sábado, 19 de julho de 2014

Comentário do Evangelho - Um Messias desconcertante...

 
Ameaçado, Jesus se retira e é seguido por muitos. A estes continua fazendo o bem. Mateus afirma que assim foi para se cumprir o que predisse o profeta Isaias: “Aqui está o meu servo a quem escolhi, aquele que amo e que dá muita alegria ao meu coração...” (Is 42,1-4). O servo escolhido não precisa de publicidade para suas ações. Apenas garante a todas as pessoas o amor e a misericórdia de Deus.
 
     O Messianismo de Jesus, sua maneira de agir, desconcerta a todos. Os Fariseus estão convencidos de que ele não é o Messias e estão decididos a buscarem os meios para matá-lo, pois representa um perigo ás tradições de Israel.
 
     O evangelho de hoje faz a clássica apresentação do Ungido segundo o Profeta Isaias, onde Jesus é o Servo de Deus, o Bem amado e querido do Pai, Aquele sobre quem repousa o Espírito e que anunciará a Justiça. Alguém que não irá entrar no “jogo” do poder que infestava até mesmo a religião, não elevará a voz, como fazem os que querem mandar e dominar, não fará ouvir sua voz nas praças. Mas é o versículo final que traz algo inédito: Não quebrará o caniço rachado, nem apagará a mecha que ainda fumega, até que faça triunfar a Justiça...
 
     Este perfil do Messias desconcertou até o Precursor João Batista, que havia anunciado, com um discurso muito rigoroso  “O machado já está posto á raiz, e toda árvore que não produzir bons frutos, será cortada e lançada ao fogo”.  Enfim, anunciara um Messias implacável, vingador, com quem os maus, impuros e pecadores iriam se ver... E Jesus toca nos leprosos, cura os enfermos, abre os olhos aos cegos, e faz coisa ainda pior, tem amizade com pecadores públicos, com Mulheres da Vida, como Madalena, e janta na casa deles. Por isso João mandou discípulos sondarem se Jesus era mesmo o Messias esperado... Até ele ficou com dúvidas.
 
     O cristianismo autêntico nos dias de hoje continua a ser desconcertante, porque o Jesus da Pós Modernidade, que os espertalhões criaram, em nada se parece com Ungido de Deus, o Cristo Jesus Nosso Senhor, aquele que transforma a miséria humana em esperança, porque cura, ressuscita e liberta os que morreram pelo pecado.
 
Diácono José da Cruz
 
 
ORAÇÃO
Pai, meu único desejo é estar em comunhão contigo, para que, como Jesus, eu saiba discernir, em cada circunstância, a melhor maneira de agir.


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