domingo, 31 de agosto de 2014

Evangelho do dia - Mateus 16, 21 - 27


    

A partir de então, Jesus começou a mostrar aos discípulos que era necessário ele ir a Jerusalém, sofrer muito da parte dos anciãos, sumos sacerdotes e escribas, ser morto e, no terceiro dia, ressuscitar. Então Pedro o chamou de lado e começou a censurá-lo: “Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isto nunca te aconteça!” Jesus, porém, voltou-se para Pedro e disse: “Vai para trás de mim, satanás! Tu estás sendo para mim uma pedra de tropeço, pois não tens em mente as coisas de Deus, e sim, as dos homens!” Então Jesus disse aos discípulos: “Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar sua vida a perderá; e quem perder sua vida por causa de mim a encontrará. De fato, que adianta a alguém ganhar o mundo inteiro, se perde a própria vida? Ou que poderá alguém dar em troca da própria vida? Pois o Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com a sua conduta”.
 
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor!

Comentário do Evangelho - Prática libertadora

      Jesus vinha exercendo seu ministério na Galiléia, onde se misturavam gentios e colônias judaicas, e nas regiões gentílicas vizinhas. Agora, tendo chegado bem ao norte, em Cesaréia de Filipe, como que dando por encerrado seu ministério nestas regiões, Jesus toma a decisão de voltar ao sul e, atravessando a Galiléia, seguir o caminho de Jerusalém.
 
       Nesta nova etapa de seu ministério, Jesus decide fazer seu anúncio libertador e vivificante diretamente entre as multidões de fieis do judaísmo que acorriam a Jerusalém, para atenderem ao preceito religioso de cumprir o dever de celebrar a Páscoa. Esta era a principal festa religiosa da tradição de Israel, e era a ocasião de todos os fieis, particularmente os que moravam em regiões mais distantes, trouxessem suas ofertas e dízimos anuais ao Templo.
 
      Jesus tinha consciência de que os chefes das sinagogas e do Templo de Jerusalém tinham a intenção de, em algum momento oportuno, matá-lo. A pregação e a prática libertadora de Jesus suscitara o ódio destes chefes, que tinham garantidos sua autoridade e seu poder a partir da Lei opressora, elaborada ao longo da tradição de Israel. Agora, a ida a Jerusalém poderia ser fatal. Contudo Jesus não renuncia ao propósito de anunciar ao mundo, sem restrições, o projeto de Pai, de libertar o mundo de toda opressão e promover a vida plena para todos.
 
      Jesus, então, fala aos discípulos sobre as provações que o aguardam em Jerusalém. Ë o chamado "anúncio da Paixão". Este "anúncio" pode ter dois sentidos. Na perspectiva messiânica é o sofrimento necessário redentor, de acordo com a tradição do Primeiro Testamento. Porém pode significar a comum prática repressora dos poderosos deste mundo que não toleram e procuram destruir todo aquele que promove a libertação do povo oprimido, tal como foi Jesus em toda sua vida.
 
      Mateus, em seu evangelho, faz um contraste. Pedro, ao identificar Jesus com o Cristo, tinha uma revelação de Deus, era proclamado como pedra da Igreja, a as portas do inferno não prevaleceriam sobre ela. Agora, ao rejeitar o confronto de Jesus em Jerusalém, não tem a compreensão das coisas de Deus, é pedra de tropeço, e satanás.
 
      Jesus convida os discípulos a consagrarem sua vida à causa da justiça e da vida. Seduzidos pelo chamado de Jesus, empenham-se em renovar as estruturas deste mundo conformando-o a tudo que é bom, justo, e agradável a Deus.
 
Pe. Jaldemir Vitório
 
ORAÇÃO
Pai, coloca-me em sintonia com teu Filho Jesus, cuja morte resultou da fidelidade a ti, sem temer seguir o caminho que traçaras para ele
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Santo do dia - São Raimundo Nonato, modelo de santidade


      Hoje, celebramos a vida do santo que se tornou modelo para todo vocacionado à santidade e ao resgate das almas. Por ter encontrado dificuldades para vir à luz, é invocado como patrono e protetor das parturientes e das parteiras (seu nome significa “não nascido” porque foi extraído vivo das entranhas da mãe já morta).
 
      São Raimundo Nonato nasceu na Espanha, em Portel, na diocese de Solsona (próximo a Barcelona) no ano de 1200. Ainda menino, teve de guardar o gado e, durante seus anos de pastor, visitava constantemente uma ermida de São Nicolau, onde se venerava uma imagem de Nossa Senhora de quem era devotíssimo.
 
      Conta-se que, durante as horas que passava aos pés de Maria, um anjo lhe guardava o rebanho. Desde jovem, Raimundo Nonato percebeu sua inclinação à vida religiosa. Seu pai buscou, sem êxito, impedi-lo de corresponder ao chamado vocacional. Ao entrar para a Ordem de Nossa Senhora das Mercês, pôde receber do fundador: São Pedro Nolasco, o hábito. Assim, tornou-se exemplo de ardor na missão de resgatar das mãos dos mouros, os cristãos feito escravos.
 
      Certa vez, São Raimundo conseguiu liderar uma missão que libertou 150 cristãos, porém, quando na Argélia acabaram-se os recursos para o salvamento daqueles que corriam o risco de perderem a vida e a fé, o Missionário e Sacerdote Raimundo, entregou-se no lugar de um dos cristãos. Na prisão, Raimundo pregava para os muçulmanos e cristãos, com tanta Unção que começou a convertê-los e desse modo sofreu muito, pois chegaram ao extremo de perfurarem os seus lábios com um ferro quente, fechando-os com um cadeado. Foi mais tarde libertado da prisão e retornou à Espanha.
 
      São Raimundo Nonato, morreu em Cardona no ano de 1240 gravemente doente. Não aguentou atingir Roma onde o Papa Gregório IX queria São Raimundo como Cardeal e conselheiro. O seu corpo foi descansar na mesma ermida de São Nicolau em que orava nos seus anos de pastor.
 
São Raimundo Nonato, rogai por nós!

sábado, 30 de agosto de 2014

Evangelho do dia - Mateus 25, 14 - 30


    

“O Reino dos Céus é também como um homem que ia viajar para o estrangeiro. Chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens: a um, cinco talentos, a outro, dois e ao terceiro, um. Em seguida viajou. O empregado que havia recebido cinco talentos saiu logo, trabalhou com eles, e lucrou outros cinco. Do mesmo modo, o que havia recebido dois lucrou outros dois. Mas aquele que havia recebido um só, saiu, cavou um buraco na terra, e escondeu o dinheiro do seu patrão. Depois de muito tempo, o patrão voltou e foi acertar contas com os empregados. O empregado que havia recebido cinco talentos entregou-lhe mais cinco, dizendo: `Senhor, tu me entregaste cinco talentos. Aqui estão mais cinco que lucrei'. O patrão lhe disse: `Muito bem, servo bom e fiel! como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria! 'Chegou também o que havia recebido dois talentos, e disse: `Senhor, tu me entregaste dois talentos. Aqui estão mais dois que lucrei'. O patrão lhe disse: `Muito bem, servo bom e fiel! Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!' Por fim, chegou aquele que havia recebido um só talento, e disse: ‘Senhor, sei que és um homem severo pois colhes onde não plantaste e ceifas onde não semeaste. Aqui tens o que te pertence'. O patrão lhe respondeu: `Servo mau e preguiçoso! Tu sabias que eu colho onde não plantei e que ceifo onde não semeei? Então devias ter depositado meu dinheiro no banco, para que, ao voltar,eu recebesse com juros o que me pertence. 'Em seguida, o patrão ordenou: `Tirai dele o talento e dai-o àquele que tem dez! Porque a todo aquele que tem será dado mais, e terá em abundância, mas daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado. Quanto a este servo inútil, jogai-o lá fora, na escuridão. Ali haverá choro e ranger de dentes!"
 
