sexta-feira, 1 de maio de 2015

Encontro do Papa Francisco com cursilhistas no Vaticano

     O Papa Francisco encontrou na tarde desta quinta-feira (30/04) na sala Paulo VI, o Movimento dos Cursilhos de Cristandade, reunidos em Roma para celebrar a Ultreya Europeia nos 70 anos de difusão do movimento no mundo e para concluir o 50º aniversário de sua presença em Itália. O Pontífice intercalou seu discurso com respostas de improviso à diversas perguntas colocadas por alguns cursilhistas no início do encontro.
 
       O Papa iniciou desculpando-se pela mudança de horário no encontro, previsto para se realizar na sexta-feira, dizendo que o Papa “é infalível somente nas questões dogmáticas, mas isto é só de vez em quando, raramente”, mas que também tem “defeitos” . E elogiou o movimento, por não fazer proselitismo - ressaltando, que a “igreja cresce pelo testemunho e não pelo proselitismo” – exortando os participantes “a traduzirem e não traírem o carisma, mas adaptá-lo à realidade local”.
 
       Justamente “o ardente desejo de amizade com Deus” dos cursilhos – ressaltou o Papa - ajudou milhares de pessoas em todo o mundo a “crescer na vida de fé”: “O método de evangelização dos Cursilhos nasce justamente deste ardente desejo de amizade com Deus, do qual brota a amizade com os irmãos. Desde o início se entendeu que somente dentro das relações de amizade autêntica era possível preparar e acompanhar as pessoas em seu caminho, um caminho que parte da conversão e passa através a descoberta da beleza de uma vida vivida na graça de Deus e chega até à alegria de tornar-se apóstolos na vida cotidiana”.
 
      Francisco destacou que no contexto moderno do anonimato e de isolamento típico das nossas cidades, é importante a dimensão acolhedora, familiar, à medida do homem, que os encontros do Cursilho oferecem, e acrescentou: “A estas pequenas reuniões de pequenos grupos é importante criar momentos que favoreçam a abertura a uma dimensão social e eclesial maior, envolvendo também quem veio em contato com o vosso carisma mas não participa habitualmente de um grupo. A Igreja, de fato, é uma ‘mãe de coração aberto’ que nos convida às vezes de ‘diminuir o passo’, a ‘colocar de lado a ansiedade para olhar nos olhos e escutar’, a ‘renunciar às urgências para acompanhar quem permaneceu ao largo da estrada”.
 
      O Papa deu aos cursilhistas uma tarefa de casa: estudar as obras de misericórdia, corporal e espiritual, para serem colocadas em prática.
 
      Entre os fundadores dos Cursilhos, o Papa citou Eduardo Bonnin Aguilo e o Bispo de  Mallorca, Dom Juan Hervas y Benet, que acompanhou o crescimento do movimento: “foram autênticos missionários. Não hesitaram em tomar a iniciativa e corajosamente se aproximaram das pessoas, envolvendo-as com simpatia e acompanhando-as no caminho da fé com respeito e amor”.
 
     Ao longo de seu pronunciamento, o  Papa fez vários convites aos cursilhistas de hoje: “Como é necessário sair, sem nunca se cansar, para encontrar os assim chamados ‘afastados’!”. Mas para ajudar os outros a crescer na fé, “é necessário experimentar em primeira pessoa a bondade e a ternura de Deus”. “Ele não nos pede nada em troca, pede somente para ser acolhido, porque o amor de Deus é gratuidade, puro dom”.

     “É bonito ajudar a todos, também aqueles que tem dificuldade em viver a própria fé, a permanecer sempre em contato com esta mãe, sempre próximos a esta grande família acolhedora que é a Igreja”. “Vos encorajo a seguir “sempre além”, fieis ao vosso carisma!”. “A atingir os distantes” (...) “a sair da própria comodidade e ter a coragem de chegar a todas as periferias”.
                                                           Cidade do Vaticano (RV) –
 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário