sábado, 29 de junho de 2013

Evangelho do dia - (Mateus 8,5-17)

 
Naquele tempo, 8 5 entrou Jesus em Cafarnaum. Um centurião veio a ele e lhe fez esta súplica:
6 "Senhor, meu servo está em casa, de cama, paralítico, e sofre muito". 7 Disse-lhe Jesus: "Eu irei e o curarei". 8 Respondeu o centurião: "Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa. Dizei uma só palavra e meu servo será curado. 9 Pois eu também sou um subordinado e tenho soldados às minhas ordens. Eu digo a um: 'Vai', e ele vai; a outro: 'Vem', e ele vem; e a meu servo: 'Faze isto', e ele o faz".10 Ouvindo isto, cheio de admiração, disse Jesus aos presentes: "Em verdade vos digo: não encontrei semelhante fé em ninguém de Israel. 11 Por isso, eu vos declaro que multidões virão do Oriente e do Ocidente e se assentarão no Reino dos céus com Abraão, Isaac e Jacó, 12 enquanto os filhos do Reino serão lançados nas trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes".13 Depois, dirigindo-se ao centurião, disse: "Vai, seja-te feito conforme a tua fé". Na mesma hora o servo ficou curado.  14 Foi então Jesus à casa de Pedro, cuja sogra estava de cama, com febre. 15 Tomou-lhe a mão, e a febre a deixou. Ela levantou-se e pôs-se a servi-los. 16 Pela tarde,apresentaram-lhe muitos possessos de demônios. Com uma palavra expulsou ele os espíritos e curou todos os enfermos. 17 Assim se cumpriu a predição do profeta Isaías: "Tomou as nossas enfermidades e sobrecarregou-se dos nossos males".

- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!

Comentário do Evangelho - Eu não sou digno

 
     Vários elementos da cena evangélica são dignos de nota. Quem se aproxima de Jesus é um pagão, militar romano, em serviço na Palestina. Jesus não se deixa levar pelo preconceito judaico contra os pagãos e o acolhe. O centurião não pediu algo para si ou para algum de seus familiares ou pessoas mais próximas. Ele suplicou a cura de seu servo. São raros gestos deste tipo. Os superiores, em geral, não se importam com seus subalternos.
 
     O centurião confessa sua indignidade de receber Jesus em sua casa. Certamente, não porque vivesse na pobreza. Reconhecendo a alta dignidade do Senhor, ele se sabia indigno de poder privar de sua intimidade. Acolher alguém em casa era sinal de profunda comunhão. É também possível que, tendo conhecimento da força do poder taumatúrgico de Jesus, pensasse em dispensá-lo da fadiga de ir até sua casa. A palavra de Jesus podia surtir efeito mesmo à distância.
 
     É notável também a declaração de Jesus. Jamais, entre seus concidadãos judeus, havia encontrado uma fé assim tão pura e profunda. Diante destas experiências, Jesus foi percebendo a boa vontade dos pagãos para acolher o evangelho anunciado por ele. Ou seja, a salvação não estava destinada apenas ao judeus. Também os gentios estavam em condições de usufrir de seus benefícios. A atitude do centurião era um exemplo disto.
 
Pe. Jaldemir Vitório
Oração
Senhor Jesus, dá-me uma fé pura e profunda, como a do centurião, que me leve a reconhecer a grandeza de teu poder e minha indignidade de aproximar-me de ti.

Santo do dia - São Pedro e São Paulo

     Hoje a Igreja do mundo inteiro celebra a santidade de vida de São Pedro e São Paulo apóstolos. Estes santos são considerados "os cabeças dos apóstolos" por terem sido os principais líderes da Igreja Cristã Primitiva, tanto por sua fé e pregação, como pelo ardor e zelo missionários.
 
     Pedro, que tinha como primeiro nome Simão, era natural de Betsaida, irmão do Apóstolo André. Pescador, foi chamado pelo próprio Jesus e, deixando tudo, seguiu ao Mestre, estando presente nos momentos mais importantes da vida do Senhor, que lhe deu o nome de Pedro. Em princípio, fraco na fé, chegou a negar Jesus durante o processo que culminaria em Sua morte por crucifixão. O próprio Senhor o confirmou na fé após Sua ressurreição (da qual o apóstolo foi testemunha), tornando-o intrépido pregador do Evangelho através da descida do Espírito Santo de Deus, no Dia de Pentecostes, o que o tornou líder da primeira comunidade. Pregou no Dia de Pentecostes e selou seu apostolado com o próprio sangue, pois foi martirizado em uma das perseguições aos cristãos, sendo crucificado de cabeça para baixo a seu próprio pedido, por não se julgar digno de morrer como seu Senhor, Jesus Cristo.
 
     Escreveu duas Epístolas e, provavelmente, foi a fonte de informações para que São Marcos escrevesse seu Evangelho.
 
     Paulo, cujo nome antes da conversão era Saulo ou Saul, era natural de Tarso. Recebeu educação esmerada "aos pés de Gamaliel", um dos grandes mestres da Lei na época. Tornou-se fariseu zeloso, a ponto de perseguir e aprisionar os cristãos, sendo responsável pela morte de muitos deles.
 
     Converteu-se à fé cristã no caminho de Damasco, quando o próprio Senhor Ressuscitado lhe apareceu e o chamou para o apostolado. Recebeu o batismo do Espírito Santo e preparou-se para o ministério. Tornou-se um grande missionário e doutrinador, fundando muitas comunidades. De perseguidor passou a perseguido, sofreu muito pela fé e foi coroado com o martírio, sofrendo morte por decapitação.
 
     Escreveu treze Epístolas e ficou conhecido como o "Apóstolo dos gentios".
 
São Pedro e São Paulo, rogai por nós!

sexta-feira, 28 de junho de 2013

152º CURSILHO FEMININO DE LEOPOLDINA


“Senhor, nós queremos que essa Palavra venha sobre nós no dia de hoje. Faz-nos sábios, indica-nos o caminho a seguir. Com os Seus olhos sobre nós, dá-nos o Seu conselho. Não queremos fazer as coisas à força, mas com liberdade de coração, queremos nos envolver na Sua graça, porque confiamos em Ti, Senhor.”
 
   Hoje inicia-se o 152º cursilho Feminino da Diocese de Leopoldina.
   Pedimos a vós, nosso Pai do Céu, a iluminação divina nos trabalhos realizados nestes dias de 28 a 30 de junho, pelo êxito da evangelização de nossos ambientes, pela Glória do seu Reino.
   Que o ESPÍRITO SANTO venha com poder sobre todos nós!
           
            "Que todos juntos nos encontremos unidos na mesma fé"
                                       (Ef 4, 12 - 13)

Santo do dia - Santo Irineu de Lyon

    Padre da Igreja, grego de nascimento, filho de pais cristãos, nasceu na ilha de Esmirna, no ano 130. Foi discípulo de Policarpo, outro Padre e santo da Igreja. Dele Irineu pôde recolher ainda viva a tradição apostólica, pois Policarpo fora consagrado bispo pelo próprio João Evangelista, o que torna importantíssimos os seus testemunhos doutrinais.

    Muito culto e letrado em várias línguas, Irineu foi ordenado por são Policarpo, que o enviou para a Gália, atual França, onde havia uma grande população de fiéis cristãos procedentes do Oriente. Lá, trabalhou ao lado de Fotino, o primeiro bispo de Lyon, que, em 175, o enviou a Roma para, junto do papa Eleutério, resolver a delicada questão doutrinal dos hereges montanistas. Esses fanáticos, vindos do Oriente, pregavam o desprezo pelas coisas do mundo, anunciando o breve retorno de Cristo para o juízo final.

    Contudo tanto o papa quanto Irineu foram tomados pela surpresa da bárbara perseguição decretada pelo imperador Marco Aurélio. Rapidamente, em 177, ela atingiu a cidade de Lyon, ocasionando o grande massacre dos cristãos, todos mortos pelo testemunho da fé.

      Um ano depois, Irineu retornou a Lyon, onde foi eleito e aclamado sucessor do bispo mártir, Fotino. Nesse cargo ele permaneceu vinte e cinco anos. Ocupou-se da evangelização e combateu, principalmente, a heresia dos gnósticos, além das outras que proliferavam nesses primeiros tempos. Obteve êxito, junto ao papa Vitor I, na questão da comemoração da festa da Páscoa, quando lhe pediu que atuasse com moderação para manter a união entre a Igreja do Ocidente e a do Oriente.

     A sua obra escrita mais importante foi o tratado "Contra as heresias", onde trata da falsa gnose, e depois, de todas as outras heresias da época. O texto grego foi perdido, mas existem as traduções latina, armênia e siríaca.

     Importante não só do lado teológico, onde expôs já pronta a teoria sobre a autoridade doutrinal da Igreja, mas ainda do lado histórico, pois documentou e nos apresentou um quadro vivo das batalhas e lutas de então.

     Mais tarde, um outro tratado, chamado "Demonstração da pregação apostólica", foi encontrado inteiro, numa tradução armênia. Além de vários fragmentos de outras obras, cartas, discursos e pequenos tratados.

     Irineu morreu como mártir no dia 28 de junho de 202, em Lyon, e sua festa litúrgica ocorre nesta data. As relíquias de santo Irineu estão sepultadas, junto com os mártires da Igreja de Lyon, na catedral desta cidade.
 
Santo Irineu de Lyon, rogai por nós!

Evangelho do dia - Mt 8, 1-4



 
Quando Jesus desceu da montanha, grandes multidões o seguiram. Nisso, um leproso se aproximou e caiu de joelhos diante dele, dizendo: “Senhor, se queres, tens o poder de purificar-me”. Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse: “Eu quero, fica purificado”. No mesmo instante, o homem ficou purificado da lepra. Então Jesus lhe disse: “Olha, não contes nada a ninguém! Mas vai mostrar-te ao sacerdote e apresenta a oferenda prescrita por Moisés; isso lhes servirá de testemunho”.
 
- Palavra da salvação
- Glória a vós, Senhor

Comentário do evangelho - Jesus cura o leproso

  
   No tempo de Jesus, o portador de lepra era considerado impuro e pecador. A doença era vista como castigo de Deus. Por isso, a pessoa deveria afastar-se da sociedade e viver em um lugar deserto. Jesus se sensibilizou com a dor, o sofrimento e a exclusão daquele homem. E o cura.
      Depois diz ao homem curado: "Vá pedir ao sacerdote que examine você. Depois, a fim de provar para todos que você está curado, vá oferecer o sacrifício que Moisés ordenou." Este exame era necessário para reintegrar a pessoa curada, ou seja, devolver o homem ao convívio social.
      O leproso era o caso extremo de modelo da marginalização religiosa e social. Declarar injusta a exclusão do leproso significava denunciar toda e qualquer marginalização. Ao curar o homem, Jesus "tocou" nele. Ao tocá-lo, violou a Lei. Se alguém tocasse um leproso, ficava também impuro. (Cf Lv 5,5-6).
      Com isso, Jesus declarou que a marginalização, embora pretenda respaldar-se na Lei divina, não vem de Deus. Em conseqüência, é inadmissível e injustificável marginalizar alguém em nome de Deus. O leproso torna-se representante de todos os que, em nome de uma Lei religiosa, eram excluídos pela sociedade.

     A disposição de Jesus revela o próprio desejo de Deus: arrancar do ser humano tudo o que o desfigura e lhe tira a vida, tudo o que impede uma verdadeira relação fraterna. A ação de Jesus, que reintegra a pessoa no seio da comunidade e na comunhão com Deus, elimina o equívoco de que Deus esteja na origem de nossos males. Os condicionamentos histórico-culturais podem deformar a imagem de Deus, e impedir nós todos de entrarmos no coração de Deus, acesso que se tornou possível para nós em Jesus Cristo, “a imagem do Deus invisível” (Cl 1,15).
                                               Carlos Alberto Contieri, sj
 
Pai, purifica o meu coração, de modo que esteja a salvo do egoísmo desumanizador.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Evangelho do dia - (Mateus 7,21-29)




Naquele tempo, 7 21 disse Jesus: "Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. 22 Muitos me dirão naquele dia: 'Senhor, Senhor, não pregamos nós em vosso nome, e não foi em vosso nome que expulsamos os demônios e fizemos muitos milagres?'
23 E, no entanto, eu lhes direi: 'Nunca vos conheci. Retirai-vos de mim, operários maus! 24 Aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática é semelhante a um homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela, porém, não caiu, porque estava edificada na rocha. 26 Mas aquele que ouve as minhas palavras e não as põe em prática é semelhante a um homem insensato, que construiu sua casa na areia. 27 Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela caiu e grande foi a sua ruína". 28 Quando Jesus terminou o discurso, a multidão ficou impressionada com a sua doutrina. 29 Com efeito, ele a ensinava como quem tinha autoridade e não como os seus escribas.

- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!

Comentário do Evangelho - Quando vêm os temporais e enchentes ...



     A Palavra provação não significa que Deus desconfia de nós e quer nos provar, se fosse assim, Ele já teria desistido de nos amar, pois nenhum ser humano, nem os mais Santos, passariam nessa prova.
 
     O evangelho de hoje é o texto que vem na sequência do Sermão da Montanha, parece que Jesus fez um belo resumo de tudo o que já havia ensinado aos discípulos e agora os exorta a colocarem em prática as “Bem Aventuranças” e a primeira coisa a fazer é ouvir a Palavra.
 
     Claro que esse ouvir a palavra requer uma abertura de coração para aceitá-la, durante o dia ouvimos muitas coisas mas nem sempre estamos focados naquilo que ouvimos, a Palavra de Deus, para ser eficaz em nós precisa ser buscada, desejada, e deve despertar em nós um encanto naquilo que transmite, a ponto de nela descobrirmos a razão e o sentido de nossa Vida, não é uma palavra qualquer, dita por acaso, jogada no ar a esmo, ela tem a direção certa do nosso coração e do nosso existir, podemos até dizer que, nos momentos e circunstâncias em que Deus nos comunica de alguma forma a sua Santa Palavra ele têm um propósito a nosso respeito e espera de nós uma resposta.
 
     Pela sua Palavra a nós anunciada, Deus não quer aplausos, elogios ou arrebatamentos, mas quer abertura e disponibilidade para coloca-la em prática, pois esta é a única forma de darmos a ele uma resposta positiva e aqui evocamos Maria, ao ser anunciada “Faça-se em mim...”, isso é, que a Vontade Divina, manifesta na Palavra, se torne em minha vida uma ação concreta.
 
