segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Comentário do Evangelho - Urge fazer o bem

 
Aqueles fariseus haviam feito a si mesmos muitas perguntas sobre o que podia ser feito ou não em dia de sábado. Não se devia trabalhar nem cozinhar. Nem mesmo caminhar mais de uma milha. E assim criavam muitas normas. Mas haviam se esquecido do mais fundamental, da pergunta que hoje Jesus lhes faz: Pode-se salvar uma pessoa em dia de sábado ou deve-se deixar que morra? Sua resposta condiciona quase todas as outras. Eles não souberam o que responder. Com Jesus afirmamos que a vida da pessoa é sagrada e que sempre se deve salvar e nunca matar nem deixar morrer.
 
 
       A malícia dos mestres da Lei e dos fariseus chocava-se com a determinação de Jesus de querer fazer sempre o bem. Embora soubesse que costumavam observá-lo, com a intenção de encontrar nele motivo para acusá-lo, o Mestre mantinha-se fiel ao querer do Pai.
 
       Estando a ensinar na sinagoga, em dia de sábado, Jesus deu-se conta da presença de um homem cuja mão direita estava seca. O aleijado não lhe pediu para curá-lo. Talvez estivesse escondendo esta mão, só para não ser observado.
 
        Para a mentalidade das pessoas daquele tempo, ter a mão direita nestas condições era mau sinal, porque o indivíduo só podia servir-se da mão esquerda, tida como a mão dos maus augúrios e das más ações. Era vergonhoso participar de uma assembléia litúrgica e, por conseguinte, estar diante de Deus, nestas condições. Por isso, a prudência aconselhava-o a manter-se discreto.
 
       A ordem recebida de levantar-se e colocar-se no meio da assembléia pegou-o de surpresa. Sua deficiência estava sendo posta em evidência. Em todo caso, o homem obedeceu, fazendo como o Mestre ordenara. Nova ordem: estender a mão. Em outras palavras, mostrar a todos sua condição vergonhosa. De novo, ele obedeceu. E eis que sua mão ficou sã. Sua vergonha foi superada. Ele ficara livre do estigma do mal.
 
       Os mestres da Lei e os fariseus ficaram insensíveis diante do bem realizado por Jesus. Movidos pelo ódio, começaram a discutir uma maneira de eliminá-lo, quando deveriam dar glórias a Deus por realizar maravilhas em favor da humanidade.
 
Pe. Jaldemir Vitório
Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE
 
Oração
Espírito do bem, faze-me compreender a urgência de fazer o bem em favor dos pobres e sofredores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário