carregada de esperança. Ou, neste nosso tempo consumista, na cultura que respiramos, numa sociedade pessimista e sonhadora apenas com a riqueza material, com os bens transitórios resumidos em mansões maravilhosas ou em carros do último grito ou, especialmente, numa gorda conta bancária, ou num futuro chamado de “promissor”, não seria nisso tudo que estamos depositando nossas esperanças? Mesmo sabendo e experimentado que tudo isso é transitório? Por quê? Não é verdade o que a nossa fé nos diz quando ensina que, um dia, todos ressuscitaremos com Cristo? É Ele quem afirma: “É esta a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia. Esta é a vontade do meu Pai: quem vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna. Eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6, 39-40). E num confortador momento da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios ele nos ajuda na certeza da nossa própria ressurreição ao afirmar, enfaticamente, sobre a ressurreição dos mortos: “E se Cristo não ressuscitou, a vossa fé não tem nenhum valor e ainda estais nos vossos pecados” (1Cor 15,17). E, ainda, tratando da esperança cristã, Paulo não se refere a nenhuma “reencarnação”, isto é, a inumeráveis manifestações (ainda que pareçam momentaneamente muito consoladoras!) dos que já morreram. Infelizmente, até muitos católicos, contrariando a fé do seu próprio batismo, andam acreditando na vã esperança de ver e falar com espíritos de mortos eternamente reencarnando-se, quando é muito mais confortador crer num Cristo vivo que com Ele nos ressuscitará no último dia. Por isso, São Paulo conclui: “Se é só para esta vida que pusemos nossa esperança em Cristo, somos, dentre todos os homens, os mais dignos de compaixão” (1Cor 15,19).

Com meu abraço fraterno, uma feliz e santa Páscoa, toda iluminada pela esperança no Ressuscitado e, sobretudo, vivenciada no seu dia a dia, é tudo o que, neste momento e do íntimo do meu coração sacerdotal, eu posso desejar, em nome do Grupo Executivo Nacional do MCC do Brasil, a todos os queridos irmãos e irmãs, fieis leitores desta mensagem mensal.



Pe. José Gilberto Beraldo
Equipe Sacerdotal do GEN

Dom Orani João Tempesta, O. Cist., Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro - RJ


Eis o homem!

No começo da Semana Santa, após termos contemplados Jesus, sendo aclamado como Rei, nas ruas de nossas cidades, entre ramos, cantos e hosanas, a Igreja Católica, nos convida, a refletir sobre os acontecimentos que envolveram a condenação e a prisão de Jesus a morte.

Encontramos neste dia com a traição de Judas no Jardim das Oliveiras. Judas foi um dos apóstolos, a quem foi confiado o cuidado da bolsa do dinheiro, usado no sustento da vida simples que levavam. Judas foi um dos escolhidos, um dos prediletos, um dos amigos, mas, por causa de sua ambição e egoísmo, ou mesmo pensando em manifestar a visão da missão que ele pensava do Messias, traiu o mestre e o entregou com um beijo no rosto.

No momento da prisão, açoites e a condenação, Pedro, o mais respeitado dos apóstolos, foi todo cauteloso ao ver Jesus que sofria, quando uma criada o abordou: “Tu és um deles!” E Pedro negou Cristo por três vezes, e depois chorou amargamente a sua fraqueza, com o cantar do galo.

Veio também o vozerio dos fariseus e do povo, exigindo de Pilatos a condenar Jesus a morte na cruz: “Não temos outro rei a não ser César”. “Solta-nos Barrabás e condena Jesus”. E todos gritaram: “Crucifica-o, crucifica-o”.

O que dizer de Pilatos, cheio de temores ante as ameaças dos fariseus e da população agitada, apresentou Jesus flagelado, coberto com o manto e a cruz, dizendo: “Eis o homem! Eis o vosso rei! (Jo 19, 5)

Fica no ar uma pergunta incômoda para todos nós: Quem condenou Jesus? Essa pergunta já foi objeto de muitos questionamentos e discussões. Já ocasionou falsas compreensões e dificuldades de relacionamentos.

Muitos acusam Judas com sua ambição e cobiça. Mas temos o direito de condenar Judas, nós que tantas vezes traímos Jesus, com nossas ambições, com nossos apegos com coisas materiais, ao dinheiro, ao poder, ao prazer?

Teria sido Pedro com sua fraqueza e medo? Quem somos nós, com nossas quedas e falhas, nós que negamos a Cristo tantas vezes na nossa vida de cristão relaxados e descompromissados, tão inconstantes na nossa prática da fé?

Seriam os fariseus? Mas nós, quantos vezes nos deixamos levar também pelas invejas, pelas raivas, pelos ódios, sem saber perdoar os que nos ofendem, como Cristo nos mandou. E ainda nós temos a coragem de rezar tranquilamente todos os dias: Senhor perdoai-nos assim como perdoamos! Que qualidade de Pai-Nosso rezamos se estamos cheios de ódios!

Foi Herodes com sua zombaria, com sua sensualidade, com seu amor aos prazeres e preocupação com o poder? Mas nós também tantas vezes, nos deixamos cair na lama dos pecados mais profundos, no apego ao poder, nos pensamentos mais sórdidos, manchando nossa alma com tantos pecados e misérias!

