
1. “Por que achavam que Jesus era 
Louco...”
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Neste evangelho, os parentes de Jesus, sua Mãe e seus irmãos, 
nos diz o texto, foram á sua procura, pois queriam levá-lo de volta á casa. 
Havia um consenso de que ele estivesse louco, falando e fazendo coisas sem o 
saber.
Jesus era uma ameaça constante á estrutura do templo, pois 
quebrava todas as regras e normas religiosas excludentes, curava as pessoas de 
todas as suas enfermidades, e a pessoa nãom precisava oferecer sacrifício algum 
pela sua cura. Como a Medicina não estava avançada e as doenças ou enfermidades 
psicossomáticas eram muitas, a clientela do templo era bem numerosa e as ofertas 
tinham que ser feitas, nem que fossem rolinhas e pombinhos, para os mais pobres, 
todos eram tarifados. Era uma forma de se obter a “pureza” institucionalizada. 
Quem ganhava com isso? A casta sacerdotal, que era em sua maioria Latifundiários 
proprietários doa animais, vendidos aos cambistas, que os revendiam por um alto 
preço nas portas do templo, e os sacerdotes ganhavam duas vezes, na venda para o 
atravessador e depois na oferta, onde uma boa parte lhes pertencia, segundo a 
lei.
Ora, se eu sou beneficiado com um negócio assim, altamente 
lucrativo, qualquer pessoa que interferir nesse sistema, tirando a clientela, 
vou fazer de tudo para tirá-lo de circulação, daí taxaram de Jesus de Louco, e 
com certeza pressionaram seus familiares sobre os riscos que ele estava 
correndo, por mexer em um Vespeiro, quando tornava menos lucrativo o negócio dos 
poderosos.
Agora fica fácil compreender a reação de Jesus diante da 
comunidade, quando alguém o comunica que sua mãe e seus irmãos estavam fora e 
queriam falar-lhe. Os que se deixam levar pelas orientações dos poderosos desse 
mundo, não pertencem á Cristo, não são portanto, sua Mãe e seus irmãos, uma vez 
que, não é sistema religioso que garante a salvação, mas trata-se de um Dom 
oferecido a todos os homens através de Jesus Cristo.
A partir de agora Jesus estabelece laços fortes na união dos 
Homens com Deus, quem  ouvir a sua Palavra e seguir seus ensinamentos, 
procurando fazer a Vontade de Deus, que quer a Vida para todos, este sim tem com 
ele intimidade, está com ele em sintonia, esse sim pode ser chamado de “sua 
Família” sua Mãe e seus irmãos. Não dá para pertencer a Cristo mas viver segundo 
a vontade do mundo... ditada por um sistema que se omite diante de injustiças e 
desigualdades, e que decreta a morte do mais pobre. Quem concorda ou se omite 
diante dessa estrutura social injusta, não pode e nem deve apresentar-se como 
cristão...
2. 
A Verdadeira família de 
Jesus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)
Encontramos esta narrativa de Mateus, também, nos evangelhos de 
Marcos e Lucas. A figura central é a "mãe". No processo de geração a mulher-mãe 
tem um papel fundamental. A própria Terra é tida como "mãe" em relação à vida 
que, sem cessar, desabrocha em sua superfície.
Na narrativa há um confronto entre as multidões às quais Jesus 
fala e sua família, mãe e irmãos, que ficam de fora e procuram falar com Jesus. 
A família, tendo a mãe como geradora, está na base do conceito de Israel e é o 
elo fundamental da continuidade da tradição do judaísmo. Abraão e sua 
descendência, a partir de Sara, constituem o povo eleito. Em continuidade, Davi 
e sua descendência constituem a dinastia real escolhida por Javé. O sacerdote 
hereditário é a base do poder do Templo. Daí as genealogias que confirmavam as 
purezas racial e funcional, com seus privilégios e poder.
Enquanto a pureza religiosa exigia o afastamento das multidões, 
Jesus se põe em íntimo contato com elas. Removendo a prioridade dos laços 
consanguíneos familiares, que garantiam o privilégio da eleição, Jesus, sem 
exclusões, constitui a grande família unida no cumprimento da vontade do Pai, 
que deseja vida plena para todos. A própria família de Jesus é chamada a esta 
conversão.
Oração
Pai, reforça os laços que me ligam aos meus irmãos e irmãs de fé, de forma a testemunhar que formamos uma grande família, cujo pai és tu.
Pai, reforça os laços que me ligam aos meus irmãos e irmãs de fé, de forma a testemunhar que formamos uma grande família, cujo pai és tu.
3. QUEM É MINHA MÃE E QUEM SÃO MEUS 
IRMÃOS?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
A ruptura com os laços familiares foi uma das exigências do 
serviço ao Reino, com as quais Jesus se defrontou. Também por exigência do 
Reino, foi levado a constituir, sobre novas bases, uma comunidade cujo 
relacionamento interpessoal deveria ter a profundidade do relacionamento 
familiar. A comunidade dos discípulos de Jesus pode ser definida como a família 
do Reino, cuja característica são os laços fraternos que unem seus membros.
Nesta perspectiva, fica em segundo plano a consangüinidade. 
Doravante, ser mãe ou irmão de sangue não tem importância. O critério de 
pertença à família do Reino consiste em submeter-se à vontade do Pai, sendo-lhe 
obediente em tudo. Importa mostrar, com ações concretas, esta submissão. Aí o 
agir do discípulo identifica-se com o agir do Mestre, a ponto de Jesus poder 
considerá-lo como irmão: a vontade do Pai é o imperativo na vida de ambos.
Assim, a ligação entre Jesus e os seus discípulos era muito 
mais profunda do que a sua convivência física com eles. Havia algo de superior 
que os unia, sem estar na dependência de elementos conjunturais, quais sejam, a 
pertença a uma determinada família, raça ou cultura. Basta alguém viver um 
projeto de vida fundado na vontade do Pai, para que Jesus o reconheça como 
pertencente à sua família.
Para ele, estes são seus irmãos, suas irmãs, suas mães. São 
irrelevantes outros títulos de relação com Jesus, quando falta este 
pré-requisito.
Oração
Espírito de adesão à vontade do Pai, faze-me sentir sempre mais membro da família do Reino, levando-me à perfeita submissão ao querer divino.
Espírito de adesão à vontade do Pai, faze-me sentir sempre mais membro da família do Reino, levando-me à perfeita submissão ao querer divino.
 
 
 
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