O anúncio da paixão-morte-ressurreição não é previsão de futuro. Ele tem, no
relato, uma função específica: preparar o ouvinte e/ou leitor do evangelho para
entrar, sem esmorecer e sem medo, na paixão e morte de Jesus, iluminado pela
certeza de sua ressurreição.
Os discípulos de Jesus deixaram-se contaminar pela busca
de grandeza. Por isso, discutiam para saber quem, dentre eles, seria o maior.
Mas o ponto de partida deste debate revelava um equívoco. Pensavam na grandeza
do Reino que Jesus inauguraria e na possibilidade de ocupar posições de destaque
junto ao monarca. De antemão, esses discípulos faziam a partilha dos futuros
cargos disponíveis. Jesus, porém, deu um basta a estas considerações indignas de
quem quer ser seu um discípulo.
O ensinamento de Jesus centra-se no tema do serviço, bem
característico do Reino. A grandeza do discípulo está em sua capacidade de
colocar-se a serviço do próximo. Ocupa o primeiro lugar quem se predispõe a
servir a todos, sem distinção, vivendo a condição de servo, de maneira plena. A
quem é reticente no servir e não prima pela generosidade, estão reservados os
últimos lugares no Reino. Portanto, se os discípulos quisessem realmente
disputar os primeiros lugares, que o fizessem motivados por um ideal elevado e
não por ambições mesquinhas, sem sentido para quem vive a dinâmica do Reino.
Os discípulos tinham em Jesus um exemplo consumado de
servidor do Reino. Sua vida definia-se como serviço generoso e gratuito às
multidões oprimidas e atribuladas de tantas maneiras. Bastava que se espelhassem
no Mestre.
Pe. Jaldemir Vitório
Oração
Senhor Jesus, não permitas que eu me lance na busca das grandezas deste mundo. Que eu busque, antes, a grandeza do serviço generoso, e gratuito.
Senhor Jesus, não permitas que eu me lance na busca das grandezas deste mundo. Que eu busque, antes, a grandeza do serviço generoso, e gratuito.
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