Será que foi a irresponsabilidade de Pilatos com seu apego ao cargo, com sua covardia em não defender um justo inocente? Mas nós poderemos condenar Pilatos, se tantas vezes nos deixamos levar pelo desrespeito humano, pela preguiça, pela indiferença em cumprir nossos deveres de cristãos?

Muitos colocam como se fosse o Pai do céu com seu plano de amor e misericórdia para nós pecadores? O que diremos a Deus pai que tanto nos ama e só nos convida a gratidão, um pouco de fé, esperança e amor? Mas o que fazemos? Em lugar da unidade com Ele, temos a coragem de nos afastarmos dele, de desprezar seus mandamentos e de desrespeitar sua santa vontade!

Na verdade fomos todos nós contribuímos para a condenação e prisão de Jesus, com os muitos pecados que cometemos com nossas vidas! Ele assumiu homem das dores, os nossos pecados! Ele assumiu nossas dores!

Nós somos também culpados pela sua condenação, com nossos muitos pecados e com as nossas atitudes.

Eu, pecador, ajudei a cravar na cabeça de Cristo a coroa de espinho, quando tive atitudes como Pedro e como Judas.

Eu, pecador, também flagelei Jesus, quando deixo de lado tantos irmãos que necessita da minha ajuda e partilha.

Eu, pecador, cooperei por deixar Jesus todo ensanguentado, quando indiretamente contribui para tantos gestos, que derramam o sangue dos inocentes.

Eu, pecador, contribui com a condenação Jesus para a morte!

Pois então, meus irmãos e irmãs, é hora de converter-se, de levar uma vida cristã mais de acordo com o evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo!

E, como Pedro, e como Madalena, e como tantos outros que se converteram peçamos a Deus o perdão pelos nossos muitos pecados. Para tanto, aproveitemos tanto para estes dias do tríduo pascal. Ainda há tempo para uma santa confissão. Cumpramos o preceito da páscoa com uma santa comunhão.

E acompanhando Jesus com sua santa cruz, façamos Páscoa, passando da morte para a vida!

Santa Zita


Santa Zita era filha de camponeses. Aos 12 anos foi trabalhar como empregada doméstica na casa de uma rica família. Perguntava-se sempre a si mesma: "Isto agrada ao Senhor?" Ou: "Isto O desagrada?" Foi-lhe confiado o encargo de distribuir esmolas a cada sexta-feira. E dava também do seu pouco, da sua comida, das suas roupas, daquilo que possuía, das suas parcas economias. Dizem que um dia foi surpreendida enquanto socorria os necessitados. Mas no seu avental o que era alimento se converteu em flores. Por 60 anos foi doméstica. Na hora da morte tinha ajoelhada a seus pés toda a família Fatinelli, a quem servira toda a vida. Morreu no dia 27 de abril de 1278. Pio XII proclamou-a padroeira das empregadas domésticas do mundo inteiro.

Todos os cristãos reconhecem Jesus ao partilhar a eucaristia

13Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos de Jesus iam para um povoado, chamado Emaús, distante onze quilômetros de Jerusalém. 14Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido.

15Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles. 16Os discípulos, porém, estavam como que cegos, e não o reconheceram. 17Então Jesus perguntou: "O que ides conversando pelo caminho?" Eles pararam, com o rosto triste, 18e um deles, chamado Cléofas, lhe disse: "Tu és o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes últimos dias?" 19Ele perguntou: "O que foi?" Os discípulos responderam: "O que aconteceu com Jesus, o nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras, diante de Deus e diante de todo o povo. 20Nossos sumos sacerdotes e nossos chefes o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. 21Nós esperávamos que ele fosse libertar Israel, mas, apesar de tudo isso, já faz três dias que todas essas coisas aconteceram! 22É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deram um susto. Elas foram de madrugada ao túmulo 23e não encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos e que estes afirmaram que Jesus está vivo. 24Alguns dos nossos foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A ele, porém, ninguém o viu".

25Então Jesus lhes disse: "Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram! 26Será que o Cristo não devia sofrer tudo isso para entrar na sua glória?" 27E, começando por Moisés e passando pelos profetas, explicava aos discípulos todas as passagens da escritura que falavam a respeito dele.

28Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante. 29Eles, porém, insistiram com Jesus, dizendo: "Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!" Jesus entrou para ficar com eles. 30Quando se sentou à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lhes distribuía. 31Nisso os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus. Jesus, porém, desapareceu da frente deles. 32Então um disse ao outro: "Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho, e nos explicava as Escrituras? 33Naquela mesma hora, eles se levantaram e voltaram para Jerusalém onde encontraram os onze reunidos com os outros. 34E estes confirmaram: "Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!" 35Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão. Palavra da Salvação!