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor!

Comentário do Evangelho - A Alegria da fidelidade

 Nesta parábola, Jesus fala da colaboração das pessoas. O primeiro e o segundo empregados, definidos pelo seu patrão como "servo bom e fiel", são cumpridores de sua tarefa e considerados fiéis ou confiáveis.
       O terceiro foi julgado como "mau e preguiçoso", pois não fez render nada do que lhe foi confiado. Pelas suas palavras demonstrou que o medo do risco o paralisou e a preguiça o tornou inerte, omisso. Jesus, nesta parábola em que fala em termos econômicos, diz que é preciso investir, criar rendimentos para o Reino. Estes investimentos e rendimentos podem ser definidos como crescimento na fé, na ética, na justiça, na coerência com o ser cristão, na vivência fraterna.

      Os três servos, aos quais o senhor confiou uma certa soma de dinheiro, servem para ilustrar dois diferentes tipos de discípulos, com relação aos dons que receberam de Deus.
 
      Os dois primeiros representam os discípulos que se servem do tempo presente para viver intensamente o amor e a justiça. Incansavelmente procuram praticar o bem, fazendo crescer os laços que os unem a Deus. A fidelidade ao Pai impede-os de cruzar os braços e viver na inatividade. Existe sempre algo de bom a ser realizado.
 
      O terceiro servo, medroso e ocioso, contrasta com os dois primeiros, corajosos e operosos. Seu modo de agir é uma alusão ao comportamento dos discípulos que, embora não façam nada de errado, são incapazes de um gesto grandioso de solidariedade, ou de jogar-se de corpo e alma na causa da justiça. São os que pensam ter observado com fidelidade os mandamentos, só porque os cumpriram, ponto por ponto, embora não pratiquem o que é mais fundamental: a misericórdia, o amor e a justiça.
 
      Vivendo uma vida mesquinha e sem relevância, tais discípulos vegetam espiritualmente. Eles se conservam distantes dos grandes desafios da humanidade, especialmente dos pobres e dos sofredores. E pensam que a realização de um punhado de normas seja suficiente para colocá-los em dia com as exigências do Reino.
 
      O castigo aplicado ao servo inútil não deixa margem para dúvidas. É hora de agir!
 
Pe. Jaldemir Vitório
 
Oração
Espírito de ação, que eu saiba aproveitar cada momento de minha vida para dar mostras de fidelidade ao Pai, realizando gestos concretos de amor.

Santo do dia - São Cesário de Arles, se abriu ao querer de Deus

 

Os santos, como ninguém, entenderam que a Graça do Cristo que quer santificar a todos, é sempre a mesma, na eficiência, abundância e liberalidade. Cesário de Arles foi um destes homens que se abriu ao querer de Deus, e por isso como Bispo tornou-se uma personalidade marcante do seu tempo.
 
      Cesário nasceu na França em 470, e ao deixar sua casa entrou para o mosteiro de Lérins, onde se destacou pela inteligência, bom humor, docilidade e rígida penitência, que mais tarde acabou exigindo imperfeitamente dos monges sob sua administração. Diante dos excessos de penitências, Cesário precisou ir se tratar na cidade de Arles – Sul da França- local do aprofundamento dos seus estudos e mais tarde da eleição episcopal.
 
      São Cesário de Arles, até entrar no Céu com 73 anos de idade, ocupou-se até o fim com a salvação das almas e isto fazia, concretamente, pela força da Palavra anunciada e escrita, tornando-se assim o grande orador popular do Ocidente latino e glória para a vida monástica. Já que escreveu duas Regras monásticas. Em tudo buscava comunicar a ortodoxia da Fé e aquilo que lutava para viver com o Espírito Santo e irmãos, por isto no campo da moral cristã, Cesário de Arles salientava o cultivo da justiça, prática da misericórdia e o cuidado da castidade.
 
São Cesário de Arles, rogai por nós!

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Evangelho do dia - Marcos, 6, 17 - 29


    

De fato, Herodes tinha mandado prender João e acorrentá-lo na prisão, por causa de Herodíades, mulher de seu irmão Filipe, com a qual ele se tinha casado. Pois João vivia dizendo a Herodes: “Não te é permitido ter a mulher do teu irmão”. Por isso, Herodíades lhe tinha ódio e queria matá-lo, mas não conseguia, pois Herodes temia João, sabendo que era um homem justo e santo, e até lhe dava proteção. Ele gostava muito de ouvi-lo, mas ficava desconcertado quando o escutava. Finalmente, chegou o dia oportuno. Era o aniversário de Herodes, e ele fez um grande banquete para os grandes da corte, os oficiais e os cidadãos importantes da Galiléia. A filha de Herodíades entrou e dançou, agradando a Herodes e seus convidados. Então o rei disse à moça: "Pede-me o que quiseres e eu to darei". E lhe jurou dizendo: "Eu te darei qualquer coisa que me pedires, ainda que seja a metade do meu reino". Ela saiu e perguntou à mãe: "O que vou pedir?" A mãe respondeu: "A cabeça de João Batista". E, voltando depressa para junto do rei, pediu: “Quero que me dês agora, num prato, a cabeça de João Batista”. O rei ficou muito triste, não quis faltar com a palavra. Imediatamente, mandou um carrasco cortar e trazer a cabeça de João. O soldado saiu, degolou-o na prisão, trouxe a cabeça num prato e a deu à moça. Ela a entregou à sua mãe. Ao saberem disso, os discípulos de João foram lá, levaram o cadáver e o sepultaram.
 
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor!

Comentário do Evangelho - Herodes, um Cristão sem convicção

        Herodes gostava muito de João Batista e suas pregações no deserto; achava as palavras bonitas e a mensagem chegava a tocar o seu coração. Era um ouvinte entusiasta da Palavra de Deus, poderia tornar-se um discípulo, sua alta posição não o impedia de viver a sua Fé. Entretanto parece que a semente da Palavra caiu em uma terra sufocada pelos espinhos, Herodes estava amasiado com sua cunhada Herodíades e quando João Batista acusou o seu pecado de adultério,
 
     Herodes não gostou muito da idéia, começou a pensar que João Batista ainda era um bom pregador, mas que de vez em quando se equivocava, quando queria interferir na vida dos outros, pois cada um deve viver do jeito que quiser e fazer também o que quiser, sem que a Religião interfira em suas decisões, dizendo o que é certo ou o que é errado.
 
