quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Comentário do Evangelho - Que sabedoria é essa?


Ele não pôde fazer milagres em Nazaré, a não ser curar alguns doentes, pondo as mãos sobre eles. E ficou admirado com a falta de fé que havia ali. Jesus ensinava nos povoados que havia perto dali.
 
        A sabedoria manifestada pelos ensinamentos de Jesus deixava atônito o povo de sua cidade. Seu povo não podia entender como o filho de um carpinteiro, tão conhecido de todos, podia falar com tanta segurança a respeito de coisas elevadas. Outro argumento fundava-se na convivência deles com Jesus e seus parentes, tudo dentro da mais total normalidade, sem nada de extraordinário. Também não constava que Jesus tivesse sido instruído por algum rabino famoso da época. Resultado, recusaram-se a dar crédito às palavras de Jesus. Antes, as puseram sob suspeita.
 
        Efetivamente, o povo de Nazaré não podia valorizar a sabedoria de Jesus por julgá-la a partir de critérios humanos de aquisição de sabedoria. A fonte da sabedoria de Jesus, porém, estava radicada no Pai, cujas palavras proclamava. Não era uma sabedoria adquirida com os meios humanos, nem tinha como ponto de partida concepções humanas. As palavras de Jesus tinham o Pai como origem. Elas eram palavras que o Pai queria dirigir à humanidade. Por isso, era inútil comparar o ensinamento de Jesus com o dos mestres da lei. Havia entre eles uma enorme diferença.
 
        Jesus refez o caminho dos profetas rejeitados na sua própria terra, pelos de sua casa. O discípulo arrisca-se a rejeitar Jesus, se não reconhecer a origem divina de suas palavras.
 
 Pe. Jaldemir Vitório
 Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica
 
Oração
Senhor Jesus, possa eu reconhecer a origem de sua palavras e acolhê-las como expressão da sabedoria divina.

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