terça-feira, 14 de maio de 2013

Comentário do Evangelho - Uma feliz comparação

“Permanecei no meu amor” (v. 9); este é o imperativo que deve mover a vida de todo discípulo. “Permanecer” é estar arraigado, fundado; é imitar, atualizar o amor de Jesus pela humanidade, cuja origem é o amor do Pai que antecede todas as coisas e o ser humano.    

      A situação de uma mulher em trabalho de parto serviu para ilustrar a situação dos discípulos às voltas com o mistério pascal. Esta imagem, simples de ser entendida, devia levá-los a intuir o sentido das palavras enigmáticas de Jesus. Era mister compreender devidamente as exortações do Mestre, para evitar futuras decepções.
     Todo o processo do parto transcorre em meio a dores e sofrimentos. Hoje, a medicina procura aliviar, ao máximo, esses sofrimentos, realizando partos indolores. Isto não significa negar que o parto seja, por si, doloroso. O grau de suportação da mãe torna-se quase infinito, quando ela pensa no desfecho do seu sofrimento: a vinda de um ser humano ao mundo. A expectativa do filho, que está para nascer, leva-a a relativizar sua dor.
     Os discípulos passariam por uma experiência parecida com essa. O mistério pascal teria seu componente necessário de sofrimento e de tristeza. Não seria possível prescindir deles, nem abrandá-los. Uma dor cruel esperava-os, ao contemplar o próprio Mestre pendendo de uma cruz. Entretanto, algo de sumamente importante aconteceria no final de tudo isto: o Pai haveria de restituir-lhe a vida. Para os discípulos, a esperança da ressurreição não lhes suavizou a dor de ver o amigo crucificado, mas devolveu-lhes a alegria, e uma alegria tal, que dela ninguém jamais poderá privá-los.

 Pe. Jaldemir Vitório
Oração
Espírito de felicidade, que a certeza da ressurreição me ajude a suportar as dores e os sofrimentos, sem desfalecer.

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