sábado, 23 de novembro de 2013

Comentário do Evangelho - Lá vem os Saduceus com suas historinhas...

         Quem é que já não teve a tentação de imaginar o céu como uma continuidade dessa vida? Os Fariseus vêm até Jesus com uma Histórinha maluca e até cômica. Eram sete irmãos e um deles tomou uma certa mulher como esposa, entretanto ele morreu. Como era costume e com base na Lei de Moisés, um dos irmãos a tomou como esposa, mas um dia esse também “Bateu a Cacholeta”. Imediatamente um outro irmão dos cinco restantes, desposou a tal viúva que deveria ser “Fogo”... 
 
        O terceiro também não aguentou o “tranco” e veio a falecer. Bom, os sete irmãos, cada um a seu tempo, desposou essa mulher e daí vem a perguntinha inoportuna e sem cabimento: Na Vida Eterna ela será esposa de qual deles?
 
        Seria um despropósito imaginarmos que vamos levar conosco para a Vida Eterna nossos probleminhas de relacionamento desta vida. Primeiro, que se não resolvemos aqui nossos problemas existenciais ou de relacionamento, não vai ser lá que vamos resolver.
 
        A Vida Plena de comunhão com Deus comporta uma continuidade mas também uma descontinuidade: seremos nós mesmos, mas de um outro jeito! Nesta vida terrena as nossas relações, ao mesmo tempo em que nos aguça para o amor, também denuncia a nossa incapacidade de um amor total como o de Jesus, entretanto, ao atingirmos a plenitude do céu não haverá mais limites ou qualquer impossibilidade nesse sentido, porque estaremos em Deus e com Deus, que é a Plenitude da plenitude.
 
        O Céu é uma comunidade. Estaremos em comunhão com as pessoas mas o elo dessa comunhão não será mais o nosso empenho e esforço, as relações serão perfeitas porque Deus mesmo será o nosso elo de comunhão, em Deus seremos Tudo em Todos.
 
       Então para que servem as nossas relações neste mundo, principalmente a vida conjugal apresentada neste evangelho? Exatamente para exercitarmos a vivência desta comunhão que jamais deve buscar a si, mas ao outro, fazer o outro feliz, ao passo que o outro, deverá ter tomado a decisão de ser sempre feliz, , independente se o outro irá fazê-lo feliz ou não pois no céu, para ser feliz não dependeremos mais uns dos outros, mas apenas de Deus e por isso, essa esperada e sonhada felicidade, já está de certo modo garantida em Jesus Cristo. 
 
        Os Saduceus só conseguem imaginar o céu dentro de categorias humanas, se fosse assim, o céu de Deus não seria um lugar tão bonito e perfeito!
 
Diácono José da Cruz
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
 
ORAÇÃO
Pai, és Deus da vida e Deus dos vivos, e queres todos os seres humanos em comunhão contigo para sempre. Ajuda-me a viver, já nesta vida, esta comunhão eterna
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