A oração sacerdotal de Jesus, em que ele confia os discípulos aos cuidados de
Deus, se abre para o futuro: “Eu não rogo somente por eles, mas também por
aqueles que vão crer em mim pela palavra deles” (v. 20
A unidade foi o tema polarizador da pregação de Jesus, na
etapa final do seu ministério. Esta preocupação é facilmente compreensível. Ele
conhecia bem o coração humano, e sua tendência para a divisão, os conflitos, e a
visão distorcida da realidade. Sintoma do pecado, a ausência de comunhão
coloca-se no extremo oposto do ideal de Jesus. Foi este o alvo de sua ação
redentora: arrancar o ser humano do egoísmo, que perverte o coração e o afasta
de Deus e do próximo, levando a converter-se à unidade.
O modelo de unidade vislumbrado por Jesus é a comunhão
trinitária. Portanto, ao apelar para a unidade, sua intenção foi levar os seres
humanos a viver de modo semelhante, como vivem o Pai, o Filho e o Espírito
Santo. É o mesmo projeto, fundado na comunhão, que Jesus propõe para a
humanidade, a começar pelo grupo restrito dos discípulos.
Para Jesus, a comunhão dos discípulos reforçaria a
credibilidade de sua condição de enviado. Se implantou uma forma de
amor-comunhão, diferente das até então conhecidas, é porque ele, de alguma
forma, a tinha previamente experimentado na comunhão com o Pai e o Espírito
Santo. Esta experiência prévia, no seio da Trindade, possibilitou a Jesus
mostrar aos seres humanos o que seria melhor para eles. Sem amor-comunhão, só
existe frustração. Não existe salvação possível.
É próprio do discípulo cultivar o ideal de ser perfeito na
unidade.
Pe. Jaldemir Vitório
Oração
Espírito de comunhão não permitas que se rompam os laços que me ligam a todos os meus irmãos e irmãs, e faça-me compreender o valor da unidade proclamada por Jesus.
Espírito de comunhão não permitas que se rompam os laços que me ligam a todos os meus irmãos e irmãs, e faça-me compreender o valor da unidade proclamada por Jesus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário