quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Comentário do Evangelho - As Bem aventuranças

 
 
     A postura diante de Deus e de seu Reino gerava um nítido contraste mesmo entre os discípulos de Jesus. De um lado, estavam os declarados bem-aventurados. Do outro, os que se tornaram objeto de maldição. Os primeiros eram os que viviam na pobreza, padeciam fome e choravam e eram odiados por causa de Jesus. Sua opção pelo Reino não lhes permitia pactuar com a maldade do mundo, nem os deixava cair na tentação de serem aliciados por suas falsas promessas de riqueza e bem-estar. Sua recompensa só podia vir do Pai. Assim, era possível rejubilar e saltar de alegria, mesmo padecendo privações.
     No polo oposto, estavam os que não contavam efetivamente com Deus e julgavam poder construir sua salvação com as próprias mãos. Confiavam na riqueza e viviam na fartura. Sua vida era feita de alegrias efêmeras. Cuidavam de ser louvados e bem-vistos por todos. Este projeto de vida, a longo prazo, se mostraria inconsistente e seu resultado, desolador. A riqueza transformar-se-ia em privação, a fartura em fome, a alegria em luto e pranto, a fama em opróbrio. Trata-se, portanto, de um projeto de vida do qual o discípulo deve precaver-se.
     Tanto as bem-aventuranças quanto as maldições referem-se aos discípulos de Jesus. Ou seja, o seguimento do Mestre nem sempre os levava a comungarem efetivamente com o projeto de Jesus. As palavras dele, pois, funcionavam como um forte alerta.
           (Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE) 

Oração
Senhor Jesus, faze-me sempre trilhar o caminho das bem-aventuranças, colocando toda minha vida e minha esperança nas mãos do Pai.

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