     Se a nossa decisão a favor da Palavra, e a nossa adesão a Jesus Cristo é sincera e autentica, vamos prova-la nas tempestades, ventanias e enchentes que enfrentamos nesta vida. Quando a nossa Fé é infantil e nossa relação com Deus baseada no medo, qualquer ventinho das contrariedades, nos faz cair. Quando a nossa Fé é baseada em um rito mágico, onde tudo depende só de Deus, na primeira oportunidade que Ele não nos atender, também caímos por terra e tudo se desmorona.
 
     Mas quando temos uma Fé firme e inabalável,  vivida no encanto do anúncio de Jesus, mas também na realidade dessa vida, onde vamos colaborando concretamente para o Reino aconteça, as revezes da vida, longe de nos fazer cair, mais nos fortalecem, porque, entendendo os nossos limites e fraquezas, nos atiramos confiantes nos Braços do Pai.
 
     Essa Fé madura, marcada pelo equilíbrio das nossas ações, fortalecida pela Eucaristia e a Palavra de Deus, mantida pela oração, é base sólida que jamais cairá.  E um dia, quando estivermos diante do juízo de Deus, seremos por ele confirmados, como bons construtores e empreendedores, porque fomos capazes de olhar para o Transcendente, sem tirar os pés do chão da nossa história.
 
Diácono José da Cruz
 
ORAÇÃO
Pai, eu quero caminhar com sinceridade para a comunhão contigo, no teu Reino. Que todos os meus gestos e palavras estejam sempre alicerçados na tua vontade.

Santo do dia - São Cirilo de Alexandria


     Cirilo nasceu no ano de 370, no Egito. Era sobrinho de Teófilo, bispo de Alexandria, e substituiu o tio na importante diocese do Oriente de 412 até 444, quando faleceu aos setenta e quatro anos de idade. Foram trinta e dois anos de episcopado, durante os quais exerceu forte liderança na Igreja, devido à rara associação de um acurado e profundo conhecimento teológico e de uma humildade e simplicidade próprias do pastor de almas. Deixou muitos escritos e firmou a posição da Igreja no Oriente.
 
     Primeiro, resolveu o problema com os judeus que habitavam a cidade: ou deixavam de atacar a religião católica ou deviam mudar-se da cidade. Depois, foi fechando as igrejas onde não se professava o verdadeiro cristianismo. Mas sua grande obra foi mesmo a defesa do dogma de Maria, como a Mãe de Deus. Ele se opôs e combateu Nestório, patriarca de Constantinopla, que professava ser Maria apenas a mãe do homem Jesus e não de Um que é Deus, da Santíssima Trindade, como está no Evangelho. Por esse erro de pregação, Cirilo escreveu ao papa Celestino, o qual organizou vários sínodos e concílios, onde o tema foi exaustivamente discutido. Em todos, esse papa se fez representar por Cirilo. O mais importante deles talvez tenha sido o Concilio de Éfeso, em 431, no qual se concluiu o assunto com a condenação dos erros de Nestório e a proclamação da maternidade divina de Nossa Senhora. Além, é claro, de considerar hereges os bispos que não aceitavam a santidade de Maria. Logo em seguida, todos eles, ainda liderados por Nestório, que continuaram pregando a tal heresia, foram excomungados.
 
     Contudo as idéias "nestorianas" ainda tiveram seguidores, até pouco tempo atrás, no Oriente. Somente nos tempos modernos elas deixaram de existir e todos acabaram voltando para o seio da Igreja Católica e para os braços de sua eterna rainha: Maria, a Santíssima Mãe de Deus. Cultuado na mesma data por toda a Igreja Católica, do Oriente e do Ocidente, são Cirilo de Alexandria, célebre Padre da Igreja, bispo e confessor, recebeu o título de doutor da Igreja treze séculos após sua morte, durante o pontificado do papa Leão XIII.
 
São Cirilo, rogai por nós!

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

      A devoção à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro começou a ser propagada a partir de 1870 e espalhou-se por todo o mundo. Trata-se de uma pintura do século XIII, de estilo bizantino. Segundo a tradição, foi trazida de Creta, Grécia, por um negociante. E, desde 1499, foi honrada na Igreja de São Mateus in Merulana..
 
Em 1812, o velho Santuário foi demolido. O quadro foi colocado, então, num oratório dos padres agostinianos. Em 1866, os redentoristas obtiveram de Pio IX o quadro da imagem milagrosa. Nossa Senhora do Perpétuo Socorro foi colocada na Igreja de Santo Afonso, em Roma. De semblante grave e melancólico, Nossa Senhora traz no braço esquerdo o Menino Jesus, ao qual o Arcanjo Gabriel apresenta quatro cravos e uma cruz. Ela é a senhora da morte e a rainha da vida, o Auxílio dos cristãos, o socorro seguro e certo dos que a invocam com amor filial.
 
 
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, rogai por nós!

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Evangelho do dia - (Mateus 7,15-20)


 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 7 15 "Guardai-vos dos falsos profetas. Eles vêm a vós disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos arrebatadores. 16 Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinhos e figos dos abrolhos? 17 Toda árvore boa dá bons frutos; toda árvore má dá maus frutos. 18 Uma árvore boa não pode dar maus frutos; nem uma árvore má, bons frutos. 19 Toda árvore que não der bons frutos será cortada e lançada ao fogo.  20 Pelos seus frutos os conhecereis".
 
 - Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!

Comentário do Evangelho - Os falsos profetas


 
      A simples pertença à comunidade cristã não é suficiente para garantir a credibilidade do discípulo. Existem pessoas que se apresentam exteriormente como cristãs e, na realidade, nada têm a ver com o projeto do Reino. Jesus as chamou de falsos profetas. São cristãs apenas na aparência. Mesmo assim, são capazes de enganar a muitos e desviá-los do caminho traçado por Jesus. É necessário acautelar-se!
 
     A pista para reconhecê-las e desmascará-las foi oferecida pelo próprio Jesus. Ela consiste em verificar como tais indivíduos se comportam. Os falsos profetas tendem a desvincular sua vida daquilo que pregam. Ensinam uma coisa e fazem outra muito distinta. Pregam o amor e a misericórdia, mas são egoístas e impiedosos. Exigem o perdão e a reconciliação, porém nutrem o ódio no coração e criam divisão na comunidade. Anunciam o absoluto de Deus e seu Reino e, contudo, são apegados aos bens deste mundo e cultivam uma forma escondida de idolatria. A vida dos falsos profetas é feita de hipocrisia.
 
      A parábola da árvore boa e da árvore má é ilustrativa do verdadeiro e do falso profetismo cristão. Se o profeta é, de fato, autêntico, sua vida será expressão dos valores do Reino postos em prática. Já a falsidade do profeta será perceptível no seu modo incorreto de viver. Por conseguinte, é no projeto de vida que se reconhece quem é discípulo do Reino.
 
Pe. Jaldemir Vitório
 
Oração
Senhor Jesus, que eu não seja enganado pelos falsos profetas que, mascarados de cordeiros, afastam os discípulos de ti.

Santo do dia - Santos João e Paulo


Os santos que recordamos hoje pertenceram ao século IV e ali deram um lindo testemunho do martírio no ano de 362, no contexto em que a Igreja de Cristo era perseguida.
 
     Eles pertenciam à Corte de Juliano, o Apóstata, que queria que todos os cristãos se rendessem aos deuses do Império. João e Paulo, porém, renunciaram ao cargo, e se retiraram para uma propriedade onde viveram da caridade e servindo aos pobres, testemunhando acima de tudo o amor a Deus. Eram irmãos de sangue, mas responderam pessoalmente ao Evangelho.
 
