segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Comentário do Evangelho - A isenção do imposto

 

 Jesus sabia de que maneira ia morrer? Alguns acreditam que conhecia tudo o que ia acontecer, pois Jesus era Deus. Mas pela Encarnação o Filho assumiu a natureza humana, sem perder a divina, em tudo era igual a nós, menos no pecado. Isso significa que sofreu verdadeiramente. Sabia que suas palavras e ações estavam produzindo um confronto com os poderes políticos e religiosos do seu tempo. E, naquela época, não era questão de esperar um julgamento justo. Jesus intuía, sabia o que o esperava, mas isso não o afastou de maneira alguma do seu caminho.
 
         Jesus encontrou-se numa situação constrangedora para sua consciência de Filho de Deus, quando quiseram saber se ele pagava, ou não, o imposto devido ao templo de Jerusalém. Os galileus, marginalizados do contexto religioso judaico, recusavam-se a pagá-lo. Isso gerava sérios conflitos.
 
         A  resposta de Pedro aos cobradores de impostos mostra que Jesus não estava disposto a criar confusão por algo sem relevância. Entretanto, Jesus tinha consciência de estar dispensado de recolher o imposto do templo, tido como o lugar escolhido por Deus para estabelecer sua habitação. Sua condição de Filho de Deus isentava-o deste imposto.
 
         A submissão de Jesus à exigência da Lei tinha uma motivação pastoral. Ele não queria escandalizar os cobradores de impostos, ou seja, não queria criar neles resistência em relação ao Reino, nem fechá-los para uma eventual acolhida de sua mensagem. Uma atitude intransigente de Jesus, neste caso, poderia ter como efeito afastar dele pessoas que já não gozavam da estima do povo. Para elas Jesus se sentia enviado de modo especial.
 
         Foi Pedro quem pagou o imposto por si e por Jesus. Este gesto singelo ligava, definitivamente, seu destino ao do Mestre. Apesar dos percalços por que passaria sua relação com o Mestre, a sorte de ambos estava irremediavelmente ligadas.
 
Pe. Jaldemir Vitório
 
Oração
Senhor Jesus, que eu me sinta livre diante de certas exigências humanas, tendo sempre em vista atrair as pessoas para o Reino.

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