Os discípulos, nem de longe, podiam imaginar o futuro que
teriam pela frente. Intelectualmente, deram mostras de ter entendido os
ensinamentos de Jesus, chegando mesmo a proclamar sua condição de enviado de
Deus. E depois, quando se apresentasse a ocasião de dar testemunho público desta
verdade, estariam preparados para tal desafio?
O Mestre não tinha nenhuma dúvida a este respeito. Ao
chegar a hora de se declararem discípulos seus, haveriam de debandar e deixá-lo
sozinho. Triste constatação para quem se julgava sintonizado com Jesus!
O realismo do Mestre não lhe permite desesperar, por causa
disto. Embora sabendo que seria vítima do abandono do grupo escolhido e
preparado por levar adiante sua missão, exorta-o à confiança.
Seguros quanto ao poder de Jesus sobre o mundo, os
discípulos se julgavam em condições de enfrentá-lo, sem temer suas investidas e
ameaças de morte. O gesto mesquinho da fuga poderá ser irrelevante, se forem
capazes de retomar o projeto do Senhor e levá-lo destemidamente adiante.
A morte e a ressurreição de Jesus significam sua vitória sobre o mundo, e a desarticulação dos esquemas mundanos. Quem se confia ao Ressuscitado, apesar da ferocidade do inimigo, pode estar certo de que irá vencê-lo. A vitória de Jesus sobre o mundo foi definitiva.
Pe. Jaldemir Vitório
Oração
Espírito de luta, que eu não me deixe intimidar pelo mundo; antes, dá-me suficiente coragem para que eu possa enfrentá-lo e vencê-lo.
Espírito de luta, que eu não me deixe intimidar pelo mundo; antes, dá-me suficiente coragem para que eu possa enfrentá-lo e vencê-lo.
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