     O Imperador enviou uma autoridade para convencê-los a mudarem de ideia, e oferecerem sacrifícios ao deus Júpiter para não serem condenados. Após alguns dias, os irmãos não negaram sua fé e acabaram morrendo degolados, testemunhando seu amor a Deus.
 
 
São João e São Paulo, rogai por nós!

terça-feira, 25 de junho de 2013

Evangelho do dia - (Mateus 7,6.12-14)


 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 7 6 "Não lanceis aos cães as coisas santas, não atireis aos porcos as vossas pérolas, para que não as calquem com os seus pés, e, voltando-se contra vós, vos despedacem. 12 Tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles. Esta é a lei e os profetas. 13 Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduzem à perdição e numerosos são os que por aí entram. 14 Estreita, porém, é a porta e apertado o caminho da vida e raros são os que o encontram.

- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!

Comentário do Evangelho - A regra de ouro

 
 
À primeira vista, as palavras de Jesus parecem enigmáticas. Os cães são para o Salmo 22 símbolo dos inimigos do justo (Sl 22[21],17); os porcos, símbolo dos pagãos; assim eram chamados os romanos. Trata-se de não profanar o que é santo e agir com discernimento e prudência. Por causa de sua fé é que os cristãos foram perseguidos.
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      Jesus estabeleceu uma regra preciosa para o trato mútuo entre os discípulos do Reino. Cada um deveria fazer para o outro tudo quanto gostaria que o outro lhe fizesse. É o desafio de dar aquilo o que se gostaria de receber.
 
     Esse princípio tem conseqüências bem práticas. O discípulo faz o bem ao próximo independentemente de retribuição, agindo com um amor gratuito e de qualidade. Ele dá o melhor de si. Procura sempre formas novas de fazer o bem. Não mede esforços quando se trata de ser útil ao irmão. É sempre solícito e serviçal. Tudo isso porque gostaria de ser tratado assim. Não lhe importa o reconhecimento alheio. Esta é sua opção de vida.
 
     Toda Lei e os Profetas, ou seja, toda a Escritura, se resumem nesta regra de ouro do comportamento do discípulo. Não é preciso ir além dela, se se pretende viver um amor entranhado a Deus e ao próximo. O amor a Deus está aí presente porque, a opção do discípulo é uma opção de fé. Ele age assim porque acredita no Senhor e sabe que sua ação é um caminho para o Pai. Por outro lado, este modo de agir só tem sentido quando se transforma em manifestação de amor ao próximo. O trato cordial e amigo, em última análise, não se baseia na lei da retribuição nem acontece por mera formalidade. Ele é sinal do bem desejado ao outro e da solidariedade que sua presença desperta.
 
Pe. Jaldemir Vitório
 
Oração
Senhor Jesus, ensina-me a fazer a todos o bem que eu gostaria que me fizessem, como forma de expressar minha fé em ti.

Santo do dia - São Guilherme

      Com grande devoção, hoje, lembramos a santidade de vida de São Guilherme, que nasceu em Vercelli, Itália, no ano de 1085. Órfão muito cedo, foi morar com os familiares que em nada o impediram de seguir Jesus e realizar seus anseios de vida religiosa.
 
     Quando tinha apenas 14 anos, Guilherme saiu com vestes penitenciais para visitar o Santuário de Santiago de Compostela, na Espanha, visando expressar sua caminhada espiritual. Aconteceu que desejava peregrinar para a Terra Santa, mas devido a turbulências políticas, desviou-se e acabou se retirando no Monte Partênio (Monte da Virgem) e ali permaneceu em silêncio, penitência e oração.
 
     São Guilherme, ao começar a construção do Santuário de Nossa Senhora do Monte Virgine, com o tempo, teve de organizar a comunidade dos monges formada a partir de sua total consagração. E desta forma nasceu o primeiro dos vários mosteiros fundados pelo Santo.
 
     Combatente contra o mal, durante os 67 anos de existência ele não admitiu o pecado em sua vida, tanto que diante da malícia de uma mulher, ele preferiu jogar-se em brasas acesas do que nos braços do pecado; e por graça foi preservado milagrosamente de qualquer ferimento.
 
São Guilherme, rogai por nós!

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Evangelho do dia - (Lucas 1,57-66.80)


 
56 Maria ficou com Isabel cerca de três meses. Depois voltou para casa.  57 Completando-se para Isabel o tempo de dar à luz, teve um filho. 58 Os seus vizinhos e parentes souberam que o Senhor lhe manifestara a sua misericórdia, e congratulavam-se com ela.
59 No oitavo dia, foram circuncidar o menino e o queriam chamar pelo nome de seu pai, Zacarias. 60 Mas sua mãe interveio: "Não", disse ela, "ele se chamará João".  61 Replicaram-lhe: "Não há ninguém na tua família que se chame por este nome".  62 E perguntavam por acenos ao seu pai como queria que se chamasse. 63 Ele, pedindo uma tabuinha, escreveu nela as palavras: "João é o seu nome". Todos ficaram pasmados. 64 E logo se lhe abriu a boca e soltou-se-lhe a língua e ele falou, bendizendo a Deus.
65 O temor apoderou-se de todos os seus vizinhos; o fato divulgou-se por todas as montanhas da Judéia. 66 Todos os que o ouviam conservavam-no no coração, dizendo: "Que será este menino? Porque a mão do Senhor estava com ele. 80 O menino foi crescendo e fortificava-se em espírito, e viveu nos desertos até o dia em que se apresentou diante de Israel.

- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!

Comentário do Evangelho - João é o seu nome

     A Igreja, desde seus primórdios, reconheceu a grandeza da figura de João Batista, dada sua estreita ligação com a pessoa de Jesus. Aliás, a importância do Batista provém da pessoa de Jesus: sua missão consistiu em ser precursor do Messias.
    
     O nascimento de João Batista foi todo envolto de mistério divino. A notícia de sua concepção foi dada pelo Anjo do Senhor a seu pai Zacarias, quando este desempenhava suas funções sacerdotais, no templo. Tratava-se de um fato formidável, pois Zacarias e sua esposa eram de idade avançada, com o agravante de Isabel ser estéril. A incredulidade de Zacarias foi punida com a privação da fala, até que a Palavra de Deus se cumprisse. Tudo se realizou conforme fora anunciado pelo Anjo. Os próprios vizinhos e parentes reconheceram que Deus havia cumulado de misericórdia aquela família.
 
     Quando se tratou de dar um nome ao menino, novamente aconteceu um fato maravilhoso. Muitos queriam que se chamasse Zacarias, como o pai. Todavia, em conformidade com a ordem do Anjo, Isabel recusou. Seu nome seria João, que significa "Deus é favorável". Quando Zacarias confirmou o nome dado por Isabel, sua língua se soltou e ele começou a falar normalmente. Então, os parentes e vizinhos, tomados de temor sagrado, reconheceram que a mão de Deus estava com aquele menino.
 
 Pe. Jaldemir Vitório
 
Oração
Senhor Jesus, que a figura de João Batista inspire minha tarefa de preparar os corações para receber-te.

João Batista - "É mais que um profeta"


     A Bíblia nos diz que Isabel era prima e muito amiga de Maria, e elas tinham o costume de visitarem-se. Uma dessas ocasiões foi quando já estava grávida: "Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança lhe estremeceu no ventre, e Isabel ficou repleta do Espírito Santo" (Lc 1,41). Ainda no ventre da mãe, João faz uma reverência e reconhece a presença do Cristo Jesus. Na despedida, as primas combinam que o nascimento de João seria sinalizado com uma fogueira, para que Maria pudesse ir ajudar a prima depois do parto.
    