      É o cristianismo do oba-oba, sem nenhum compromisso com as virtudes do evangelho, e com as verdades ensinadas por Jesus. Herodes se sairia muito bem neste mundo da pós- modernidade onde as pessoas, em sua grande maioria também são assim, até mesmo aquelas ligadas a alguma pastoral ou movimento, elas pensam assim “Está tudo lindo e maravilhoso, mas que a Igreja não me venha dizer o que devo fazer em certas questões da minha vida”
 
      A Igreja como portadora e anunciadora da Palavra de Deus, jamais deve deixar de lado a sua missão profética, aonde a verdade do evangelho for violada ou ignorada, devem os pastores da Igreja, de maneira prudente e corajosa, anunciar a verdade denunciando a ação pecaminosa de quem a comete. Herodes colocou o prazer da sua relação com Herodíades acima de qualquer princípio, e na sua Festa de aniversário, achando-se um deus, que tudo pode, decidiu fazer o gosto da dançarina, poderia ela pedir qualquer coisa que ele a daria.
 
      Hoje em dia, na busca do prazer e da satisfação dos desejos, vale tudo e pode de tudo. Qualquer profeta intrometido que quiser ser um estraga-prazer deverá ser tirado do caminho, e Herodíades, a amasiada de Herodes, nem pensou duas vezes para pedir a cabeça de João Batista em uma bandeja. Fazemos parte de uma sociedade onde a Vida Humana nada vale; na busca do prazer e do poder estamos diante de um “Vale Tudo”, haja vista os mártires da igreja, que aqui e ali, continuam incomodando e por isso, como João Batista acabam sendo eliminados, por causa do evangelho.
 
      A Igreja precisa cada vez mais de cristãos iguais a João Batista, que sejam capazes de dar a vida pela Verdade, pois de cristãos do tipo Herodes, que praticam a religião do descompromisso, muitos templos andam sempre lotados...
 
Diácono José da Cruz
 
ORAÇÃO
Pai, que as contrariedades da vida jamais me intimidem e impeçam de seguir adiante, cumprindo minha missão de evangelizador.
 
 


Santo do dia - Martírio de São João Batista, o último e maior dos profetas


Com satisfação lembramos a santidade de São João Batista que, pela sua vida e missão, foi consagrado por Jesus como o último e maior dos profetas: “Em verdade eu vos digo, dentre os que nasceram de mulher, não surgiu ninguém maior que João, o Batista…De fato , todos os profetas, bem como a lei, profetizaram até João. Se quiserdes compreender-me, ele é o Elias que deve voltar.” (Mt 11,11-14)
 
      Filho de Zacarias e Isabel, João era primo de Jesus Cristo, a quem “precedeu” como um mensageiro de vida austera, segundo as regras dos nazarenos.
 
      São João Batista, de altas virtudes e rigorosas penitências, anunciou o advento do Cristo e ao denunciar os vícios e injustiças deixou Deus conduzí-lo ao cumprimento da profecia do Anjo a seu respeito: “Pois ele será grande perante o Senhor; não beberá nem vinho, nem bebida fermentada, e será repleto do Espírito Santo desde o seio de sua mãe. Ele reconduzirá muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus: e ele mesmo caminhará à sua frente…” ( Lc 1, 15)
 
      São João Batista desejava que todos estivessem prontos para acolher o Mais Forte por isso, impelido pela missão profética, denunciou o pecado do governador da Galileia: Herodes, que escandalosamente tinha raptado Herodíades – sua cunhada – e com ela vivia como esposo.
 
      Preso por Herodes Antipas em Maqueronte, na margem oriental do Mar Morto, aconteceu que a filha de Herodíades (Salomé) encantou o rei e recebeu o direito de pedir o que desejasse, sendo assim, proporcionou o martírio do santo, pois realizou a vontade de sua vingativa mãe: “Quero que me dês imediatamente num prato, a cabeça de João, o Batista” (Mc 6,25)
 
      Desta forma, através do martírio, o Santo Precursor deu sua vida e recebeu em recompensa a Vida Eterna reservada àqueles que vivem com amor e fidelidade os mandamentos de Deus.
 
São João Batista, rogai por nós!

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Meditação: Sempre alerta!

     Um dia perguntei a um escoteiro qual seria o significado desse lema tão importante no escotismo, "Devemos estar sempre alerta,  para fazer o bem quando necessário, um bom escoteiro todo dia descobre uma possibilidade de ajudar pessoas em suas necessidades”,  respondeu-me.
 
     Pois bem, o "Sempre alerta" dos escoteiros, nesse evangelho é o VIGIAI dos cristãos. Porque muitas vezes a gente pode perguntar, vigiar o que, estar vigilante para que, exatamente?
 
     A esse respeito, o Pe. Zezinho tem uma música muito simples mas também muito profunda.
"Quando Jesus passar, eu quero estar no meu lugar". Tem gente que gosta de VIGIAR a Vida dos outros, outros gostam de participar de tudo que é Vigília de oração, eu mesmo já flagrei gente dormindo na Capela do Santíssimo em uma noite de oração, sapato de um lado, bolsa de outra, confortavelmente acomodada no tapete macio, a distinta dormia que até roncava, uma intercessora de araque...
 
     Tem ainda os penitentes atletas, passam a vida correndo do pecado e mal cometeram um deslize, vão voando ao confessionário, aterrorizados pela idéia de morrerem em pecado e irem para as profundezas do inferno. Não é essa Vigilância que Jesus recomenda aos discípulos, e nem somos contra vigília de oração, até já participamos de algumas delas.
 
     Retomamos o lema do escoteiro, Vigiar é exatamente isso: perceber a possibilidade de ajudar alguém, de servir uma pessoa, de ser solidário com alguém que sofre, de ajudar a pastoral ou o grupo em alguma tarefa difícil e cansativa, mesmo que não faça parte do seu trabalho. Visitar um enfermo, ajudar na compra de um medicamento, visitar quem está preso e levar uma palavra der esperança, visitar pessoas que perderam um ente querido. Olha só que leque diversificado de obras boas. Mas para isso é preciso ter sensibilidade e percepção e isso vem com a oração, ela nos torna íntimos de Deus e nos leva a experimentar Jesus em tantas e tantas situações do quotidiano. Muita gente desavisada está a espera do Senhor que virá nas nuvens e nem percebe que ele já chegou e chega em cada momento de nossa vida, naquelas situações que as vezes passam desapercebidas.
 
     É claro que, se não estamos acostumados com essas repetidas vindas do Senhor em nossa vida, iremos entrar em pânico quando ele vier definitivamente. O evangelho exemplifica essa ação vigilante com o servo Fiel e Prudente que está á frente de sua Família e tem a missão de alimentá-la... As pessoas mais próximas de nós, na Vida Familiar ou na comunidade, têm fome e precisam ser alimentadas no momento oportuno. Quando faltar amor, daremos amor, quando faltar a esperança, daremos esperança, quando falar compreensão e misericórdia, daremos compreensão e misericórdia, enfim, quando faltar nessas pessoas coragem, ânimo, conforto e consolo, daremos tudo isso.
 
     Mas é bom pensar com seriedade nessa missão, e ter consciência de que em todas essas necessidades em que servimos as pessoas, o alimento é um só JESUS CRISTO. Perto de todos nós, que nos dizemos cristãos, ninguém pode perecer por falta dessas coisas. O vigilante está muito atento às necessidades dos outros...

