quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

terça - feira 03 de 2012


COMENTÁRIOS DO EVANGELHO


"O Cordeiro que tira o pecado do mundo..."
A proclamação oficial da Nova Páscoa, que não só irá mudar a vida e o destino do Povo de Israel, mas de toda humanidade, foi feita no deserto, ás margens do Rio Jordão, precisamente no momento em que, Aquele que iria fazer o Batismo definitivo de purificação, entra na fila dos pecadores para receber o Batismo de João "Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo".
Em uma frase nesse testemunho maravilhoso, João Batista resume toda a missão salvívica de Jesus, há neste testemunho dois pontos relevantes: primeiro, o Cordeiro da nova páscoa realizará um sacrifício definitivo e único, propiciando não apenas uma libertação política de uma nação que era escravizada pela outra, mas de todo e qualquer mal que dominava o Ser Humano, é portanto, infinitamente superior ao Cordeiro Pascal cuja sangue marcou os batentes das portas dos Hebreus na noite em que passou o Anjo Exterminador.
Segundo, a libertação é plena e é dirigida a toda humanidade, ganhando a salvação um caráter universal. Sendo a Revelação uma auto-comunicação de Deus, é ele próprio no Espírito Santo que revela a verdade a João, o Batista a respeito de Jesus.
E o que esse texto altamente revelador tem a nos dizer, que implicações eles traz a nossa vida de cristãos neste início de um novo ano? Exatamente o reforço da nossa Fé que é genuinamente Cristocêntrica.
Há sempre um perigo que ronda a vida dos cristãos, atrelar a Salvação do Homem á Igreja Instituição, pois é Jesus Cristo quem Salva e não a Igreja que é um valioso instrumento enquanto canal da Graça Divina.
No período da Patrística, que vigorou 500 anos após o primeiro século do Cristianismo, os "Pais da Igreja" reconheceram que o "Logos" espalhou pelo Verbo Encarnado, as sementes do Reino em todas as Nações, Culturas e Religiões do mundo inteiro, portanto, mesmo fora do âmbito eclesial, quem fizer o bem por causa da Fé em Jesus Cristo, estará caminhando para a salvação, que é desejo de Deus a todos os homens. Por isso o sentido universalista da afirmação de João ao apontar Jesus "Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo"

 Ele é o Filho de Deus
No evangelho de João não encontramos a narrativa do batismo de Jesus. Cabe a João Batista dar o testemunho dele: "Eu vi o Espírito descer do céu... e permanecer sobre ele... é ele quem batiza com o Espírito Santo... Eu vi... e dou testemunho: ele é o Filho de Deus!". Ao escrever seu evangelho, João tem duas referências teológicas básicas: a preexistência e a filiação divina de Jesus. Estes dois temas, que estão presentes no Prólogo (Jo 1,1-18), reaparecem aqui, na fala de João Batista: "... antes de mim ele já existia...", "... ele é o Filho de Deus...". Em todo o evangelho Jesus é apresentado como Filho de Deus e não como filho de Davi.
O batismo de João, com a água, está associado ao batismo de Jesus, no Espírito Santo. Este Espírito sobre Jesus significa o endosso divino da proposta de João Batista, a conversão para a prática da justiça que remove o pecado no mundo, pela qual se entra em comunhão com Deus. Esta é o testemunho de Jesus e é sua proposta para nossa prática missionária.
Oração
Pai, tu enviaste Jesus com a missão de nos introduzir no Reino da fraternidade. Dá-me a graça de reconhecê-lo e fazer-me seguidor dele.

 O MESSIAS RECONHECIDO
A atividade frenética do Batista, às margens do Jordão, não o fez perder a consciência de sua missão. No afluxo de penitentes à procura do batismo, ele se deu conta da presença do Messias Jesus. Por isso, advertiu a multidão para a presença do Cordeiro de Deus, enviado para abolir o pecado do mundo.
A situação do batismo de Jesus estava carregada de evocações. Sua exclamação lembrava o cordeiro pascal. As águas do Jordão recordavam o mar Vermelho. A eliminação do pecado do mundo aproximava Jesus de Moisés, condutor do povo de Israel para a terra prometida. Tudo isso servia para alertar a multidão acerca da presença do Messias.
João só reconheceu Jesus, por que movido pelo Pai, uma vez que já tinha declarado, por duas vezes, não ter um conhecimento prévio do Messias. Para não se enganar na identificação do Messias, João colocou-se numa atitude de contínuo discernimento. Teria sido desastroso um falso reconhecimento e a conseqüente atribuição do título de Cordeiro de Deus à pessoa indevida. João, ao contrário, não titubeou quando viu Jesus diante de si. Seu testemunho foi firme, pois estava certo de não ter sido induzido ao erro. Diante dele, estava, realmente, o Filho de Deus. Foi o Pai quem lhe revelara a identidade do Filho, e o movera a reconhecê-lo publicamente.
Oração
Senhor Jesus, ajuda-me a reconhecer tua presença libertadora de nossa humanidade, desejosa de salvação.

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