quarta-feira, 4 de junho de 2014

Comentário do Evangelho - Uma dolorosa exceção

      Jesus não poupa seus discípulos das tribulações que o mundo lhes prepara. Melhor dizendo: o Mestre não lhes reserva um lugar especial, geograficamente separado, onde estejam imunes de tentações. A prova de sua fé acontece no confronto com o Maligno. É então que podem dar mostras da solidez ou da fragilidade de sua adesão ao Senhor.
 
      No colóquio com o Pai, Jesus alude ao fato da deserção de um discípulo, seduzido pelo Maligno: "Nenhum deles se perdeu, a não ser o filho da perdição". Nesta dolorosa exceção, sente como que fracassado em sua missão.
 
      Todo o seu ministério foi marcado por uma dedicação exemplar àqueles que o Pai lhe confiara. Guardava-os, com desvelo, para não se desviarem do caminho. Falava-lhes do Pai, revelando-lhes a sua face amorosa. Consagrou-os na verdade e os enviou para serem continuadores de sua missão.
 
      Entretanto, além de não tê-los segregado, também não os privou da liberdade. Assim, ficou aberto o espaço para a infidelidade e a deserção. Alguém deu mais atenção ao mundo do que à palavra do Mestre. Foi o que fez Judas, o "filho da perdição". Foi-lhe franqueada a salvação. Ele, porém, a rejeitou.
 
      A perseverança dos discípulos é obra do Espírito, força divina que os move a resistir diante das sugestões do Maligno. Quem é cauteloso sabe como precaver-se!
 
Pe. Jaldemir Vitório
 
Oração
Pai, reforça minha fidelidade a Jesus, de maneira que o Maligno não prevaleça sobre mim. Protege-me contra a maldade do mundo, consagrando-me na verdade.

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