Evangelho do dia - (Mateus 24,42-51)

Naquele tempo, 24 42 disse Jesus: “Vigiai, pois, porque não sabeis a hora em que virá o Senhor.43 Sabei que se o pai de família soubesse em que hora da noite viria o ladrão, vigiaria e não deixaria arrombar a sua casa. 44 Por isso, estai também vós preparados porque o Filho do Homem virá numa hora em que menos pensardes. 45 Quem é, pois, o servo fiel e prudente que o Senhor constituiu sobre os de sua família, para dar-lhes o alimento no momento oportuno? 46 Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor, na sua volta, encontrar procedendo assim! 47 Em verdade vos digo: ele o estabelecerá sobre todos os seus bens. 48 Mas, se é um mau servo que imagina consigo: 49 - Meu senhor tarda a vir, e se põe a bater em seus companheiros e a comer e a beber com os ébrios, 50 o senhor desse servo virá no dia em que ele não o espera e na hora em que ele não sabe, 51 e o despedirá e o mandará ao destino dos hipócritas; ali haverá choro e ranger de dentes”.
 
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!

Comentário do Evangelho - O servo fiel

 
        A vida cristã é toda ela uma preparação para o encontro definitivo com o Senhor. O dia e a hora deste encontro não o sabemos. Por isso, Jesus insistia para que os discípulos se mantivessem sempre vigilantes. A espera deveria mantê-los ativos, pois cada minuto da existência poderia ser ocasião de se prepararem cada vez melhor.
 
        O encontro com o Senhor prepara-se por meio da prática do amor e da justiça, não simplesmente por meio de determinados atos de piedade realizados mecanicamente. Quem o Senhor encontrar amando o próximo e lutando pela justiça, será convidado para participar da alegria de seu Reino.
 
        Certos discípulos, pensando que o Senhor tardaria muito a voltar e que, por isso, teriam tempo suficiente para se preparar, não ficavam atentos, descambando para uma vida de impiedade. Dada a incerteza da hora, é imprudente agir assim. Quando menos esperam, serão chamados para prestar contas de sua existência, recebendo o castigo dos servos maus.
 
       O verdadeiro discípulo não se descuida. Pelo contrário, transforma cada circunstância da vida em ocasião de manifestar seu desejo de ser acolhido pelo Senhor. E na acolhida do outro, de modo especial, dos mais pobres, mostra como ele próprio quer ser acolhido pelo Pai.
 
Pe. Jaldemir Vitório

                   
Oração
Senhor Jesus, que eu me prepare para o encontro contigo, amando meu próximo e lutando para construir um mundo mais justo e fraterno
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Santo do dia - Santo Agostinho, grande Bispo e Doutor da Igreja

Celebramos neste dia a memória do grande Bispo e Doutor da Igreja que nos enche de alegria, pois com a Graça de Deus tornou-se modelo de cristão para todos. Agostinho nasceu em Tagaste, no norte da África, em 354, filho de Patrício (convertido) e da cristã Santa Mônica, a qual rezou durante 33 anos para que o filho fosse de Deus.
 
     Aconteceu que Agostinho era de grande capacidade intelectual, profundo, porém, preferiu saciar seu coração e procurar suas respostas existentes tanto nas paixões, como nas diversas correntes filosóficas, por isso tornou-se membro da seita dos maniqueus.
 
    Com a morte do pai, Agostinho procurou se aprofundar nos estudos, principalmente na arte da retórica. Sendo assim, depois de passar em Roma, tornou-se professor em Milão, onde envolvido pela intercessão de Santa Mônica, acabou frequentando, por causa da oratória, os profundos e famosos Sermões de Santo Ambrósio. Até que por meio da Palavra anunciada, a Verdade começou a mudar sua vida.
 
     O seu processo de conversão recebeu um “empurrão” quando, na luta contra os desejos da carne, acolheu o convite: “Toma e lê”, e assim encontrou na Palavra de Deus (Romanos 13, 13ss) a força para a decisão por Jesus:“…revesti-vos do Senhor Jesus Cristo…não vos abandoneis às preocupações da carne para lhe satisfazerdes as concupiscências”.
 
     Santo Agostinho, que entrou no Céu com 76 anos de idade (no ano 430), converteu-se com 33 anos, quando foi catequizado e batizado por Santo Ambrósio. Depois de “perder” sua mãe, voltou para a África, onde fundou uma comunidade cristã ocupada na oração, estudo da Palavra e caridade. Isto, até ser ordenado Sacerdote e Bispo de Hipona, santo, sábio, apologista e fecundo filósofo e teólogo da Graça e da Verdade.
 
Santo Agostinho, rogai por nós!

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Evangelho do dia - (Mateus 23,27-32)

23 27 Disse Jesus: “Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Sois semelhantes aos sepulcros caiados: por fora parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos, de cadáveres e de toda espécie de podridão. 28 Assim também vós: por fora pareceis justos aos olhos dos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade. 29 Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Edificais sepulcros aos profetas, adornais os monumentos dos justos 30 e dizeis: ‘Se tivéssemos vivido no tempo de nossos pais, não teríamos manchado nossas mãos como eles no sangue dos profetas’. 31 Testemunhais assim contra vós mesmos que sois de fato os filhos dos assassinos dos profetas. 32 Acabai, pois, de encher a medida de vossos pais!”
 
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!

Comentário do Evangelho - Sepulcros caiados

Jesus continua falando aos mestres da Lei e aos fariseus, lamentando sua hipocrisia. E os compara a túmulos pintados de branco. Por fora, bonitos. Por dentro, cheios de podridão. Túmulos bonitos, monumentos para os profetas que foram mortos por eles mesmos. Jesus aponta a contradição que demonstram entre o que são e aparentam ser. Falsos. Boas pessoas, aparentemente bonitas, mas cheios de podridão por dentro.
 
        Para denunciar a hipocrisia dos mestres da Lei e dos fariseus, Jesus serviu-se de uma expressão forte. Chamou-os de "sepulcros caiados": belos por fora, cheios de podridão por dentro.
 
        Os sepulcros, na cultura judaica, eram cuidadosamente pintados de branco, de modo a serem bem visíveis. Desta forma, evitava-se o contato das pessoas com o túmulo e, por extensão, com o cadáver nele sepultado. A impureza contraída impedia a participação no culto.
 
        A santidade dos mestres da Lei e dos fariseus era apenas aparente. Pareciam ser fidelíssimos na obediência aos mandamentos e insuperáveis na disposição de buscar exigências escondidas nas entrelinhas das Escrituras. Sua conduta parecia irrepreensível, sem o mínimo ponto digno de censura.
 
        Entretanto, Jesus não se deixava enganar. Ele conhecia muito bem a falta de consistência de tudo aquilo. A obediência dos mestres da Lei e dos fariseus aos mandamentos consistia em adaptá-los às suas comodidades. A busca de novas exigências visava subjugar as pessoas com normas descabidas, que eles mesmos atribuíam à vontade de Deus. Só quem não tinha senso crítico deixava-se iludir pelos belos discursos deles.
 
        Como sepulcros caiados, eles pareciam justos por fora, mas por dentro estavam repletos de hipocrisia e de maldade.
 
Pe. Jaldemir Vitório
 
Oração
Espírito de veracidade, faze-me ser autêntico em tudo o que faço, de modo a expressar, exteriormente, aquilo que sou internamente.

Santo do dia - Santa Mônica, mãe de Santo Agostinho

Neste dia, celebramos a memória desta grande santa, que nos provou com sua vida que realmente “tudo pode ser mudado pela força da oração.” Santa Mônica nasceu no norte da África, em Tagaste, no ano 332, numa família cristã que lhe entregou – segundo o costume da época e local – como esposa de um jovem chamado Patrício.
 
