sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Comentário do evangelho - Renunciar a si mesmo


Muitas vezes fazemos propósitos de tomar a nossa cruz e seguir a Jesus, mas não o cumprimos. Nosso Mestre diz por que não conseguimos: "Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo”. Renunciar a nós mesmos significa abdicar de nossos interesses egoístas para servir ao próximo. A preguiça, o comodismo, o ‘deixar-como-está-para-ver-como-é-que-fica’ nos levam a adiar nossa conversão para depois. Sem conversão, isso se repetirá durante a vida toda porque não temos tempo para meditar sobre a Palavra de Deus
a fim de receber sua força. 

      O seguimento de Jesus exige do discípulo renunciar a si mesmo e ser capaz de defrontar-se com a cruz, resultante desta sua opção.
 
     A renúncia de si mesmo predispõe o discípulo a acolher a proposta de Jesus, sem subordiná-la aos seus projetos pessoais, e sem privá-la daqueles elementos que não convém. O discípulo abraça a proposta de Jesus, assim como ela é, sem adaptações. Para isto, precisa superar seu comodismo e tudo quanto o impede de ser generoso.
 
     Tomar a cruz significa assumir sua opção pelo Reino até as últimas conseqüências, mesmo as mais dolorosas. A cruz do discipulado não se identifica com um sofrimento ou com uma morte quaisquer. Muito menos essa cruz é buscada por si mesma, numa atitude velada de masoquismo. A cruz aparece na vida do discípulo quando, permanecendo fiel ao Reino, ele não pactua com as solicitações do mal, a ponto de atrair sobre si a ira de seus adversários. Ela resulta da fidelidade a Deus.
 
     O discípulo reconhece estar em jogo, aqui, a sua própria salvação. O alerta de Jesus é inequívoco: quem pretende desviar-se da cruz, pensando, assim, poder salvar-se, coloca-se no caminho da condenação; quem, pelo contrário, enfrenta a cruz por causa de Jesus, encontrará a salvação. Por conseguinte, a sabedoria do discipulado passa pela cruz.
 
 Pe. Jaldemir Vitório
 
Oração
Espírito de fidelidade ao Reino, torna-me capaz de viver a sabedoria da cruz, sem deixar-me seduzir pelos apelos egoístas do meu coração.

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