terça-feira, 13 de dezembro de 2011

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO


"Um SIM da boca prá fora..."
Por trás do SIM que dizemos a Deus ao professar a nossa Fé, há uma série de SIM que vai se repetindo em nossa vida e aí, são esses que muitas vezes não conseguimos sustentar. Pais e Padrinhos dizem sim no dia do batismo de seus filhos e afilhados, mas depois, além de não sustentá-lo vão dizendo não ás coisas de Deus. Da mesma forma os Sacramentos da iniciação cristã além do Batismo, a Crisma e a Eucaristia, onde o amém também é sim.
Os adolescentes que se crismam são bem capazes de já no próximo domingo dizerem um redondo NÃO á Deus e á comunidade. Nos dois Sacramentos do serviço e que se equivalem em dignidade: Ordem e Matrimonio, onde aquele SIM dito as vezes até com emoção no dia do casamento ou da ordenação, com o passar do tempo vai calando dentro do coração e o SIM acaba virando NÃO. Como entender tanta inconstância e falta de perseverança, em todos esses sacramentos e na vida da comunidade?
O nosso povo tem uma explicação bem simples para isso, quando diz que algo foi falado só da boca para fora... E isso é mesmo a mais pura verdade! Falta na hora sagrada do SIM uma decisão firme e uma vontade ferrenha, que depois em todos os dias irá se renovar diante das situações que nos apresentam, e das decisões que teremos que tomar.
O SIM dito como mero sentimento, no clima da euforia e entusiasmo, é como um fogo de palha que dura bem pouco e logo acaba desmoronando. Portanto, essa parábola apresenta uma dura crítica contra o Povo do antigo Testamento, que era o povo escolhido de uma Nação Santa, e que aparentemente disse Sim a Deus, entretanto na hora de confirmar esse SIM e aceitar Jesus Cristo o enviado do Pai, acabaram dizendo NÃO. E aqueles que estavam excluídos da salvação pelo sistema religioso dominante, e que aparentemente tinham dito um NÃO a Deus, agora dizem um SIM a Jesus Cristo e com isso antecipam a entrada no reino em relação aos primeiros.
A parábola nos questiona profundamente, exortando-nos que o nosso SIM Sacramental, tem que se transformar no SIM da nossa Vida, se pararmos apenas no rito sacramental, estaremos NEGANDO tudo o que celebramos e de Deus recebemos. Reparem bem que o evangelho é uma opção radical, não existe o TALVEZ... É SIM ou NÃO...

 A parábola dos dois filhos

Logo depois de sua chegada a Jerusalém, quando expulsou os comerciantes do Templo, Jesus é questionado pelos chefes religiosos deste Templo. Depois de confundi-los sobre a questão da autenticidade do batismo de João, Jesus dirige-lhes esta parábola simples. O primeiro filho se indispôs a cumprir a vontade do Pai, mas depois mudou e a fez. O segundo filho se dispôs a cumpri-la, mas não a fez. Interrogados por Jesus, os chefes religiosos concordam que foi o primeiro filho que fez a vontade do pai. Jesus os faz ver que não foi isto que eles próprios fizeram. João veio anunciando a vontade do Pai na conversão e na prática da justiça, mas estes chefes e autoridades não acreditaram nele. Satisfaziam-se com a justificativa de serem observantes da Lei e de se proclamarem filhos de Abraão, mas na prática não cumpriam a vontade de Deus. A conversão à justiça, já proposta por João, nos prepara para o advento de Jesus, que nos introduz no reino de partilha, no amor fraterno e eterno.
Oração
Pai, quero ser para ti um filho que escuta a tua Palavra e se esforça para cumpri-la com sinceridade. Que a minha resposta a teu apelo não seja pura formalidade.

 QUEM FAZ A VONTADE DO PAI

Jesus denunciou, corajosamente, a atitude de certas lideranças religiosas de seu tempo. O ponto polêmico girava sempre em torno da maneira como estes líderes se relacionavam com ele. Apesar de serem tidos como piedosos e tementes a Deus, eram incapazes de perceber a presença do Pai na vida e na ação de Jesus, e de reconhecê-lo como seu enviado. Tal obstinação era insuportável para o Mestre.
Entretanto, Jesus se dava conta de estar sendo acolhido com carinho pelas pessoas, vítimas da discriminação social e religiosa. Os pecadores, as pessoas de má vida, os desprezados cobradores de impostos eram sensíveis à sua pregação e se deixavam tocar por ela. Entre eles, o ministério de Jesus produzia bons frutos e atingia seu objetivos.
O contraste entre as duas atitudes era gritante. Havia os que pretendiam estar próximos de Deus, mas se fechavam para Jesus e insistiam em não dar valor às suas palavras. E havia os que pareciam viver à margem de Deus, porém tinham suficiente clarividência para intuir que, em Jesus, a salvação se fazia presente na história humana. Assim, os primeiros estavam longe de agradar a Deus, embora aparentemente dessem mostras do contrário. Os segundos - as meretrizes e os pecadores - agiam de forma agradável a Deus, por terem chegado à fé em Jesus, reconhecendo-o como salvador. Por isso, teriam precedência no Reino.
Oração
Senhor Jesus, dá-me clarividência para reconhecer-te como presença da salvação de Deus, na história humana, e assim, fazer a vontade do Pai.

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