quinta-feira, 24 de março de 2011

Comentário do Evangelho


O rico e Lázaro

A parábola evangélica é um alerta premente contra o perigo da riqueza e as consequências desastrosas para quem não sabe se servir dela como meio para obter a salvação eterna. A riqueza pode levar à condenação.

O rico simboliza aquela pessoa cuja vida limita-se à busca de prazeres: da comida, da bebida, do vestir-se bem, do locupletar-se com bens materiais. Por isso, não demonstra a mínima preocupação com Deus, nem muito menos com seus semelhantes, de modo especial, os pobres e marginalizados. Interessa-lhes, apenas, quem lhes pode proporcionar prazer, e seus companheiros de orgias. Nada, porém, que possa significar amor e ruptura dos esquemas egoístas.

A riqueza estreitava os horizontes do rico da parábola, impedindo-o de ver para além de seu pequeno mundo. O sofrimento do pobre Lázaro, à sua porta, era-lhe desconhecido. Sua fome contrastava com a opulência dos banquetes que o rico oferecia. Seu corpo coberto de feridas, dando-lhe um aspecto asqueroso, chocava-se com a bela aparência dos convivas do rico, bem vestidos e adornados.

O desfecho da parábola parece lógico: a insensibilidade do rico farreador valeu-lhe a condenação eterna de sofrimentos, pois deixara escapar a única chance de construir sua felicidade eterna, fazendo-se solidário com o sofrimento do próximo. [O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Jaldemir Vitório, ©Paulinas]

Nenhum comentário:

Postar um comentário