A linguagem enigmática de Jesus deixava confusos os
discípulos. Estando para concluir seu ministério, referia-se a um tempo de
separação, seguido de um tempo de reencontro. Falava em ir para o Pai. No ar,
pairava algo de abandono, de ruptura. Os discípulos não se sentiam preparados
para enfrentar esta realidade. Também não estavam em condições de compreender o
que se passava com Jesus.
O pano de fundo das palavras de Jesus tem a ver com o
destino de morte e de ressurreição que o esperava. O tempo da não-visão
corresponderia à experiência de morte a ser enfrentada por ele. Sem o apoio de
sua presença, a comunidade ficaria exposta à tristeza, à confusão, e à zombaria
do mundo.
Julgando ter alcançado seu objetivo de eliminar o Filho de
Deus, seus inimigos teriam motivos para se alegrar com o desespero dos
discípulos.
O tempo da visão correspondia à Páscoa. Momento de
reencontro do Senhor com sua comunidade, sem as limitações do tempo e do espaço.
E, por isso, motivo de alegria para os discípulos. Pelo contrário, tempo de
tristeza para o mundo, que verá frustrados todos seus intentos de eliminar o
Filho de Deus. Ver-se-á derrotado, quando pensava ter sido vitorioso.
A alegria sucede à tristeza. Ela é o ponto de chegada para
o discípulo que sabe compreender o sentido da morte de Jesus, e se prepara para
acolhê-lo na Ressurreição.
Pe. Jaldemir Vitório
Oração
Espírito de júbilo, transforma, em alegria, a tristeza de meu coração, fazendo-me compreender que o Ressuscitado está vivo, no meio de nós.
Espírito de júbilo, transforma, em alegria, a tristeza de meu coração, fazendo-me compreender que o Ressuscitado está vivo, no meio de nós.
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