Comentário o Evangelho


Corações lentos para crer


A fé na ressurreição consolidou-se no coração dos discípulos de maneira muito lenta. O choque provocado pela crucifixão do Mestre causou-lhes um impacto enorme. Embora tivesse demonstrado ser “um profeta poderoso em obras e palavras, diante de Deus e de todo o povo”, Jesus fora condenado à morte reservada aos malditos e marginais. Com isto, os discípulos viam esvair-se sua esperança de ver Israel libertado da opressão estrangeira, e reconquistar a condição de povo livre, segundo o querer do Pai.

A decepção deu lugar à deserção. Seria inútil dar continuidade ao grupo formado pelo Mestre quando ele ainda vivia, já que, diante da cruz, tudo quanto dissera e fizera tinha perdido sua consistência. Conseqüentemente, nem merecia ser recordado. Era tempo de colocar um ponto final nessa experiência que despontara tão promissora!

A superação deste desânimo deu-se após um lento processo de repensamento, à luz das Escrituras, de tudo quanto acontecera com o Senhor. Foi preciso que os discípulos vissem a cruz com uma perspectiva aberta, relacionando-a com o conjunto da vida do Mestre, relida à luz do cumprimento do desígnio de Deus.

Na medida em que se deslanchava um processo de compreensão da ressurreição, eles experimentavam uma profunda mudança interior. Revigorados na fé, reconheceram ser preciso voltar à vida de comunidade e se tornar proclamadores da ressurreição. [O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Ano A, ©Paulinas, 1997]

terça-feira, 26 de abril de 2011

Dom Bruno Gamberini, Arcebispo Metropolitano de Campinas - SP


Papa João Paulo II Bem Aventurado


Prezados irmãos e irmãs

No dia 02 de abril de 2005, véspera do 2º Domingo da Páscoa, o “Domingo da Divina Misericórdia”, o Papa João Paulo II, homem de Deus e da Igreja, homem simples do povo, entregou sua alma a Deus, após muitos sofrimentos físicos e depois de quase 27 anos à frente da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo.

O lema que o Cardeal Woytila, de Cracóvia na Polônia, tinha escolhido era composto de duas palavras “totus tuus”, início de um hino de louvor e súplica à Santíssima Virgem Maria, a quem o Papa dedicara sua vida e a consagrou.

Todo teu sou, ó Maria! Assim ele viveu e, quando sofreu o atentado que quase o matou na Praça São Pedro, era 13 de maio, Nossa Senhora de Fátima, a quem o Papa atribuiu “a mão que desviou projétil” para que ele não morresse.

Quantos trabalhos e viagens pelo mundo! O Papa João Paulo II foi chamado “o Peregrino de Deus, o Peregrino da Paz”. A muitíssimos países, povos e nações visitou e a todos fazia ecoar as suas primeiras palavras na homilia do início do seu pontificado em outubro de 1978: “Abri as portas para o Senhor!”. E ele ainda reforçava “Abri as portas, ou melhor, escancarai as portas para o Senhor. Não tenhais medo de Jesus Cristo”.

João Paulo II, na sua primeira visita ao Brasil, foi recebido com o canto: “A bênção, João de Deus, nosso povo te abraça. Tu vens em missão de paz. Sê bem vindo e abençoa este povo que te ama. A bênção João de Deus”. E a cada vez que grupos de peregrinos ou mesmo nós, Bispos do Brasil, em Roma, cantávamos este refrão, João Paulo II parava e dirigia um sorriso ou um gesto carinhoso para aquele grupo no meio de tantos outros que o saudavam.

No ano de 2000, o ano do Grande Jubileu e do Perdão, o Papa convidou a todos para entrar no terceiro milênio da encarnação e nascimento de Jesus Cristo, com festas e solenidades, mas sem deixar de lembrar o perdão, a reconciliação com Deus e com os irmãos. Ele mesmo foi ao encontro dos judeus e colocou no muro do templo em Jerusalém o pedido de perdão e reconciliação de toda a Igreja. Convidou as religiões e igrejas cristãs ao encontro da paz e devoção em Assis, pondo em prática os documentos do Concílio Vaticano II, do qual era fiel sustentáculo e incentivador. Durante seu pontificado convidava a todos a buscar e a viver a santidade.

João Paulo II foi o homem da paz ao proclamar contra os que diziam que faziam a guerra em nome de Deus. Ele dizia “Guerra nunca mais! Eu o proclamo em nome da humanidade”. O único que poderia falar em nome de Deus não usurpou este direito e preferiu falar em nome das pessoas e dos pequeninos “Guerras nunca mais”.

No dia do seu sepultamento, juntou-se em Roma uma multidão de mais de quatro milhões de pessoas vindas de todas as partes do mundo. Era bela e inusitada a afluência de tantos jovens no enterro do velho papa.

Na frente da Basílica de São Pedro, junto ao corpo de João Paulo II, os Bispos, Sacerdotes, Religiosos e quantas autoridades de tantos países. Ele, ainda na sua morte, trouxe para junto de si governantes ou representantes de países que estavam em conflitos. O Papa morto ainda falava e ensinava a paz.

O povo aclamava “Santo Súbito”. Seja declarado Santo já, agora. Santo Imediatamente.

