quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Comentário do evangelho - Uma definição de identidade

      João Batista teve sua parcela de colaboração no projeto de Deus, com uma tarefa aparentemente simples: anunciar a chegada do Messias e predispor o povo para
acolhê-lo. Contudo, defrontou-se com sérias dificuldades.
 
      A maior delas tocava sua identidade de Precursor. Sua figura ascética levava as pessoas a tomá-lo por Messias. Ele, porém, se esforçava para explicar não ser o Cristo, nem pretender sê-lo, reconhecendo-se apenas como uma voz clamando para que as pessoas se preparassem para a vinda do Messias.
 
      João definia sua identidade confrontando-se com o Messias, que ele nem conhecia. Tinha consciência da superioridade daquele que viria depois dele. Por isso, na sua humildade, reconhecia não ser digno nem mesmo de curvar-se para desatar-lhe as correias da sandálias.  Essa consciência mantinha-o livre da tentação de usurpar uma posição que não lhe pertencia.
     
      O realismo de João não o impedia de realizar seu ministério com simplicidade. Ele não era um concorrente do Messias. Não agia por iniciativa própria; apenas fazia o que lhe fora pedido por Deus. Seu compromisso com ele impedia-o de extrapolar os limites do seu ministério. Sua figura só tinha importância por causa do Messias que estava para vir.
 
      Foi a humildade de João que fez dele um grande homem, pois a verdadeira grandeza consiste em reconhecer a própria indignidade diante do Pai e colocar-se a serviço dele.
 
 Pe. Jaldemir Vitório
 
Oração
Senhor Jesus, ensina-me a servir ao Pai e a ti, com simplicidade de coração, reconhecendo minha pequenez.

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