     Assim os evangelistas apresentam com todo rigor a figura de João como precursor do Messias, cujo dia do nascimento é também chamado de "Aurora da Salvação". É o único santo, além de Nossa Senhora, em que se festeja o nascimento, porque a Igreja vê nele a preanunciação do Natal de Cristo.
 
     Ele era um filho muito desejado por seus pais, Isabel e Zacarias, ela estéril e ele mudo, ambos de estirpe sacerdotal e já com idade bem avançada. Isabel haveria de dar à luz um menino, o qual deveria receber o nome de João, que significa "Deus é propício". Assim foi avisado Zacarias pelo anjo Gabriel.
 
     Conforme a indicação de Lucas, Isabel estava no sexto mês de gestação de João, que foi fixado pela Igreja três meses após a Anunciação de Maria e seis meses antes do Natal de Jesus. O sobrinho da Virgem Maria foi o último profeta e o primeiro apóstolo. "É mais que profeta, disse ainda Jesus. É dele que está escrito: eis que envio o meu mensageiro à tua frente; ele preparará o teu caminho diante de ti". Ou seja, o primo João inicia sua missão alguns anos antes de Jesus iniciar a sua própria missão terrestre.
 
     Lucas também fala a respeito da infância de João: o menino foi crescendo e fortificando-se em espírito e viveu nos desertos até o dia em que se apresentou diante de Israel.
 
     Com palavras firmes, pregava a conversão e a necessidade do batismo de penitência. Anunciava a vinda do messias prometido e esperado, enquanto de si mesmo deu este testemunho: "Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitarei o caminho do Senhor..." Aos que o confundiam com Jesus, afirmava com humildade: "Eu não sou o Cristo". e "Não sou digno de desatar a correia de sua sandália". Sua originalidade era o convite a receber a ablução com água no rio Jordão, prática chamada batismo. Por isso o seu apelido de Batista.
 
     João Batista teve a grande missão de batizar o próprio Cristo. Ele apresentou oficialmente Cristo ao povo como Messias com estas palavras: "Eis o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com o fogo".
 
     Jesus, falando de João Batista, tece-lhe o maior elogio registrado na Bíblia: "Jamais surgiu entre os nascidos de mulher alguém maior do que João Batista. Contudo o menor no Reino de Deus é maior do que ele".
 
     Ele morreu degolado no governo do rei Herodes Antipas, por defender a moralidade e os bons costumes. O seu martírio é celebrado em 29 de agosto, com outra veneração litúrgica.
 
     São João Batista é um dos santos mais populares em todo o mundo cristão. A sua festa é muito alegre e até folclórica. Com muita música e danças, o ponto central é a fogueira, lembrando aquela primeira feita por seus pais para comunicar o seu nascimento: anel de ligação entre a antiga e a nova aliança.

Santo do dia - Solenidade do Nascimento de João Batista

      Com muita alegria, a Igreja, solenemente, celebra o nascimento de São João Batista. Santo que, juntamente com a Santíssima Virgem Maria, é o único a ter o aniversário natalício recordado pela liturgia.
 
     São João Batista nasceu seis meses antes de Jesus Cristo, seu primo, e foi um anjo quem revelou o seu nome ao seu pai, Zacarias, que há muitos anos rezava com sua esposa para terem um filho.
 
     Estudiosos mostram que possivelmente depois de idade adequada, João teria participado da vida monástica de uma comunidade rigorista, na qual, à beira do Rio Jordão ou Mar Morto, vivia em profunda penitência e oração. Pode-se chegar a essa conclusão a partir do texto de Mateus: "João usava um traje de pêlo de camelo, com um cinto de couro à volta dos rins; alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre".
 
     O que o tornou tão importante para a história do Cristianismo é que, além de ser o último profeta a anunciar o Messias, foi ele quem preparou o caminho do Senhor com pregações conclamando os fiéis à mudança de vida e ao batismo de penitência (por isso "Batista"). Como nos ensinam as Sagradas Escirturas: "Eu vos batizo na água, em vista da conversão; mas aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu: eu não sou digno de tirar-lhe as sandálias; ele vos batizará no Espírito Santo" (Mateus 3,11).
 
     Os Evangelhos nos revelam a inauguração da missão salvífica de Jesus a partir do batismo recebido pelas mãos do precursor João e da manifestação da Trindade Santa.
 
     São João, ao reconhecer e apresentar Jesus como o Cristo, continuou sua missão em sentido descendente, a fim de que somente o Messias aparecesse. Grande anunciador do Reino e denunciador dos pecados, ele foi preso por não concordar com as atitudes pecaminosas de Herodes, acabando decapitado devido ao ódio de Herodíades, que fora esposa do irmão deste [Herodes], com a qual este vivia pecaminosamente.
 
     O grande santo morreu na santidade e reconhecido pelo próprio Cristo: "Em verdade eu vos digo, dentre os que nasceram de mulher, não surgiu ninguém maior que João , o Batista" (Mateus 11,11).
 
São João Batista, rogai por nós!

domingo, 23 de junho de 2013

Meditação - Ano da Fé: Creio no Espírito Santo


Ano da Fé: Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida,/ que procede do Pai e do Filho,/ e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado,/ Ele, que falou pelos profetas.
 
O Espírito Santo, terceira Pessoa da Santíssima Trindade, é apresentado com quatro categorias teológicas:
a) é o Doador da vida;
b) procede do Pai e do Filho;
c) tem a mesma igualdade substancial do Pai e do Filho;
d) é a inspiração que fala pelos profetas.

DOADOR DA VIDA; Considerando que a vida é o movimento íntimo e profundo do ser, o Espírito Santo, que, conforme Agostinho, é o amor que une o Pai e o Filho, é quem nos dá acesso, por meio de Jesus, à intimidade de Deus Pai, onde encontramos a plenitude da vida;

 PROCEDE DO PAI E DO FILHO: É o Espírito do Pai e o Espírito do Filho, ao mesmo tempo. Por isso, sua procedência vem do Pai e do Filho;

TEM A MESMA IGUALDADE SUBSTANCIAL DO PAI E DO FILHO, pois com o Pai e o Filho é adorado e glorificado. Embora a terceira Pessoa da Santíssima Trindade não seja objeto de culto, pois sua única pretensão é levar a humanidade a conhecer, amar e se entregar a Jesus, para que, por meio dele, chegue à adoração e culto pleno ao Pai, quando adoramos o Pai e o Filho, o Espírito Santo é igualmente adorado;

É A INSPIRAÇÃO QUE FALA PELOS PROFETAS: Nesta perspectiva se encaixa toda a Bíblia, cuja missão e apontar o Messias anunciado no Antigo Testamento e apresentado no Novo Testamento na pessoa de Jesus. O Espírito é, portanto, a inspiração dos profetas do passado, do presente e do futuro.

Evangelho do dia - (Lucas 9,18-24)


 
9 18 Jesus estava a rezar a sós com os discípulos, perguntou-lhes: "Quem dizem que eu sou?"
19 Responderam-lhe: "Uns dizem que és João Batista; outros, Elias; outros pensam que ressuscitou algum dos antigos profetas". 20 Perguntou-lhes, então: "E vós, quem dizeis que eu sou?" Pedro respondeu: "O Cristo de Deus".
21 Ordenou-lhes energicamente que não o dissessem a ninguém.
22 Ele acrescentou: "É necessário que o Filho do Homem padeça muitas coisas, seja rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas. É necessário que seja levado à morte e que ressuscite ao terceiro dia".
23 Em seguida, dirigiu-se a todos: "Se alguém quer vir após mim, renegue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me. 24 Porque, quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas quem sacrificar a sua vida por amor de mim, salvá-la-á".
 
 - Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!

Comentário do Evangelho - Anunciando a paixão


 

 Quando Jesus pergunta sobre sua identidade, devido à convivência com Ele, os discípulos já têm uma ideia formada. Ouviram tanta coisa, viram muitas outras, sentiram a presença do Mestre, conviveram com ele, pode-se dizer: “fizeram a experiência de Deus” . Não há mais dúvida. Pedro fala em nome de todos com sua forte expressão de fé: “És o Messias!” A partir disso, Jesus se faz mais íntimo: fala de seu futuro sofrimento, de sua morte e ressurreição   
 
     A questão apresentada por Jesus aos discípulos, a respeito de sua identidade, situa-se num momento crucial de sua vida. Por um lado, as multidões não haviam compreendido bem o tipo de messianismo vivido pelo Mestre. Ele se apresentava como Messias-servo, ao passo que o povo esperava um Messias cheio de glória e majestade. Por outro lado, autoridades políticas, como Herodes, perguntavam-se: "Quem poderá ser este de quem ouço tais coisas?" O que se passava com os discípulos? Sua fé era consistente e estavam realmente preparados para subir com Jesus até Jerusalém?
    
A questão apresentada aos discípulos visava explicitar-lhes a fé no Messias Jesus. A resposta de Pedro, embora verdadeira, carecia de reparos. O Messias estava destinado a sofrer nas mãos dos anciãos, dos sumos sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitar no terceiro dia. A causa do sofrimento estaria relacionada com seu modo de viver. Longe de buscar glórias mundanas, Jesus colocava-se ao lado dos pobres e marginalizados, vivia uma experiência de Deus muito diferente da preconizada pela religiosidade da época, anunciava um Reino de igualdade e solidariedade, muito mais exigente do que, até então, se conhecia. Sua morte decorreria de sua opção de ser solidário e servidor. Daí o Pai decidir ressuscitá-lo.
   
     Quem quisesse segui-lo, deveria considerar atentamente este aspecto. Caso contrário, estaria nutrindo esperanças vãs.
Pe. Jaldemir Vitório
 
Oração
Espírito do Messias solidário e servidor, não me deixes nutrir esperanças vãs de um messianismo glorioso e mundano, que não corresponde à opção do Senhor Jesus.

Santo do dia - São José Cafasso


O santo de hoje nasceu em Castelnuevo, Itália, no ano de 1811, onde também nasceu o grande São João Bosco.
 
     José Cafasso, desde criança, sentiu-se chamado ao sacerdócio, que foi se tornando cada vez mais forte no decorrer de sua vida com Deus.
 
     Assim, entrou para a formação sacerdotal e se tornou padre aos 23 anos, destacando-se no meio de tantos por seu amor aos pobres e zelo pela salvação das almas. Depois de comprovado e dedicado trabalho na Igreja de São Francisco em Turim, José assumiu, com toda sua bagagem de pregador, confessor e iluminado diretor espiritual, a função de reitor e formador de novos sacerdotes.
 
     Dom Bosco foi um dos vocacionados que desfrutou das formações e aconselhamentos deste santo, pois como um sacerdote sintonizado ao coração do Cristo Pastor, sabia muito bem colocar sua cultura eclesiástica, dons e carismas a serviço da salvação do próximo.
 
     Dentre tantos ofícios assumidos por este homem incansável, que foi para o Céu em 1860, despontou José Cafasso na evangelização dos condenados à forca, tanto assim que ficou conhecido com o "Santo da Forca".
 
São José Cafasso, rogai por nós!

sábado, 22 de junho de 2013

Evangelho do dia - (Mateus 6,24-34)

 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 6 24 "Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará a um e amará o outro, ou dedicar-se-á a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e à riqueza.
25 Portanto, eis que vos digo: não vos preocupeis por vossa vida, pelo que comereis, nem por vosso corpo, pelo que vestireis. A vida não é mais do que o alimento e o corpo não é mais que as vestes?
26 Olhai as aves do céu: não semeiam nem ceifam, nem recolhem nos celeiros e vosso Pai celeste as alimenta. Não valeis vós muito mais que elas? 27 Qual de vós, por mais que se esforce, pode acrescentar um só côvado à duração de sua vida? 28 E por que vos inquietais com as vestes? Considerai como crescem os lírios do campo; não trabalham nem fiam. 29 Entretanto, eu vos digo que o próprio Salomão no auge de sua glória não se vestiu como um deles.
30 Se Deus veste assim a erva dos campos, que hoje cresce e amanhã será lançada ao fogo, quanto mais a vós, homens de pouca fé?31 Não vos aflijais, nem digais: Que comeremos? Que beberemos? Com que nos vestiremos? 32 São os pagãos que se preocupam com tudo isso. Ora, vosso Pai celeste sabe que necessitais de tudo isso. 33 Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas em acréscimo. 34 Não vos preocupeis, pois, com o dia de amanhã: o dia de amanhã terá as suas preocupações próprias. A cada dia basta o seu cuidado".
 
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!

Comentário do Evangelho - Confiar na providência

Jesus recomenda a confiança em Deus e a busca dos valores do Reino. Jesus nos ensina a sermos contemplativos na observação da natureza: as flores do campo, os passarinhos. Recomenda também a confiança em Deus para que cesse a preocupação com o alimento, o vestuário. E chega a dizer que este tipo de preocupação é de pessoas pagãs e não, de quem acredita no Pai. No final, recomenda uma ordem de valores que tem como prioridade o Reino de Deus.

 
      Nada mais contrário à espiritualidade do Sermão da Montanha do que a ansiedade por causa da sobrevivência pessoal, em termos de satisfação das necessidades materiais. A preocupação exagerada em relação aos bens deste mundo revela que a opção fundamental do discípulo do Reino está alicerçada na própria segurança e nos esforços humanos para consegui-la, e não em Deus.
 
     Quem orienta sua vida pela busca do Reino de Deus e sua justiça, não tem por que deixar-se dominar pela avidez de bens materiais. O olhar do discípulo centra-se no que é essencial. O resto vem-lhe por acréscimo.
 
     Numa sociedade como a nossa, em que somos pressionados a consumir e acumular para garantir o nosso futuro, e na qual se exalta o valor do trabalho, da produção e da planificação, é desafiador por em prática este ensinamento de Jesus.
 
     Muitos irão considerá-lo utópico e impraticável. Outros acharão que seus destinatários são um pequeno grupo de pessoas especiais, capazes de se manterem radicalmente livres diante do consumismo moderno. Outros, ainda, o tomarão como fundamento de uma religião ecológica, baseada num estilo de vida espontâneo, sem preocupações.

 
     Nada disto corresponde ao pensamento de Jesus. Seu esforço concentrou-se em levar os discípulos a terem confiança total em Deus e na sua providência. Esta será a opção orientadora de suas vidas, eles saberão como colocá-la em prática.
 
Pe. Jaldemir Vitório
Oração
Espírito de fé na Previdência, num mundo que valoriza a acumulação de bens, ensina-me a viver uma vida despojada, totalmente confiada no amor previdente do Pai.

Santo do dia - Santos João Fischer e Tomás More

      João Fischer era inglês, chamado por Deus à vida sacerdotal. Fez uma linda caminhada acadêmica até chegar a ser Arcebispo de Rochester.
 
     Foi um homem de grande influência intelectual, cultural e religiosa a partir do seu testemunho. Ele não se vendia: diante do contexto das confusões da Reforma ele já havia se declarado contra. Também escreveu e defendeu a fé católica.
     Henrique VIII, por causa de um envolvimento com uma amante, quis que a Igreja declarasse nulo seu casamento. Mas, ao ser analisado pelo Bispo de Rochester, viu-se que não era o caso. Mas com insistência e imposição, Henrique VIII se "auto-declarou" chefe da Igreja da Inglaterra.
     Em meio às confusões religiosas e políticas, o testemunho de Fischer indicou a verdade, que nem sempre é acolhida. O Papa já havia escolhido ele para Cardeal, mas Henrique VIII o condenou à morte.
     E ao ser apresentado para o martírio, São João Fischer deixou claro que era pela fé da Igreja Católica e de Cristo que ele estava ali. E seu sangue foi derramado em 1535.
     No mesmo ano, Tomás More, pai de família e de grande influência no meio universitário, era chanceler do rei, mas não se vendeu diante do ato de supremacia de Henrique VIII. Também foi martirizado. Era leal ao rei, mas acima de tudo a Deus. Em 1535 Tomás More foi decapitado.
     Em meio às confusões, o testemunho faz a diferença.
 
 
Santos João Fischer e Tomás More, rogai por nós!

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Evangelho do dia - (Mateus 6,19-23)

 

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 6 19 "Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a ferrugem e as traças corroem, onde os ladrões furtam e roubam.
20 Ajuntai para vós tesouros no céu, onde não os consomem nem as traças nem a ferrugem, e os ladrões não furtam nem roubam. 21 Porque onde está o teu tesouro, lá também está teu coração. 22 O olho é a luz do corpo. Se teu olho é são, todo o teu corpo será iluminado. 23 Se teu olho estiver em mau estado, todo o teu corpo estará nas trevas. Se a luz que está em ti são trevas, quão espessas deverão ser as trevas!"

- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!

Comentário do Evangelho - Onde por o coração?


 

     O ser humano é posto diante de uma escolha decisiva e irrenunciável: onde pôr o coração, isto é, em que engajar toda a vida? Não há meio termo: "... onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração" (v. 21).

     Trata-se de desapegar-se de tesouros ilusórios. Cada coração, cada pessoa, possui um tesouro. Cada ser humano liga a sua vida a um valor que move sua ação e decisões. Os bens da terra são postos em oposição aos bens celestes (vv. 19.20), mas o que importa é o engajamento do coração. Ao cristão importa juntar tesouros no céu (cf. v. 20).
 
     O que é passageiro é só aparência; é preciso pôr a vida naquilo que não passa. Olho é uma fonte de desejo (vv. 22-23). Será luz e, portanto, iluminará a vida do ser humano à medida que o desejo for bom, isto é, por tudo aquilo que for "do céu". Mas, se o olho desejar o mal, ele conduzirá às trevas, outro nome do pecado: "Olhar altivo, coração orgulhoso, a lâmpada dos ímpios não é senão pecado" (Pr 21,4).
 
Carlos Alberto Contieri, sj
ORAÇÃO
Pai, dá-me sabedoria suficiente para buscar sempre o tesouro verdadeiro, e assim estar seguro de que em ti coloquei o meu coração.

Santo do dia - São Luís Gonzaga

Considerado o "Patrono da Juventude", São Luís Gonzaga nasceu no ano de 1568 na Corte de Castiglione. Recebeu por parte de sua mãe a formação cristã. Já seu pai o motivava a ser príncipe. Sua família tinha muitas posses mas, graças ao amor de Deus, Luís – desde cedo – deixou-se possuir por esse amor.

     Deixar-se amar por Deus é fonte de santidade.

     Com dez anos de idade, na corte, frequentando aqueles meios, dava ali testemunho do Evangelho e se consagrou a Nossa Senhora. Ali descobriu seu chamado à vida religiosa e queria ser padre. Seu pai, ao saber disso, o levava para festas mundanas, na tentativa de fazê-lo desistir de sua vocação.
     Entrou para a Companhia de Jesus onde viveu durante seis anos. Com pouco mais de vinte anos, faleceu de uma peste que havia se espalhado em Roma.

São Luís Gonzaga, rogai por nós!
 
     Luís nasceu no dia 9 de março de 1568, na Itália. Foi o primeiro dos sete filhos de Ferrante Gonzaga, marquês de Castiglione delle Stiviere e sobrinho do duque de Mântua. Seu pai, que servia ao rei da Espanha, sonhava ver seu herdeiro e sucessor ingressar nas fileiras daquele exército. Por isso, desde pequenino, Luís era visto vestido como soldado, marchando atrás do batalhão ao qual seu pai orgulhosamente servia.
     Entretanto, Luís não desejava essa carreira, pois, ainda criança fizera voto de castidade. Quando tinha dez anos, foi enviado a Florença na qualidade de pajem de honra do grão-duque de Toscana. Posteriormente, foi à Espanha, para ser pajem do infante dom Diego, período em que aproveitou para estudar filosofia na universidade de Alcalá de Henares. Com doze anos, recebeu a primeira comunhão diretamente das mãos de Carlos Borromeu, hoje santo da Igreja.
     Desejava ingressar na vida religiosa, mas seu pai demorou cerca de dois anos para convencer-se de sua vocação. Até que consentiu; mas antes de concordar definitivamente, ele enviou Luís às cortes de Ferrara, Parma e Turim, tentando fazer com que o filho se deixasse seduzir pelas honras da nobreza dessas cortes.
     Luís tinha quatorze anos quando venceu as resistências do pai, renunciou ao título a que tinha direito por descendência e à herança da família e entrou para o noviciado romano dos jesuítas, sob a direção de Roberto Belarmino, o qual, depois, também foi canonizado.
     Lá escolheu para si as incumbências mais humildes e o atendimento aos doentes, principalmente durante as epidemias que atingiram Roma, em 1590, esquecendo totalmente suas origens aristocráticas. Consta que, certa vez, Luís carregou nos ombros um moribundo que encontrou no caminho, levando-o ao hospital. Isso fez com que contraísse a peste que assolava a cidade.
     Luís Gonzaga morreu com apenas vinte e três anos, em 21 de junho de 1591. Segundo a tradição, ainda na infância preconizara a data de sua morte, previsão que ninguém considerou por causa de sua pouca idade. Mas ele estava certo.
     O papa Bento XIII, em 1726, canonizou Luís Gonzaga e proclamou-o Padroeiro da Juventude. A igreja de Santo Inácio, em Roma, guarda as suas relíquias, que são veneradas no dia de sua morte. Enquanto a capa que são Luís Gonzaga usava encontra-se na belíssima basílica dedicada a ele, em Castiglione delle Stiviere, sua cidade natal.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Evangelho do dia - (Mateus 6,7-15)

 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 6 7 "Nas vossas orações, não multipliqueis as palavras, como fazem os pagãos que julgam que serão ouvidos à força de palavras. 8 Não os imiteis, porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes que vós lho peçais.
9 Eis como deveis rezar: Pai nosso, que estais no céu, santificado seja o vosso nome; 10 venha a nós o vosso Reino; seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu. 11 O pão nosso de cada dia nos dai hoje; 12 perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos ofenderam; 13 e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. 14 Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, vosso Pai celeste também vos perdoará. 15 Mas se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará".

- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!

Comentário do Evangelho - A vontade do Pai

 
     Ao ensinar aos discípulos o modo conveniente de rezar, Jesus os exortava a se colocarem numa contínua busca de sintonia com a vontade do Pai. Os sete pedidos do Pai-Nosso constituem a síntese dessa vontade do Pai, para os discípulos.
     Santificar o nome de Deus significa romper com a idolatria, para radicar em Deus as suas vidas. Fora de Deus, para quem santifica o nome divino, nada tem valor absoluto.
     A coisa que o Pai mais deseja é ver seu Reino acontecendo na vida de todos os seres humanos, como Reino de verdade e justiça. Fora dele só existe injustiça e maldade.
     A obtenção do pão cotidiano, na perspectiva da vontade do Pai, nada tem de posse egoísta. O pão "nosso" é para ser partilhado, para que não haja mais fome nem indigência. Assim, o Reino se concretiza, em forma de solidariedade e partilha.
     O pedido de perdão dos pecados, mais que um desejo dos discípulos, é o grande anseio de Deus. Desejar o perdão consiste em querer recentrar-se no amor de Deus.
     Cair na tentação é abandonar os caminhos de Deus para trilhar desvios que levam à condenação. Quem, mais do que Deus, deseja que o discípulo não se desvie?
     A libertação do mal consiste em criar mecanismos de defesa para que o inimigo não tome conta do coração do discípulo. Isto se dá num processo de enraizamento em Deus. E com isto ele se dá por satisfeito.
 
Pe. Jaldemir Vitório
Oração
Espírito de submissão à vontade do Pai, prepara meu coração para rezar a oração ensinada por Jesus, de modo que eu possa vivenciar o que meus lábios pronunciam.

Santo do dia - Bem-aventuradas Teresa, Mafalda e Sancha

 Teresa, Mafalda e Sancha, filhas de Dom Sancho I e da Rainha Dulce, eram portuguesas.

     Teresa, a primogênita, nasceu em 1177. Desde de cedo, muito bem educada, sentiu o chamado à vida religiosa, mas conforme o costume do tempo, acabou sendo dada em casamento com o Rei Afonso e tornou-se Rainha de Lion. Por diversos motivos o casamento foi nulo. Ela voltou pra casa e entrou para a vida religiosa. Afonso não gostou e armou uma guerra contra o pai de Teresa e contra Portugal. Ela, já no convento, consumiu-se na intercessão. Um exemplo a seguir de despojamento e de busca da vontade de Deus.
     Mafalda teve momentos parecidos com o de Teresa. Casou com Henrique I, mas este faleceu e ela retornou para casa, despojando-se de seus bens e entrando para a vida religiosa.
Viveu a total dependência de Deus.
     Sancha: uma jovem que não se casou como acontecera com suas irmãs. Fundou um convento da Ordem Cisterciense em Coimbra, onde viveu as regras com fidelidade até sua morte.
     No ano de 1705, as três irmãs portuguesas foram beatificadas.
     Que sigamos o exemplo dessas mulheres de oração, que buscaram a vontade de Deus.
 
Bem-aventuradas Teresa, Mafalda e Sancha, rogai por nós!

quarta-feira, 19 de junho de 2013

As manifestações pelo Brasil

   
     As manifestações e os protestos, que acontecem em todo o país, surpreenderam a população, os políticos, os governos e também a Igreja. Tudo começou com o aumento das tarifas de ônibus urbanos nas capitais, mas agora já ficou claro que não é este o único motivo das manifestações; na verdade, é uma série de reivindicações de direitos que está em jogo.
 
     O que pode acontecer de tudo isso? Por ora, é muito difícil dizer. Marco Maciel disse que manifestações do povo, desta natureza, podem dar em tudo e podem dar em nada. Parece-me que algo vai mudar neste país e devemos todos trabalhar e rezar para que seja para o bem e para melhor.

      Castro Alves disse que “a praça pertence ao povo assim como os céus pertencem ao condor”. O povo está ocupando as ruas e praças para reivindicar direitos. O cartaz de um dos manifestantes dizia: “Não exigimos 20 centavos, mas direitos”. Quais direitos? Melhores hospitais e médicos (outro cartaz dizia: “queremos mais hospitais e menos campos de futebol”), o fim da corrupção institucionalizada, melhores transportes coletivos, menos inflação que corrói os salários, menos impostos (o Brasil é campeão do mundo em cobrança de impostos; trabalhamos cinco meses só para pagá-los). Parece que as ações sociais do Governo já não bastam para acalmar o povo, pois este quer políticos mais honestos, menos “toma lá da cá”, menos conchavos, menos fingimentos.
 
     O povo quer menos violência e mais segurança, mais e melhores estradas, portos, aeroportos, rodovias, escolas e professores. Parece-nos que todas essas exigências estão acumuladas nas razões dos protestos. Nota-se que, sobretudo, é um protesto da classe média que se sente prejudicada. Os pobres recebem a bolsa família e outras bolsas, os ricos não têm problemas e sabem se defender junto aos políticos e ao Governo.

      A origem deste movimento não é muito clara. A organização que comanda as manifestações – Movimento Passe Livre (MPL) - é regida pelos princípios do Fórum Social Mundial como se pode conferir no site do “Movimento”. É um movimento que tem cores um tanto diferentes (cf. http://mpl.org.br/node/5) com base em palavras chaves como “horizontalidade” (sem hierarquia, cf. http://mpl.org.br/node/1). Embora se defina como apartidário, confessa-se não antipartidário. Portanto, a não dependência partidária explícita não significa independência partidária. O site diz: “O Movimento Passe Livre é horizontal, autônomo, independente e apartidário, mas não antipartidário. A independência do MPL se faz não somente em relação a partidos, mas também a ONGs, instituições religiosas, financeiras etc.”

      Há muitas perguntas a serem feitas, por exemplo: de onde vem o dinheiro para a mobilização de toda essa massa humana em todo o país? Isso custa caro! É cedo para decifrarmos tudo o que está acontecendo. Numa primeira – e muito precária observação –, parece-nos que o povo, insatisfeito com muita coisa, aproveita-se do Movimento Passe Livre e faz dele um veículo de suas manifestações. Parece ter roubado a cena.

      Há mais de vinte anos não se via, no Brasil, algo dessa natureza, o que nos leva a crer que algo vai mudar neste país. Que seja, então, o que pede a Igreja na sua Doutrina Social: mudanças que coloquem o homem como centro das medidas políticas necessárias para que haja justiça, paz, verdade, amor e liberdade verdadeira. Que o mais importante não seja o lucro nem o Estado, mas a pessoa humana, mesmo a não ainda nascida. Peçamos a Deus que de tudo isso nasça um “pacto social” em favor de todos, especialmente da família – célula mater da sociedade – não só dando-lhe pão e circo, mas tudo que precisa.

      Rezemos, como na oração da Bênção do Santíssimo: “Deus e Senhor nosso, protegei... todas as pessoas constituídas em dignidade para que governem com justiça; dai ao povo brasileiro paz constante e prosperidade completa”.
 
Professor Felipe Aquino