sexta-feira, 23 de maio de 2014

Comentário do Evangelho - Só ama aquele que se sente amado

Jesus me escolheu para seguir seus passos de amor à missão, gastando-se pelo trabalho de andar por toda parte a anunciar a novidade do amor, em lugar da religião do medo, das ameaças e dos castigos. Ele me pede que vá e produza frutos de amor, mas não passageiros como uma esmola que eu dou, passo adiante e não tenho mais compromisso com o pobre. Mas uma fidelidade ao trabalho, à comunidade, de dedicação que ele aprendeu com sua Mãe, Maria Santíssima, cujo coração estava sempre ligado ao serviço obscuro e anônimo em um aldeia escondida na desprezada Galileia, como uma prece.
 
       João vai dizer em seu evangelho que "Deus é Amor". A Encarnação de Jesus fez com que Deus mergulhasse na Vida do Homem, e possibilitou a este mergulhar na Vida de Deus. Não havia até então, na humanidade, uma expressão de amor tão autêntica e grandiosa. O amor humano era marcado por limites e tolerâncias e o apóstolo Pedro, quando indaga a Jesus se se deve perdoar até sete vezes, mostra bem esse modo limitado do homem amar.
 
       Por isso somente Jesus nos poderia ter dado um mandamento assim, pois o amor sem medidas, manifestado na gratuidade e incondicionalidade, era visto como uma loucura. É esse exatamente o amor que encontramos em Jesus. "Amai-vos uns aos outros assim como eu vos amo...". Esse é um mandamento originariamente cristão. Não é um amor segundo os padrões humanos, mas brota de Jesus, do seu coração Sagrado e humano.
 
       A iniciativa é toda de Deus, ainda que o ser humano permaneça na indiferença e na incredulidade, ainda que o ser humano negue ou ignore Jesus, ainda que o Ser humano ridicularize o cristianismo hostilizando os cristãos, apesar de tudo isso, Deus jamais deixará de amar o homem, e na Força desse amor sempre terá a iniciativa de se manifestar ao homem, até o derradeiro momento de sua existência.
 
       Um dia, tocado pelo próprio Deus, o homem se abre para esta Graça e se sente amado e querido por Deus, percebe que não se trata de um amor platônico, mas de um amor ágape, totalmente gratuito e incondicional. Um amor desde toda eternidade, que não dá para ser guardado,  mesmo porque não há coração humano que o comporte. Esse amor cria laços com o próximo, e assim vamos refletindo em nossas relações todo esse amor Divino e sublime e através do homem, esse amor de Deus vai se propagando, formando um grande elo que no final resultará na visibilidade do Reino de Deus que é puro amor.
 
Diácono José da Cruz
 
ORAÇÃO
Pai, seja o amor de Jesus minha única fonte de inspiração para pôr em prática o mandamento do amor mútuo. Que eu me esforce por amar, como tu amas

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