A Lei proibia apenas o juramento falso e exigia o
cumprimento do juramento feito. Jesus foi além, proibindo qualquer forma de
juramento. Portanto, o discípulo do Reino deveria evitar servir-se deste
expediente para dar credibilidade à sua palavra.
O rigor de Jesus visava criar no coração do discípulo um
clima de sinceridade e transparência, a ponto de não precisar recorrer ao
artifício do juramento quando falasse ou prometesse algo. A mentira e o dolo são
incompatíveis com o proceder do discípulo do Reino. Quem recorre a expedientes
deste tipo, renega sua adesão ao Senhor.
Outro objetivo da proibição de Jesus era evitar a
vulgarização de Deus. O juramento falso infringe o mandamento que veta usar em
vão do nome de Deus. O discípulo autêntico não tem necessidade de, a cada passo,
lançar mão deste recurso para fazer-se crido. O sim do discípulo é sim e o não é
não. Não lhe interessa enganar. Tudo quanto é dito fora destes limites não vem
de Deus, por isso tem que ser evitado.
A formulação tradicional do mandamento, no pensar de
Jesus, não era suficiente para garantir relações sadias no interior da
comunidade cristã. A necessidade de continuamente invocar o nome de Deus, para
garantir o trato mútuo, podia ser indício de que o Reino ainda não tinha chegado
a transformar o interior do discípulo.
Jaldemir Vitório
Oração
Senhor Jesus, dá-me a graça da sinceridade e da transparência, para que eu seja sempre honesto no trato com o meu próximo.
Senhor Jesus, dá-me a graça da sinceridade e da transparência, para que eu seja sempre honesto no trato com o meu próximo.
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