quinta-feira, 5 de julho de 2012

Comentários do Evangelho


1. “...”
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
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2. O perdão dos pecados
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)
No bloco de dez milagres coletados por Mateus, nos capítulos 8 e 9 de seu evangelho, temos, hoje, a narrativa de cura de um paralítico. Mateus resume a narrativa de Marcos, rica em pitorescos detalhes. No texto se percebe que o essencial é o perdão dos pecados, sendo a cura apenas o seu sinal.
As elites religiosas das sinagogas e do Templo humilhavam e mantinham o povo submisso, imputando-lhes o caráter de "pecador" por não observarem as centenas de preceitos da Lei.
A própria doença era considerada como fruto do pecado. A libertação do pecado só poderia ser feita no Templo, mediante ofertas, em nome de Deus. Agora, o homem paralítico, considerado pecador, está libertado por Jesus, pode mover-se e ter iniciativas. Em Jesus, Deus dá aos humanos o poder de libertar-se dos pecados, e no amor e na prática da justiça, transformar o mundo.
Oração
Pai, que minha fé ilimitada em teu Filho Jesus seja penhor de perdão e cura. Que o poder de Jesus me cure a partir do meu interior.
3.PODER DIVINO DADO À HUMANIDADE
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
Os mestres da Lei foram incapazes de compreender as ações de Jesus. Fidelíssimos à tradição, sabiam distinguir claramente entre ação divina e ação humana, ou seja, aquilo que só a Deus compete fazer, e aquilo que é permitido ao ser humano operar.
Contudo, aplicado a Jesus, este esquema era insuficiente. Sem titubear, ele realizava o que não compete ao ser humano: perdoar os pecados e curar. Ao perdoar os pecados, colocava-se no lugar do próprio Deus, a quem se ofende com as ações pecaminosas. Ao curar, restituía a vida, dom divino para a humanidade, sobre o qual somente Deus tinha poder.
No julgamento apressado dos mestres da Lei, a ação de Jesus tinha a conotação de blasfêmia. Era um insulto a Deus e uma usurpação de seu poder. Nada mais digno de censura!
As multidões, talvez menos viciadas pelo rigorismo da tradição teológica, estavam mais abertas para compreender o que se passava com Jesus. E glorificavam a Deus por ter dado à humanidade um tal poder. Isto significava reconhecer a divindade da ação de Jesus, embora sendo ele um ser humano. E mais, reconheciam que Deus não se atinha aos esquemas nos quais os mestres da Lei queriam enquadrá-lo. Ele estava agindo, no seio da humanidade, por meio de Jesus. Por isso, era possível identificar nas ações do Mestre o amor de Deus atuando na história humana. Era isso exatamente o que os mestres da Lei recusavam-se a aceitar.
Oração
Espírito de abertura para o Senhor, liberta-me da rigidez teológica que me impede de reconhecer, nos gestos de Jesus, o amor de Deus derramando-se na nossa história.

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