terça-feira, 13 de maio de 2014

Comentário do Evangelho - A dúvida cruel ...

 
     Como qualquer Judeu, Jesus vai constantemente ao templo, e lá sempre é assediado pelos Judeus mais conservadores, que o conhecem e ouvem, têm até admiração por ele, mas vivem na dúvida cruel sobre o seu Messianismo. Nesse evangelho eles indagam novamente sobre essa questão crucial: “Até quando nos deixarás na incerteza, se és o Cristo, dizei-nos claramente”. Hoje, em um mundo marcado pelo ateísmo, certamente muitos aceitam Jesus, mas têm restrições sobre sua Divindade.
 
     As comunidades do primeiro século tiveram que abrirem-se muito á graça de Deus e a sabedoria do Espírito, para compreenderem o ensinamento dos apóstolos sobre as duas naturezas de Jesus.
 
      Talvez o grande problema naquele tempo, era entender como é que podia um Homem ser Deus e este ser um Homem, ao mesmo tempo, com duas naturezas distintas. Justamente por conhecerem a sua origem, a sua história, a sua genealogia e seus familiares mais próximos, os conterrâneos dali da "Terrinha" de Jesus, até que sentiam orgulhosos por terem entre eles alguém de tão grande conceito em Israel. Um grande Profeta, que já estava com uma fama maior do que os maiores profetas da história, pois seus ensinamentos causavam admiração, suas obras enchiam os olhos dos Nazarenos, mas daí, começar a pensar que seria ele o grande e esperado Messias, já seria um exagero. E por quê?

     Pela sua origem simples, sua vida rotineira igualzinha a vida de qualquer judeu, alimentar-se, ir à catequese, estar submisso ao Pai e Mãe, aprender a profissão do Pai, para sobreviver economicamente. O Messias não precisava de nada dessas coisas, tinha poder e glória, era um enviado de Deus e não estava em nível de um simples ser humano.
 
     Hoje há um pensamento nefasto no cristianismo, que vem contaminando a vida de muitos cristãos, trata-se da Fé da Magia, que crê em um Cristo apenas Divino, que deverá usar seus poderes para socorrer os vis mortais. Um Jesus que está com a gente mais que não é igual a nós, um Jesus que separa Fé e Vida.
 
     Pior do que ficar na dúvida é inventar um Jesus Cristo mais adequado as nossas necessidades. Esse Cristo descaracterizado, produto de um Espírito Consumista, é hoje em Dia o Deus de muita gente que se rotula cristã...
 
Diácono José da Cruz
 
ORAÇÃO
Pai, dá-me um coração de discípulo que se deixa guiar docilmente pelo Mestre Jesus, tornando-se, assim, apto para reconhecer sua condição de Messias de Deus.
 

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