
Jesus havia passado a noite em oração no Monte das Oliveiras. O fato aconteceu no pátio do Templo de Jerusalém, durante a festa da luz, quando se acendiam grandes candelabros junto ao Templo. Foi antes do nascer do sol que os doutores da Lei e fariseus queriam flagrar Jesus em alguma contradição para acusá-lo. A mulher, surpreendida em adultério, sem o seu cúmplice, foi trazida para ser apedrejada, conforme a Lei de Moisés. E, mesmo sabendo da Lei, perguntaram a Jesus, o que Ele pensava sobre isto. Ao escrever no chão, em silêncio, Jesus criou expectativa. E os fariseus insistem na pergunta. Foi quando Jesus lhes disse: “Quem de vocês estiver sem pecado, que seja o primeiro a atirar uma pedra nesta mulher!” Aqueles que se julgavam juízes, naquele instante, passaram à condição de réus, ou seja, ao invés de olhar para fora, voltaram seu olhar para dentro de si mesmos. Jesus derruba, ali no pátio do Templo, o sistema que oprimia ao invés de salvar. E “todos foram embora, um por um, começando pelos mais velhos”. Para a mulher, Jesus tem a Palavra libertadora: “Eu também não condeno você. Vá e não peque mais”.
Ontem já rezamos este texto. Ele volta a ser proposto no dia de hoje. Aprofundemos. O fato acontece no Templo. Os letrados e fariseus apresentam ao "mestre" um caso concreto: a mulher flagrada em adultério. Ao invés de responder, Jesus escreve no chão. Depois responde e continua a escrever. O que escreve, o texto não diz. Talvez apenas rabiscos. Talvez tomando tempo para refletir. Na segunda vez, diz:"Quem de vocês estiver sem pecado, que seja o primeiro a atirar uma pedra nesta mulher!” Jesus faz entender que há outro pecado mais grave: a infidelidade a Deus. Então, os doutores da Lei e fariseus entram em si e começam a se retirar, um a um, até o último. No final, ninguém condenou a mulher porque condenaram antes, a si mesmos, e, muitos, talvez, eram cúmplices do pecado que acusavam.
Ontem já rezamos este texto. Ele volta a ser proposto no dia de hoje. Aprofundemos. O fato acontece no Templo. Os letrados e fariseus apresentam ao "mestre" um caso concreto: a mulher flagrada em adultério. Ao invés de responder, Jesus escreve no chão. Depois responde e continua a escrever. O que escreve, o texto não diz. Talvez apenas rabiscos. Talvez tomando tempo para refletir. Na segunda vez, diz:"Quem de vocês estiver sem pecado, que seja o primeiro a atirar uma pedra nesta mulher!” Jesus faz entender que há outro pecado mais grave: a infidelidade a Deus. Então, os doutores da Lei e fariseus entram em si e começam a se retirar, um a um, até o último. No final, ninguém condenou a mulher porque condenaram antes, a si mesmos, e, muitos, talvez, eram cúmplices do pecado que acusavam.
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     O episódio do julgamento frustrado da mulher flagrada em 
adultério chama a atenção para o tipo de juízo a que Jesus será submetido, 
chegando até ser condenado à morte. A malícia e a hipocrisia que condenaram a 
mulher haveriam de recair também sobre Jesus.
     Os mestres da Lei e os fariseus, ao surpreenderem a mulher em 
adultério, conheciam perfeitamente a providência a ser tomada. Aliás, eles 
mesmos se confessaram conhecedores da Lei, a qual ordenava a lapidação imediata 
das adúlteras. Portanto, não tinha sentido interrogar Jesus a este respeito. O 
que os adversários visavam era colher provas contra ele, saídas de sua própria 
boca. De fato, quem estava sendo julgado era Jesus, não a mulher adúltera. 
      O gesto sereno do Mestre, apesar da insistência de seus 
inquisidores, foi uma clara demonstração de que ele não os temia. Continuou a 
escrever no chão. Depois, ergueu-se para confrontá-los com uma pergunta 
fulminante: "Quem de vocês não tiver pecado, seja o primeiro a apedrejar esta 
mulher!". Então, toda a malícia de seus adversários ficou patente, pois foram se 
retirando, um por um, a começar pelos mais velhos. É porque não tinham moral 
para julgar a adúltera, e muito menos para julgar Jesus. Que tratassem de se 
corrigir, antes de se arvorarem em juízes do próximo! 
     A mulher teve Jesus para defendê-la da malícia e da hipocrisia 
dos seus acusadores. Quanto a Jesus, haveria de ser condenado por pecados que 
não cometeu. 
Pe. Jaldemir Vitório 
Jesuíta,  Doutor em Exegese Bíblica
Oração 
Pai, tira do meu coração a maldade e a hipocrisia que me tornam juiz iníquo do meu semelhante, não me permitindo ver a necessidade de pôr em ordem a minha vida.
Pai, tira do meu coração a maldade e a hipocrisia que me tornam juiz iníquo do meu semelhante, não me permitindo ver a necessidade de pôr em ordem a minha vida.
 
 
 
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