sábado, 5 de julho de 2014

Comentário do Evangelho - Quando o Jejum não têm sentido


O texto diz que Jesus vem trazer
clima de festa, de alegria.
O jejum que ele pede não é
como
o fazem os fariseus.
O jejum que ele quer é
um coração arrependido,
é a atitude de perdão e de partilha do que se tem com os mais necessitados.
Estar com Jesus é uma festa!
 
     Aviso aos navegantes: este evangelho não é uma crítica a quem tem o costume de jejuar, Jesus não é contra o jejum, ele mesmo jejuou no deserto por 40 dias quando se preparava para iniciar o seu ministério publicamente. O problema aqui é outro, por que jejuar? Os discípulos de João e os Fariseus jejuavam, mas os discípulos de Jesus não. O que isso significa?
 
     Naquele tempo o jejum também era uma forma de suplicar a Deus para que mandasse o prometido Messias, pois Jejum (que significa estar privado de alimentação que é essencial) queria significar exatamente isso, que sem o Messias Enviado de Deus, o homem estava privado da Verdadeira Vida. Jejum era dizer a Deus, que mais importante do que o alimento material que sustenta o corpo, era o alimento da Salvação, que alimentava a alma.
 
     Pronto! Agora ficou fácil entender a censura que Jesus faz nesse evangelho. Exatamente porque os seus discípulos já estavam saboreando a bênção e a graça do seu messianismo, enquanto que os discípulos de João e os Fariseus, mais preocupados em seguir a Lei e a tradição, ainda estavam a espera do tal Messias, sem se dar conta de que ele já estava no meio deles.
 
     Tudo o que os outros suplicavam e esperavam, para que suas vidas fossem mudadas, os discípulos de Jesus já estavam experimentando essa mudança interior. O Jejum de hoje tem quase esse mesmo sentido, nosso único e verdadeiro alimento é Deus, pois dele em Jesus Cristo nos vêm a Vida Nova, é portanto, apenas Dele que temos necessidade. Jejuar na quaresma, nos dois dias determinados pela Igreja: Quarta Feira de Cinzas e Sexta Feira Santa reafirmamos a nossa Fé e esperança em Cristo Jesus, pois a sua morte na cruz tornou possível  essa Vida Nova em nós, cuja necessidade supera até a nossa fome material.
 
     Claro que o jejum vem acompanhado pela oração e práticas de caridade, sem isso, ele não têm sentido nenhum e de nada nos valerá.
 
Diácono José da Cruz
 
ORAÇÃO
Pai, dá-me suficiente bom senso para reconhecer o que corresponde ao projeto de Jesus, sem querer misturá-lo com esquemas incompatíveis com a novidade do Reino.

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