       Como cristã exemplar que era, Mônica preocupava-se com a conversão de sua família, por isso se consumiu na oração pelo esposo violento, rude, pagão e, principalmente, pelo filho mais velho, Agostinho, que vivia nos vícios e pecado. A história nos testemunha as inúmeras preces, ultrajes e sofrimentos por que Santa Mônica passou para ver a conversão e o batismo, tanto de seu esposo, quanto daquele que lhe mereceu o conselho: “Continue a rezar, pois é impossível que se perca um filho de tantas lágrimas”.
 
       Santa Mônica tinha três filhos. E passou a interceder, de forma especial, por Agostinho, dotado de muita inteligência e uma inquieta busca da verdade, o que fez com que resolvesse procurar as respostas e a felicidade fora da Igreja de Cristo. Por isso se envolveu em meias verdades e muitas mentiras. Contudo, a mãe, fervorosa e fiel, nunca deixou de interceder com amor e ardor, durante 33 anos, e antes de morrer, em 387, ela mesma disse ao filho, já convertido e cristão: “Uma única coisa me fazia desejar viver ainda um pouco, ver-te cristão antes de morrer”.
 
     Por esta razão, o filho Santo Agostinho, que se tornara Bispo e doutor da Igreja, pôde escrever: “Ela me gerou seja na sua carne para que eu viesse à luz do tempo, seja com o seu coração para que eu nascesse à luz da eternidade”.
 
Santa Mônica, rogai por nós!

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Evangelho do dia - (Mateus 23,23-26)


 
Naquele tempo, 23 23 disse Jesus: “Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Pagais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia, a fidelidade. Eis o que era preciso praticar em primeiro lugar, sem contudo deixar o restante.24 Guias cegos! Filtrais um mosquito e engolis um camelo.25 Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Limpais por fora o copo e o prato e por dentro estais cheios de roubo e de intemperança. 26 Fariseu cego! Limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que também o que está fora fique limpo”.
 

- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!

Comentário do Evangelho - Combatendo a falsidade

     O capítulo 23 de Mateus é uma coletânea de advertências contra os escribas e fariseus e sua doutrina oficial, sob a forma do lamento "ai de vós...". Esta expressão é bastante usada no Primeiro Testamento, dirigida aos que praticam a iniqüidade. A forma literária deste texto se aproxima das advertências do profeta Isaías (5,8-22).
 
     A hipocrisia é a atitude do sistema religioso representado pelos escribas e fariseus, os quais se fecham em seu prestígio e poder, julgando-se justos e desprezando o povo humilde. A novidade de Jesus, marcada por um estilo profético, contradiz a religião da Lei que oprime e humilha o povo com suas inumeráveis observâncias, favorecendo as elites religiosas.
 
     Com uma seqüência de sete "ais", ficam em foco vários aspectos em que estas elites religiosas procuram manter as aparências, porém falta o essencial, que é a acolhida da novidade de Jesus com seu amor misericordioso, libertador e vivificante.
 
     As advertências visam também aos membros da própria comunidade de Mateus, com discípulos oriundos do judaísmo, para que não retornem à antiga prática a que haviam renunciado.
 
Pe. Jaldemir Vitório
 
ORAÇÃO
Pai, dá-me pureza de coração para que do meu interior brotem a justiça, a misericórdia e a fidelidade, e assim, eu possa guiar meus semelhantes na caminhada para ti.

Santo do dia - São Zeferino, chefiou a Igreja de Cristo

 
Neste dia celebramos a vida de santidade do Papa São Zeferino que no amor de pastor chefiou com o Espírito Santo a Igreja de Cristo. Zeferino era romano, filho de Abôndio e assumiu no século II a Cátedra de Pedro, num período de grande perseguição para os cristãos, tanto assim que os seus treze predecessores morreram todos mártires.
 
     O que mais abalava a Igreja não eram as perseguições e massacres, mas sim as heresias que foram surgindo conjuntamente à tentativa de elaborar as Revelações com dados puramente filosóficos. Os gnósticos chegavam a negar a divindade de Cristo; Teodoro subordinou de tal forma Cristo ao Pai que fez dele uma simples criatura e Montano profetizava e pregava sobre o fim do mundo a partir da consciência de ser a revelação do Espírito Santo.
 
     Diante de todas as agitações, São Zeferino, mesmo não sendo um teólogo e nem escritor, soube com o bom senso e a ajuda do Espírito Santo unir-se a grande sábios da ortodoxia da época, como Santo Irineu, Hipólito e Tertuliano, a fim de livrar os cristãos da mentira e rigorismos. São Zeferino foi martirizado e entrou na Igreja Triunfante no ano de 217.
 
São Zeferino, rogai por nós!

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Evangelho do dia - Mateus 23, 13 - 22


    

“Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Fechais aos outros o Reino dos Céus, mas vós mesmos não entrais, nem deixais entrar aqueles que o desejam. Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Percorreis o mar e a terra para converter alguém, e quando o conseguis, o tornais merecedor do inferno, duas vezes mais do que vós. Ai de vós, guias cegos! Dizeis: ‘Se alguém jura pelo Santuário, não vale; mas se alguém jura pelo ouro do Santuário, então vale!’ Insensatos e cegos! O que vale mais: o ouro ou o Templo que santifica o ouro? Vós dizeis também: 'Se alguém jura pelo altar, não vale; mas, se alguém jura pela oferta que está sobre o altar, então vale! 'Cegos! O que vale mais: a oferta, ou o altar que santifica a oferta? Com efeito, quem jura pelo altar, jura por ele e por tudo o que está sobre ele. E quem jura pelo Templo,jura por ele e por Deus que habita no Templo. E quem jura pelo céu, jura pelo trono de Deus e por aquele que nele está sentado.”
 
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor!

Comentário do Evangelho - Guias cegos

 
Jesus diz uma série de “ais” aos fariseus. Têm um tom de censura, de lamento, de pesar. O primeiro tem uma ligação ou referência ao próximo. Jesus fala do juramento. Uma coisa é jurar pelo altar e outra pelo Templo. É preciso distinguir. E Jesus fala também de uma coisa terrível: manipular as consciências, impor obrigações aos outros. Mais grave ainda: não observar o que se impõe aos outros. Assim faziam muitos fariseus. Apoderavam-se da “chave da consciência religiosa”.
 
       No intuito de precaver os seus discípulos, Jesus alertava-os quanto ao modo de viver incoerente dos mestres da Lei e dos fariseus. Estes, na ilusão de estarem vivendo uma vida modelar, comportavam-se como cegos que querem ser guias dos outros cegos. A incompatibilidade da pretensão deles manifesta-se de muitas maneiras.
 
       Pensando ser os autênticos intérpretes da Palavra de Deus, acabavam por desencaminhar as pessoas, impedindo-as de entrar no Reino dos Céus. Insistiam nos detalhes da Lei, mas descuravam o fundamental. Preocupados com a exterioridade, não permitiam que a vontade de Deus penetrasse, realmente, em seus corações.
 
       Resultado: ao invés de serem portadores de salvação, acabavam sendo motivo de condenação tanto para os judeus quanto para os pagãos, convertidos ao judaísmo por sua ação proselitista. O fanatismo dos convertidos tornava-os merecedores de duplo castigo.
 
       Outra atitude equivocada dos mestres da Lei e dos fariseus consistia em confundir as pessoas, por meio de uma casuística estéril, levando-as a se afastarem da vontade de Deus. É pura perda de tempo fazer distinções capciosas em torno do mandamento divino se, no fundo do coração, a pessoa não tem a intenção de pautar sua vida por ele. Este tipo de casuísmo é resultado de uma cegueira insensata.
 
                                                                                        Jaldemir Vitório

 Oração
Espírito de clarividência, sê meu guia seguro no caminho da fidelidade ao Reino, precavendo-me contra quem, indevidamente, quer arvorar-se em líder
.

Santo do dia - São Luís, penitente, humilde, homem de oração e caridade

 

Nós celebramos neste dia a vida do santo, que foi rei da França, Luís IX. Ele nasceu em Poissy a 25 de abril de 1214 e teve a graça de ter uma mãe muito religiosa, tanto assim que o aconselhava depois do Batismo: “Filhinho, agora és um templo do Espírito Santo, conserva sempre teu coração puro e jamais o manches com o pecado “.
 
      A rainha-mãe, Branca de Castela, providenciou ótimos professores e instrutores para uma formação digna do filho, dessa forma quando o pai de Luís morreu, quando este tinha apenas 12 anos, o jovem pôde ser coroado e na idade de 21 anos começar a reger toda a nação, sem esquecer sua realidade de pai e esposo. São Luís era penitente, humilde, homem de oração e caridade; participava com tanta perseverança da Santa Missa diária que, ao ser provocado por nobres, respondia: “Se eu dedicasse tempo dobrado para os jogos ou para a caça, ninguém repreenderia!”
 
       São Luís buscava intensamente viver a justiça do Reino de Deus enquanto rei e cristão, por isso praticava o que aconselhava: “Não tiremos o bem dos outros nem sequer para o dar a Deus”. Cheio de amor a Cristo, à Igreja e ao Papa, São Luís organizou até mesmo cruzadas a fim de resgatar os lugares santos; certa vez ficou preso durante 5 anos e depois de solto empenhou-se numa outra cruzada que o vitimou com uma peste mortífera (tifo). Ao receber os santos sacramentos esse grande santo entrou no Céu a 25 de agosto de 1270.
 
      Foi canonizado em 1297, pelo Papa Bonifácio VIII.
 
São Luís, rogai por nós!

domingo, 24 de agosto de 2014

Evangelho do dia - Mateus 16, 13 - 20


    

Jesus foi à região de Cesareia de Filipe e ali perguntou aos discípulos: “Quem dizem as pessoas ser o Filho do Homem?” Eles responderam: “Alguns dizem que és João Batista; outros, Elias; outros ainda, Jeremias ou algum dos profetas”. “E vós”, retomou Jesus, “quem dizeis que eu sou?” Simão Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Jesus então declarou: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi carne e sangue quem te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. Por isso, eu te digo: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as forças do Inferno não poderão vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus”. Em seguida, recomendou aos discípulos que não dissessem a ninguém que ele era o Cristo.
 
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor!

Comentário do Evangelho - Quem sou eu?

      Esta narrativa da "confissão de Pedro" é encontrada nos três evangelhos sinóticos, de Marcos, de Mateus e de Lucas. Cada um destes evangelistas imprime uma característica pessoal à sua narrativa. Marcos, que é o primeiro dos evangelhos canônicos a ser escrito, situa a passagem narrada no momento em que Jesus encerra seu ministério entre os gentios da Galiléia e das regiões vizinhas, iniciando o caminho para Jerusalém, em ambiente de exclusividade judaica, onde se dará o confronto final com os chefes de Israel.
 
       Marcos se preocupa em mostrar que Jesus rejeita o título messiânico, indicativo de ambição e poder, afirmando-se como o simples e humilde humano, cheio do amor de Deus e comunicador deste amor que dura para sempre. Um sinal de seu despojamento é a sua vulnerabilidade à morte programada pelos chefes do Templo e das sinagogas. Lucas, por sua vez, despreocupa-se com a situação temporal do episódio narrado, colocando-o em um momento de oração de Jesus. Uma das características de Lucas é justamente registrar com frequência estes momentos de oração. Lucas conclui sua narrativa, como Marcos, registrando a rejeição sumária de Jesus ao título messiânico.
 
       No texto de Mateus, acima, encontramos duas de suas características dominantes. Mateus acentua a dimensão messiânica de Jesus e já apresenta sinais da instituição eclesial nascente. Mateus escreve na década de 80, quando os discípulos de Jesus oriundos do judaísmo estavam sendo expulsos das sinagogas que até então freqüentavam. Mateus pretende convencer estes discípulos de que em Jesus se realizavam suas esperanças messiânicas moldadas sob a antiga tradição de Israel. Daí o acentuado caráter messiânico atribuído a Jesus por Mateus.
 
       Os cristãos, afastados das sinagogas, começam a estruturar-se em uma instituição religiosa própria, na qual a figura de referência é Pedro, já martirizado em Roma. Na menção às chaves do Reino dos Céus conferidas a Pedro, com o poder de ligar e desligar, podemos ver uma recorrência da atribuição das chaves do palácio de Davi a Eliciam, administrador real, que terá o poder de abrir e fechar.
 
       A revelação de Deus, atribuída a Pedro no texto de Mateus, ultrapassa as limitadas formulações da inteligência humana. Porém, no ato de amor, à semelhança de Jesus, mergulha-se na própria vida divina e eterna.
 
 Pe. Jaldemir Vitório
 
ORAÇÃO
Pai, faze de mim um bem-aventurado, como o apóstolo Pedro, revelando-me teu Filho Jesus, e dando-me força para testemunhar minha fé até o fim.

Santo do dia - São Bartolomeu, modelo para quem quer se deixar conduzir pelo Senhor

 

Neste dia, festejamos a santidade de vida de São Bartolomeu, apóstolo de Nosso Senhor Jesus Cristo, que na Bíblia é citado com o nome de Natanael (que significa dom de Deus).
 
        Os três Evangelhos sinópticos chamam-lhe sempre Bartolomeu ou Bar-Talmay (filho de Talmay em aramaico). Nasceu em Caná da Galiléia, naquela pequena aldeia onde Jesus transformou a água em vinho.
 
        Bartolomeu é modelo para quem quer se deixar conduzir pelo Senhor, pois, assim encontramos no Evangelho de São João: “Filipe vai ter com Natanael e lhe diz: ‘É Jesus, o filho de José de Nazaré’”. Depois de externar sua sinceridade e aproximar-se do Cristo, Bartolomeu ouviu dos lábios do Mestre a sua principal característica: “Eis um verdadeiro israelita no qual não há fingimento” (Jo 1,47).
 
        Pertencente ao número dos doze, São Bartolomeu conviveu com Jesus no tempo da vida pública e pôde contemplar no dia-a-dia o conteúdo de sua própria profissão de fé: “Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o rei de Israel”. Depois da Paixão, glorificação do Verbo e grande derramamento do Espírito Santo em Pentecostes, conta-nos a Tradição que o apóstolo Bartolomeu teria evangelizado na Índia, passado para a Armênia e, neste local conseguido a conversão do rei Polímio, da esposa e de muitas outras pessoas, isto até deparar-se com invejosos sacerdotes pagãos, os quais martirizaram o santo apóstolo, após o arrancarem a pele, mas não o Céu, pois perseverou até o fim.
 
