segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Comentário do evangelho - Quem é o maior?

     Os que decidem seguir Jesus Cristo, às vezes, se confundem e podem desejar coisas e posturas que deixaram, como “ser o mais importante”. É a tentação da competição, da vaidade, do poder. Jesus sabia disto e fez uma explicação: pegou uma criança e a pôs a seu lado. Disse que receber uma criança - o que não acrescenta prestígio nenhum a ninguém - é receber o Pai. Para Ele, o mais humilde, a pessoa sem pretensões, desarmada, é a mais importante. E volta a falar da unidade no nome do Senhor.

     O evangelho desta segunda-feira é o último episódio da primeira parte do evangelho segundo Lucas (4,14–9,50), dominado pelo tema da identidade de Jesus como profeta .
 
     A discussão entre os discípulos de quem seria o maior é a sequência do segundo anúncio da paixão-morte-ressurreição (cf. vv. 43b-45), e igualmente expressão da incompreensão dos discípulos . A condição do discípulo é ser servo como seu Senhor, que se fez servo de todos. O maior é o menor no Reino de Deus.
 
     A “criança” é, aqui, símbolo do próprio Cristo, o “menor” de todos porque se fez servo de todos. O nome de Jesus, isto é, sua pessoa, não é propriedade ou monopólio de quem quer que seja. Os seus “atos de poder” e o seu ensinamento, que libertam o homem das cadeias do mal, não se circunscrevem nos limites de um único grupo. Ninguém pode fazer o bem se Deus não mover o coração. Dito de outra maneira, Deus está na origem do bem.
 
     Por isso Jesus diz: “... quem não é contra vós, está a vosso favor”. É pela autoridade de Cristo (= no nome de) que o mal é vencido.

Carlos Alberto Contieri,sj
 
Pai, que eu busque sempre destacar-me no serviço ao meu semelhante, de modo especial, os mais necessitados, pois nisto consiste minha verdadeira grandeza de discípulo.

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