quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Comentário do Evangelho - A Fé não tem rótulo...

 
     A Fé em Jesus, nosso Deus e Senhor, Redentor e Salvador, nunca teve e nem terá rótulo ou marca diferenciada, pois ela é um dom que Deus concede a quem Ele quiser, seja Católico, Evangélico, Pentecostal, Espírita ou Kardecista e vai por aí afora. Não podemos confundir expressão de Fé com a Fé em si, pois são coisas diferentes, e nem se pode dizer que esta  é mais eficiente do que aquela, a expressão de Fé Católica tem sua raiz apostólica, e os elementos embrionários da Fé Cristã, transmitidos pelo próprio Jesus, mas isso não nos dá o direito de julgar que a Fé dos que não pertencem á nossa Igreja, não é autentica.
 
      Jesus e seus discípulos se encontram em uma terra pagã, na região de Tiro e Sidônia. Ali,  uma mulher Fenícia caiu a seus pés suplicando pela Filha que estava possessa de um espírito imundo. A mulher acredita em seu coração que Jesus é maior do que o demônio que oprime a filha, portanto,  vê nele o libertador e clama por esta ação libertadora de sua parte.
 
      Sendo Judeu, primeiro Jesus manifesta o modo de pensar do Judeu "pela ordem estabelecida os Judeus são os primeiros a serem beneficiados com a ação libertadora do Messias. Os pagãos são de segunda categoria e, por isso mesmo, denominados "cães", em palavras mais simples, Jesus está dizendo aqui que não se deve queimar vela  com mau defunto.
 
      A mulher concorda que está inferiorizada em relação aos judeus, Raça escolhida e Nação Santa, mas Jesus é tão importante em sua vida, que qualquer gesto ou palavra que vier dele, trará a ela os efeitos da Graça da qual ele é portador, isso é o que ela crê com sinceridade. E Jesus não resistiu a tão grande Fé, e saindo do contexto judaico, proclama que a Fé é universal e não têm rótulo, "por causa dessa palavra, vai-te, que saiu o demônio da sua filha".
 
       Quem crê em Cristo e se compromete com Ele, vendo-o como libertador e vivendo nessa liberdade de Filhos de Deus, jamais estará preso ou escravo do demônio, presente em certas estruturas humanas, que escravizam e alienam o ser humano, em vez de o libertá-lo. Portanto, essa experiência libertadora com Jesus em nossa vida, não depende da fachada religiosa que ostentamos, é algo íntimo e pessoal, que começa com o nosso desejo e abertura de coração, mas se realiza unicamente por iniciativa dele. Essa mulher, que não era religiosa, abriu seu coração para essa possibilidade e assim mudou a sua vida...
 
Diácono José da CruzParóquia
Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
 
Oração
Senhor Jesus, alarga meus horizontes fazendo-me ver, para além dos meus preconceitos e tabus, tantas pessoas marginalizadas a quem a boa-nova deve ser anunciada.

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