São Bartolomeu, rogai por nós!

sábado, 23 de agosto de 2014

Evangelho do dia - Mateus 13, 44 - 46


    
“O Reino dos Céus é como um tesouro escondido num campo. Alguém o encontra, deixa-o lá bem escondido e, cheio de alegria, vai vender todos os seus bens e compra aquele campo. O Reino dos Céus é também como um negociante que procura pérolas preciosas. Ao encontrar uma de grande valor, ele vai, vende todos os bens e compra aquela pérola.”
 
- Palavra de salvação
- Glória a vós, Senhor!


Comentário do Evangelho - Decisão Radical

 Jesus diz que o Reino vale muito. Vale tudo o que se tem. É como um tesouro escondido pelo qual vale sacrificar tudo. Ou como um comerciante que encontra uma pérola fina, preciosa. Da mesma forma, vende tudo o que tem e compra esta pérola. Nos dois casos, cabe ao homem, à pessoa, descobrir o tesouro, a jóia e decidir por ela, a ponto de renunciar a tudo mais que tem. É uma renúncia ao transitório e que não merece ser supervalorizado. Uma renúncia por preferir o melhor. O homem, então, dá tudo pelo tudo.
 
     A relação do discípulo com o Reino deve ser de exclusividade. Em sua vida, nada pode apresentar-se como concorrente desse Reino, pois este tem a primazia em tudo, deve ser o ponto de referência para tudo, o eixo de sua existência. E tudo isto se explica como adesão e serviço total ao Reino.
 
     Jesus comparou a radicalidade desta opção com o gesto de um homem que, ao descobrir um tesouro escondido num campo, cheio de alegria vendeu quanto possuía e adquiriu aquele campo. Essa descoberta levou-o a redimensionar o valor de suas propriedades. A posse do tesouro justificava desfazer-se de tudo o mais.
 
     Outro ponto de comparação foi a atitude de um comerciante de pérolas preciosas: ao encontrar uma de grande valor, decidiu desfazer-se de todos os seus bens, só para adquiri-la. A posse da pérola levou-o a dar uma reviravolta em sua vida: todas as demais pérolas que possuía, bem como outras eventuais propriedades, pouco valor tinham para ele. A posse da pérola preciosa era suficiente para fazê-lo feliz.
 
     O mesmo se passa com o Reino. Ele constitui a alegria do discípulo, embora tivera de renunciar ao que antes lhe parecia precioso. Por causa do Reino, o discípulo é capaz de tomar decisões radicais.
 
Pe. Jaldemir Vitório
                   
Oração
Senhor Jesus, que eu me desfaça, com coragem e alegria, de tudo quanto me impede de colocar o Reino como centro de minha vida.

Sano do dia - Santa Rosa de Lima, primeira santa da América do Sul

Para todos nós, hoje é dia de grande alegria, pois podemos celebrar a memória da primeira santa da América do Sul, Padroeira do Peru, das Ilhas Filipinas e de toda a América Latina. Santa Rosa nasceu em Lima (Peru) em 1586; filha de pais espanhóis, chamava-se Isabel Flores, até ser apelidada de Rosa por uma empregada índia que a admirava, dizendo-lhe: “Você é bonita como uma rosa!”.
 
        Rosa bem sabia dos elogios que a envaideciam, por isso buscava ser cada vez mais penitente e obedecer em tudo aos pais, desta forma, crescia na humildade e na intimidade com o amado Jesus. Quando o pai perdeu toda a fortuna, Rosa não se perturbou ao ter que trabalhar de doméstica, pois tinha esta certeza: “Se os homens soubessem o que é viver em graça, não se assustariam com nenhum sofrimento e padeceriam de bom grado qualquer pena, porque a graça é fruto da paciência”.
 
        A mudança oficial do nome de Isabel para Rosa ocorreu quando ela tomou o hábito da Ordem Terceira Dominicana, da mesma família de sua santa e modelo de devoção: Santa Catarina de Sena e, a partir desta consagração, passou a chamar-se Rosa de Santa Maria. Devido à ausência de convento no local em que vivia, Santa Rosa de Lima renunciou às inúmeras propostas de casamento e de vida fácil: “O prazer e a felicidade de que o mundo pode me oferecer são simplesmente uma sombra em comparação ao que sinto”.
 
       Começou a viver a vida religiosa no fundo do quintal dos pais e, assim, na oração, penitência, caridade para com todos, principalmente índios e negros, Santa Rosa de Lima cresceu na união com Cristo, tanto quanto no sofrimento, por isso, tempos antes de morrer, aos 31 anos (1617), exclamou: “Senhor, fazei-me sofrer, contanto que aumenteis meu amor para convosco”.
 
       Foi canonizada a 12 de abril de 1671 pelo Papa Clemente X.
 
Santa Rosa de Lima, rogai por nós!

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Evangelho do dia - Lucas 1, 26 - 38


    

O anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de Davi e a virgem se chamava Maria. O anjo entrou onde ela estava e disse: “Alegra-te, cheia de graça! O Senhor está contigo”. Maria ficou perturbada com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação. O anjo, então, disse-lhe: “Não tenhas medo, Maria! Encontraste graça junto a Deus. Conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim'. Maria perguntou ao anjo: 'Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum?' O anjo respondeu: 'O Espírito virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus. Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice. Este já é o sexto mês daquela que era considerada estéril, porque para Deus nada é impossível'. Maria disse: “Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra”. E o anjo retirou-se de junto dela.
 
- Palavra da Salvação
- Glória a vós, Senhor!

Comentário do Evangelho - Concebida sem pecado

      A festa da Imaculada Conceição leva-nos a pensar em Maria como a perfeita discípula que correspondeu plenamente aos anseios de Deus, movida pela graça. A fidelidade de Maria decorreu de um especial dom divino, o dom de nascer mais integrada do que nós, com mais capacidade de ser livre e de acolher a proposta divina.
 
       O anjo Gabriel alude a este dom divino quando a saudou como “repleta de graça”. Toda envolvida pelo amor divino, Maria soube colocar-se, em total disponibilidade, nas mãos de Deus, para cumprir sua santa vontade: “Eis a serva do Senhor, faça-me em mim conforme a tua palavra”. Uma tal comunhão com Deus excluía qualquer traço de egoísmo e de pecado. Só a plenitude da graça permitiu-lhe ser totalmente despojada de si para cumprir o projeto de Deus. Daqui brota a fé de que Maria, mesmo antes de nascer, foi preservada do pecado.
 
       A condição de agraciada por Deus não a eximiu do esforço de ser peregrina na fé, necessitada de crescer e de aprender, como acontece com todo ser humano. Sua originalidade consistiu em ter trilhado um caminho sempre positivo, sem fazer concessões às paixões desordenadas, ou ao próprio querer. A grandeza de seu testemunho de fé expressou-se na humildade com que o viveu, num contínuo esforço de discernir a vontade de Deus e em ser solícita em cumpri-la.
 
Pe. Jaldemir Vitório 
                   
Oração
Pai, dá-me a graça de ser fiel a ti, como Maria, a perfeita discípula que soube discernir a tua santa vontade, e se mostrar solícita em realizá-la.

Santo do dia - Nossa Senhora Rainha, Mãe da Igreja

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Instituída pelo Papa Pio XII, celebramos hoje a Memória de Nossa Senhora Rainha, que visa louvar o Filho, pois já dizia o Cardeal Suenens: “Toda devoção a Maria termina em Jesus, tal como o rio que se lança ao mar”.
 
