terça-feira, 5 de maio de 2015

Comentário do evangelho - Uma Paz diferente

Jesus ensina-nos que para entender a verdade, para possuí-la verdadeiramente, é necessário não apenas sabê-la mais, sobretudo, pô-la em prática. Nos tempos atuais, em que muitos homens sofrem de angústia, de solidão, Ele dá a paz, aquela paz que Ele diz ser sua, "a minha paz”. É só por isso que podemos entender que a paz não é um conceito, mas é alguém: o Filho de Deus. Quem experimenta essa paz jamais pode esquecê-la e se a perde não existe paz no mundo que possa substituí-la. Sim, porque as revelações de Jesus são fatos.

             Jesus é, por natureza, comunicador de paz. Sem dúvida, não estamos às voltas com uma espécie de paz intimista e sentimental. A paz de Jesus é muito mais do que isto!

             A paz é um dom de Jesus para seus discípulos, em vista do testemunho que são chamados a dar. Ela visa a ação. Por isso, não pode reduzir-se ao nível do sentimento. A paz de Jesus tem como efeito banir do coração dos discípulos todo e qualquer resquício de perturbação ou de temor que leva ao imobilismo. Possuindo o dom da paz, eles deveriam manter-se imperturbáveis, sem se deixar intimidar diante das dificuldades.

             Assim pensada, a paz de Jesus consiste numa força divina que não deixa que os discípulos rompam a comunhão com o Mestre. É Jesus mesmo, presente na vida dos discípulos, sustentando-lhes a caminhada, sempre dispostos a seguir adiante com alegria, rumo à casa do Pai, apesar das adversidades que deverão enfrentar.

             A paz do mundo é bem outra coisa. Encontra-se na fuga e na alienação dos problemas da vida. Leva o discípulo a cruzar os braços, numa confiança ingênua em Deus do qual tudo espera, sem exigir colaboração. É uma paz que conduz à morte!

             O discípulo sensato rejeita a paz oferecida pelo mundo para  acolher aquela que  Jesus oferece. De posse dela, estará preparado para enfrentar todos os contratempos da vida, sem se deixar abater.
 
Pe Jaldemir Vitório    
Oração
Pai, confirma em mim o dom da paz recebida de teu Filho Jesus, de forma que, revestido desta fortaleza, eu possa caminhar, sem medo, ao teu encontro.

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