quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Comentário do Evangelho - Deus não desiste de nós, apesar de nós

Como é fácil acusar e falar mal das pessoas que nos rodeiam. Não poupamos ninguém: parentes, amigos, colegas e até mesmo pessoas desconhecidas. É verdade que as pessoas falham. Nós também falhamos. Desse modo não deveríamos simplesmente apontar o erro, mas ter coragem de ir até a pessoa em questão e verificar o que aconteceu. Essa atitude poderá ajudar a retomar o caminho certo e evitará que você entre por caminhos tortuosos de acusações e fofocas. O conselho que Jesus nos dá nesse Evangelho e de nos unirmos em seu nome, isso certamente proporcionará paz e reconciliação.
 
 
       No episódio ficou claro que a comunidade cristã deve ser caracterizada pelo serviço generoso, pelo acolhimento e pelo interesse pelo outro, a tal ponto de não medir esforços para recuperá-lo caso ele se distancie da comunidade.
 
       A comunidade cristã é chamada a ser a comunidade dos reconciliados, em que o perdão deve ser oferecido e aceito. O próprio Cristo, cabeça da Igreja, nos reconciliou com o Pai.
A perícope de hoje é a consequência prática exigida pelo desejo expresso do Pai: "O Pai que está nos céus não deseja que se perca nenhum desses pequenos" (v. 14). Nesse sentido, a atitude exigida de cada membro do povo que Cristo reúne é a iniciativa na reconciliação: "Se teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, tu e ele a sós!" (v. 15).
 
       É simplesmente, em primeiro lugar, ter presente que a Igreja é uma comunidade de irmãos ("Se teu irmão"). Tendo sido ofendido pelo pecado do irmão, a questão, aqui, é tomar a iniciativa de ajudá-lo no seu processo de conversão, de agir com misericórdia para com ele. É um empenho que exige não medir esforços para que ele se converta e viva.
 
       Por que o Senhor vai atrás da ovelha que se perdeu até encontrá-la, os membros da Igreja devem proceder do mesmo modo, pois a Igreja é sinal de Cristo no mundo, e não se pode proceder de outra maneira, porque Deus não desiste de nós, apesar de nós. O único limite para o perdão e a reconciliação é o fechamento do outro. O amor fraterno deverá sempre ser constituído e exigirá sempre o empenho de cada um e de todos os membros da comunidade.
 
Carlos Alberto Contieri, sj
 
ORAÇÃO
Pai, que a presença de teu Filho ressuscitado na comunidade cristã seja um incentivo para que nós busquemos pautar nossa ação pela tua santa vontade.

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