quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Comentário do Evangelho - A Liberdade do discípulo

Jesus fala claro sobre as exigências para quem se decide a segui-lo. Esta decisão supõe prontidão, e ainda, a disposição a enfrentar o desconforto. É assim, se quiser seguir o Senhor. Jesus ilustra isto com duas parábolas: a do homem que decide construir uma torre e a do rei que se prepara para um combate. Em ambos os casos, o Mestre fala da necessidade de lançar bases, de preparar. Jesus  recomenda, a “se sentar e calcular o quanto vai custar” a torre. “Se sentar” supõe atitude de parada, reflexão, criar convicções, definir um projeto com metas e estratégias claras. “Calcular o quanto vai custar”, supõe investimento de valores, sendo o primeiro deles “amar a Jesus” Mais do que tudo, até mais que “a si mesmo”. O que vale não é o “ter”, mas, o “ser com Jesus”, ou, o deixar que Jesus seja o meu tudo, a minha vida. O discipulado requer uma liberdade tal, que permita ao discípulo entregar-se ao Reino sem restrições. 

      O primeiro sinal de liberdade refere-se aos laços familiares de parentesco. Fazer os interesses do Reino depender deles significa inviabilizá-los. Pode acontecer choque entre estes dois níveis de apelo. Mas o Reino deve prevalecer.

      O segundo sinal de liberdade diz respeito à predisposição a enfrentar as consequências de ter optado pelo Reino, até mesmo a morte violenta, como aconteceu com Jesus. O discípulo é livre diante da própria vida, de modo especial, em tempo de perseguição e nas dificuldades.

      O terceiro sinal de liberdade refere-se à posse dos bens materiais: quem não renuncia a tudo quanto possui, não pode tornar-se discípulo de Jesus. O coração apegado aos bens materiais será incapaz de partilhá-los fraternalmente e mostrar-se solidário com os mais pobres. São exigências das quais não se pode furtar.

      Portanto, o discípulo deve discernir bem, antes de se decidir pelo Reino. Se não terá o desprazer de ver sua opção frustrar-se logo de saída.

Pe. Jaldemir Vitório


Oração
Espírito que liberta o coração, tira de mim todas as amarras que me impedem fazer uma entrega livre e generosa ao Reino, sem medo de sofrer as conseqüências de minha opção.


 

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