quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Ano da Fé - Catequese do Papa Bento XVI

 
    O Papa Bento XVI dedicou a catequese desta quarta-feira, 21, para falar sobre a racionalidade da fé. Ele lembrou que Deus, com sua graça, ilumina a razão e lhe abre horizontes infinitos, de modo que a fé constitui um incentivo para buscar sempre, sem parar e sem aquietar-se “na descoberta inesgotável da verdade e da realidade”.
     Para exemplificar essa busca incessante que a fé incentiva, o Papa citou Santo Agostinho. Este buscou com inquietação a verdade, perpassando todas as filosofias disponíveis. “A sua cansativa investigação racional é para ele uma significativa pedagogia para o encontro com a Verdade de Cristo. Quando diz: “compreendas para crer e creias para compreender” (Discurso 43, 9:P 38, 258), é como se contasse a própria experiência de vida”.
     O Papa lembrou que a fé católica é racional; o conhecimento da fé não vai contra a razão. Ele afirmou que, diante do desejo pela verdade, somente uma relação harmônica entre fé e razão é o caminho certo que conduz a Deus e à plena realização de si. Nesse sentido, fé e razão se complementam.
     “A fé, vivida realmente, não entra em conflito com a ciência, mas coopera com essa, oferecendo critérios basilares para que promova o bem de todos, pedindo-lhe para renunciar somente àquelas tentativas que – opondo-se ao projeto originário de Deus – possam produzir efeitos que se voltam contra o próprio homem”.
     Bento XVI também lembrou que, desde o início, a tradição católica rejeitou o chamado fideísmo, que é a vontade de crer contra a razão. Ele destacou que Deus não é um absurdo, mas sim um mistério, que não é irracional, mas tem uma superabundância de sentido, de significado e de verdade.
     “Se, olhando para o mistério, a razão vê escuridão, não é porque no mistério não tenha a luz, mas porque existe muita (luz). Assim como quando os olhos do homem se dirigem diretamente ao sol para olhá-lo, veem somente trevas; mas quem diria que o sol não é luminoso, antes a fonte da luz?”, exemplificou.
          Bento XVI pede paz entre israelenses e palestinos
“Acompanho com grave preocupação o agravar-se da violência entre israelenses e palestinos da Faixa de Gaza. Além de rezar pelas vítimas e por aqueles que sofrem, sinto o dever de reiterar mais uma vez que o ódio e a violência não são a solução dos problemas. Além disso, encorajo as iniciativas e os esforços daqueles que estão buscando obter uma trégua e promover a negociação. Exorto também as autoridades de ambas as partes a adotarem decisões corajosas em favor da paz e a colocarem fim a um conflito com repercussões negativas em toda a região médio-oriental, martirizada por demasiados confrontos e necessitada de paz e de reconciliação.”

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