1. "O Filho do Carpinteiro"
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
No judaísmo a filiação é algo muito importante, ela contém em
si uma linhagem e uma marca inconfundível a ponto de se poder afirmar
categoricamente "Tal Pai, Tal Filho". Aqui é bom que se diga que para os amigos
e a vizinhança toda de Nazaré, Jesus era de fato o Filho de José e de Maria e o
caráter adotivo dessa filiação pertencia ao mistério da Fé e do Agir Divino,
pois naquele tempo, não se tinha toda uma Teologia prontinha a respeito dos
principais acontecimentos na História da Salvação, podemos dizer que, no
contexto da humilde cidade de Nazaré, nenhum dos moradores iria "admitir" uma
história dessas...
Mas penso que também as comunidades do primeiro século tiveram
que abrirem-se muito á graça de Deus e a sabedoria do Espírito, para
compreenderem o ensinamento dos apóstolos a esse respeito. Talvez o grande
problema naquele tempo, era entender como é que podia um Homem ser Deus e este
ser um Homem, ao mesmo tempo, com duas naturezas distintas. Justamente por
conhecerem á sua origem, a sua história, a sua genealogia e seus familiares mais
próximos, os conterrâneos dali da "Terrinha" de Jesus, até que sentiam
orgulhosos por terem entre eles alguém de tão grande conceito em Israel, um
grande Profeta, que já estava com uma fama maior do que os maiores profetas da
história, pois seus ensinamentos causavam admiração, suas obras enchiam os olhos
dos Nazarenos, mas daí, começar a pensar que seria ele o grande e esperado
Messias, já seria um exagero. E porque?
Pela sua origem simples, sua vida rotineira igualzinha a vida
de qualquer judeu, alimentar-se, ir na catequese, estar submisso ao Pai e Mãe,
aprender a profissão do Pai, para sobreviver economicamente. O Messias não
precisava de nada dessas coisas, tinha poder e glória, era um enviado de Deus e
não estava em nível de um simples ser humano.
Hoje há um pensamento nefasto no cristianismo, que vem
contaminando a vida de muitos cristãos, trata-se da Fé da Magia, que crê em um
Cristo apenas Divino, que deverá usar seus poderes para socorrer os vis mortais.
Um Jesus que está com a gente, mas que não é igual a nós, um Jesus que separa Fé
e Vida. São José Operário é o mesmo José esposo de Maria e Pai Adotivo do menino
Jesus, a Igreja aprendeu a venerá-lo também enquanto trabalhador, um Operário,
que sobrevivia e garantia o pão a si, a mãe e ao menino, com o suor do seu
trabalho. Um homem a quem Deus confiou a guarda do seu Filho e de sua Mãe, um
Homem que nada exigiu de Deus, por ter-lhe confiado essa grande
responsabilidade, mas sendo um homem Justo, viveu e sobreviveu igual a todos os
outros homens do seu tempo.
Como São José Operário, somos especiais enquanto vocacionados ao Cristianismo, para viver segundo a Fé, mas somos também iguais a todas as demais pessoas, sobrevivendo do nosso trabalho, dos nossos sonhos e projetos, que na vida de São José Operário e de cada um de nós, está sempre em harmonia com o Desígnio Divino.
Como São José Operário, somos especiais enquanto vocacionados ao Cristianismo, para viver segundo a Fé, mas somos também iguais a todas as demais pessoas, sobrevivendo do nosso trabalho, dos nossos sonhos e projetos, que na vida de São José Operário e de cada um de nós, está sempre em harmonia com o Desígnio Divino.
Que São José Operário seja inspiração para todos os
trabalhadores, e ao mesmo tempo desperte no coração dos empregadores,
empresários e governantes, esse anseio pela justiça e igualdade social, que cada
homem possa ter sempre o necessário para sua sobrevivência, e que as diferenças
sociais comecem a ser amenizadas...
2. Jesus transforma as pessoas
pelo amor
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)
A "própria cidade" de Jesus é Nazaré. É uma vila da Galileia
nunca mencionada no Primeiro Testamento. Não se pode, também, localizá-la com
precisão. Admite-se que seja o lugar de um antigo vilarejo denominado En-Nazira.
Contudo, pode-se perceber que "sua própria cidade" é um lugar periférico e
insignificante diante dos grandes centros, como Jerusalém, capital da Judeia.
Nota-se isto na observação de Natanael, no evangelho de João (Jo 1,45-46): "De
Nazaré pode sair algo de bom?".
Enquanto o evangelho de Lucas identifica Jesus com "o filho de
José", Mateus o identifica com "o filho do carpinteiro". A mãe, os irmãos e as
irmãs são mencionados, com a observação de que todos participam da humilde
comunidade. A conclusão é que, com uma origem humilde, Jesus não pode ser o
messias poderoso esperado. Jesus, todavia, afirma-se como um profeta, e não como
o messias. A tradicional e consolidada expectativa de mudança pela conquista e
pelo exercício do poder distancia-se da ação libertadora de Jesus, que
transforma as pessoas e a sociedade pelo amor.
Oração
Pai, livra-me da tentação de querer enquadrar-te em meus mesquinhos esquemas. Que eu saiba reconhecer e respeitar o teu modo de agir.
Pai, livra-me da tentação de querer enquadrar-te em meus mesquinhos esquemas. Que eu saiba reconhecer e respeitar o teu modo de agir.
3. Manter a Fé em
Jesus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
Durante cada uma das cinco visitas de Jesus a Jerusalém, o
evangelista João apresenta longos discursos de Jesus em contestação à doutrina
do templo e das sinagogas. As visitas são feitas por ocasião das grandes festas
religiosas populares, momento oportuno para proclamar o Reino ao povo. Neste
diálogo com os judeus, pode-se perceber uma expressão do conflito entre a
sinagoga e as comunidades cristãs, no tempo da redação do texto de João (década
de 90). A sinagoga, tentando reencontrar sua rígida identidade, decidira
expulsar os judeus que aderiram à fé em Jesus. Procurava demover os cristãos
inseguros, alegando-lhes que ele não era o Messias, o Cristo. Contudo, João
mostra que a fé em Jesus deve ser mantida tendo em vista as suas obras de amor.
As palavras dele ecoam nas comunidades e os discípulos devem segui-lo. É ele
quem dá a vida eterna e seu Pai guarda de maneira segura seus discípulos.
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