O cardeal que presidiu no dia 08 de abril de 2005 a missa Solene de Exéquias, Joseph Ratzinger, foi eleito o sucessor de João Paulo II com o nome de Bento XVI, e será ele, que ouviu a aclamação do povo, “Santo Súbito”, que neste domingo da Divina Misericórdia, 1º de maio de 2011, Dia do Trabalhador, proclamará Bem Aventurado, o Bispo da Santa Igreja, o Papa João Paulo II.

E nós, felizes e sinceros, na verdade da nossa fé, faremos ecoar por todo o mundo: Bem Aventurado João Paulo II. Rogai por nós. Amém! Aleluia! [CNBB]

São Luis Maria Grignon de Monfort


Um dos mais admiráveis devotos de Nossa Senhora, cuja devoção iniciou quando ainda menino. Criado e ambiente profundamente religioso, eram em dezesseis irmãos, três dos quais fizeram os votos. Tamanho era seu amor a Mãe de Deus que acrescentou o nome "Maria" em honra de Nossa Senhora, no dia da sua crisma. Posteriormente, em Paris, iria desenvolver as bases de um magnífico movimento que teria por lema "os escravos de Jesus em Maria". Os primeiros anos de sacerdócio não lhe foram fáceis. A dedicação e o rigor devotadas por são Luis provocaram muitas críticas, reclamações. Partiu para Roma para buscar ajuda e contou ao Papa de seu grande desejo em participar de missões em terras estrangeiras, mas o Papa lhe disse que precisava dele na França, pois justamente naqueles momentos os jansenistas (que acreditavam que a graça não era dada a todos), ameaçavam a Igreja. São Luis obedeceu. E Maria continuou sendo o centro principal de suas pregações, até mesmo escrevendo uma obra intitulada "A Verdadeira devoção a Nossa Senhora". Este livro é admirado por todos para todos os que amam a Nossa Senhora, assim como o nosso Papa, João Paulo II que tanto o admira. São Luis recomenda a todos a consagração a Virgem Santíssima e que Ela nos guarde como sua propriedade. Após anos de perseverança e com a santa ajuda de Nossa Mãe Santíssima, são Luis conseguiu formar um grupo de religiosos e partir para a Evangelização do Novo Mundo e suas sementes chegaram inclusive no Brasil, possuindo representantes de tais comunidades em vários recantos do mundo. Por sua obstinação religiosa, perseverança, seu imenso amor pelas missões, principalmente marianas, pode ver realizado o sonho de sua juventude, partindo para a eternidade aos 46 anos de idade.

Evangelho: João (Jo 20, 11-18)


Jesus aparece a Maria Madalena


Naquele tempo, 11Maria estava do lado de fora do túmulo, chorando. Enquanto chorava, inclinou-se e olhou para dentro do túmulo. 12Viu, então, dois anjos vestidos de branco, sentados onde tinha sido posto o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. 13Os anjos perguntaram: "Mulher, por que choras?" Ela respondeu: "Levaram o meu Senhor e não sei onde o colocaram". 14Tendo dito isto, Maria voltou-se para trás e viu Jesus, de pé. Mas não sabia que era Jesus. 15Jesus perguntou-lhe: "Mulher, por que choras? A quem procuras?" Pensando que era o jardineiro, Maria disse: "Senhor, se foste tu que o levaste dize-me onde o colocaste, e eu o irei buscar". 16Então Jesus disse: "Maria!" Ela voltou-se e exclamou, em hebraico: "Rabuni" (que quer dizer mestre). 17Jesus disse: "Não me segures. Ainda não subi para junto do Pai. Mas vai dizer aos meus irmãos: subo para junto do meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus". 18Então Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: "Eu vi o Senhor!", e contou o que Jesus lhe tinha dito. Palavra da Salvação!

Comentando o Evangelho


Uma falsa explicação


Os judeus adeptos da sinagoga divulgaram falsas explicações a respeito da ressurreição de Jesus no contexto da controvérsia com os cristãos. Foram tentativas de esvaziar o elemento central da fé cristã, reduzindo ao descrédito tudo quanto se dizia a respeito do Senhor. Com isto, buscava-se dar um xeque-mate no que se configurava como uma nova seita no interior do judaísmo.

Uma falsa explicação consistiu em dizer que os discípulos haviam roubado o corpo de Jesus, num momento de descuido dos soldados romanos que vigiavam o sepulcro. O túmulo vazio, portanto, resultava de uma fraude grosseira.

Os cristãos rebateram tal acusação. Os soldados prestaram-se para mentir, grosseiramente, por terem sido subornados. O dinheiro fê-los ocultar a verdade e propagar uma reconhecida mentira!

Ao rebater a falsa acusação, os cristãos tornavam seus acusadores testemunhas do evento maravilhoso acontecido com Jesus. Eles sabiam que o corpo do Mestre não se encontrava mais no sepulcro, embora desconhecessem como isto acontecera. Também desconheciam as reais dimensões do que se passara. Tinham apenas consciência de não terem tirado o corpo de Jesus do sepulcro. Faltava-lhes ainda saber que tinha sido o Pai quem o ressuscitara. [Evangelho nosso de cada dia, Pe. Jaldemir Vitório, ©Paulinas, 1997]

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Dom Orani João Tempesta, Arcebispo do Rio de Janeiro - RJ


Boas notícias

Em nossa aldeia global, os fatos locais adquirem rapidamente projeção mundial.  Ultimamente os acontecimentos negativos que machucam nossas comunidades, em pouco tempo atingem o mundo como um relâmpago levando a comunidade internacional a participar das dores e flagelos! Aliás, parece que nós nos acostumamos tanto com esse tipo de comunicação que os bons acontecimentos mais raramente fazem sucesso na mídia. É importante que saibamos dos fatos negativos para nos situarmos no tempo e na história, mas tenho certeza que os fatos positivos são a maioria.

Aparentemente fomos acostumados (quase diria condicionados) a gostar e consumir más notícias. Isso é muito claro quando lemos os números da audiência nos diversos tipos de mídia. O problema é que muitas vezes nós realimentamos os desequilíbrios presentes nas mentes das pessoas. Nem sempre, a programação de boa qualidade e construtiva é apreciada. É claro que existem exceções e, ultimamente, vemos com esperança que os responsáveis pelas diversas mídias começam a trabalhar também as boas notícias. Porém ainda há um grande caminho a percorrer para que os fatos positivos que são a maioria na sociedade prevaleçam também na divulgação.

Lembrei-me exatamente disso ao ver a fácil difusão das más notícias, das fofocas e das maledicências! E isso, evidentemente, não apenas nas mídias sociais, mas em todo o nosso tecido social – infelizmente, também em nosso meio eclesial. Eis o nosso grande desafio nestes atuais tempos: anunciar ao mundo, guiados pela luz do Espírito Santo, que Deus é Pai, e enviou o Seu Filho, Jesus Cristo, que deu sua vida por nós e está vivo ressuscitado e fazê-lo de tal maneira que seja interessante e entusiasmante para todos.

Há certo tempo que essas reflexões estão presentes em minhas meditações. Estava imerso nesses pensamentos sobre como sermos portadores de formação, de boa notícia, de incentivo para a educação, da difusão da cultura, e isso de forma que seja interessante para a maioria das pessoas, quando pensava sobre a maior notícia de todos os tempos que estamos celebrando neste final de semana.

Participamos nestes dias do Tríduo Pascal, ápice do ano litúrgico, porque celebramos a Morte e Ressurreição do Senhor. Os três momentos litúrgicos, instituição da Eucaristia, morte de cruz e Ressurreição, nos acompanharão por todos os dias de nossas vidas, atualizados em cada Missa, pois Jesus Cristo realizou a obra da redenção humana – morrendo, destruiu nossa morte e, ressuscitando, deu-nos nova vida.

É lamentável que nem todos os cristãos estejam motivados para viver esses momentos profundos de nossa fé: “fazer Páscoa”! Todos são chamados a participar intensamente desses momentos celebrativos, aprofundando nossa vida de fé e compartilhando com nossos irmãos a alegria de uma grande e bela notícia: Cristo Ressuscitou! E aí o questionamento: como dar essa boa notícia ao mundo de hoje de tal forma que as pessoas se interessem por ela e acolham-na com alegria e compromisso?

O kerigma, inicio da evangelização, o anúncio explicito do Evangelho que é justamente o anúncio da maior notícia já vista no cosmos; nós temos certeza de que é a resposta que todos aguardam, o anseio de todas as nações – a grande notícia da salvação conquistada por Cristo para todos nós, que porém, nem sempre conseguimos fazê-lo de forma com que muitos a acolham com alegria.

Como existe a dificuldade de fazer as pessoas se interessarem pelas boas notícias, e, diante da maior notícia de todos os tempos teremos duas possíveis respostas: de um lado acolher e aceitar essa notícia ou, então, rejeitar e não aceitar. E a grande notícia é que Cristo Ressuscitou, verdadeiramente Ressuscitou – Aleluia! Esta é a grande notícia deste final de semana e a permanente mensagem dos cristãos. É realmente uma boa notícia, a melhor notícia que, mesmo sem saber, todos desejam, e que nós temos a missão de testemunhá-la e anunciá-la aos irmãos e irmãs.

Com a nova evangelização, missão continental, missão permanente, a Igreja no Brasil insiste para que valorizemos ainda mais o testemunho cristão pela vida, pela unidade, pelo serviço aos irmãos e também a lectio divina, a proclamação da Palavra que nos ilumina e conduz a vida. O entusiasmo ao anunciar esta boa nova não pode ser apenas uma técnica de oratória, mas principalmente o testemunho de nossas vidas! Será que não é justamente isso que está criando dificuldades? Lembro-me, em relação a isso, das palavras de Paulo VI – que os homens de hoje aceitam muito mais as testemunhas que os mestres, e se acolhem e aceitam os mestres é porque são testemunhas!

Porém, a nossa boa notícia não é apenas teórica, como disse, mas principalmente existencial: vidas que renascem, pessoas que saem dos seus túmulos, cegos veem, e tantos outros sinais que fazem parte de testemunhar as maravilhas que Deus opera através dele. E esse é o como somos chamados também a anunciar essa grande e bela notícia:     e esse é o grande segredo – através do testemunho de vida das pessoas.

Abramos os olhos, os corações, as mentes e os braços para acolhermos – e com muita alegria – a alegria do anúncio de Cristo Ressuscitado, e assim todo o nosso ser vibrará com esse acontecimento que entra na história, e assim, nós O anunciaremos aos irmãos e irmãs.

E é justamente aí que está a necessidade que temos de afirmar a boa nova da salvação a todos e que, com abertura do coração, estejam cada vez ainda mais vivenciado o seu itinerário de santidade e caminho para a vida. E nós somos enviados para que a manhã da ressurreição traga horizontes novos na vida de nosso povo.

De braços abertos, saiamos anunciando a todos a alegre e alvissareira notícia: Cristo Ressuscitou, verdadeiramente ressuscitou – Aleluia! Este é o tempo da vida que renasce, e quando o Senhor costumeiramente nos faz vibrar com sua força e com todas as graças.

Por isso nosso coração transborda de alegria e cantamos com toda a Igreja: “exulte o céu, e os Anjos triunfantes, mensageiros de Deus, desçam cantando; façam soar trombetas fulgurantes a vitória de um Rei de um rei anunciando”. Uma feliz e santa Páscoa a todos! [CNBB]


São Marcos


São Marcos, ou João Marcos, judeu de origem, da tribo de Levi, é venerado na Igreja não só como santo mas também como benemérito evangelista, isto é, escritor do Evangelho. Pertencia a uma das primeiras famílias cristãs de Jerusalém. Sua casa era centro de reuniões dos apóstolos e dos cristãos primitivos. De fato, dizem os Atos dos Apóstolos: "Pedro saído da prisão pela intervenção do anjo, dirigiu-se à casa de Maria, mãe de João Marcos. Muitas pessoas estavam aí reunidas em oração pela libertação de Pedro" (12,12).

Inspirados em antiga tradição, muitos comentaristas pensam que esta casa de Maria foi o lugar onde Cristo celebrou a última Ceia, e onde depois os apóstolos receberam o Espírito Santo, no dia de Pentecostes. Naquele tempo, João Marcos era pouco mais do que uma criança.

Mas no ano de 44, quando Barnabé, primo de Marcos, subiu a Jerusalém com São Paulo para falar com os apóstolos, Marcos decidiu acompanhá-los para a primeira viagem apostólica. Viajou com eles para Chipre, onde se deu a conversão do pró-cônsul Paulo, junto com muitos outros. No entanto, Marcos não conseguia, pela idade juvenil, acompanhar o ritmo das fadigas apostólicas de São Paulo: Teve um momento de debilidade e, a certa altura, por medo ou por saudade, voltou para Jerusalém. Por isso, ao se organizar mais tarde a segunda viagem missionária de São Paulo e Barnabé, sua presença foi causa de separação de Barnabé e Paulo.

Mais tarde, Marcos, conforme a tradição, acompanhou São Pedro a Roma, que em sua primeira carta o chama com carinho de "meu filho".

Toda a tradição cristã, desde o século 1, o considera autor do segundo Evangelho que leva seu nome e o escreveu seguindo as pregações de São Pedro.

Em Roma, esteve também a serviço de São Paulo durante sua primeira prisão, e dele faz menção em suas cartas. Durante a sua segunda prisão em Roma, escrevendo a seu discípulo Timóteo, São Paulo lhe recomenda que venha quanto antes a Roma e que lhe traga Marcos, porque lhe é grandemente útil no apostolado. Esta é a última notícia que temos dele nas Sagradas Escrituras. A tradição nos diz que, depois da morte dos apóstolos Pedro e Paulo, São Marcos viajou para Chipre e em seguida para Alexandria, no Egito, sendo considerado o fundador daquela igreja, onde mais tarde morreu mártir.

No ano 815, as relíquias do corpo de São Marcos foram transportadas para Veneza, onde estão sendo veneradas. O leão é símbolo deste evangelista, que inicia seu Evangelho apresentando o profeta João Batista com estas palavras: "Voz daquele que clama no deserto: preparai os caminhos do Senhor".

Somos imensamente gratos a São Marcos pelo Evangelho que nos transmitiu. Pela extensão é o mais curto, mas é permeado de uma unção toda especial. Com certeza ele conheceu Cristo, embora, por ser muito jovem, não fosse discípulo do Senhor. Conheceu os lugares onde Cristo passou, conviveu com os apóstolos. Sob este aspecto humano, seu. Evangelho tem toda a credibilidade.

Ouçamos também nós seu ardente apelo: "Fazei penitência, convertei-vos e crede no Evangelho!"

Evangelho: Mateus (Mt 28, 8-15)


Ressurreição de Jesus


Naquele tempo, 8as mulheres partiram depressa do sepulcro. Estavam com medo, mas correram com grande alegria, para dar a notícia aos discípulos. 9De repente, Jesus foi ao encontro delas, e disse: "Alegrai-vos!" As mulheres aproximaram-se, e prostraram-se diante de Jesus, abraçando seus pés. 10Então Jesus disse a elas: "Não tenhais medo. Ide anunciar aos meus irmãos que se dirijam para a Galiléia. Lá eles me verão". 11Quando as mulheres partiram, alguns guardas do túmulo foram à cidade, e comunicaram aos sumos sacerdotes tudo o que havia acontecido. 12Os sumos sacerdotes reuniram-se com os anciãos, e deram uma grande soma de dinheiro aos soldados, 13dizendo-lhes: "Dizei que os discípulos dele foram durante a noite e roubaram o corpo, enquanto vós dormíeis. 14Se o governador ficar sabendo disso, nós o convenceremos. Não vos preocupeis". 15Os soldados pegaram o dinheiro, e agiram de acordo com as instruções recebidas. E assim, o boato espalhou-se entre os judeus, até o dia de hoje. Palavra da Salvação!

Comentando o Evangelho


Uma falsa explicação


Os judeus adeptos da sinagoga divulgaram falsas explicações a respeito da ressurreição de Jesus no contexto da controvérsia com os cristãos. Foram tentativas de esvaziar o elemento central da fé cristã, reduzindo ao descrédito tudo quanto se dizia a respeito do Senhor. Com isto, buscava-se dar um xeque-mate no que se configurava como uma nova seita no interior do judaísmo.

Uma falsa explicação consistiu em dizer que os discípulos haviam roubado o corpo de Jesus, num momento de descuido dos soldados romanos que vigiavam o sepulcro. O túmulo vazio, portanto, resultava de uma fraude grosseira.

Os cristãos rebateram tal acusação. Os soldados prestaram-se para mentir, grosseiramente, por terem sido subornados. O dinheiro fê-los ocultar a verdade e propagar uma reconhecida mentira!

Ao rebater a falsa acusação, os cristãos tornavam seus acusadores testemunhas do evento maravilhoso acontecido com Jesus. Eles sabiam que o corpo do Mestre não se encontrava mais no sepulcro, embora desconhecessem como isto acontecera. Também desconheciam as reais dimensões do que se passara. Tinham apenas consciência de não terem tirado o corpo de Jesus do sepulcro. Faltava-lhes ainda saber que tinha sido o Pai quem o ressuscitara. [Evangelho nosso de cada dia, Pe. Jaldemir Vitório, ©Paulinas, 1997]

domingo, 24 de abril de 2011

Dom Orani João Tempesta, Arcebispo do Rio de Janeiro – RJ

Páscoa do Senhor, nova criação e novo êxodo 

Com a celebração do tríduo pascal culminando na vigília do sábado para domingo nós iniciamos o tempo pascal. Na realidade o evento pascal ilumina e motiva toda a vida cristã. É central em nossa espiritualidade. Por isso mesmo, “fazer Páscoa” anualmente é essencial para o cristão poder viver o seu dia a dia alimentado pela presença do Cristo Vivo e Ressuscitado.

O Tríduo Pascal é a celebração da Páscoa sob três dimensões: a da instituição da Eucaristia na Última Ceia, o sacrifício de Cristo na Cruz derramando o seu Sangue Precioso e a Sua presença Ressuscitado anunciando a vida que venceu a morte! Nós iniciamos na quinta feira santa à noite para concluirmos com a bênção final no sábado santo. E com essa celebração inicia a oitava da Páscoa abrindo o tempo pascal. Apesar de Jesus ter antecipadamente anunciado que seria preciso passar pela paixão antes de entrar em sua glória (cf. Lc 24,26), os discípulos não tinham conseguido assimilar toda a dimensão e o sentido dos fatos ligados à paixão e morte do Mestre. O mistério da morte é sempre difícil de ser compreendido, mesmo quando iluminado pela fé na ressurreição. Era preciso que o Cordeiro de Deus fosse imolado para entrar na glória (cf. Jo 1,29).

No querigma anunciado por Pedro na manhã de Pentecostes, fica evidente a vontade salvífica do Pai: “Deus, em seu desígnio e previsão, determinou que Jesus fosse entregue pelas mãos dos ímpios, e vós o matastes, pregando-o numa cruz. Mas Deus o ressuscitou, libertando-o das angústias da morte, porque não era possível que ela o dominasse” (cf. At 2,23-24). Cristo crucificado torna explícito o simbolismo da serpente de bronze no deserto (cf. Nm 21,4-9): “Quando eu for levantado da terra, atrairei todos a mim” (cf. Jo 12,32).

A celebração da Páscoa nos convida a morrermos com Cristo para com ele entrarmos na vida nova por ele inaugurada (cf. Rm 6,8). O simbolismo nos conduz ao Batismo e à vida batismal, ao êxodo, ao retorno do exílio, a passagem do inverno para a primavera, porém agora atingindo a nova e eterna aliança no sangue de Cristo, vencendo o pecado que causa morte e levando a pessoa humana para a vida divina. A vivência do mistério pascal requer abandonar o velho fermento do pecado, da maldade, ou da iniquidade para nos tornar pães ázimos da sinceridade e da verdade (cf. 1Cor 5,7-8). Só então será possível inaugurar a vida nova com o novo fermento da graça e da fidelidade a Cristo.

Com a Páscoa, estamos no centro da espiritualidade cristã. Muitas pessoas pensam neste tempo apenas como se fosse um feriado prolongado! Acabam perdendo a oportunidade de celebrara Páscoa. Envolvida por esse ambiente consumista, a celebração da Páscoa, infelizmente, não constitui, para muitos cristãos, o acontecimento central de sua vida religiosa. Para tantos outros os eventos celebrados não passam de ritos tradicionais, quando muito acompanhados, mas não vivenciados. Falta-nos a iniciação “aos mistérios” de nossa fé! O respeito ao jejum, abstinência de carne já foi esquecido, bem como da contemplação e do silêncio na sexta-feira santa. Nesse mundo plural sabemos que as festa, as orgias continuam como se nada estivesse ocorrendo. E muitos dos que estão nessa vida foram um dia por nós batizados.

O mistério pascal constitui o fundamento e o centro, a chave de leitura do culto e da vida cristã. A liturgia, particularmente a Sagrada Eucaristia, é o memorial da morte e ressurreição de Cristo. Quando, na última Ceia, Jesus conclamou seus discípulos a fazerem o que ele fez – fazei isto em memória de mim – estabeleceu não apenas um rito comemorativo, mas um compromisso de fidelidade. Por isso, aclamamos: “Todas as vezes que comemos deste pão e bebemos deste cálice, anunciamos, Senhor, a vossa morte, enquanto esperamos a vossa vinda”.

Portanto, a ordem de Jesus “Fazei isto em memória de mim” vai muito além de mera repetição ritual comemorativa da Última Ceia: participamos realmente dos frutos da paixão, morte e ressurreição do Senhor. Na Eucaristia Jesus se dá como alimento. Ele é o verdadeiro viático, isto é, o alimento da nossa peregrinação em busca do Reino definitivo. Quando celebramos o mistério da entrega total de Cristo por nós, nos comprometemos a dar nossa vida como oferta agradável ao Senhor. O Corpo dado por nós e o sangue por nós derramado selam nosso compromisso pessoal e definitivo de darmos também nós a vida por Cristo e pelos irmãos em vista da transformação da sociedade humana.

A páscoa de Cristo deve ser entendida como sinal e antecipação de um mundo novo, povoado por um povo novo num processo de regeneração universal. É o início do “oitavo dia”!     Como discípulo de Cristo, o cristão deve ser novo fermento para nova humanidade.  À medida que celebramos a vida nova interiorizamos o mistério pascal e nos tornamos templos novos do Senhor. Não nos encontramos com um deus impessoal, genérico, motor imóvel, mas com o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. É preciso subir das coisas inferiores para as superiores, das realidades exteriores às interiores (cf. Cl 3,1-2).

A espiritualidade pascal não se restringe ao tempo pascal. Necessariamente se expande por todo o ano litúrgico e se desdobra nas diferentes celebrações do mistério de Cristo, na certeza de que “se morremos com Cristo, cremos que também viveremos com ele. Sabemos que Cristo, ressuscitado dos mortos, não morre mais. A morte não tem mais poder sobre ele. Pois aquele que morreu, morreu para o pecado, uma vez por todas, e aquele que vive, vive para Deus. Assim, vós também, considerai-vos mortos para o pecado e vivos para Deus, no Cristo Jesus” (cf. Rm 6,8-11).  

A espiritualidade pascal nos convoca constantemente renovar a nossa adesão a Cristo morto e ressuscitado por nós: a sua Páscoa é também a nossa Páscoa, porque em Cristo ressuscitado é nos dada a certeza da nossa ressurreição. A notícia da sua ressurreição dos mortos não envelhece e Jesus está sempre vivo; e vivo é o seu Evangelho. "A fé dos cristãos observa Santo Agostinho é a ressurreição de Cristo". Os Atos dos Apóstolos explicam-no claramente:  "Deus ofereceu a todos um motivo de crédito com o fato de O ter ressuscitado dentre os mortos" (17, 31). A morte do Senhor demonstra o amor imenso com que Ele nos amou até ao sacrifício por nós; mas só a sua ressurreição é "prova certa", é certeza de que quanto Ele afirma é verdade que vale também para nós, para todos os tempos. Ressucitando-o, o Pai glorificou-o. São Paulo assim escreve na Carta aos Romanos:  "Se confessares com a tua boca o Senhor Jesus e creres no teu coração que Deus O ressuscitou dentre os mortos, serás salvo" (10, 9).

A Páscoa é a exaltação ou glorificação do Crucificado. De fato, no Evangelho de João, Jesus exclama: "E quando for levantado da terra, atrairei todos a Mim" (12, 32; cf. 3, 14; 8, 28). No hino inserido na Carta aos Filipenses, depois de ter descrito a profunda humilhação do Filho de Deus na morte de cruz, Paulo celebra assim a Páscoa: "Por isso é que Deus O exaltou e Lhe deu um nome que está acima de todo o nome, para que ao nome de Jesus, todo o joelho se dobre nos Céus, na Terra e nos Infernos, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor para glória de Deus Pai" (2, 9-11). Que a espiritualidade pascal nos insira na vivência das alegrias do Ressuscitado! Feliz Páscoa! [Fonte: CNBB]