terça-feira, 29 de outubro de 2013

Meditação - Quem perder a própria vida, vai ganhá-la"


          A mostarda não se transforma na maior das árvores. Nem mesmo a levedura que se coloca nas três medidas de farinha transforma a massa em pão capaz de dar de comer a todos do mundo. O importante é que o arbusto da mostarda é capaz de acolher alguns passarinhos. E o pão é capaz de saciar a fome de algumas pessoas. Se cada um de nós fizer a sua parte, este mundo já estará começando a mudar. Talvez o Reino não seja em princípio uma coisa grandiosa, mas sim essa pequena mudança que começa no coração das pessoas e que chega ao coração de outras pessoas.
 
          Pensar no Reino de Deus como a semente e o fermento é pensar em algo muito dinâmico. Na primeira parábola vemos o Reino como uma grande árvore que nasce de uma minúscula semente plantada por um homem. Na segunda, vemos o Reino como a massa que uma mulher faz e que cresce sob a força do fermento. O crescimento não é mágico, nem repentino.
 
     É preciso esperar. É preciso dar tempo para a semente germinar e a massa crescer. É preciso ter paciência. A semente some na terra. O fermento é misturado na farinha e desaparece para poder fazer crescer. A semente morre, explode para poder germinar e brotar.
 
     Há um mistério de morte e vida nos dois casos. Há um aspecto de "perda". Perda de aparência, de imagem, de importância. Compreende-se através destas parábolas o que Jesus dizia: "Quem perder a própria vida vai ganhá-la" (Lc 17,33) ou, a Nicodemos: "Se alguém não nascer de novo não poderá ver o Reino de Deus" (Jo 3,3).
 
 

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