terça-feira, 6 de agosto de 2013

Comentário do Evangelho - É bom estarmos aqui

 
      Ao transfigurar-se, Jesus antecipou o que haveria de ser a ressurreição. Era importante para os discípulos fazer esta experiência, antes de se defrontarem com a paixão e a morte do Senhor. De fato, a conclusão da vida de Jesus, considerada com parâmetros puramente humanos, não passaria de um grande fracasso. E mais: a morte de cruz o colocaria no rol dos malditos. Não seria possível esperar que um crucificado pudesse trazer salvação para a humanidade, uma vez que a salvação nem a ele mesmo atingiu.
 
      A transfiguração revelou a identidade profunda de Jesus. A alvura de suas vestes indicava a santidade que o envolvia. A presença de Moisés e Elias significava que o centro das Escrituras era Jesus, dado que representavam a Lei e os Profetas. A densa nuvem, própria das manifestações de Deus no Antigo Testamento, revestia a transfiguração de Jesus de um caráter de teofania. Não apenas teofania do Pai, que declarou ser Jesus seu Filho bem amado, ao qual se devia escutar, mas, também manifestação da divindade de Jesus, que veio do Pai, vivia unido a ele e para o Pai haveria de voltar.
 
     Tendo provado um pouquinho do Céu, entende-se por que os discípulos queriam permanecer no monte da transfiguração de Jesus.
 
      Agora já estavam preparados para o desafio de contemplar o Crucificado como Filho de Deus. Se era o Filho querido do Pai, não haveria de ser abandonado por ele.
 
Pe. Jaldemir Vitório
 
Oração
Senhor Jesus, que a contemplação de tua transfiguração me prepare para contemplar tua crucifixão, seguro de que és o Filho amado de Deus.

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