terça-feira, 4 de junho de 2013

Comentário do Evangelho - O que é de Deus?


Jesus não se deixou enganar. Quem coloca Deus e o imperador no mesmo nível, engana-se.
A resposta de Jesus "Deem ao Imperador o que é do Imperador e deem a Deus o que é de Deus" colocou os pingos nos "is". Não era mal pagar o tributo ou os impostos, mas a Deus também se deve a adoração e o reconhecimento de seu lugar, Senhor de todas as criaturas.
                         ----------------------------------------------

     Jesus não caiu na armadilha armada por seus adversários para fazê-lo declarar sua posição diante dos romanos, opressores do povo. Os fariseus era contrários à dominação estrangeira, enquanto os herodianos eram a favor. Portanto, qualquer posição de Jesus haveria de fazê-lo cair nas malhas de seus acusadores.
     Engana-se quem toma a afirmação enigmática de Jesus como se colocasse Deus e César em pé de igualdade. Dar a César o pertencente a César significa não ter nada demais satisfazer suas exigências de pagamento de tributo. Isso pode mesmo ser uma exigência passável. Dar a Deus o que a Deus pertence significa existirem coisas que só Deus pode exigir como é, por exemplo, o caso a adoração. Enquanto César exigia o tributo, não havia mal em pegá-lo. Quando exigia ser adorado como Deus, passava dos limites e não devia ser atendido. Afinal, era uma criatura e, por conseguinte, também pertencente a Deus e devedor de honra a Deus.
     A resposta de Jesus coloca as coisas nos seus devidos lugares. É idolatria igualar Deus e César, o Criador e as criaturas. Seus âmbitos de reconhecimento têm limites bem distintos. Enquanto o âmbito da criatura é bem restrito e não pode ser ultrapassado, o Criador tem tudo sob seu domínio. Jesus serve só a Deus e a mais ninguém. Ele não se submete aos tiranos.
 
Pe. Jaldemir Vitório
Oração
Senhor Jesus, que eu não confunda as criaturas com o Criador e só a Deus tribute a honra e o louvor devidos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário