sábado, 10 de janeiro de 2015

Comentário do Evangelho - Ele deve crescer

João nos ensina a reconhecer a nossa identidade de testemunhas de Jesus Cristo. E, ao mesmo tempo, aponta para a nossa posição em relação ao Mestre. É clara a sua compreensão: "Jesus tem de ficar cada vez mais importante, e eu, menos importante". Em outras traduções: "convém que Ele cresça e eu diminua"
 
     Os discípulos de João Batista interpretaram a atividade messiânica de Jesus como sendo uma espécie de concorrência ao Mestre. É como se Jesus estivesse usurpando algo próprio de João Batista e ocupando o lugar dele.
 
     Coube a João Batista desfazer este mal-entendido e explicitar a relação entre ele e Jesus. O Batista jamais se apresentara como sendo o Messias. Sua missão consistia apenas em ser o Precursor dele. Sua relação com o Messias Jesus era comparada à do amigo com o esposo.  Alegrava-se com a presença do esposo; dava-se por satisfeito sabendo que o Messias anunciado estava em ação e era bem aceito pelo povo.
 
     João Batista partia do pressuposto de que era hora de o Messias Jesus crescer e manifestar-se, o mais amplamente possível. Quanto a ele, João, podia dar por concluída sua tarefa e, portanto, cair no esquecimento. Esta decisão não lhe causava ressentimentos, porque tinha consciência de ter cumprido a sua missão.
 
     A humildade de João Batista encontrou correspondência na humildade de Jesus. Toda a sua ação apontaria para o Pai e visaria fazer o Reino de Deus resplandecer na História.
 
                                                                              Jaldemir Vitório
 
Oração
Senhor Jesus, que eu aprenda, com João Batista, a ser teu humilde servidor e do Reino anunciado por ti.

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