Jesus neste discurso condena a atitude que transforma a mulher em objeto de cobiça. Só um coração não corrompido pela maldade pode olhar para uma mulher com respeito, sem malícia e más intenções.
Numa sociedade onde a mulher era inferiorizada, Jesus
reinterpretou o mandamento de não cometer adultério buscando inculcar no
discípulo do Reino um profundo respeito por ela. E o fez condenando a atitude
interior, que transforma a mulher em objeto de cobiça e maus desejos, mesmo
antes de transformar o pensamento em ato. Embora o ato não seja concretizado, a
transgressão do mandamento se consuma se o indivíduo dá livre curso a seus
pensamentos depravados.
Diante desta eventualidade, o discípulo do Reino deve ser
rigoroso consigo mesmo e cortar o mal pela raiz. As duas imagens usadas por
Jesus para ilustrar esta disposição são fortíssimas. Ele falou de arrancar o
olho direito e cortar a mão direita e jogá-los fora caso se transformem em
ocasião de pecado. Jesus falava numa perspectiva de juízo final. O discípulo do
Reino, ao violar o mandamento de Deus, deveria ter em vista sua sorte eterna.
Conservar algo que se transformou em ocasião de pecado e pode levar à condenação
é insensatez. É melhor privar-se dele e ser salvo, do que conservá-lo e ser
lançado na ruína eterna.
Essa releitura do sexto mandamento esta relacionada com a
bem-aventurança da pureza de coração. Só o coração não pervertido pela maldade
pode olhar para uma mulher de maneira respeitosa, sem convertê-la em objeto de
pensamentos maliciosos.
Pe. Jaldemir Vitório
Oração
Senhor Jesus, dá-me pureza de coração para que eu possa me aproximar, de maneira respeitosa, de quem quer que seja.
Senhor Jesus, dá-me pureza de coração para que eu possa me aproximar, de maneira respeitosa, de quem quer que seja.
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