       Paralela ao reconhecimento do Cristo Rei encontramos a realeza da Virgem a qual foi Assunta ao Céu. Mãe da Cabeça, dos membros do Corpo místico e Mãe da Igreja; Nossa Senhora é aquela que do Céu reina sobre as almas cristãs, a fim de que haja a salvação: “É impossível que se perca quem se dirige com confiança a Maria e a quem Ela acolher” (Santo Anselmo).
 
       Nossa Senhora Rainha, desde a Encarnação do Filho de Deus, buscou participar dos Mistérios de sua vida como discípula, porém sem nunca renunciar sua maternidade divina, por isso o evangelista São Lucas a identifica entre os primeiros cristãos: “Maria, a mãe de Jesus” (Atos 1,14).
 
       Diante desta doce realidade de se ter uma Rainha no Céu que influencia a Terra, podemos com toda a Igreja saudá-la: “Salve Rainha” e repetir com o Papa Pio XII que instituiu e escreveu a Carta Encíclica Ad Caeli Reginam (à Rainha do Céu): “A Jesus por Maria. Não há outro caminho”.
 
Nossa Senhora Rainha, rogai por nós!

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Evangelho do dia - Mateus 22, 1 - 14


    

Jesus voltou a falar em parábolas aos sumos sacerdotes e aos anciãos do povo, dizendo: “O Reino dos Céus é como um rei que preparou a festa de casamento do seu filho. Mandou seus servos chamar os convidados para a festa, mas estes não quiseram vir. O rei mandou outros empregados, dizendo: `Dizei aos convidados: já preparei o banquete, os bois e os animais cevados já foram abatidos e tudo está pronto. Vinde para a festa! 'Mas os convidados não deram a menor atenção: um foi para o seu campo, outro para os seus negócios, outros agarraram os empregados, ateram neles e os mataram. O rei ficou indignado e mandou suas tropas para matar aqueles assassinos e incendiar a cidade deles. Em seguida, o rei disse aos empregados: `A festa de casamento está pronta, mas os convidados não foram dignos dela. Portanto, ide às encruzilhadas dos caminhos e convidai para a festa todos os que encontrardes’. Os servos reuniram todos os que encontraram, maus e bons. E a sala ficou cheia de convidados. Quando o rei entrou para ver os convidados, observou ali um homem que não estava usando traje de festa e perguntou-lhe: ‘Meu caro, como entraste aqui sem o traje de festa?’. Mas o homem nada respondeu. Então o rei disse aos que serviam:  `Amarrai  os pés e as mãos desse homem e lançai-o fora, nas trevas! Ali haverá choro e ranger de dentes’. Pois muitos são chamados, mas poucos são escolhidos”.
 
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor!

Comentário do Evangelho - A ingratidão castigada

      A parábola evangélica resulta numa releitura da história de Israel e da Igreja. O convite para participar do banquete preparado pelo rei, por ocasião do matrimônio de seu filho, expressa o amor de Deus por seu povo. O povo eleito era o convidado especial para participar do lauto banquete. Nada mais natural do que responder afirmativamente, pois ter sido objeto da deferência de um rei é algo de extrema relevância.
 
      Os convidados, porém, recusam-se a comparecer, apesar da insistência do rei que, por duas vezes, enviou seus emissários para convencê-los a vir. Estes não fizeram caso. Cada um foi para os seus afazeres. Pior ainda, pegaram os servos, maltrataram-nos, e os mataram. 
 
      Simbolicamente aqui está retratada a atitude insensata do povo de Israel que se recusou a ouvir os apelos à conversão, que lhe foram dirigidos através dos séculos, por meio dos profetas. Por isso, foi castigado com a destruição, pelas mãos dos romanos.
 
      Estando pronto o banquete e tendo os primeiros convidados sido indignos de participarem dele, o rei mandou seus emissários pelos caminhos para reunirem maus e bons, de forma que a sala do banquete ficou repleta. Em outras palavras, tendo Israel recusado o convite divino, este foi dirigido aos pagãos que o acolheram, de maneira a formar o verdadeiro povo de Deus, a Igreja.
 
 Pe. Jaldemir Vitório
 
Oração
Espírito de presteza, que eu esteja sempre pronto para responder ao convite de Deus, para viver em comunhão com ele.

Santo do dia - São Pio X, realizou reformas na liturgia e favoreceu a comunhão diária


Celebramos hoje um Papa que mereceu ser reconhecido por santo, embora na humildade típica das almas abençoadas, José Sarto respondia àqueles que o chamavam de santo: “Não santo, mas Sarto”.
 
       Nascido em 1835 ao norte da Itália e de família muito simples e religiosa, o pequeno José, com muito esforço e sacrifício conseguiu – com o apoio dos pais – estudar e entrar para o Seminário. Com sua permanente autodefinição: “um pobre vigário da roça”, José Sarto percorreu com simplicidade o caminho que o Espírito Santo traçou da responsabilidade de vigário de uma pequena aldeia até o Papado.
 
      Tomando o nome de Pio X, chamava a atenção pela modéstia e pobreza que o possibilitava à vivência da sua idéia-força: “Restaurar todas as coisas em Cristo”. São Pio X foi Papa de 1903 a 1914. Ocupado com a pastoral, São Pio X realizou reformas na liturgia, favoreceu a comunhão diária e a comunhão das crianças, sendo que no campo doutrinal rebateu por amor à Verdade o relativismo moderno.
 
      Sorridente, pai e pastor, São Pio X entrou no Céu com 79 anos, deixando para a Igreja o seu testemunho de pobreza, pois conta-se o fato, tomou dinheiro emprestado para comprar as passagens de ida e volta rumo ao conclave que o teria escolhido Papa, pois não acreditava num erro do Espírito Santo.
 
São Pio X, rogai por nós!

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Evangelho do dia - Mateus 20, 1 - 16a


   

“Pois o Reino dos Céus é como o proprietário que saiu de madrugada para contratar trabalhadores para a sua vinha. Combinou com os trabalhadores a diária e os mandou para a vinha. Às nove horas da manhã, o patrão saiu de novo, viu outros que estavam na praça, desocupados, e lhes disse: 'Ide também vós para a minha vinha! E eu vos pagarei o que for justo'. E eles foram. O patrão saiu de novo ao meio-dia e às três horas da tarde, e fez a mesma coisa. Saindo outra vez pelas cinco horas da tarde, encontrou outros que estavam na praça, e lhes disse: 'Por que estais aí o dia inteiro desocupados?' Eles responderam: 'Porque ninguém nos contratou'. O patrão lhes disse: 'Ide vós também para a minha vinha'. Quando chegou a tarde, o patrão disse ao administrador: 'Chama os trabalhadores e paga-lhes uma diária a todos, começando pelos últimos até os primeiros!' Vieram os que tinham sido contratados às cinco da tarde e cada um recebeu uma moeda de prata. Em seguida vieram os que foram contratados primeiro, e pensavam que iam receber mais. Porém, cada um deles também recebeu apenas a diária. Ao receberem o pagamento, começaram a murmurar contra o proprietário: ‘Estes últimos trabalharam uma hora só, e tu os igualaste a nós, que suportamos o peso do dia e o calor ardente’. Então, ele respondeu a um deles: ‘Companheiro, não estou sendo injusto contigo. Não combinamos a diária? Toma o que é teu e vai!’ Eu quero dar a este que foi contratado por último o mesmo que dei a ti. Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero com aquilo que me pertence? Ou estás com inveja, porque estou sendo bom? 'Assim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos.”
 
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor!