1. "Somos os ramos..."
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Esse evangelho onde Jesus usa da parábola da videira, provoca
em nós dois olhares diferentes, primeiro um olhar para nós, em torno da nossa Fé
como um ato pessoal, e como é que essa nossa Fé é alimentada porque, como um dos
ramos da videira, se não for alimentada ela poderá secar. O Documento 94 das
DGAE coloca como ponto fundamental e essencial o próprio Jesus Cristo, se Ele
não for o nosso ponto de partida nós estamos caminhando do ZERO para lugar
nenhum... A oração, os sacramentos, a Palavra e a Eucaristia nos alimentam de
maneira eficiente e a nossa paróquia têm tudo isso á nossa disposição, através
das pastorais e dos Ministros Sagrados.
E aqui está o nosso segundo olhar, exatamente naquilo que somos
e fomos constituídos pelo Batismo: Filhos e Filhas de Deus, membros da Igreja e
irmãos e irmãs no Senhor! Aqui a parábola da Videira nos dá uma "sacudida"
violenta, lembrando-nos que somos ramos, ligados entre si, alimentados pela
mesma Graça Vivificante, e que só frutificamos se assim permanecermos. Talvez
uma frase pudesse resumir esse ensinamento de João, sendo isso que ele queria
dizer às suas comunidades: Longe dos irmãos e irmãs da comunidade, corremos o
sério risco de secar...
A reflexão se aprofunda ainda mais quando pensamos nessa
ligação que se chama na verdade comunhão, com os demais ramos. Note-se que em
uma árvore, não dá para um ramo cortado manter as aparências e fazer de conta
que está ligado aos demais, porque com o passar dos dias vai perder a vivacidade
e o verde das folhas e começará o processo de morte daquele ramo. Nossas
relações com os irmãos e irmãs deve ser coesa, transparente, sincera, embasada
unicamente no amor que respeita, admira, acolhe, tolera, suporta e tem
misericórdia. Nenhum ramo pode estar ligado apenas ao tronco, ficando
indiferente aos demais ramos.
E nenhum ramo pode querer ocupar na vida do outro ramo, o papel
de tronco, somos todos ramos, iguais, formando uma única árvore, alimentados por
uma única seiva que é Jesus Cristo, quanto aos frutos e flores que precisamos
produzir, quanto mais abertos á seiva e unidos aos demais ramos, mais belos e
saborosos eles serão.
2. O discípulo de Jesus é aquele que crê
nele
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)
No diálogo após a última ceia, o evangelista João apresenta a
última autoproclamação de Jesus, com a alegoria da videira: ele é a verdadeira
videira e o Pai é o agricultor. A imagem é rural. O cultivo da videira era uma
das bases da economia do Oriente. A imagem da videira, muito usada pelos
profetas, pode ser considerada universal, pois é facilmente assimilada em outras
culturas, mesmo com outros costumes.
O núcleo da alegoria é o tema já bastante abordado no evangelho
de João: o discípulo de Jesus é aquele que crê nele e integra-se na comunidade,
comprometendo-se com o projeto de Jesus de libertação e promoção da vida. É o
permanecer em Jesus e Jesus, no discípulo. A oração, o pedir, significa a união
de vontade entre o discípulo, a comunidade e Jesus.
A glória de Deus é a comunidade unida, missionária,
transformando o mundo pelo amor.
Oração
Pai, reforça minha união com teu Filho Jesus, de quem dependo para produzir os frutos que esperas de mim.
Pai, reforça minha união com teu Filho Jesus, de quem dependo para produzir os frutos que esperas de mim.
3. Os ramos da
Videira
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
A simbologia da videira, cujo cultivo já era comum nas
civilizações antigas em vista da produção do vinho, é muito usada no Primeiro
Testamento. A poda dos ramos nos quais não brotaram frutos, a fim de fortalecer
os ramos carregados, era uma prática usual de cultivo. A íntima inserção dos
ramos ao tronco da videira é uma sugestiva imagem da permanência dos discípulos
em Jesus. O verbo "permanecer" aparece oito vezes neste texto, e é o núcleo de
sua mensagem. Permanecer em Jesus é acolher sua palavra e seu exemplo, e
procurar colocá-los em prática. É permanecendo em Jesus que os discípulos
produzirão os frutos que são do agrado do Pai. E a seiva do amor que une Jesus e
os discípulos criam laços entre as pessoas, leva à fraternidade, à solidariedade
e comunica a vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário