quinta-feira, 5 de março de 2015

Comentário do Evangelho - O egoismo punido


A parábola que Jesus nos conta hoje trata sobre o uso e o abuso da riqueza. É a história de um homem rico em bens, porém insensível para perceber a necessidade do outro que estava diante de sua porta, o pobre Lázaro, que em sua miséria, não era agraciado nem sequer com as migalhas do rico. É a injustiça do rico que gera a miséria de Lázaro. A opção de Jesus é a opção pelos pobres. Suas palavras, ações, toda a sua vida estava voltada para os pobres, para os pequenos.
 
     A visão estreita da pessoa egoísta não lhe permite ir muito além do limitado círculo de seus interesses. Vive fechada em seu pequeno mundo, cultivando seus projetos mesquinhos. O sofrimento e as necessidades dos outros são, para ela, coisa sem nenhuma importância. O "outro" não existe!
 
     A desventura dos egoístas consiste em não perceber que estão construindo sua própria condenação. Recusar-se a viver em comunhão com o próximo revela uma recusa mais fundamental: a de viver em comunhão com Deus. Idolatrando os bens deste mundo, acreditam ser supérflua a presença de Deus em suas vidas. Na raiz da incapacidade de fazer-se servidor, numa atitude de generosidade e desprendimento, está a perigosa pretensão de ocupar o lugar reservado unicamente a Deus. Sua auto suficiência leva-os a prescindir do Criador, e a recusar-se a recorrer a ele. Em suma, fecham as portas para a sua salvação.
 
     Engana-se quem conta com uma segunda possibilidade de alcançar a salvação. Quando o rico da parábola, naquele lugar de tormento dá-se conta de sua insensatez, pretende que Deus mande alguém para advertir seus cinco irmãos, a fim de que não tenham sorte semelhante. Seu pedido, porém, não é aceito.
 
     A história humana está repleta de apelos ao amor e ao serviço. Basta um pouco de atenção e disponibilidade para escolhermos este caminho exigente. Caso contrário, só nos restará um castigo inadiável.
 
Pe. Jaldemir Vitório
Oração
Espírito de inteligência, dá-me a graça de compreender que o caminho da salvação passa pelo amor desinteressado ao próximo.

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