sexta-feira, 6 de março de 2015

Comentário do Evangelho - Quando se age de forma insensata

 
A vinha é símbolo do povo que Deus cuida com amor. Os servos lembram os profetas, enviados para falar e proclamar em nome de Deus. Depois do envio dos profetas, temos o envio de Jesus, o próprio Filho de Deus. Com a parábola, Jesus pretendeu preanunciar sua morte na imagem do filho assassinado, e ao mesmo tempo, mostrar sua consciência de ser o enviado de Deus
 
      A relação entre Jesus e a liderança judaica de sua época foi muito tensa e problemática. O Mestre se dava conta da profunda rejeição de que era vítima. Percebia que seus adversários opunham-se à sua pregação. Diante disto, era inútil esperar deles uma mudança de mentalidade que os direcionasse para o Reino.
 
      Jesus questionou a indisposição dos sacerdotes e dos anciãos do povo contra ele. A parábola da vinha mostra que eles herdaram uma mentalidade muito antiga em Israel. Há muito tempo, Deus vinha esperando de seu povo atitudes compatíveis com sua fé. Os servos, enviados para receberem o lucro devido aludem aos que, ao longo dos tempos, tinham vindo em nome de Deus, para conclamar o povo para a conversão e exigir uma mudança radical de vida. Contudo, foram rejeitados. O envio do filho, identificado com Jesus, foi a última tentativa por parte do dono da vinha. O fato de ser o herdeiro da vinha teve seu peso: também ele foi assassinado.
 
      A recusa resultou em aniquilação dos primeiros arrendatários e a cessão da vinha a outro povo que a fizesse frutificar. A insensatez dos líderes do tempo de Jesus custou-lhes caro. Eles não perceberam que era preciso agir logo e dar frutos, antes que fosse tarde demais. A tolerância divina teve seus limites.
Pe. Jaldemir Vitório
 
Oração
Senhor Jesus, que eu seja suficientemente sensato para produzir os frutos que tu esperas de mim.

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