sábado, 11 de janeiro de 2014

Comentário do Evangelho - Ele deve crescer

Os comentários dos seguidores de João, destinados a despertar divisão e rivalidade, nada podem diante da serena firmeza do Batista. Ele sabe bem qual é o seu lugar e sua missão. Sabe que ele não é o "noivo”, senão o "amigo do noivo” e seu papel é o de preceder, anunciar, deixar para ele todo o lugar e desaparecer depois. Seu destino de prisão e morte nas mãos de Herodes dará razão a sua profecia. Porém, precisamente por isso o seguimos recordando-o como aquele
cuja alegria foi completa.
 
       Os discípulos de João Batista interpretaram a atividade messiânica de Jesus como sendo uma espécie de concorrência ao Mestre. É como se Jesus estivesse usurpando algo próprio de João Batista e ocupando o lugar dele.
 
       Coube a João Batista desfazer este mal-entendido e explicitar a relação entre ele e Jesus. O Batista jamais se apresentara como sendo o Messias. Sua missão consistia apenas em ser o Precursor dele. Sua relação com o Messias Jesus era comparada à do amigo com o esposo.
       Alegrava-se com a presença do esposo; dava-se por satisfeito sabendo que o Messias anunciado estava em ação e era bem aceito pelo povo.
 
       João Batista partia do pressuposto de que era hora de o Messias Jesus crescer e manifestar-se, o mais amplamente possível. Quanto a ele, João, podia dar por concluída sua tarefa e, portanto, cair no esquecimento. Esta decisão não lhe causava ressentimentos, porque tinha consciência de ter cumprido a sua missão.
 
       A humildade de João Batista encontrou correspondência na humildade de Jesus. Toda a sua ação apontaria para o Pai e visaria fazer o Reino de Deus resplandecer na História.
 
 Pe. Jaldemir Vitório
 
Oração
Senhor Jesus, que eu aprenda, com João Batista, a ser teu humilde servidor e do Reino anunciado por ti.

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