segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Comentário do Evangelho - Os Anjos de Deus


Jesus vê Natanael chegar e diz que ele é um “homem realmente sincero, um verdadeiro israelita”. Jesus responde-lhe, e também para todo o grupo, com uma revelação. É ele, o Cristo, um verdadeiro caminho que une a terra ao céu, o mediador, o Caminho para a Verdade e a Vida. Natanael o chamou de Mestre, Filho de Deus. Jesus se confessa “filho do homem” (= homem verdadeiro). Esta última afirmação é dirigida ao grupo inteiro: “Eu afirmo a vocês”. A referência à figueira é clara para Natanael. Para nós é ainda enigmática. Uns a interpretam como imagem de Israel. Outros a entendem como vida tranquila e quotidiana. A tradição identificou Natanael com Bartolomeu.
 
     O tom profético da afirmação de Jesus, de que já conhecia Natanael, provoca a admiração deste. Embora um sincero israelita, Natanael, dominado pela ideologia messiânica de poder, desprezava a Galiléia. Porém, acaba chamando Jesus de Rabi e, como profissão de fé, lhe confere dois títulos de poder: Filho de Deus, atribuído aos reis, e Rei de Israel, poderoso messias davídico; ambos são recusados por Jesus. Natanael, seguindo Jesus, verá coisas maiores ainda. Verá "o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem".
 
     Na crença judaica, os anjos eram servidores de Deus. No livro de Gênesis, os "anjos de Deus" que sobem a Deus e descem antecedem a renovação da aliança de Javé, então com Jacó. Agora, a nova aliança é feita com o Filho do Homem, o Deus encarnado em Jesus. O Jesus humano e humilde faz a aliança com os pobres, pequeninos, oprimidos e excluídos, e, com seu amor misericordioso, promove a sua libertação e o desabrochar de suas vidas.
 
Pe. Jaldemir Vitório
 
Oração
Senhor Jesus, dá-me força e coragem para seguir em frente, no caminho querido pelo Pai, mesmo quando eu me sentir incompreendido e rejeitado.

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