sábado, 6 de julho de 2013

Comentário do Evangelho - Não é hora de tristeza


O texto diz que Jesus vem trazer clima de festa, de alegria.
O jejum que ele pede não é como o fazem os fariseus.O jejum que ele quer é um coração arrependido,é a atitude de perdão e de partilha do que se tem com os mais necessitados.
Estar com Jesus é uma festa!
 


    

 O tempo da existência terrena de Jesus foi entendido como antecipação da alegria que seria experimentada quando o Reino de Deus se manifestasse em plenitude. Quando não mais houvesse lugar para lágrima ou tristeza e tudo fosse felicidade. Sendo assim, não tinha sentido seus discípulos se entregarem à penitência e ao jejum, como faziam certos grupos, enquanto tinham consigo Jesus. Não era hora de tristeza! Não fica bem alguém recusar-se a comer em plena festa de casamento, quando o noivo ainda está presente.

      Todavia, o jejum se justificaria quando os discípulos fossem privados da presença física de Jesus. O jejum, então, teria um sentido diferente do rigorismo ascético da piedade judaica. E deveria ser pensado a partir do projeto de Reino proclamado por Jesus. A prática penitencial não visaria tanto a busca da própria perfeição, num sentido individualista, nem seria uma forma velada de masoquismo.   
 
     O jejum teria duplo significado. Ele seria uma forma de proclamar o absoluto de Deus e seu Reino na vida do discípulo, através da vitória sobre os instintos e as paixões desordenadas. Por outro lado, indicaria estar o discípulo em contínua preparação para o festim definitivo do Reino. Ninguém se alimenta fartamente antes de ir a uma festa. Pelo contrário, priva-se de alimentos na perspectiva do que encontrará. O jejum cristão prepara o discípulo para a festa que o Pai lhe preparou.

Jaldemir Vitório

Oração
Senhor Jesus, faz-me compreender a prática do jejum como preparação para o encontro definitivo contigo no teu Reino.

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